Buscar

Estudos Dirigidos Fundamentos de Sociologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
ROTEIRO DE ESTUDOS DIRIGIDOS
Disciplina: Fundamentos de Sociologia
Olá Pessoal, 
Para contribuir com seus estudos para as provas, montamos este roteiro de estudos dirigido, que apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir as vídeo-aulas, pois as questões são elaboradas com base em todos estes materiais. 
Vamos lá!? 
No contexto de surgimento da Sociologia a partir do século XVIII, várias tentativas de construir uma explicação rigorosa sobre a realidade social estavam em curso. Muitos autores tentaram formular uma nova ciência sobre o social. No entanto, antes da Sociologia, ainda no período medieval existiam outras formas de explicar a realidade. As explicações baseadas na fé perduraram durante quase todo o período. Mas aos poucos os homens foram procurando outras formas de explicação [...] O predomínio da fé e da religião como formas de explicação e organização da vida social dura até meados do século XV, quando começa a perder força e surgem novas formas, mais racionalizadas de explicar o mundo, algo que foi muito desenvolvido durante o Renascimento. (livro-base, p. 20).
O período medieval apesar de ter durado mil anos, chegou ao fim por volta do ano de 1453 com a queda de Constantinopla. Vários fatores contribuíram para sua queda, entre eles o surgimento de novas ideias que colocaram em questão o poder e o predomínio da Igreja. A partir do século XVI, principia na Europa, um movimento chamado Renascimento se constituiu em uma tendência cultural laica. O predomínio da fé e da religião como formas de explicação e organização da vida social dura até meados do século XV, quando começa a perder força. A partir do século XVI, principia na Europa, um movimento chamado Renascimento se constituiu em uma tendência cultural laica (isto é, não religiosa), racional e científica (Falcon, 1994). Era inspirado na cultura greco-romana e não aceitava os valores e as concepções da Idade Média. (livro-base, p. 22).
Os homens sempre tentaram compreender e explicar o mundo. Num primeiro momento, as explicações míticas serviam para apaziguar o medo, organizar e dar sentido a realidade. Recorria-se aos deuses para encontram uma forma de explicar os acontecimentos e as origens das coisas. As duas formas de explicar a realidade que estavam presentes no fim do período medieval e no Renascimento eram: Conhecimentos da religião, fé e tradição e formas científicas baseadas na observação. A Religião, fé e a tradição predominam até meados do século XV e utilizam elementos não científicos. Abordagem científica começa a ganhar força a partir do século XVI, com o Renascimento, e do século XVIII, com o Iluminismo. Buscavam explicar a realidade com base na observação empírica. (livro-base, p.23)
Aos poucos vai se formando um contexto favorável ao surgimento da Sociologia como ciência. As ideias do Renascimento, do Iluminismo e de vários autores desses períodos irão pavimentar o caminho para a nova ciência. Forma-se uma atmosfera de valorização do pensamento científico e da valorização da lógica e da observação empírica sobre a realidade. A Sociologia é a ciência que estuda a interação do indivíduo com a sociedade, as relações que ele mantém, a sua inserção na coletividade. Nessa altura, já podemos começar a construir uma definição para sociologia. Sociologia é a ciência que estuda a interação do indivíduo com a sociedade, as relações que ele mantém, a sua inserção na coletividade. É o estudo da vida social, dos grupos e das sociedades. (livro-base, 23-24).
Ao estudarmos o surgimento da Sociologia, percebemos o quanto o contexto histórico do século XVIII e XIX foram importantes para que a nova ciência da sociedade tivesse algumas características tão singulares, entre elas a de olhar para o social de modo científico, organizado, sistemático e rigoroso. 
Mudança na mentalidade o mundo, Renascimento, Iluminismo e as revoluções francesa e industrial. Até aqui vimos como a mudança nas formas de interpretação do mundo foi essencial para o surgimento da sociologia e refletimos sobre transformações nas formas de olhar o mundo e na mentalidade dos homens. Mas as mudanças não ocorreram apenas no campo das ideias. Outras transformações na sociedade também foram importantes para o surgimento da sociologia. Entre elas, duas foram essenciais para essa ciência. Trata-se das “duas grandes revoluções” dos séculos XVIII e XIX na Europa: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, as quais impuseram novos problemas para os pensadores da época. (Livro-base, 25)
O mundo medieval chegava ao fim, e sobre suas ruínas emergia uma nova cultura. O humanismo, o Estado laico, a valorização da cultura e da ciência, indicam os alvores do que será conhecido como modernidade. Mudanças profundas marcam a Europa desse período. As implicações da Revolução Francesa foram: Fim do feudalismo e do Antigo Regime. Ascensão da burguesia ao poder. Fim dos privilégios da nobreza. Abalo no poder da Igreja. (livro-base, p. 33).
A revolução francesa trouxe uma série de mudanças, principalmente no aspecto político, inaugurando o acesso aos direitos dos cidadãos. O sufrágio universal, não só marcou o fim do absolutismo, mas consolidou o ideal democrático como modelo a ser buscado e aperfeiçoado. Outra revolução importante, com profundas implicações na sociedade foi a revolução industrial ocorrida no final do século XVIII. 
Sobre as consequências sociais da revolução industrial, temo: Novas formas de organizar o trabalho, novas tecnologias produtivas, urbanização e precarização do trabalho fabril. Novas tecnologias e mudanças nas formas de organizar o trabalho. Industrialização.
Êxodo rural e urbanização. Surgimento do proletariado. Condições precárias de vida dos trabalhadores. (livro-base, p. 33).
O processo de transformação que marcou o surgimento da sociedade moderna foi acompanhado por um conjunto complexo de problemas, sobre os quais não havia uma teoria formulada que pudesse dar conta de suas causas e possibilidades de resolução. Em boa medida, será sobre esses problemas, que irá se debruçar a Sociologia nascente. 
Entre estes esses problemas estão: A urbanização acelerada, a industrialização, classe trabalhadora, conflitos diversos, consolidação do capitalismo. Já vimos que a sociedade exigia outras respostas, ou seja, respostas científicas e racionais. Toda essa nova realidade, que englobava a urbanização, a industrialização, a consolidação do sistema capitalista, o surgimento da nova classe de trabalhadores que empobrecia enquanto a burguesia enriquecia, e todos os problemas resultantes dessa situação apareciam aos homens da época como um “caos social”. (Livro-base, p. 29-30).
Não é por mero acaso que a sociologia, enquanto instrumento de análise, inexistia nas relativamente estáveis sociedades pré-capitalistas, uma vez que o ritmo e o nível das mudanças que aí se verificam não chegavam a colocar a sociedade como um “problema” a ser investigado. (Martins citado por Paixão 2012 p. 34) As três áreas principais que formam as ciências sociais, abrangem a Antropologia, a Ciência Política e Sociologia. Vale lembrar que as três áreas principais que formam as ciências sociais, abrangem a Antropologia, a Ciência Política e Sociologia. As pesquisas antropológicas se consolidaram no século XIX com estudos voltados a realidade física e cultural de diferentes agrupamentos humanos. ( rota 01, tema 01, p. 05). 
Lembrando-se dos clássicos podemos pensar em alguns conselhos, aos que se propõe estudar a realidade social. Max Weber escreveu em sua obra Metodologia das Ciências Sociais sobre a importância de o cientista social ter bem claro os próprios valores, e crenças pessoais, uma vez que estarão presentes na escolha do que será pesquisado, e podem afetar seu olhar e análise. (Rota 01, tema 04, p. 16). Para identificaroutros cuidados apontados por Durkheim, precisam estar presentes ao longo da pesquisa social: 
Afastar as pré-noções, ser racional, objetivo e o mais imparcial possível. O alerta semelhante foi feito também para Durkheim em As regras do método sociológico, onde o autor recomenda que no processo analítico é necessário que sejam afastadas as prenoções, com isso querendo dizer da necessidade de se evitar julgamentos de valor. (Rota 01, p. 16-17).
Considere a imagem a seguir:
Fonte: http://www.vidaeaprendizado.com.br/artigo.php?id=596 – Acesso em fevereiro de 2016
A imagem ilustra a situação de concentração de renda muito presente na sociedade brasileira. A alta concentração de renda tem como um dos efeitos mais negativos o problema da desigualdade social com a distribuição desiquilibrada da ruiqueza entre a população. Distribuição e concentração de renda no Brasil. 
Ela nasce e se desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais complicados das situações de existência das modernas sociedades industriais e de classes. E seu progresso, lento mas contínuo, no sentido do saber científico-positivo, também se faz sob a pressão das exigências dessas situações de existência, que impuseram, tanto ao pensamento prático quanto ao pensamento teórico, tarefas demasiado complexas para as formas pré-científicas de conhecimento. (FERNANDES, F. A herança intelectual da sociologia. In: FORACCHI, M. M.; MARTINS, J. S. Sociologia e sociedade: leituras de introdução à sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1977. p. 11-20.)
As características das ciências humanas têm o ser humano como objeto e apresenta proximidade entre pesquisado e pesquisador. Têm o ser humano e suas relações como objeto de estudo. Não existe a possibilidade de separação clara entre o objeto de estudo e o pesquisador. Sociologia, psicologia, geografia humana, história, linguística. (livro-base, p. 46).
Como ciência, a Sociologia foi uma das mais jovens a adquirir r econhecimento, autonomia e independência. Vamos lembrar já no século XVIII a maioria das ciências estavam consolidadas, como a física, a química, a matemática a astronomia entre outras. Faltava um saber científico que pudesse dar conta de explicar a sociedade. Assim, será no contexto da sociedade moderna, que a Sociologia se firma como saber científico. (Rota 02, tema 01, p. 05). Estuda a natureza, existe separação entre objeto e pesquisador, baseia-se no método experimental. O objeto de estudo é a natureza e existe a possibilidade da separação entre objeto de estudo e pesquisador. São exemplos de ciências da natureza a Física, química, biologia, anatomia, fisiologia.
A cultura cientificista que vai se formando nos alvores da modernidade inoculou a formação do pensamento sociológico. Um exemplo emblemático dessa situação foi a teoria social desenvolvida por Augusto Comte (1978-1857). Em sua trajetória intelectual, Comte se propôs a formular um conhecimento que pudesse explicar as mudanças sociais. Na tentativa de explicar as muitas dessas mudanças, apresentou sua concepção de sociedade e sua teoria social na obra Curso de filosofia positiva publicada em 1830. (Rota 02, tema 03, p. 11). Postula que a ciência deve se fundar na observação, na comparação e na classificação com base em leis gerais e universais. Postula que a ciência deve se fundar na observação, na comparação e na classificação. A ciência deve procurar leis gerais de validade universal. Postula a separação rígida entre pesquisador e objeto de estudo. Defende a possibilidade de previsão de estados futuros. Busca a normatização e a ordenação daquilo que estuda. Tudo aquilo que foge das “leis gerais” pode ser considerado patológico. (livro-base, p. 50). 
Muitos autores tentam justificar e de certa forma explicar a obsessão de Comte pela hierarquia e pela ordem em função do contexto sócio político de sua época, marcado pela presença de regimes despóticos e revoluções. A crise nos valores tradicionais e a ameaça constante de convulsões sociais, fizera com que o filosofo buscasse uma reordenação não só das ciências, mais também tenha buscado oferecer uma doutrina que ajudasse a manter a paz e ordem social, sem as quais não seria possível o avanço cientifico e o progresso material da humanidade. (Rota 02, tema 03, p. 11). 
