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Silício e Selênio Funções na planta, formas absorvidas, fontes, doses e formas de aplicação e impacto nas plantas

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Silício e Selênio Silício e Selênio 
1 INTRODUÇÃO 
O sílico (Si) e selênio (Se) são considerados elementos benéficos para as plantas e seus efeitos 
são mais expressivos quando essas estão em condição de estresse (MA, 2004). No entanto, as funções 
que esses elementos desempenham nas plantas ainda é pouco conhecida. As pesquisas com esses 
elementos concentram-se em culturas como o arroz, cevada e trigo. 
Nesta revisão é explanado sobre as funções fisiológicas na planta, as formas de absorção, as 
fontes, doses e modos de aplicação como também os efeitos dos elementos em espécies forrageiras. 
 
2 SILÍCIO 
2.1 Função fisiológica na planta 
O Si é o segundo elemento mais abundante no solo sendo considerado um elemento benéfico 
para as plantas. Apenas membros da família Equisetaceae requerem o nutriente para completar 
seu ciclo de vida (TAIZ et al., 2017). Esse elemento faz parte do grupo dos nutrientes importantes na 
armazenagem de energia ou na integridade estrutural das plantas juntamente com o fósforo (P) e 
boro (B) e possui a característica de formar complexos com polifenóis servindo como uma 
alternativa a lignina no reforço das paredes celulares (TAIZ et al., 2017). Segundo Epstein (1994) 
esse elemento está relacionado com a função estrutural da planta por se depositar nas paredes 
celulares e nos espaços intracelulares. 
Quanto a disposição de Si nas folhas as células buliformes têm sido identificadas como sítios 
de deposição do elemento (MA; YAMAJI, 2006), essas células contraem e expandem em resposta a 
mudanças de turgor regulando o enrolamento e o desenrolamento da folha (TAIZ et al., 2017). 
Takeoka et al. (1984) ressaltam que o acúmulo do Si nessas células está ligado com a atividade de 
transpiração celular. Em gramíneas ocorre o fenômeno em que as folhas se enrolam em déficit 
hídrico, de acordo com Taiz et al. (2017) esse processo nas plantas ocorre em vista da perda de turgor 
nas células buliformes que em resposta ocorre o enrolamento da folha reduzindo a transpiração, a 
carga de calor e os níveis de luz incidente. Os autores destacam que em algumas gramíneas existem 
as células silicosas na superfície foliar que acumulam o Si. 
A maior parte do Si absorvido é associado com a parede celular. As quantidades em que o 
elemento é encontrado na planta equivalem as dos macronutrientes, como potássio (K), cálcio (Ca), 
magnésio (Mg), enxofre (S) e fosforo (P) (EPSTEIN, 1994), porém podem variar de acordo com a 
espécie vegetal, disponibilidade no solo e as condições ambientes, principalmente relacionado a 
disponibilidade de água. 
2.2 Formas de absorção 
No solo o Si é encontrado na forma de ácido silícico (H4SiO4) em concentrações de 0,1 a 0,6 mM 
sendo absorvido pelas plantas nessa forma (MA, 2004). A disponibilidade do elemento no solo e sua 
absorção pelas plantas está relacionado com a pH do solo, quanto maior o pH maior a 
disponibilidade e consequentemente maior a absorção do mesmo pelas plantas (MENEGALE, 2015). 
As plantas podem absorver o Si durante todo o seu ciclo. A absorção do elemento ocorre de 
forma passiva, seu transporte da raiz para a parte aérea é na corrente de transpiração no xilema, 
o que supõe que o movimento do Si segue o mesmo movimento da água na planta (EPSTEIN, 1994). 
As raízes absorvem o ácido silícico por dois tipos de transportadores o Lsi1 e o Lsi2, o Lsi1 transporta 
passivamente o Si do ambiente externo para as raízes e o Lsi2 transporta ativamente o Si das raízes 
para a parte área da planta no sentido xilema (MOHAMMAD et al., 2022). 
O Si absorvido é depositado de forma passiva principalmente no retículo endoplasmático, nas 
paredes celulares e nos espaços intercelulares, na forma de sílica amorfa hidratada (SiO2·nH2O), 
ficando imóvel na planta (TAIZ et al., 2017; PRADO, 2020) e sua concentração na parte área ocorre 
com a perda de água por transpiração (MA; YAMAJI, 2006). 
Apesar de ser um elemento benéfico o Si está presente em todas as plantas. Marschner (1995) 
classificou as plantas quanto o acúmulo do elemento em três grupos: as plantas acumuladoras que 
contêm teores de 10% a 15% de SiO2 como as gramíneas, as plantas intermediarias com teores de 1% a 
5% de SiO2 como algumas gramíneas e cereais e as plantas não acumuladoras com teores de 0,5% de 
SiO2 que corresponde a maioria das dicotiledôneas, como as leguminosas. 
Takahashi et al. (1990) classificaram as plantas também em três categorias quanto ao 
acúmulo do elemento, correlacionando com absorção de água pela planta: as acumuladoras 
absorvem Si mais rápido que a água, a maior concentração de Si é no xilema, as exclusoras 
absorvem o Si em menor velocidade do que a absorção de água e as plantas intermediarias que 
absorvem o Si na mesma velocidade de absorção de água, caracterizando a via de absorção como 
passiva. 
Melo et al. (2010) avaliando três doses de silício 150, 300, e 450 mg dm -3 na distribuição e 
acúmulo no tecido da parte aérea do capim-marandu (Urochloa brizantha cv. marandú), 
observaram que a produção de matéria seca não foi incrementada pela adição das doses do 
elemento, no entanto a sua concentração na parte área da planta aumentou cerca de 110% na dose 
de 150 mg dm -3 e 30% na dose de 450 mg dm -3, onde a maior concentração 56% foi encontrada nas 
lâmina foliares maduras, principalmente na parte adaxial da folha. Os autores ressaltam que o 
capim-marandú mesmo após o crescimento ter cessado continuou a absorver e depositar o Si em 
suas folhas, o que demonstra a capacidade da planta em acumular Si em resposta ao aumento da 
sua disponibilidade no solo. 
Por ser o elemento imóvel na planta é esperado que os maiores teores do Si sejam encontrados 
nas folhas mais velhas e por sua característica de deposição na parede celular pode contribuir para 
menor taxa de digestibilidade das folhas. As gramíneas são consideras acumuladoras de Si, com 
isso o pasto adubado com o elemento deve ser manejado com o intuito de evitar o excesso de folhas 
velhas para garantir a qualidade da forragem. 
 
2.3 Fontes, doses e modos de aplicação 
Existem diferentes fontes de Si que podem ser utilizadas para adubação, normalmente essas 
fontes possuem nutrientes em sua composição além do elemento Si, como: silicato de cálcio, silicato 
de cálcio e magnésio, silicato de magnésio, silicato de potássio, termofosfato magnesiano, 
termofosfato magnesiano potássico e termosuperfosfato (INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA nº 39, 
2018). As fontes mais abundantes e baratas de silicatos são as escorias de siderúrgicas, subprodutos 
da indústria de aço e ferro que além do Si possuem altores tores de cálcio e magnésio e outros 
nutrientes em menores proporções como ferro, manganês, zinco, fósforo e enxofre, sendo muito 
utilizada como corretivos de acidez do solo (PEREIRA et al., 2011). 
Os silicatos podem ser aplicados na forma sólida, em pó ou granulada e na forma liquida via 
solo ou foliar (BARBOSA et al., 2008). No solo a reatividade de cada fonte de Si pode vaiar com a 
granulometria, o tipo de solo, a dosagem e o tempo de contato com o solo (PEREIRA et al., 2011). 
Na análise de solo não é rotina realizar a análise de Si, devido à dificuldade quanto ao método 
de análise, o que dificulta a recomendação de adubação do elemento. Gutierrez et al (2011) 
analisando dois extratores de Si do solo, cloreto de cálcio a 0,01 mol L-1 e ácido acético a 0,05 mol 
L-1 indicam o uso do extrator cloreto de cálcio, principalmente em solos que necessitam de correção 
de acidez. O uso do ácido acético pode superestimar os valores de Si do solo. Berthelsen et al. (2002) 
classificaram os solos em grupos quanto o teor de Si extraído em cloreto de cálcio (CaCl2): muito 
baixo 0 a 5 mg kg-1, baixo 5 a 10 mg kg-1, limitado 10 a 20 mg kg-1 e suficiente de 20 a maior que 50 
mg kg-1. Porém, não existem informações precisas quanto aos níveis críticos de Si no solo e na planta 
para recomendação da adubação como elemento. 
Avaliando o efeito de nanossílica (100; 200; 300 e 400 mg/kg de solo) aplicado via solo na 
cultura do milho Yuvakkumar et al. (2011) observaram melhoria na germinação, na eficiência de 
uso da água, no teor de clorofila e incremento na altura, largura do colmo, número de folhas e teor 
de Si na planta. Suriyaprabha et al. (2014) também avaliando nanossílica (5; 10 e 15 kg/ha) 
aplicada via solo em milho, observaram maior resistência fúngica, incremento na altura e na 
concentração de si nas doses de 10 e 15 kg/ha. 
Faria et al. (2008) avaliando o efeito residual da aplicação de silicato de cálcio combinado 
com calcário nas doses de 0 + 0; 2 + 0; 4 + 0; 6 + 0; 2 + 4; 4 + 2; 0 + 6 t ha -1, respectivamente, no solo 
e na produtividade de capim-marandú (Urochloa brizantha cv. Marandú) sob quatro intensidades 
de pastejo 50, 100, 150 e 200 kg t-1 de matéria seca (MS) por peso vivo (PV), observaram que as doses 
de silicato de cálcio na camada de 0-10 cm não foram suficientes para alterar os teores do elemento 
na folha. Nas camadas de 0-10 e de10-20 não houve diferença quanto a aplicação das doses de 2 + 
0; 4 + 0; 6 + 0 t ha -1 do silicato de cálcio. As maiores taxas de acúmulo de forragem foram obtidas 
pela utilização do silicato de cálcio nas maiores intensidades de pastejo. 
O silicato de cálcio e o calcário por exemplo, são análogos e possuem as mesmas funções no 
solo, elevam o pH, neutralizam o alumínio (Al3+) e aumentam a saturação por bases. O silicato de 
cálcio é uma alternativa para o produtor que pode utilizá-lo com intuito de corrigir a acidez do solo 
e ainda fornecer Si com o menor custo-benefício quando comparado ao calcário. 
 
2.4 Impactos no desenvolvimento da planta 
Os efeitos benéficos do Si nas plantas variam de acordo com as espécies e são expressos em 
maior intensidade quando as plantas são submetidas a condições de estresse, seja ele biótico ou 
abiótico. A hipótese que explica o aumento da resistência da planta nessas condições é que o Si 
depositado na superfície do tecido vegetal forma uma dupla camada de Si que atua como uma 
barreira física que impede a penetração física e torna as plantas menos susceptíveis ao ataque de 
fungos e insetos, como a cigarrinha, pode reduzir a transpiração da planta melhorando a eficiência 
em déficit hídrico, melhora a atividade fotossintética, reduz a toxicidade mineral e melhora o 
desequilíbrio de nutrientes (MA, 2004). 
Vieira Filho e Monteiro (2020) estudando efeito do silício (0; 1 e 3 mmol L-1) na absorção de 
cobre e no aumento do rendimento de capim-tanzânia (Megathyrsus maximus cv. Tanzânia) sob 
toxidade de cobre (0,3; 250; 500 e 750 μmol L−1), observaram que o no primeiro ciclo não houve 
interação entre os elementos, porém o fornecimento de Si aumentou cerca de 23% (3 mmol L-1) o 
número de perfilhos e proporcionou o maior número de folhas. No segundo ciclo houve interação 
entre os elementos, em que a dose de 3 mmol L-1 de Si aumentou o número de perfilhos na dose de 
750 μmol L−1 de Cu e proporcionou o maior número de folhas nas doses de 500 e 750 μmol L−1 de Cu. 
A adubação com Si contribuiu para maior produção de MS em todos os tratamentos com o Cu, além 
de reduzir a absorção e transporte do Cu da raiz para a parte área do capim. 
Este estudo demonstra o benefício do fornecimento do Si em reduzir os efeitos da toxidade 
mineral minimizando os impactos no crescimento e produção de MS da gramínea mesmo não sendo 
um elemento essencial para o seu desenvolvimento. Não é conhecida a toxidez por Si em cultivos em 
condição de campo (PRADO 2020). 
O Si pode interagir com outros íons do solo melhorando a absorção pelas plantas, como a 
interação com o fósforo (P), em que, os dois íons competem pelo mesmo sítio de adsorção nos coloides 
do solo. O silício desloca o P que está adsorvido no coloide do solo, este fica disponível na solução do 
solo e consequentemente para as plantas, os sítios livres são ocupados pelo silício (GUTIERREZ et 
al., 2011). Buchelt et al. (2020) avaliando o efeito do Si via solução nutritiva em BRS Zuri (Panicum 
maximum) e BRS RB331 Ipyporã (Brachiaria ruziziensis x Brachiaria brizantha) para mitigar a 
deficiência de nitrogênio (N), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S), observaram que 
na omissão de K, Ca e Mg a adição de Si favoreceu a produção de MS da parte aérea e de raiz nas 
duas forrageiras devido a maior eficiência do uso desses nutrientes. 
A interação com os íons ressalta a importância de estudos com o Se nessa temática, devido o 
potencial de mitigar os efeitos de elementos tóxicos como o de melhorar a eficiência de absorção de 
nutrientes. Porém, apesar de não ser considerado um nutriente essencial as plantas acumuladoras 
de Si podem apresentar anormalidades no crescimento, desenvolvimento e reprodução quando 
privadas do elemento (EPSTEIN; BLOOM, 2005). 
 
3 SELÊNIO 
3.1 Função fisiológica na planta 
O efeito do Se nas células vegetais e seu papel nas plantas ainda não é conhecido de forma 
definitiva. Espécies do gênero Astragalus, Xylorhiza e Stanleya embora não tenham mostrado 
necessidade específica pelo elemento o acumulam em seus tecidos (TAIZ et al., 2017). O elemento não 
é considerado essencial para as plantas, sua função biológica tem duplo efeito, pode ser considerado 
toxico ou benéfico a depender da sua concentração. A sua toxidade pode afetar os seres humanos, 
animais e plantas. 
A ação do elemento na planta é relacionada com a fisiologia, um dos benefícios do elemento 
está associado com sua tendência em aumentar os metabólicos e enzimas antioxidantes resultando 
na maior capacidade em eliminar espécies reativas de oxigênio que reduzem o desempenho das 
plantas sob estresse (FENG; WEI; TU, 2013). O elemento pode atuar alterando o coeficiente de 
permeabilidade iônica na membrana plasmática, que afeta o transporte e acúmulo de alguns íons 
em células vegetais (CIPRIANO et al., 2022) 
No entanto, apesar do Se apresentar benefícios, as altas concentrações resultam em 
fitotoxidez, em resposta as plantas podem desenvolver mecanismos de tolerância a altas 
concentrações de íons tóxicos, como o Se: a exclusão e tolerância interna. O mecanismo de exclusão 
bloqueia a entrada de íons tóxicos na célula, impedindo que suas concentrações alcancem o nível 
toxico e o mecanismo de tolerância interna envolve adaptações bioquímicas permitindo que a planta 
tolere e compartimentalize altas concentrações do elemento, um exemplo de tolerância interna é a 
hiperacumulação, essa adaptação é rara e requer mudanças genéticas (TAIZ et al., 2017). A hiper 
acumulação é uma das características das plantas que acumuladoras de Se. 
 
3.2 Formas de absorção 
Os gases vulcânicos e a combustão de carvão são fontes naturais de Se na crosta terrestre. O 
elemento é encontrado em concentrações que variam de 0,1 a até 1.000 mg kg-1, em áreas de solos 
naturalmente ricos em Se (FISHBEIN, 2001; MOUTA et al., 2008). No solo o Se é encontrado na 
forma de selenato (SeO42-), selenito (SeO32), Se elementar e seleneto (Se2). As formas absorvidas 
pelas plantas são o selenato e selenito, sendo o selanato a forma mais comum absorvida e 
predominante em solos alcalinos (GUIGNARDI; SCHIAVON, 2017) 
O Se se assemelha quimicamente com o enxofre (S), assim o selenato é transportado na planta 
através do sistema de transporte de sulfato por meio dos transportadores de alta afinidade 
SULTR1;1 e SULTR1;2, onde para cada molécula de selenato que entra nas raízes três prótons são 
absorvidos, sendo acumulado nas células vegetais contra o gradiente potencial eletroquímico por 
transporte ativo (TERRY et al., 2000). Além disso, o selenato é rapidamente transportado para os 
brotos devido os transportadores de alta afinidade o que lhe confere maior taxa de absorção e 
utilização quando comparado ao selenito (LIU et al., 2015). Já o selenito é absorvido por 
transportadores de P da raiz(GUIGNARDI; SCHIAVON, 2017). 
As concentrações de Se nas plantas variam com o teor do elemento no solo, em média plantas 
cultivadas em solos com baixo teor de Se possuem concentrações de 0,01 a 1 mg de Se Kg-1 de peso 
seco. Quando cultivadas em solos ricos em selênio as plantas podem ser divididas em grupos de 
acordo com a concentração de Se nos seus tecidos: hiperacumuladoras possuem 1000 a 15000 mg de 
Se Kg-1 de peso seco, as acumuladoras contêm de 100 a 1000 mg de Se Kg-1 de peso seco e as não 
acumuladoras possuem menos de 100 mg de Se Kg-1 de peso seco, que se enquadra a maioria das 
plantas forrageiras cultivadas e gramíneas, que possuem menos de 25 mg de Se Kg-1 de peso seco. 
As plantas ainda são divididas em acumuladoras secundarias, quando cultivadas em solos de 
baixo a médio teor de Se apresentam concentração de até 1000 mg de Se Kg-1 de peso seco (TERRY et 
al., 2000; PILON-SMITS; 2019). 
LYU et al. (2022) avaliando as características do Se no sistema solo-planta-água e os limites 
de Se em áreas seleníferas encontraram valores para os solos de baixo, médio e alto teores de Se de 
0,60 mg kg-1, 1,68 mg kg-1 e de 8,27 mg kg-1, respectivamente. Essas áreas são naturalmente ricas 
em Se o que resulta em altos teores do elemento, ainda assim os autores ressaltem que os valores são 
superiores à média geral de 0,4 mg kg-1. 
A disposição do Se na planta é variável de acordo com a fonte utilizada, com a espécie, estágio 
e condição fisiológica. O selenato é absorvido e translocado para a parte aérea que concentra 90% 
do Se nos caules e folhas. O Selenito é acumulado nas raízes que concentram a maior parte de Se 
absorvido (TERRY et al., 2000). Em plantas acumuladoras o Se absorvido durante o crescimento 
vegetativo é acumulado na maior parte nas folhas jovens, no período reprodutivo os maiores teores 
são obtidos nas sementes. Em plantas não acumuladoras apresentam as maiores concentrações nas 
raízes e nos grãos com teores semelhantes (PILON-SMITS; 2019). 
 
 
3.3 Fontes, doses e modos de aplicação 
Tan (1989) estabeleceu com base no selênio total do solo que 3 mg Kg-1 é o valor limite de 
referência do excesso de Se nos solos. Porém, a distribuição do Se no solo pode ser afetada pela 
matéria orgânica, pH, condição redox do solo e pelos minerais (LYU et al., 2021), o que influencia 
na disponibilidade do elemento no solo. Para maior precisão no manejo da adubação é necessário 
estabelecer valores limites e de deficiência tendo como referência o Se biodisponível para as plantas. 
Nas análises de solo não é rotina realizar análise de Se o que dificulta definir doses do elemento. 
Em estudos com Se o método de análise do elemento no solo tem sido realizado por meio da 
extração química sequencial, o Se é fracionado em Se solúvel, Se trocável, Se ligado ao óxido de 
ferro/manganês, