Buscar

Diagnose de plantas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Como fazer a
DIAGNOSE
de plantas?
24 de novembro de 2017
O QUE É?
A avaliação do estado nutricional das plantas objetiva identificar os nutrientes que estariam limitando o crescimento e a produção das culturas.
Folhas saudáveis
Folhas deficientes
Padrão
Experimento
Lavoura alta produtividade
Como avaliar?
Métodos de avaliação
Sintomas visuais
(diagnose visual)
Diagnose foliar
(análise química)
TODOS OS MÉTODOS SÃO COMPLEMENTARES À ANÁLISE DO SOLO E NÃO SUBSTITUTOS
8
Limitações da diagnose visual 
 Método qualitativo , ou seja, permite o diagnóstico do nutriente limitante, mas não estabelece doses para sua correção; 
 Exige experiência do técnico e da cultura; 
 Não permite o diagnóstico da “fome ou toxidez oculta”; 
 Não permite o diagnóstico de deficiências múltiplas, devido ao mascaramento dos sintomas típicos; 
 Pode ainda causar confusão de sintomas de origem nutricional e não nutricional.
 Diagnose visual 
 Consiste em comparar visualmente o aspecto (cor, tamanho, forma) da amostra (normalmente folhas) com o padrão.
Requer acompanhamento sistemático, prática e conhecimento da cultura;
 Montar histórico da área em avaliação;
 Mais difícil quando o problema é em mais de um nutriente.
 Sintomas claramente visíveis quando deficiência é aguda.
 Sintomas são repetitivos e tem distribuição simétrica (diferenciar de pragas e doenças).
 Sintomas típicos pelo fato do nutriente exercer sempre as mesmas funções
 Ocorrência predominante em folhas e representam fim de série de eventos.
Diagnose Visual
Diagnose Visual
 O SINTOMA VISUAL DE DEFICIÊNCIA É TÍPICO DO NUTRIENTE EM QUALQUER ESPÉCIE, OU SEJA, O NUTRIENTE EXERCE SEMPRE AS MESMAS FUNÇÕES EM QUALQUER ESPÉCIE DE PLANTA.
Fonte: Faquin
 Os sintomas visuais representam o fim de série de eventos metabólicos. Quando aparecem, a produção está comprometida. 
Diagnose Visual
FALTA/ EXCESSO ALTERAÇÃO MOLECULAR MODIFICAÇÕES SUBCELULARES LESÃO CELULAR 
 MODIFICAÇÕES NO TECIDO (SINTOMAS VISÍVEIS) 
Diagnose Visual
SINTOMAS SÃO SIMÉTRICOS (dentro e entre folhas do mesmo par) 
APARECEM GENERALIZADOS NA ÁREA 
SEGUEM GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO (MOBILIDADE, REDISTRIBUIÇÃO DO NUTRIENTE).
CUIDADO!!!!
Evitar confusão com sintomas gerados por:
 Doenças e pragas;
 Clima;
 Produtos químicos; e 
 Características do solo. 
 Sintomas em algumas plantas ou reboleira--------NÃO NUTRICIONAL.
 Sintomas só na face exposta ao agente causal (vento, toxidez, insolação).
 
Nitrogênio
Potássio
Fósforo
Magnésio
MÓVEIS
Enxofre
Cobre
Ferro
Manganês
Molibdenio
Zinco
POUCO MÓVEIS
MOBILIDADE
IMÓVEIS
Cálcio
Boro
 Diagnose foliar
Posso fazer só a análise de solo?
Por que analisar a folha?
Para quais nutrientes ela é importante?
É Fácil fazer?
Tem época definida?
...
 Método de avaliação do estado nutricional das plantas no qual se analisam determinadas folhas em períodos definidos da vida dessas plantas;
Comparação entre os teores dos nutrientes em uma amostra de folhas com um padrão;
Sempre relaciona com a produtividade da cultura.
 Diagnose foliar
PRINCÍPIOS:
DEVE HAVER RELAÇÕES DIRETAS ENTRE:
1. Dose do adubo (x) x Produção (Y)
2. Dose do adubo (x) x Teor foliar (y)
3. Teor foliar (y) x Produção (Y)
 Diagnose foliar
 Diagnose foliar
ADUBAÇÃO X PRODUTIVIDADE
Fatores de produção
– O que regula a produção é o fator de produção que estiver no mínimo. 
a/2 N, b/3 K, e c/5 P
– Onde a, b e c são as quantidades necessárias de N, K e P para se ter máxima produção. 
– Somente a aplicação isolada de P se traduzirá em aumento de produção, até se atingir b/3, quando então, será necessário adicionar-se P e K conjuntamente.
REPRESENTA ESQUEMÁTICA DA LEI DE LIEBIG
Lei de Mitscherlich
Y = A [1 1-10 – c (X+b) b)]
Onde:
Y = Colheita
A = Colheita máxima
c = Coeficiente de eficácia do nutriente
X = Quantidade aplicada do fator
b = Quantidade nativa do fator no solo
	No princípio, a adição de um adubo proporciona um grande aumento de produção, o qual vai diminuindo, até atingir a estabilidade, quando a adição de adubo pode produzir toxicidade e assim diminuir a produção. 
Lei de Mitscherlich ou dos incrementos decrescentes (1930) 
NÍVEL CRÍTICO = TEOR ADEQUADO = PADRÃO
De acordo com Malavolta et al. (1997), nível crítico é a faixa de teores do elemento da folha abaixo da qual a produção cai e acima da qual a adubação não é considerada econômica. 
Teor do nutriente na matéria seca de determinado órgão da planta acima do qual não haverá (pouco provável) resposta da planta à aplicação desse nutriente no solo.
CURVA DE CRESCIMENTO
 Diagnose foliar
FIGURA 1. Representação geral típica da relação entre o teor foliar e o crescimento ou produção das plantas (os segmentos representam: I e II – deficiência severa; III – deficiência leve; IV e V – consumo de luxo e VI - toxidez) (adaptado de Marschner, 1995). Fonte Faquin
 Diagnose foliar
 FIGURA 2. Relação entre a dose de adubo e crescimento ou produção das culturas (lei dos rendimentos decrescentes). x1, x2, x3 e x4 – doses do adubo aplicadas e y1, y2, y3 e y4 – crescimento ou produção correspondentes à essas doses, respectivamente. Fonte Faquin
 Deve-se aplicar 3 etapas (Martinez et al.,1999):
Normatização da amostragem, preparo das amostras e análise química do material vegetal; 
Obtenção dos padrões de referência comparativos; 
Interpretação dos resultados. 
 Diagnose foliar
Colheita e preparo de amostras vegetais para análises
 Para a diagnose foliar é considerada um ponto crítico;
 Deve ser o mais representativa possível, considerando folha adequada; época certa e número suficiente;
 Deve ser feita com bastante cuidados e critérios.
 Amostragem
 O teor adequado (nível crítico) varia com a idade da folha e da planta;
 Com o aumento da idade os teores:
 
 Elementos móveis – diminui 
 Imóveis e pouco móveis – aumentam 
 Estado nutricional
 O teor adequado de nutriente em uma época pode não ser em outra;
 Necessidade de padronização da amostragem
 idade da folha
 idade da planta (época de amostragem)
Dificuldades
 Época mais adequada - florescimento (elevada extração de nutrientes); 
 Época melhor relacionada com a produção (padronização- pesquisa - literatura)
 Folha recém madura (metabolismo intenso; completou o crescimento e não entrou em senescência).
Época de coleta e órgão a ser colhido
Cultura  
Época
Tipo de folha
No.de folhas/ha
Algodoeiro    Herbáceo
Início do florescimento
Limbo de folhas adjacentes às "maças"
30
Arbóreo
Início do florescimento
Folhas recém-maduras
30
Arroz
Meio do perfilhamento
Folha Y (posição ocupada em relação à folha mais nova desenrolada acima)
50
Bananeira
Florescimento
Folha III (abaixo e opostas às flores); porção mediana (10cm largura) clorofilada
--
Batatinha
Meio do ciclo, 35-45 dias após emergência
Pecíolo da 4ª folha a partir da ponta
30
Cafeeiro
Primavera-verão
3º e 4º pares de folhas, a partir da ponta, ramos a meia-altura e produtivos
30
Cana-de-açúcar
Quatro meses após brotação
Folha + 3; folha +1 = com primeira lígula (= região de inser'vão da bainha do colmo) Terço mediano, excluída a nervura principal
20-30 por talhão uniforme
Cenoura
Meio do ciclo
Nervura principal da folha recém-madura
40
Citros
Verão
Folhas do ciclo da primavera de ramos frutíferos, frutos com 2-4 cm de diâmetro, 3ª ou 4ª folha a partir do fruto
20
Eucalipto  
Verão-outono
Recém-maduras, ramos primários
18
Feijões
Início da floração
Primeira folha amadurecida a partir da ponta do ramo
30
Figo
Primavera (florescimento)
Folhas mais novas totalmente expandidas, ao sol, ramos sem frutos
40
46
Goiabeira
Um mês depois de terminar o crescimento do ramos
4º par, ramos terminais sem frutos
30
Gramíneas
Primavera-verão
Recém-maduras
ou toda a parte aérea
30
Leguminosas  
Primavera-verão
Florescimento
30
Macieira
Primavera-verão
Inteiras, com pecíolos, na parte mediana de ramos do ano
100 folhas de 25 plantas
Mamoeiro
Florescimento
Folha "F"- na axila coma primeira flor completamente expandida
18
Mandioca  
3-4 meses de idade
Primeira folha recém-madura
30
Milho
Aparecimento da inflorescência feminina (cabelo)
Folha oposta e abaixo da espiga
30
Pessegueiro
Verão
Recém-amadurecidas, do crescimento do ano
100 folhas de 25 plantas
Pinus  
Verão-outono
Recém-maduras, primárias
18
Repolho
Formação da cabeça
Nervura principal da folha envolvente
40
Seringueira
Verão-outono
3-4 folhas recém maduras, a sombra, na base do terço superior da copa
6
Soja
Fim do florescimento
1ª folha amadurecida a partir da ponta do ramo, pecíolo excluído
30
Tomateiro
Florescimento pleno ou primeiro fruto maduro
4ª folha a partir da ponta
40
Trigo
Início do florescimento
1ª a 4ª folhas a contar da ponta
30
Videira
Fim do florescimento
Na base do primeiro cacho
30-60
Cultura  
Época
Tipo de folha
No.de folhas/ha
 Deve ser feita sempre no meio do talhão;
 Evitar bordaduras;
 Evitar amostras sujas, empoeiradas ou com excesso de água;
 Evitar folhas danificadas por insetos ou outro agente;
 Evitar plantas adjacentes à falhas;
 Coletar número representativo e no maior número de plantas;
 Elaborar um mapa da coleta que permita identificação da amostra e área de coleta. 
Amostragem
 Deve-se seguir rigorosamente a padronização - literatura;
 Coletar em áreas homogêneas;
Evitar plantas próximas à estradas e carreadores;
 Evitar colher material após chuvas intensas - perda de elementos por lavagem;
Cuidados na amostragem
 Evitar colher material após adubação foliar e aplicação de defensivos;
Folhas com sintomas devem ser separadas das sem sintomas;
Cada amostra deverá conter folhas de mesma idade fisiológica e mesma cultivar;
 Não misturar folhas de ramos com e sem frutos.
Cuidados na amostragem
 Pode-se criar um padrão temporário. Para isso considerar:
 Planta ou lavoura da mesma espécie com aspecto “normal” (de alta produtividade)
Amostragem fora da época padronizada
O que fazer?
 Fase crítica;
 Deve ser rápida;
 Análise feita em laboratórios idôneos;
 Sempre lembrar de identificar.
PREPARO E ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA PARA ANÁLISE
 Armazenar em saco plástico limpo;
 Identificar devidamente, com letras legíveis, o recipiente que receberá a amostra;
 Manter preferencialmente refrigerada;
 Levar o mais rápido ao laboratório para análise;
 Garantir que os utensílios, embalagens e ferramentas empregados na coleta e no transporte não contaminem a amostra. Ex: se for determinar o teor de ferro, evitar que o facão seja desse material;
 Documentar cada etapa da coleta.
Transporte da amostra
 Feita para eliminar possíveis contaminações;
 Deve ser rápida, evitando perdas de nutrientes (K);
 Procedimento:
1 - H2O destilada;
2 - Detergente diluído;
3 - H2O destilada;
4 -Ácido clorídrico 0,1 mol L-1;
5 - H2O desionizada.
Lavagem
 Inicialmente ao ar sobre superfície limpa (plástico);
 Identificar e colocar para secar em saco de papel com furos;
 Usar estufa com circulação forçada de ar a 65-70ºC até massa constante.
Secagem
 Moinho tipo Willey com peneira de malha 20 mesh (ou malhas de 0,8 mm);
 No caso de amostras ricas em óleos e resinas, faz-se a maceração em gral;
 Facilita a homogeneização e preparo do extrato.
Moagem
Padrão: planta "normal“ (atribuição da pesquisa)
Literatura: padrões para série de culturas
Cuidados - obtidos em condições diversas
 
Culturas não padronizadas / fora de época
Padrão de referência
Fonte: yara.co.uk
58
Adubação nitrogenada
Fornecimento de fertilizantes ao solo, com objetivo de recuperar ou conservar a sua fertilidade, suprindo a deficiência de nutrientes, no caso o nitrogênio
59
Entrada
Fixação industrial
Resíduo animal e vegetal
Absorção
Saída
Volatilização
Lixiviação
Erosão
Retido na colheita
Desnitrificação
N-amônio  N-nitrato
N-atmosférico
Fixação Biológica
Fixação atmosférica
N-orgânico
60
Entrada
Fixação industrial
Resíduo animal e vegetal
Absorção
Saída
Volatilização
Lixiviação
Erosão
Retido na colheita
Desnitrificação
N-orgânico
N-amônio
N-nitrato
N-atmosférico
Fixação Biológica
Fixação atmosférica
Mineralização
Imobilização
Nitrificação
61
Ureia
Hidrolisada rapidamente pela enzima urease
Desvantagens
Perdas por volatilização;
Fitotoxidez;
Toxidez por amônia;
Perdas por lixiviação.
Vantagens
Maior teor de N;
Baixa corrosividade;
Alta solubilidade;
Prontamente absorvida pelas plantas via foliar.
Adubação nitrogenada
62
Perda de N-NH3 (mg m2 hora-1) de 50 kg/ha de ureia após a incubação.
Fonte: Adaptado de Santos (2013).
Adubação nitrogenada
63
Adubação nitrogenada
Fonte: Adaptado de Martha Júnior et al. (2004).
Perda acumulada de N-NH3 (kg/ha) em pastagens de capim-tanzânia adubada com 40, 80 e 120 kg/ha de N-ureia.
64
400 kg/ha
0 kg/ha
Proporção de perfilhos (%) de diferentes faixas etárias na população em pastos de capim-marandu mantidos a 30 cm por meio de lotação contínua.
Fonte: Paiva (2011).
65
Alongamento de folhas e número de folhas senescentes de diferentes faixas etárias na população em pastos de capim-marandu mantidos a 30 cm por meio de lotação contínua.
Adubação nitrogenada
Fonte: Paiva (2011).
cm perfilho-1 dia-1
nº perfilho-1
66
Nitrogênio (kg/ha)
GMD
GPV
Produtividade
Animal.dia/ha
Taxade lotação
(kg/animal.dia)
(kg PV/ha)
(@/ha)
(Nºanimal.dia/ha)
(UA/ha)
50
0,99
790
13,1
660
3,67
100
1,15
863
14,3
701
4,09
200
1,03
1010
16,8
789
4,93
400
1,10
1304
21,7
947
6,61
Ganho médio diário (GMD), ganho de peso vivo por ha (GPV), produtividade em @ por hectare, número de animais por dia por hectare e taxa de lotação em capim-tanzânia adubado com nitrogênio.
Fonte: Adaptado de Almeida Júnior (2003).
Adubação nitrogenada
Valores de pH (H2O) do solo e alumínio trocável na camada de 0-20 de profundidade, em função das doses de nitrogênio e anos de avaliação sob cultivo do capim-marandu (média de três amostragens em cada ano).
Fonte: Adaptado de Almeida Júnior (2003).
Adubação nitrogenada
160 milhões de hectares de pastagem
69
Fixação Biológica de Nitrogênio
Bactérias que habitam no solo, devido a ação de enzima chamada dinitrogenase, rompem a tripla ligação do N2 e reduzem a amônia (NH4+)
70
Fixação Biológica de Nitrogênio
Solo
5% N  95% Org
75% N2
71
Fixação Biológica de Nitrogênio
72
73
4.5 bilhões de anos 
em 24 horas
74
Primeiras bactérias
75
Primeiras bactérias
76
Humanos
77
78
79
Azospirilum
Hungria (2011)
Azospirilum
Hungria (2010)
Lana e Da Silva (2014)
Azospirilum
Lana e Da Silva (2014)
Azospirilum
Lana e Da Silva (2014)
Azospirilum
Azospirilum
Azospirilum e Adubação Nitrogenada
Custo de Produção do milho = R$ 1757,13
Fonte: IMEA
FBN
 1,3% do custo de produção* 
* Preço de 200 mL = R$ 24,00
88
160 milhões de hectares de pastagem
89
Processo de degradação de pastagens cultivadas em suas diferentes etapas no tempo
Fonte: Macedo (1999)
PERDA DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
PERDA DE VIGOR
FASE DE MANUTENÇÃO
PRODUÇÃO DE PASTAGEM
TEMPO
INVASORAS
PRAGAS
DOENÇAS
COMPACTAÇÃO
EROSÃO
DEGRADAÇÃO DA PASTAGEM
DEGRADAÇÃO DO SOLO
- N
- N, - P, etc
90
 POTENCIAL DA TECNOLOGIA
 PRODUTOS NÃO REGISTRADOS PARA A PASTAGEM
 NECESSIDADE DE NOVAS PESQUISAS
91
Obrigado!
Thiago Martins dos Santos
thiagomartins@uft.edu.br
Guaraí, TO
26 de outubro de 2017
92

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando