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Orçamento e Controle Financeiro AULA 02 1 Universidade de Brasília ‐ UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade ‐ FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais ‐ CCA Conceitos CONTROLE FINANCEIRO 2 Relembrando... EDUCAÇÃO FINANCEIRA 3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO É saber como ganhar, gastar, poupar e investir seu dinheiro para melhorar a sua qualidade de vida. É um guia que deve ser seguido a fim de se alcançar os mais diversos objetivos pretendidos. • Elaborar um bom planejamento significa utilizar ferramentas fundamentais para a concretização dos planos. Controle financeiro 4 • Não há como desvincular o planejamento e o controle financeiro dos projetos futuros. Necessidades Como fazer para as despesas caberem dentro do orçamento? 5 Refletir sobre sua vida financeira... Refletir sobre o peso das suas necessidades presentes para atender às suas necessidades futuras Necessidades Quem é quem? 6 Necessidades são as exigências mínimas para satisfazer as condições materiais e morais da vida. Conceitos Receitas 7 Trata‐se de todo valor que você ou sua família arrecadam mensalmente. Vale qualquer entrada de dinheiro, por exemplo: salário, aluguéis, aposentadoria, férias, 13º salário etc. Conceitos Despesas 8 São os seus gastos mensais. As despesas dividem‐se em diferentes tipos. Despesas 9 • As despesas têm diversas origens e afetam nosso orçamento de maneiras diferentes. • Por isso é importante conhecer cada tipo de despesa, como ela impacta no orçamento e qual delas é o principal vilão. Despesas 10 Despesas Fixas: São as que possuem o mesmo valor mensalmente. Exemplo: aluguel, mensalidade da faculdade etc. Despesas Variáveis: São as que acontecem todos os meses, mas podem ter valores variáveis. Exemplo: água, luz, telefone etc. Despesas 11 Despesas Adicionais: Gastos não obrigatórios, que não ocorrem todos os meses. Exemplo: lazer, vestuários, presentes etc. Despesas Extras: São as extraordinárias, para quais é preciso estar preparado. Exemplo: material escolar, seguro do carro. Conceitos Juros 12 O que são? • Pagamentos por um empréstimo de qualquer natureza. Qual o seu papel? • Garantir algum benefício no empréstimo de bens monetários Juros Existem dois tipos de juros: 13 Juros simples: • São taxas calculadas somente sobre o principal. São usados em: contas de luz, água, telefone etc. Juros compostos: • Calculados sobre o principal mais juros. São mais usados em empréstimos e prestações. Juros Juros na prática 14 • Existem três opções de pagamento: 1. À vista, por R$ 2.800,00; 2. Em três parcelas de R$ 933,33, sem juros; ou 3. Em 12 parcelas de R$ 289,75, com juros. Otávio deseja comprar uma televisão de LCD de 42’, no valor de R$ 2.800,00 Juros Juros na prática 15 O que os juros representam nesse caso? • À vista = R$ 2.800,00 • Em 12 parcelas = 12 x R$ 289,75 = R$ 3.477,00. • A diferença foi de R$ 677,12 (juros = custo da ansiedade de Otávio = 24% do valor inicial da TV. Otávio não possuía os R$ 2.800,00 à vista e não conseguiu controlar o seu desejo, comprando a TV em 12 parcelas. Juros Juros na prática: 16 • Otávio poderia esperar mais alguns meses e comprar a TV em três parcelas sem juros; • Otávio poderia aplicar R$ 230 durante 12 meses. Ao final acumularia R$ 2.815,2, considerando uma inflação de 8% a.a. (R$ 110,4) e um rendimento de 12% a.a. (R$ 165,6). A TV desvalorizaria 15% nesse período, totalizando R$ 2.300. Otávio teria um ganho de R$ 515,2 reais. Duas opções mais eficientes para a televisão que o Otávio comprou: Conceitos O cheque especial é um crédito disponível vinculado a sua conta bancária que, caso seja utilizado, deverá ser devolvido acrescido de juros e outros encargos. 17 Cheque especial Cheque especial Achar que o cheque especial faz parte da sua renda. Exemplo: 18 Qual a pegadinha? Cheque especial 19 A renda mensal de Otávio é de R$ 1.000,00. No mês de janeiro, ele incorporou seu cheque especial, no valor de R$ 300,00 á sua renda. Cheque especial 20 No mês de fevereiro, Otávio precisará repor R$ 300 do cheque especial com um reajuste de 8%, que totalizaria R$ 324. Isso reduz sua renda de fevereiro para R$ 676. Cheque especial 21 Quando o cheque especial não é um grande problema? • No caso de despesas eventuais; • E para utilização em curtíssimo prazo (mínimo de 30 dias); Conceitos A utilização do cartão de crédito pode ser uma boa estratégia na hora de dar um folego na conta bancária, mas deve ser usado com cautela. 22 Cartão de crédito Cartão de crédito 23 • Todos os pagamentos concentrados no mesmo dia do mês; • Mais dinheiro em caixa. • Falta de controle dos gastos; • Pagar o mínimo ou parcelar (Juros altos) Benefíci os Cuidado s Cartão de crédito 24 Conceitos • Empréstimo é sinônimo de juros. • Normalmente é visto como o vilão, mas nem sempre representa uma má escolha, pois permite que façamos grandes compras, como a compra de um imóvel. 25 Empréstimos Empréstimos 26 • Empréstimo pessoal: Modalidade de empréstimo bancário para pessoas físicas que necessitam de dinheiro para qualquer finalidade. Custo: há cobrança do IOF e de taxa de abertura de cadastro (TAC), que fica em torno de R$ 25 a R$ 150, conforme a instituição financeira. • CDC: Crédito Direto ao consumidor é uma modalidade para o consumo de bens duráveis, como: geladeiras, televisão etc; ou bens semiduráveis, como: roupas, calçados, maquiagens. Custo: Taxa de abertura de cadastro (TAC), que varia entre R$ 5 e um percentual do valor financiado. Incide IOF. Empréstimos 27 • Leasing: Modalidade de arrendamento mercantil, onde a instituição financeira adquire o bem e cede o direito de uso ao comprador, porém o mantém em seu nome. O comprador irá utilizar o bem pelo período estabelecido em contrato, desde que pague pelas prestações pré‐ determinadas. Após o término das parcelas, o condutor pode optar por adquirir o bem, por um valor residual pré‐ estabelecido, ou devolvê‐lo ao banco. Empréstimos 28 • Diferença entre leasing e CDC A diferença do Leasing para o CDC é que neste último, o bem fica no nome do comprador, porém alienado à instituição financeira que o financiou. Além disso, no leasing caso o comprador queira antecipar algumas parcelas, não existe desconto de juros. Já no CDC é possível antecipar quantas parcelas quiser, pagando menos juros. Uma vantagem do leasing é que não tem incidência de IOF (Impostos sobre operações financeiras), o que reduz o valor da prestação. Empréstimos 29 • No caso da compra de um veículo, observe suas intenções: Se a intenção for ficar um bom tempo com o bem, o leasing é uma boa opção, já que os juros e, consequentemente, as prestações são menores. Caso exista a intenção de desfazer do veículo logo, melhor é optar pelo CDC. Ao contrair um empréstimo, saiba qual o custo efetivo total (CET). O CET é expresso em percentual e inclui todos os encargos e despesas das operações, como: taxa de juros, tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas. Empréstimos 30 • Consórcio: O consórcio trata‐se de uma poupança coletiva, na qual todos os participantes pagam uma parcela mensal, proporcional ao valor do bem a ser adquirido. Não há taxas de juros nos consórcios. Porém, é fixada uma taxa de administração, cujo valor corresponde de 15 a 20% do total da carta de crédito. Além de não incidir juros, é uma forma “forçada” de poupar dinheiro. A desvantagemé que não se sabe ao certo quando será contemplado. E caso seja contemplado no final, incidir uma inflação alta. Orçamento ORÇAMENTO FAMILIAR 31 Orçamento familiar O orçamento é uma estimativa da entrada e saída do seu dinheiro num mês. Essa parte é quando coloca na ponta do lápis o valor do aluguel, da luz, água e gás…. Ok, você montou o seu orçamento, sabe exatamente quanto gasta. O que fazer então com isso? 32 Orçamento familiar É no planejamento que vem a parte mais gostosa de fazer um orçamento mensal – sonhar. Aqui precisam estar seus objetivos para serem realizados em curto, médio e longo prazo. 33 Orçamento familiar Portanto, o planejamento financeiro é executado por meio do orçamento familiar, o qual: Representa: • A previsão das receitas e das despesas de uma família (mesmo que essa família seja só você). Objetivo principal: • Direcionar a aplicação dos recursos financeiros de maneira consciente e otimizada. 34 Orçamento familiar Permite: • Saber a origem e destinação dos recursos financeiros; • Identificar a real condição financeira; • Desenvolver boa relação com o dinheiro. 35 Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 36 1 2 3 4 5 Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 37 2 3 4 5 Defina quais são seus principais custos fixos mensais (aqueles que fazem parte do seu dia‐a‐dia) e coloque em uma planilha. Os gastos esporádicos também devem ser considerados na planilha em uma estimativa mensal, colocando quanto você gasta aproximadamente com vestuário, medicamentos, lazer, etc. 1 Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 38 2 3 4 5 Anote diariamente todas as suas receitas e despesas. Crie um método para não se perder, como: ‐Guardar os recibos; ‐Exportar a movimentação bancária; ‐Utilizar apps que tem interface automática com o banco. 1 O passo a passo do seu orçamento familiar: Orçamento familiar 39 1 3 4 5 Mensalmente, relacione as entradas de recursos com as suas obrigações no período. Compare com os gastos que você vai ter com o dinheiro que vai receber e tente encontrar um ponto de equilíbrio. Faça as contas e, se ao final descobrir que elas não fecham, refaça e tente encaixar a renda no orçamento doméstico. 2 Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 40 1 2 4 5 Após conhecer todos os seus gastos, projete o seu orçamento para os próximos meses. Considere: ‐A média de valores dos últimos três meses; ‐Evento que acontecerá nos próximos meses; ‐Eventos esporádicos e extraordinários. 3 Identifique sua situação financeira: ‐Em quais meses sua situação financeira está desfavorável e defina ações a serem tomadas; ‐Um planejamento que demande mais recursos. Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 41 1 2 3 4 5 Orçamento familiar O passo a passo do seu orçamento familiar: 42 1 2 3 4 Avalie o seu desempenho, observando os resultados. ‐Realize comparações entre o previsto e o realizado; ‐Certifique‐se que o planejado irá se realizar, acompanhando e agindo proativamente. 5 E quando as contas não fecham, o que fazer? 43 • Reduza, inicialmente, suas despesas optativas e, se necessário, as variáveis. • O mecanismo é simples: faça cortes de cima para baixo. Reduzir as despesas Despesas: como reduzir 44 • Além disso, se pergunte: “Por que estou adquirindo esse objeto?” • Gastos por impulso comprometem o seu esforço em direção a uma vida financeira equilibrada. • Gaste com consciência. • Utilize estratégias, como por exemplo o 3Rs: • Defina um novo comportamento de consumo. Despesas: como reduzir 45 Orçamento familiar Modelos de orçamento familiar: • Modelos de planilha para controle orçamentário\Cópia de PlanilhaOrcamentoPessoalEdu.xls • Modelos de planilha para controle orçamentário\idec‐ orcamento‐domestico.xls • Modelos de planilha para controle orçamentário\GuiaCVMPlanejamentoFinanceiro.xlsx 46 Orçamento familiar Considerações finais: • Dedique‐se ao seu orçamento: I.Separe um tempo diário para registrar todas as suas despesas; II.Faça projeções uma vez ao mês; III.Analise os resultados pelo menos uma vez ao mês. 47 Orçamento familiar Considerações finais: • Dicas: I.Defina as datas de início e fim do seu mês; II.Ajuste as datas de pagamento da sua conta em função da entrada de receita; III.Identifique gastos que podem ser eliminados ou reduzidos. 48 Orçamento familiar Considerações finais: Não basta apenas anotas receitas e despesas, deve‐se, também, planejar, eleger prioridades e controlar o fluxo de caixa. 49 Obrigada! 50 Bibliografia 51 Caderno de Educação Financeira: Gestão de Finanças Pessoais. BACEN, 2013. Curso de Gestão Financeira e Pessoa. Escola Corporativa Ampliar. Brasília, 2016. Guia de Planejamento Financeiro. BM&FBovespa, 2012. Pessoa Física: Planejamento e Controle Financeiro Pessoal. SEBRAE, 2013.
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