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Parasitologia: Características e Ciclo de Vida

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Parasitologia – 18/03/2014
Parasitismo
É a interação entre indivíduos de espécies diferentes onde parasita e hospedeiro tem uma relação intima com dependência metabólica. 
Características Gerais
× Unicelulares ou Pluricelulares
× Podem ser patogênicos ou não
× Divididos em Helmintos, Artrópodes e Protozoários. 
× Os hospedeiros podem ser classificados como Hospedeiros Definitivos que é onde ocorre o ciclo sexuado do parasita e em Hospedeiro Intermediário onde ocorre o ciclo assexuado do parasita. 
Classificação
× Monoxeno: Parasita que necessita de único hospedeiro para completar o seu desenvolvimento.
× Heteróxeno: Parasita que desenvolvi seu ciclo de vida em mais de um hospedeiro 
× Estenoxeno: Parasita que possui um hospedeiro especifico. 
× Eurixeno: Parasita que não tem um hospedeiro especifico.
× Oportunistas: Parasitas que esperam que o hospedeiro de uma brecha, por exemplo, uma baixa de imunidade para causar danos que podem ser mecânicos, obstruções ou toxidade. 
Helmintos (Vermes)
× Treatoda: Vermes folheacetos, por exemplo, a Fascíola.
× Cestoda: Segmentados em forma de fita, por exemplo, a Tênia.
× Nematoda: Cilindricos. 
Artrópodes
São normalmente parasitas externos (ectoparasitas), por exemplo, a pulga. 
Protozoários
São unicelulares e normalmente endoparasitas como, por exemplo, as amebas. Os hospedeiros dos protozoários, diferente dos outros parasitas são classificados como Hospedeiros Vertebrados e Hospedeiros Invertebrados. 
Ciclo ou Cadeia Epidemiológica
Hospedeiro 
↙ (Idade e Resistencia imunológica) ↘
Parasita ←→ Ambiente
(Penetração, Forma e Mecanismo de escape) (Temperatura, Relevo, Pluviosidade e Pastagem) 
↘ ↙
Fatores Socioeconômicos
(Saneamento) 
	
Trematoides
× Achatados dorsoventralmente
× Trato digestivo termina em fundo cego.
× Apresentam ventosas para fixação.
× São hermafroditas (de um modo geral).
× Parasitam animais vertebrados.
× Ocorrem geralmente nos dutos biliares, no trato digestivo e no sistema vascular.
× Geralmente os ovos saem pelas fezes ou urina
× Os estágios larvais desenvolvem em um hospedeiro intermediário (molusco). 
»» Fascíola Hepática ««
× Doença: Fasciolose. É uma Zoonose acidental, pois só ocorre se o ser humano comer o fígado ou vesícula infectado. 
× Distribuição geográfica: Cosmopolita, principalmente em regiões próximas a áreas alagadiças e sujeitas à inundações.
× Local de infecção: Parasita dutos biliares do fígado de mamíferos, principalmente bovinos e ovinos. Também acomete equinos, asininos, cervídeos, suínos e coelhos.
× Sintomas: Acometimento hepático e emagrecimento. Nas infecções agudas, causa anemia, diarréia sanguinolenta e morte dos animais. Os canais hepáticos ficam hipertrofiados, podendo causar a Colangite (inflamação dos ductos biliares), Ictericia, fibrose hepática 
× Maiores prejuízos: Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
× Perda econômica: Redução da produtividade, condenação dos fígados nos abatedouros.
× Metabolismo: Os parasitas nutrem-se do conteúdo biliar, dos produtos e da necrose devido a reações inflamatórias 
× Mofologia: Aspecto foliáceo, medindo 3 x 1,5 cm. Corpo achatado dorsoventralmente, no animal vivo deforma-se continuamente devido às contrações musculares. Não existe cavidade corpórea, os órgãos abrigam-se num parênquima, tendo um tegumento com espinhos e duas ventosas a Ventosa oral (extremidade anterior) e ventral (no terço anterior do parasita), sendo hermafroditas, contudo a auto fecundação não é usual.
