EMBRIO AULA 2 NUTRIÇÃO

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AULA 2
OOGÊNESE: processo no qual as oogônias são transformadas em oócitos. Esse processo se inicia durante o período fetal, mas não se completa até após a puberdade. 
É divida em 3 fases: período de multiplicação, período de crescimento e período de maturação. 
Período de multiplicação: ocorre em mitoses. CGP, que estão no ovário vão sofrer mitoses dando origem a ovogônias. 
Período de crescimento: as ovogônias vão passar por uma intérfase, onde a célula aumenta muito seu volume, pelo acumulo de nutrientes, vitelo e energia (já se preparando para a meiose), dando origem ao oócito I diploide. Eles são formados durante período fetal e permanecem latentes no folículo ovariano até a puberdade. 
Período de maturação: Na puberdade, há o aumento dos hormônios gonadotróficos FSH e LH no sangue, o que permite a maturação do folículo ovariano e o desenvolvimento da meiose. Na fase reducional da meiose forma-se o ovócito II e na segunda divisão meiótica o óvulo. 
Durante a vida fetal precoce, a oogônia se prolifera por mitose e aumenta de tamanho para formar os oócitos primários. 
Ao nascimento, todos os oócitos primários já completaram a prófase da primeira divisão meiótica. Esses oócitos permanecem na prófase até a puberdade. 
Na puberdade, a hipófase da mulher vai liberar FSH e LH que são responsáveis pela menarca (primeira menstruação) e logo após a ovulação, um oócito primário completa a primeira divisão meiótica. 
O resultado da primeira divisão meiótica é o oócito secundário (haploide), o qual recebe quase todo o citoplasma, enquanto o primeiro corpo polar recebe muito pouco, fazendo com que ele se degenere após um curto período. (divisão é desigual por isso há o surgimento do corpo polar).
Na ovulação o núcleo do oócito secundário começa a segunda divisão meiótica, mas progride apenas até a metáfase.
Se o oócito secundário for fecundado por um espermatozoide, a segunda divisão meiótica se completa dando origem ao óvulo (haploide) ou ovócito fertilizado e um segundo corpo polar também é formado. (a segunda divisão é finalizada após a fusão do espermatozoide com o oócito). 
É o oócito secundário que será liberado nas tubas uterinas, não o óvulo. O óvulo só vai ser formado se ocorrer à fecundação. 
 A maturação final do oócito é completada logo após a extrusão do segundo corpúsculo polar.
Os oócitos são enormes, imóveis e apresentam citoplasma abundante. 
Ciclos Reprodutivos Femininos: Na menarca, a mulher passa mensalmente por ciclos reprodutivos regulados pelo hipotálamo, pela glândula hipófase e pelos ovários. O hormônio liberador de gonadotrofinas é sintetizado pelas células neurossecretórias no hipotálamo. Ele estimula a liberação de dois hormônios que são produzidos pela hipófase anterior e que atuam nos ovários: 
O hormônio foliculoestimulante (FSH) estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares. 
O hormônio luteinizante (LH) serve como um gatilho para a ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzirem progesterona. 
Esses dois hormônios ovarianos também promovem o crescimento do endométrio. 
Ciclo Ovariano: O hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) produzem alterações cíclicas nos ovários, como o desenvolvimento de folículos ovarianos, ovulação e formação do corpo lúteo, denominadas ciclo ovariano. Durante cada ciclo, o FSH promove o crescimento de diversos folículos primários, entretanto, somente um deles geralmente se desenvolve em folículo maduro e se rompe, expelindo o oócito. 
Desenvolvimento Folicular: O desenvolvimento de um folículo ovariano é caracterizado por: 
- Crescimento e diferenciação do oócito primário
- Proliferação de células foliculares
- Formação da zona pelúcida
- Desenvolvimento de uma cápsula de tecido conjuntivo envolvendo o folículo- a teca folicular. 
O desenvolvimento do folículo ovariano é simultâneo ao do ovócito.
As ovogônias crescem antes do nascimento, formando os oócitos primários. 
Células do estroma ovariano envolvem o oócito primário recém-formado (uma camada simples de células foliculares achatadas). Estroma= células não funcionais do tecido ovariano.
As células foliculares derivam-se do epitélio germinativo do ovário
Oócito primário + células foliculares = folículo primordial. 
Vesícula seminal: núcleo do ovócito primário (em dormência).
O oócito primário cresce, as células foliculares em volta dele se tornam cubicas (ao nascimento) e então cilíndricas (na puberdade), formando um folículo primário.
O oócito primário é envolto por uma camada de material glicoproteico amorfo (acelular), a zona pelúcida. 
O tecido conjuntivo que envolve o folículo se organiza e dá origem as Tecas Foliculares. 
- Teca interna -> em torno do folículo, suas células sintetizam estrogênio
- Teca externa -> suas células se assemelham ao restante do estroma do ovário
A zona pelúcida é atravessada por processos das células foliculares, que se unem à membrana do ovócito através de junções comunicantes, que permanecem intactas até bem perto da ovulação.
A zona pelúcida possui glicoproteínas importantes para a interação com os espermatozoides. Ajuda no reconhecimento de espécies durante a fertilização.
Ovulação:
Antes da ovulação, a primeira divisão meiótica se completa (desaparecimento das junções comunicantes), e o oócito é denominado secundário. Esse oócito e algumas células do cumulus oophorus se destacam do interior do folículo distendido. 
As células foliculares se dividem ativamente, produzindo uma camada estratificada ao redor do oócito. Subsequentemente, espaços repletos de liquido aparecem ao redor das células foliculares, as quais se juntam formando uma cavidade única, o antro, contendo liquido folicular. 
Quando o antro se forma, o folículo ovariano é chamado de folículo secundário. As células foliculares proliferam intensamente, que passam a formar várias camadas de células, dando origem ao FOLÍCULO SECUNDÁRIO.
O oócito primário é circundado por células foliculares da membrana granulosa, as cumulus oophorus, que se projetam para o antro aumentado. 
O folículo continua a crescer e rapidamente forma uma saliência na superfície do ovário. 
Um pequeno ponto oval e avascular, o estigma, logo aparece nesta saliência. 
O folículo ovariano completamente maduro também e conhecido como folículo de graaf ou terciário. 
A ovulação ocorre ate 24 horas após um pico de produção de LH, este pico, estimulado pelo alto nível de estrogênio no sangue, parece causar a ruptura do estigma, expelindo o oócito secundário (e a zona pelúcida) juntamente com o liquido folicular e com algumas células foliculares que o rodeiam (as células da corona radiata). 
Esse conjunto é colhido pela extremidade dilatada da tuba uterina. 
O oócito secundário expelido é envolto pela zona pelúcida, uma cobertura acelular de glicoproteínas, e uma ou mais camadas de células foliculares, que estão distribuídas radialmente para formar a corona radiata e o cumulus oophorus. 
Corpo Lúteo
Logo após a ovulação, o folículo ovariano colapsa. 
Sob influência do LH, as paredes do folículo se desenvolvem em uma estrutura glandular, o corpo lúteo, que secreta principalmente progesterona, mas também um pouco de estrogênio. A progesterona atua sobre a mucosa uterina, estimulando a secreção de suas glândulas, preparando para a gravidez, caso esta venha a ocorrer. 
As células foliculares e as tecas internas que permanecem no ovário dão origem ao corpo lúteo. 
Se o oócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho para formar um corpo lúteo gravídico e aumenta sua produção hormonal. A degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG). Isso garante a produção de progesterona, que impede a descamação do endométrio. 
Se o oócito não é fecundado, o corpo lúteo degenera de 10 a 12 dias após a ovulação. Ele passa então a ser chamado de corpo lúteo da menstruação. O corpo lúteo degenerado é subsequentemente transformado em tecido cicatricalbranco no ovário, formando o corpo albicans. 
As células do corpo luteo gravídico (após o parto) ou do corpo lúteo menstrual, sofrem degeneração (atresia), desaparecem por autólise. O local é ocupado por uma cicatriz de tecido conjuntivo denso, o corpo albicans. 
 Ciclo Menstrual: é o período durante o qual o oócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. Ciclo mensal de secreção de hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos que resultam na produção de um gameta feminino e na preparação do útero para receber um embrião. 
O ciclo menstrual consiste de: 
1)  Maturação (mensal) de um ovócito e do folículo associado a ele. 
2)  Proliferação do endométrio uterino. 
3)  Liberação do ovócito do ovário – Ovulação 
4)  Desenvolvimento do folículo em uma estrutura endócrina – corpo lúteo 
5)  Descamação do endométrio e involução do corpo lúteo (a não ser que um embrião se implante na parede uterina)
O estrogênio e a progesterona produzidos pelo folículo ovariano e pelo corpo lúteo causam alterações cíclicas no endométrio do útero. 
Fase Menstrual: A camada funcional da parede uterina é destacada e eliminada com o fluxo menstrual. 
Fase Proliferativa: Coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio secretado pelos folículos. Há um aumento na espessura do endométrio. 
Fase Lútea (secretória): Coincide com a formação, função e crescimento do corpo lúteo. A progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar um material mucoide, rico em glicogênio. As glândulas se tornam amplas, tortuosas e saculares. O endométrio se espessa devido á influência da progesterona e do estrogênio do corpo lúteo e ao aumento do liquido intersticial.
 - Se não ocorrer a fecundação: O corpo lúteo se degenera; Os níveis de estrogênio e progesterona diminuem e o endométrio entra na fase isquêmica; e A menstruação ocorre. 
Controle hormonal da ovogênese:
O ciclo menstrual esta sob o controle de hormônios secretados pela hipófise e ovários. A hipófise está sob o controle do hipotálamo.
O hipotálamo produz um hormônio chamado hormônio liberador de gonadotrofina ou GnRH.
O GnRH estimula a hipófise para secretar o hormônio FSH. O FSH é transportado pela corrente sanguínea para os ovários e estimula um grupo de folículos á crescer. 
Esses folículos primordiais se desenvolvem em folículos primários e então em folículos secundários.
Esses folículos secundários produzem um hormônio chamado estrogênio, o qual atua na estimulação do crescimento do endométrio (o revestimento interno do útero). 
Os folículos secundários competem entre si e somente um deles sobrevive, se tornando um folículo maduro; os outros atrofiam e morrem. 
O aumento do nível de estrogênio também atua no hipotálamo para aumentar o nível de GnRH e induzir a produção de um outro hormônio, o LH. 
O pico na secreção de LH desencadeia a ovulação- a liberação do ovócito do folículo e ovário. 
O ovócito é então levado para a tuba uterina pelas fimbrias. 
Se ocorrer a fecundação, o resto do folículo rompido se torna o corpo lúteo, o qual secreta progesterona. 
A progesterona estimula ainda mais o desenvolvimento uterino, fazendo um ambiente nutritivo para o embrião durante a gravidez.
Sem a fecundação o corpo lúteo atrofia e os níveis de progesterona caem, isso leva a uma ruptura do endométrio. A menstruação começa e o ciclo se repete. 
FSH estimula o desenvolvimento dos folículos, que passam a secretar estrogênio, que leva á grandes modificações da mucosa uterina. 
Estrogênio em alta concentração: - Inibe a liberação de FSH pela hipófase. – Estimula a produção de inibina pelas células foliculares, que também inibe a liberação de FSH pela hipófase. – Estimula a liberação de LH pela hipófase (estimulando o hipotálamo a liberar GnRH).
O LH estimula a secreção de progesterona pelas células da granulosa.
Progesterona em alta concentração: - Inibe a liberação de LH pela hipófase. 
- Estimula o desenvolvimento do endométrio
LH em baixa concentração:
- O corpo lúteo degenera
- Cai a produção de progesterona
-Descamação do endométrio (menstruação).
-Quando o corpo lúteo degenera, os níveis de esteroides diminuem na corrente sanguínea e se desfaz a inibição da hipófise, que volta a liberar gonadotrofinas, reiniciando o ciclo.