A sociologia deveria descobrir as leis gerais que regiam a sociedade de modo a condi-la a seu desenvolvimento. Para Comte (1978a, 1978b, 1983a, 1983b), a sociologia deveria descobrir as leis gerais que regiam a sociedade. Assim, com o conhecimento dessas leis seria possível conduzir a sociedade ao seu pleno desenvolvimento e mesmo prever como estaria no futuro. As ideias de evolução e ordem são recorrentes no pensamento positivista de Comte. Ele buscava um conhecimento baseado em evidências empíricas, formuladas com base na observação, na comparação e na experimentação. Propunha também para as ciências sociais um método semelhante ao método das ciências naturais. (Livro-base, p. 51).
Entendo por física social a ciência que tem por objeto próprio o estudo dos fenômenos sociais, considerados com o mesmo espírito que os fenômenos astronômicos, físicos, químicos e fisiológicos, isto é, como submetidos a leis naturais e invariáveis, cuja descoberta é o objetivo especial de suas pesquisas. Propõe-se, assim, a explicar diretamente, com a maior precisão possível, o grande fenômeno do desenvolvimento da espécie humana, considerado em todas as suas partes essenciais; isto é, a descobrir o encadeamento necessário das transformações sucessivas pelo qual o gênero humano, partindo de um estado apenas superior ao das sociedades dos grandes macacos, foi conduzido gradualmente ao ponto em que se encontra hoje na Europa civilizada. O espírito dessa ciência consiste sobretudo em ver, no estudo aprofundado do passado, a verdadeira explicação do presente e a manifestação geral do futuro. (Comte, 1983b, p. 53) 
Na sua obra Curso de filosofia positiva, Comte (1978b) formulou a teoria dos três estágios pelos quais passaria o conhecimento humano até o seu pleno desenvolvimento: o teleológico onde predominava uma visão religiosa e mítica da sociedade, o metafísico com as grandes interrogações filosóficas, e o positivo ou empírico que surge a parir da revolução industrial. (livro-base, p. 53). 
Nascido na região da Alsácia, Durkheim veio de uma família com forte presença da influência judaica. Tendo iniciado seus estudos acadêmicos na Escola Normal Superior em Paris, esteve na Alemanha onde pode estudar ciências sócias, teve contato Wilhelm Wundt, criador da psicologia. Após sua incursão pelo ambiente acadêmico alemão, decide voltar para França e dar início ao seu projeto de constituir a sociologia como ciência. (Rota 02, tema 05, p. 17). Para Durkheim, não é a sociedade que é formada pelos indivíduos, e sim o contrário: é a sociedade que forma os indivíduos. Para Durkheim, não é a sociedade que é formada pelos indivíduos, e sim o contrário: é a sociedade que forma os indivíduos sociedade é formada pelos indivíduos. Pois bem, (Aron, 2003). Isso porque Durkheim considerava que a sociedade prevalece sobre os indivíduos e é ela que os molda. Ao longo do estudo, analisaremos melhor essa noção da superioridade da sociedade sobre o indivíduo em Durkheim. (livro-base, p. 57).
Para Marx a história produz e é produzida pelos homens. O que significa dizer que os homens fazem a história, mas nem sempre a fazem como querem. Muitas vezes partem de contextos desfavoráveis e tem que enfrentar grupos e instituições que são contrários a mudanças, principalmente quando suspeitam que as mudanças e transformação propostas por uma classe, representa o fim de privilégios de outras. (Rota 04, tema 03, p. 11-12) 
A aprofunda análise que Marx faz do capitalismo, se converte numa análise da sociedade capitalista. 
Contradições básicas do capitalismo
	Desenvolvimento das forças produtivas
X
Relações de produção
(relações de propriedade
e de distribuição de renda)
	Crescimento da riqueza
X
Aumento da misériaMarx entendia que as condições materiais de uma sociedade, o modo como essa sociedade está organizada para produzir sua subsistência tem reflexos no modo como os homens representam e significam essa sociedade. Marx compreende por forças produtivas: Todas as forças, meios, técnicas e formas de organizar o trabalho que a sociedade utiliza para produzir aquilo de que necessita. Forças produtivas são todas as forças, meios, técnicas e formas de organizar o trabalho que a sociedade utiliza para produzir aquilo de que necessita. Inclui as tecnologias, as fontes de energia, o tipo de trabalho utilizado − trabalho escravo, livre, assalariado, servidão (Marx, 1978; Kammer, 1998; Bottomore, 2001). (livro-base, p. 86). 
A consolidação do capitalismo como modo de produção dominante, forçou o assalariamento e destitui os trabalhadores da possibilidade desfrutar do seu trabalho. O surgimento da fábrica cria uma cultura do tempo útil, da produtividade, que visa a disciplinar a todos. A dinâmica social é agora permeada pelo ethos do trabalho, do sacrifício e da ascese. (Rota 04, tema 03, p. 13).
Marx entende por relações de produção: às relações de propriedade e de distribuição, ou seja, referem-se aos tipos de propriedade que existem e como são distribuídos os bens produzidos. Relações de produção são formadas pelas relações de propriedade e de distribuição, ou seja, referem-se aos tipos de propriedade que existem e como são distribuídos os bens produzidos, de acordo com os tipos de propriedade (Sell, 2002; Bottomore, 2001). (livro-base, p. 87). 
Na Idade média a cultura religiosa legitimava a vida social organiza na forma piramidal com nobres e o clero no topo, e a plebe sustentando a base dessa hierarquia com seu trabalho. Qual seria a ideologia justificadora dos tempos atuais, que ideias, símbolos e crenças são usadas para legitimar, de um lado, a classe que vive de seu trabalho, e a classe que vive da exploração desse trabalho? (Rota 04, tema 03, p. 12). Por meio do trabalho os homens entram em contato uns com os outros e passam a transformar a realidade que os cerca. Assim, os homens, por meio do trabalho, entram em contato uns com os outros e passam a transformar a realidade que os cerca. O trabalho promove, então, o intercâmbio com a natureza e com outros homens. (Livro-base, p. 89). 
No entanto, no contexto do capitalismo e do trabalho assalariado, a humanidade do trabalhador é negada, reificada, embrutecida. O aparato superestrutural construído pelo mundo burguês fornece ao trabalhador uma visão invertida da realidade, termina por naturalizar, uma relação sócio-histórica de exploração e opressão. (Rota 04, tema 03, p. 12). O conceito de estrutura de Marx, esta relacionado às formas de propriedade, de distribuição de divisão do trabalho, que são as relações sociais de produção. O conjunto destas constitui a estrutura econômica da sociedade e é a base real que condiciona todo o conjunto da sociedade. (livro-base, p. 90-91) 
O conceito de superestrutura diz respeito ao reflexo causado pela estrutura que gera uma superestrutura jurídica e política, a que correspondem determinadas formas de consciência, pelas quais os homens tomam conhecimento de toda a sociedade. Pode abranger as leis, a arte, a educação, a imprensa e outros elementos eu servem para veicular e disseminar a ideologia burguesa (livro-base, p. 90-91)
O modo de produção da vida material é que condiciona o processo da vida social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, inversamente, o seu ser social que determina a sua consciência. (MARX, Prefácio para a critica da Economia Política. s/d) 
Pelo materialismo histórico, a maneira como os homens produzem a materialidade do mundo condiciona a vida social. As grandes transformações são as transformações na forma de produzir –estrutura econômica –, que, por sua vez, transformam toda a sociedade É isso que Marx chama de materialismo histórico ou concepção materialista da história. (Livro-base, p. 93).
As formas determinadas de organização da vida social se alteram pela ação dos homens, pela sua práxis, isto é, na medida em que vão compreendendo como funciona a sociedade, atuam em sua transformação, essa atuação é chamada por Marx de luta de classes, essa luta que esta sempre presente na sociedade. (Rota 04, tema 04, p. 14-15).
Considere seus estudos e aponte quais classes estão em conflito no capitalismo. A classe social define-se a partir da inserção dos indivíduos na produção da vida material, ou seja, o que os indivíduos são no momento do trabalho, se são escravos ou senhores, trabalhadores ou patrões. Com base nessas inserções, teremos uma determinada posição em relação às formas de propriedade. O escravo não tem propriedade alguma e o senhor tem a propriedade dos meios de produção. 
Na lógica analítica de Marx, sociedade moderna capitalista, engendrou as possibilidades para a sua superação. A contradição entre capital e trabalho aumentou o abismo entre rios e pobres, essa condição agravada progressivamente levaria a derrubada da sociedade burguesa e criação de uma sociedade sem classes. 
Marx, no entanto chamou a atenção para o problema da ideologia e das dificuldades de ações revolucionárias. Refere-se às representações distorcidas da realidade, funciona como uma cortina de fumaça que distorce a visão dos homens. Ideologia é o conjunto de representações características de uma época e de uma sociedade, produzidas pela prática social. Contudo, segundo Marx, essas representações não correspondem à realidade tal qual ela é; elas são, sim, uma aparência da realidade. A ideologia é como uma “cortina de fumaça” que distorce a visão que os homens têm da realidade (Aron, 2003; Sell, 2002; Bottomore, 2001). (Livro-base, p. 98).
Analise a imagem e o diálogo 
Fonte: http://curriculomais.educacao.sp.gov.br – Acesso em abril de 2016
Ora, o sistema de ideias e de concepções ordenadas que predominam na sociedade faz com que os homens se comportem da maneira que a classe dominante deseja. Assim, essa classe pode continuar se apropriando do fruto do trabalho e, enquanto a riqueza de alguns cresce, a pobreza dos trabalhadores aumenta.
Podemos perceber que, para Marx, a questão primordial para os trabalhadores não é apenas o aumento de salários. A injustiça maior, ou a grande contradição do capitalismo, é o fato de os trabalhadores não serem proprietários da riqueza que produzem (Mészaros, 2002). O salário representa apenas uma parte da riqueza que o trabalhador produz; o resto da riqueza é apropriada pelo capitalista na forma daquilo que Marx (1968) chama de mais-valia. (Livro-base, p. 100-101).
Nascido no ano de 1864 na cidade de Erfurt, Karl Emil Maximiliam iniciou seus estudos em Heidelberg e posteriormente em Berlim. Era um homem de múltiplos interesses, estudou filosofia, economia, história e teologia. Em 1891 se doutorou em direito e dois anos depois se casa com Marianne Schnigter. (Rota 05, tema 01, p. 05)
Weber propos uma abordagem sociologica diferenciada que ficou conhecida como Sociologia compreensiva. Essa abordagem Procura compreender como o ator dá sentido à sua conduta, à sua ação social, que pode ser racionalmente orientada, a partir de uma intencionalidade. O ponto central da sociologia de Max Weber é o conceito de ação social. A sociologia weberiana procura compreender como o ator dá sentido à sua conduta, à sua ação social, que pode ser racionalmente orientada. Para esse autor, o indivíduo é sempre portador de uma intencionalidade (Weber, 1994). Examinando-se o indivíduo e a sua intencionalidade, é possível compreender as instituições, os grupos, os comportamentos. (Livro-base, p. 114-115).
Apesar do fundamento da sociologia weberiana ser o indivíduo, isso não indica um desprezo pela esfera social. Weber (1994, 1977) parte do pressuposto de que somente o indivíduo é dotado de um grau de intencionalidade capaz de ser apreendido nas situações estudadas. As instituiçõesseriam, dessa forma, modos de agir consolidados em sociedade.
Weber define ação social como aquela ação orientada pela ação dos outros. Os “outros” podem ser um indivíduo ou uma coletividade. Ação social é aquela ação orientada pela ação dos outros. Os “outros” podem ser um indivíduo ou uma coletividade. Pode ser desconhecido ou conhecido. Nem toda ação entre os homens é de caráter social. Somente o é quando tem um sentido dirigido pela ou para a ação dos outros. Dessa forma, a simples imitação não poder ser uma ação social, ela somente será social quando houver um sentido, um significado atribuído à conduta (Weber, 1977). (Livro-base, p. 119). 
Na sua tentativa de compreender os fenômenos sociais, Weber estabelece uma tipologia das ações sociais. A construção de uma tipologia faz parte de sua metodologia (Aron, 2003). As várias tipologias constituem um recurso que Weber chamou de tipo ideal.
Tipo ideal é uma construção teórica elaborada pelo pesquisador com base em vários aspectos históricos formando um recurso metodológico. O tipo ideal é uma construção teórica elaborada pelo pesquisador com base em vários aspectos históricos. É utilizado como instrumento de pesquisa, possibilitando verificar se a realidade a ser estudada se aproxima ou se distancia do tipo ideal construído. O tipo ideal nunca será encontrado tal e qual na realidade, sendo apenas uma construção teórica. É um recurso metodológico (Sell, 2002; Johnson, 1997). (Livro-base, p. 121). 
Para compreendermos melhor o método de Weber é necessário apresentar os tipos de ações possíveis segundo sua análise, uma vez que compreender significa captar o sentido individual, as motivações do agir social. Por ação social podemos abranger as mais diversas atitudes dos seres humanos, trabalhar, estudar, comprar e vender, consumir, agir com violência, praticar uma boa ação etc. (Rota 05, tema 03, p. 8-9)
são os quatro tipos de ações sociais propostas por esse autor: 
Ação social racional, afetiva, com relação a valores e ação tradicional.
	Racional com relação a fins
	Racional 
com relação
a valores
	Afetiva
	Tradicional
	O ator age racionalmente, selecionando e utilizando os meios mais adequados para alcançar o fim desejado.
	O ator age racionalmente, com base em um valor, para alcançar o fim desejado. O valor pode ser estético, moral ou religioso.
	O ator age emotiva e emocionalmente para alcançar o fim desejado. Pode ser considerada “irracional”.
	O ator age com base na tradição e nos costumes para alcançar o fim pretendido.
Embora Weber discorde de Marx em relação a forma de compreender a sociedade como fruto da luta de classes, o mesmo entende que a sociedade tão pouco é fruto de relações simétricas e equilibradas. Na verdade para este autor a desigualdade social estaria muito mais ligada à desigualdade natural entre as pessoas (RIUTORT, 2008).
Observe o diagrama abaixo
Fonte: http://zip.net/bss3y0 - Acesso me março de 2016 
O Diagram se refere a Teoria das formas de dominação.
Ou Tipologia da dominação 
	Carismática 
	Tradicional
	Racional-legal
	Baseia-se em um poder mágico, religioso. O líder carismático encarna um herói, um salvador.
	Baseia-se em um poder herdado na tradição. O líder tradicional governa por uma “herança”. 
	Baseia-se na legitimidade das leis e na posição que os indivíduos ocupam na estrutura burocrática.
(Livro-base, p. 130).
Algumas diferenças entre Marx e Weber: Marx toma o fator econômico como determinante para explicar as contradições da sociedade, Weber entende que o os conflitos existem, porém a economia não é a única causa. De fato Marx, toma o fator econômico, isto é base material da sociedade como elemento central para explicar a sociedade capitalista e suas contradições, Weber concorda que a economia é um fator importante, mas por si só não pode explicar todos os fenômenos sociais que são multicausais (p. 92-95 e 120 a 125).
Essa organização racionalizada da produção distribui e organiza a força de trabalho, investe na produção e disponibiliza os recursos para viabilizar a empresa. Weber acredita que esse processo de racionalização tem o objetivo de inibir comportamentos tradicionais de laser e gozo do fruto do trabalho. (Rota 05, tema 05, p. 14). O procsso de racionalização apontado por Weber assume proporções civilizacionais colonizando todas as esferas da vida social. Abandono das concepções mágicas e tradicionais em favor de formas cada vez mais precisas, organizadas e burocratizadas. 
Segundo Weber, o processo de racionalização é o abandono das concepções mágicas e tradicionais como formas de explicação e orientação da vida social, em favor de formas cada vez mais precisas, organizadas e burocratizadas. É uma adaptação cada vez maior entre meios racionais para se conseguirem os fins desejados (Weber, 1994). (Livro-base, p. 127). 
Viver em sociedade não é um processo natural. Nascemos da espécie humana, mas tornar-se humano é um processo que tem etapas e precisa da ajuda outros seres humanos. O desenvolvimento humano acontece numa tripla dimensão, bio-pisco-social. 
Durkheim define socialização Como: a imposição feita pela sociedade dos valores, regras e normas de conduta e sua assimilação pelos indivíduos. Dizendo de outra maneira, é como se a coletividade fizesse a imposição de padrões sociais às condutas individuais. A sociedade impõe a nós – à semelhança do fato social de Durkheim , as regras, os padrões e as normas que ela possui. Mesmo nas nossas funções fisiológicas existe “a mão da sociedade”, regulando e colocando regras. Essa imposição dos padrões sociais, das regras, das normas e dos valores da sociedade e sua assimilação pelo indivíduo recebem o nome de processo de socialização (Berger; Berger, 1977b). (Livro-base, p. 146-147). 
O conceito socialização e com o objetivo de construir um novo campo específico – o campo da sociologia da infância –, grande parte desses autores defendeu e ainda defende que o conceito socialização surgiu imbricado em teorias de reprodução e manutenção da ordem social – um incorporar de padrões de valores, normas de conduta moral com relação aos outros e a si mesmo –, com suas bases em concepções durkheimeanas. Associado ao conceito de socialização encontra-se a ideia de identidade. A identidade em termos sociológicos consiste nos elementos que possibilitam uma compreensão sobre o que o indivíduo e sobre o que é significativo para ele, sobre o que eles são em relação aos outros.
A identidade refere-se à forma e aos elementos que possibilitam uma compreensão sobre o que o indivíduo é e sobre o que é significativo para ele. É dada por essas formas de compreensão e significação e é formada com a exclusão de outras formas de compreensão e significação. Assim, a identidade diz ao mesmo tempo sobre o que o indivíduo é e sobre o que ele não é (Giddens, 2005). (Livro-base, p. 1554). 
A especificidade dos processos de socialização na infância, de um ponto de vista sociológico, repousa no fato de que as crianças participam de uma série de modalidades de interações sociais, que variam cultural e historicamente e, de maneira generalizada, ocorrem " apenas" na infância.
Sobre o processo de socialização que pode ocorrer em duas etapas, socialização primária e socialização secundária. A socialização secundária ocorre por meio de outros agentes de socialização, como a escola e o trabalho. Socialização primária ocorre a partir da infância, com o contato com outros agentes de socialização, como a escola, o trabalho, o grupo de iguais, a mídia. (Livro-base, p. 155). 
O relativismo cultural é fruto do reconhecimento da incapacidade de mensurar a cultura de um grupo, assim como manifesta-se como uma crítica as abordagens evolucionistas, segundo as quais sociedades e culturas podiam ser classificadas das primitivas às avançadas. O oposto do relativismo é o etnocentrismo. . Etnocentrismo é a tendência em julgar a própria cultura como a mais correta ou a melhor e julgar as outras por um parâmetroestabelecido de modo autoreferente. Etnocentrismo é a tendência em julgar a própria cultura como a mais correta ou a melhor e julgar as outras por um parâmetro estabelecido a partir da sua. 
Analise a imagem que segue
Fonte: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2232 – Acesso em abril de 2016
A imagem representa a desigualdade social: Uma das causas que gera a desigualdade social é a concentração de renda. Como foi mostrado na aula em discutíamos o pensamento social de Marx, 1% mais rico detém mais de 50% da riqueza mundial, enquanto os 50% mais pobres possuem apenas 1% da riqueza do planeta. Não é difícil imaginar como a realidade da imagem acima é possível.

Outros materiais