- Aparelho digestivo (1)
a. Ventosa oral
b. Ventosa ventral
c. Dois ramos intestinais
d. Numerosas ramificações que terminam em fundo cego. As substâncias não digeridas provavelmente são regurgitadas
- Aparelho genital feminino (2)
a. Poro genital
b. Útero
c. Oótipo (geração da casca do
ovo)
d. Um só ovário ramificado
e. Canais das Glândulas Vitelogênicas
f. Ácinos glandulares
- Aparelho genital masculino (3)
a. Cirro desenvaginado
b. Bolsa do Cirro contendo segmento prostático
c. Dois canais eferentes
d. Testículo posterior ramificado, o testículo anterior também é ramificado (não mostrado) 
(1) (2) (3)
× Ciclo Biológico
O Ciclo biológico pode durar de 17 a 18 semanas, mas o Período Pré-patente (período da inserção da cercaria até a saída dos ovos ) pode durar de 10 a 12 semanas. A fáscioloa tem um ovo de trematóide, o que significa que um ovo gera centenas de adultos. Isto se deve ao fenômeno de pedogênese (uma larva gera vários adultos) que ocorre no hospedeiro intermediário. Com uma capacitade de 2000 ovos/dia, esses ovos são postos no ducto biliar e eliminados nas fezes. 
Os ovos são grandes, ovais, possuem uma casca fina e um opérculo que facilita a quebra quando a larva está pronta para eclodir. Os ovos viram um miracídio, que por efeito da luz, digere o opérculo.
- Miracídio: Possui revestimento ciliar, tem capacidade de nadar e é a forma infectante para o hospedeiro intermediário (molusco do gênero Lymnaea). Contém inúmeras células germinativas. Quando liberado na água, não se alimenta portanto, necessita infectar o hospedeiro intermediário dentro de três horas, sendo que a penetração demora 30 minutos. Após a penetração o Miracídio perde os cílios absormento o alimento pelo contato e migra para os tecidos adjacentes, onde origina uma estrutura alongada chamada de Esporocisto. As células germinativas do esporocisto se desenvolvem formando as rédias (de 5 a 8).
- Rédias: Quando essas Rédias saem do esporocisto, colonizando o Hepatopancreas do molusco, se as condições forem boas para o caramujo, o que gera bastante substancia nutritiva no Hepatopancreas as Rédias viram Cercárias, mas do contrário as rédias geraram rédias filhas ou segunda geração. 
- Cercárias: Tem uma forma oval/arredondada com uma cauda que bate como um chicote e apresenta ganchos de glândulas cistógenicas. São trematóides jovens com cauda longa, que emergem ativamente do caramujo, em quantidades consideráveis. O estímulo para saída das cercárias do caramujo está geralmente associado à alterações de temperatura e intensidade da luz. Uma vez infectado, o caramujo continua sempre produzindo cercarias, até que morrem devido ao desenvolvimento sucessivo do parasita no hepatopâncreas. As Cercárias nadam por algum tempo, enquanto eliminam o conteúdo das glândulas cistógenas que a recobrem, perdendo sua cauda e se encista fixando-se à vegetação (metacercária).
- Metacercária: Podem sobreviver na vegetação por até 3 meses em uma temperatura de 20 a 30 graus. A infecção de um caramujo por um miracídio pode gerar mais de 600 metacercárias. Uma vez ingerido, a parede externa do cisto é removida mecanicamente durante a mastigação. A ruptura do cisto ocorre no intestino às custas da presença de enzimas, depois rompendo as paredes do intestino, peritônio e do parênquima hepático até chegar nos ductos hepáticos onde viram uma fascíola tendo um ciclo sexual. 
× Níveis de Infestação em Ovinos:
A Fascíola tem uma longevidade de 8 a 10 anos em ovinos. 
- Aguda: Ocorre após 2 a 6 semanas da ingestão de grandes quantidades de metacercárias (>2000).Ocorrem hemorragias resultantes da ruptura de vasos sanguíneos, lesão hepática (migração dos parasitas) e a morte súbita de alguns animais. Outros sintomas são a fraqueza, mucosas pálidas, fígado dilatado e dor abdominal.
- Subaguda: Ocorre após 6 a 10 semanas de ingestão de 500 a 1500 metacercárias. A ingestão de metacrecárias por um período longo faz com que haja várias fases do ciclo de vida do parasita no hospedeiro. É semelhante à aguda, mas de menor intensidade.
- Crônica: É a forma mais comum. Ocorre após 4 a 5 meses da ingestão de quantidades moderadas (200 a 500) metacercárias.Ocorre a fibrose hepática e colangite hiperplásica, perda progressiva de peso, anemia, hipoalbuminemia, emagrecimento, palidez das mucosas, edema submandibular e ascite.
× Níveis de Infestação em bovinos:
A Fascíola tem uma longevidade de 1 ano em bovinos, contudo com surtos recorrentes o animal desenvolve uma imunidade adquirida ao parasita. 
A forma crônica é a mais importante, sendo comumente registrada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e se assemelham ao quadro crônico em ovinos, contudo existem uns sintomas adicionais como a calcificação dos dutos biliares, dilatação da vesícula biliar, queda dos índices de produtividade, queda na produção e qualidade do leite.
× Diagnóstico
- Clínico: Sintomas observados.
- Epidemiológico: Ocorrência sazonal, ocorrência dos habitats dos caramujos, identificação destes hospedeiros intermediários.
- Necroscópico: lesões no parênquima hepático e nos dutos biliares, encontro dos parasitas.
- Laboratorial:
 Métodos diretos: Exame de fezes com presença de ovos de coloração amarelada nas
fezes (observados na segunda e terceira fase da doença) e avaliação dos níveis plasmáticos de enzimas hepáticas (bovinos).
 Métodos indiretos (pesquisa de anticorpos contra a F.hepatica: ELISA)
× Controle
- Eliminação da fonte de infecção: tratamento de todos os animais presentes na área de risco com ou sem sintomas.
- Destruição dos caramujos: é quase impossível eliminar todos os moluscos, deve tentar reduzir a população em níveis mínimos. O miracídio tem pouco tempo de vida e necessita penetrar no molusco dentro de poucas horas após sua eclosão. Portanto, empregar molusquicidas, drenar áreas úmidas e a eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos moluscos.
- Evitar áreas de pastagens pantanosas e alagadiças, já que os ovos somente realizam desenvolvimento embrionário em locais úmidos e as Metacercária ficam presente na vegetação.
× Tratamento
- Parasitas com mais de 1 semana de idade: dianfenetida, triclabendazol
- Parasitas com mais de 4 semanas: rafoxanida e nitroxinil
- Recomenda-se quando possível, a transferência dos animais para pastagens livre dos trematóides.
»» Paramphistomum spp. ««
× Morfologia: Seu formato é diferenciado, são cônicos e não achatados, tem cerca de
1 cm de comprimento.
× Local de infecção: Parasitam o rúmen e o retículo de bovinos, ovinos e caprinos.
 - Estágios adultos: rúmen e retículo
 - Estágios imaturos: duodeno.
× Espécies mais importantes: Paramphistomum cervi e P.microbothrium.
× Ciclo: O ciclo deste parasita é semelhante ao da Fasciola hepatica e também
culmina com a formação de metacercárias. As metacercárias são ingeridas com a pastagem e o desencapsulamento da metacercária ocorre no duodeno. Os trematódeos jovens se fixam e nutrem-se no duodeno por seis semanas antes de migrarem para o rúmen e retículo.
- Hospedeiro Intermediário: caramujos aquáticos (gêneros Planorbis e Bulinus).
× Sintomas: Os sintomas ocorrem no período pré-patente e em infecções maciças os parasitas jovens causam uma enterite severa, mas os parasitas adultos praticamente não causam danos aos animais.
× Epidemiologia:
A doença ocorre em locais onde há coleções permanentes de água, como lagos, que servem como fonte de caramujos para áreas alagadas durante as inundações. Os bovinos geralmente desenvolvem boa imunidade, sendo os surtos mais comuns em animais jovens. Os bovinos adultos podem abrigar pequeno número de parasitas, atuando como reservatórios para os bezerros. Os ovinos e caprinos são igualmente suscetíveis por toda a vida.
× Diagnóstico:
- Clínico: sintomatologia em animais jovens associado a histórico de pastejo em áreas encharcadas.
- Exame de fezes: Presença de ovos de coloração clara, semelhantes ao de Fascíola hepática.
- Necroscópico: confirmatório, pode-se encontrar os trematóides no duodeno.
× Tratamento:
- Formas imaturas: rafoxanida, niclofolan
- Formas adultas: oxiclozanida
× Controle:
Impedir o acesso dos animais às fontes naturais de água e a aplicação de molusquicidas ou remoção manual dos mesmos. 
»» Eurytrema coelomaticum ««
× Local de infecção: Parasita canais pancreáticos de bovinos, caprinos e ovinos.
× Morfologia: O verme adulto mede de 8 a 16 x 5 a 8,5 mm.
× Sintomas: As lesões no pâncreas são decorrentes do processo inflamatório crônico
dos canais pancreáticos, especialmente em infecções maciças. Pode ocorrer uma pancreatite crônica, obstrução dos canais pancreáticos e apesar destes parasitas serem freqüentes, não há relatos de mortalidade devido ao parasitismo.
× Ciclo:
- Hospedeiros intermediários: caramujos terrestres e os gafanhotos.
Os moluscos ingerem os ovos eliminados nas fezes dos animais e após 4 semanas há formação de esporocistos nas glândulas digestivas dos moluscos e não há geração de Rédias. Um esporocisto de primeira geração gera em média 100 esporocistos na segunda geração, que viram 200 cercárias que são eliminadas ainda dentro do esporocisto pelo molusco à
medida que o mesmo se locomove pela vegetação. A cercária é do tipo microcercária, possuindo uma forma oval, cauda curta e um estilete na extremidade anterior. O esporocisto contendo as cercárias são ingeridos pelo gafanhoto e estas cercárias se transformarão em metacercárias. Os hospedeiros vertebrados se infectam ingerindo os gafanhotos juntamente com as pastagens. É uma zoonose em países como Vietnã e China, onde as pessoas comem gafanhotos. 
× Diagnóstico: Presença de ovos nas fezes
× Tratamento: Não há tratamento eficaz.
»» Schistosoma mansoni ««
× Doença: Esquistossomose. É uma zoonose, sendo considerável um dos problemas mais sérios de saúde pública. 
× Distribuição geográfica: África, América do Sul e Antilhas. É condicionada à presença de espécies de moluscos de água doce, do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário).
× Local de infecção: Os vermes adultos se localizam nas veias mesentéricas do intestino
grosso, sigmóide e reto, com sintomas predominantemente intestinais.
× Níveis de infecção: 
- Doença aguda: Diarréia e anorexia que ocorre após 6 a 8 semanas da infecção maciça. Há resposta inflamatória e granulomatosa decorrente da deposição dos ovos nas vênulas e sua subseqüente infiltração na mucosa intestinal.
× Diferenciação: Os trematódeos do gênero Schistosoma distinguem-se de outros Digenea por apresentarem os sexos separados, um acentuado dimorfismo sexual e pelo fato dos machos apresentarem menos de 10 massas testiculares.
× Morfologia: Diferentemente dos trematódeos, os esquistosomos apresentam-se como vermes delgados e longos, alimentam-se de sangue venoso. Por terem uma contínua renovação da membrana externa, eles apresentam uma resistência à ação dos anticorpos. Seu tegumento é recoberto de espinhos que auxiliam na progressão nos vasos sanguíneos. Sua locomoção se da pela extensão e contração do corpo enquanto suas ventosas auxiliam na fixação e apoio. A longevidade dos adultos ainda não se sabe ao certo, mas se estima que seja de 3 a 5 anos ou mais. As cercaria apresentam contorno piriforme, o tegumento apresenta microespinhos, na extremidade anterior tem um órgão de fixação cefálico e uma cauda bifurcada. São bastante móveis e durante o deslocamento, a cauda sempre precede o corpo. Apresenta duas ventosas, uma oral e outra ventral e a longevidade das cercárias pode estender-se por dois dias, mas a taxa de infectividade decai bastante.
- Macho (1): Mede cerca de 1 cm de comprimento e sua cor é branca. Apresenta duas ventosas e abaixo há o canal ginecóforo onde a fêmea se aloja.
a. Ventosa oral e boca
b. Porção anterior do intestino.
c. Acetábulo ou ventosa ventral
d. Vesícula seminal
e. Canal deferente
f. Testículos
g. Porção média do intestino
h. Ceco
- Fêmea (2): Possuiu um corpo cilíndrico, mais longo e fino que o macho , sendo mais escura e acinzentada pois seu pigmento é derivado da digestão do sangue: hemozoína. As duas ventosas são muito pequenas e próximas uma da outra. Ela necessita do macho para completar o desenvolvimentodo aparelho reprodutor, pois o macho elimina peptídeos que
influenciam a fisiologia reprodutiva da fêmea. O macho oferece uma proteção para a fêmea, por isso ela raramente abandona o canal ginecórofo do macho.
b. Porção anterior do intestino.
i. Orifício genital
j. Útero contendo dois ovos
k. Ovo em processo de formação da casca no oótipo
l. Oviduto
m. Ovário
n. Viteloduto
o. Glândulas vitelinas
(1) (2)
× Ciclo biológico:
- Acasalados e postura: As vênulas do plexo hemorroidário superior e ramificações das veias mesentéricas, caminhando contra a corrente sanguínea e a cópula ocorre pela coaptação dos orifícios genitais masculino e feminino. A fêmea se alonga, se insinua nos capilares depositando seus ovos e conforme ela vai colocando os ovos eles vão para outras vênulas para continuar a ovoposição. As fêmeas depositam um ovo por vez, podendo chegar até 300 ovos ao longo das vênulas, capilares dos intestinos delgado e grosso do hospedeiro. O ovo tem um espinho lateral saliente pontiagudo edentro do ovo desenvolve-se o miracídio. Ovos migram da luz dos capilares da mucosa ou submucosa do intestino para a cavidade intestinal para serem expulsos pelas fezes , o que demora 1 semana. A expectativa de vida dos ovos maduros é de 20 dias e a eclosão do miracídio nunca ocorre no hospedeiro (talvez devido à isotonicidade).
-Miracídio: Na água sob estímulos fotoquímicos, térmicos ou osmótico, os miracídios rompem a casca do ovo e eclodem, alongam-se e nadando ativamente formando grandes círculos. Os miracídios aparentemente tem fotorreceptores procurando sempre por águas mais claras, iluminadas. Durante a fase livre na água a atividade deste organismo se dá às custas da reserva de glicogênio e de consumo de oxigênio do meio, eles apresentam inúmeras ventosas que auxiliam na aderência da larva à superfície do molusco, junto com as glândulas de adesão e de penetração, eles também apresentam numerosas células germinativas agrupadas na metade posterior do miracídio. Eles nadam junto à superfície e são capazes de ir atrás do molusco mesmo em áreas de 1 a 2 m de profundidade, contudo a penetração deve ocorrer dentro das primeiras horas após a eclosão, pois sua viabilidade decresce bastante chegando a zero em 10 a 12 horas após a eclosão. A atividade do miracídio aumenta na presença do molusco, sendo a invasão possível em qualquer ponto do tegumento do molusco. Ao penetrar no molusco, o miracídio perde seu revestimento epitelial ciliado e imobiliza-se no ponto de penetração, os órgãos de penetração desaparecem e a musculatura atrofia transforma-se em um saco alongado que contém uma série de células germinativas, o esporocisto primário. 
- Esporocisto Primário: Quando ele se rompe libera cerca de 20 a 40 esporocistos filhos. Os esporocistos filhos ou secundários migram para o hepatopâncreas e ovotestis do molusco onde continuam a crescer, maturando e originando as cercárias o que demora cerca de 3 a 4 semanas. Esses esporocistos secundários geram uma terceira geração de esporocistos e assim sucessivamente até gerar as cercarias, pois este ciclo pode ocorrer por várias gerações. Pode haver a produção de centenas de cercárias no interior do molusco, contudo não há geração de rédias. Se o molusco é retirado da água, a evolução, multiplicação do parasita se interrompe reiniciando quando o mesmo volta às condições normais.
- Cercárias: Após quatro semanas da penetração do miracídio os moluscos começam eliminar as cercárias e isto se dá de maneira intermitente, pois elas são geralmente liberadas nas horas mais quentes e claras do dia. As cercárias saem do esporocisto seguindo por espaços sanguíneos ao redor do hepatopâncreas e ovotestis , continuando seguindo pela corrente circulatória que envolvem o intestino posterior até as pseudobrânquia formando minúsculas vesículas no tegumento dos moluscos que se rompem liberando as cercárias. Cada molusco elimina cercárias somente de um único sexo, sendo que o molusco Biomphalaria glabrata pode eliminar de 1000 a 3000 cercárias por dia e mais de 100.000 por toda a vida. Na água, as cercárias tendem a se acumular na superfície. Estimuladas pelas substâncias lipídicas presentes na pele do hospedeiro, as cercárias penetram na pele do hospedeiro definitivo devido à ação lítica das proteases presentes nas glândulas, mas podem também ser ingeridas. Após a invasão que ocorre em alguns minutos, a cauda é deixada no meio exterior ea ssim que invade, a cercária transforma-se em esquistossômulo.
- Esquistossômulo: Permanece na pele por dois ou três dias. Se não for destruído pelo sistema de defesa do hospedeiro, penetra em algum vaso cutâneo indo para o coração e pulmões, mas logo em seguida vão para o sistema porta intra-hepático onde crescem e amadurecem. No sistema porta intra-hepático os esquistosômulos alimentam-se de sangue e completam seu
desenvolvimento até a fase adulta (em 4 semanas) e acasalam-se.
× Patogênese: As alterações patológicas no hospedeiro definitivo são decorrentes da ação mecânica resultante da migração dos parasitas pelo tecido do hospedeiro. Podem ocorrer reações do organismo ao parasita e a secreção e excreção de substâncias tóxicas ou antigênicas pelo parasita. A presença e migração dos ovos causam lesões hemorrágicas na mucosa intestinal que evoluem para um espessamento da mucosa. Ocorre também fibrose hepática. Devido à hemorragia, os ovinos podem ficar anêmicos e apresentarem hipoalbuminemia e devido ao acometimento intestinal a diarréia que pode ser sanguinolenta e pode conter muco, além da queda dos níveis de produtividade, anorexia, sede, anemia e emagrecimento.
× Diagnóstico:
- Sintomas clínicos
- Exames de fezes: presença de ovos
- Testes sorológicos
× Tratamento: Niridazol, Triclorfon, Praziquantel
× Controle: Envolve o controle dos moluscos sendo emelhante o descrito para Fasciolose.

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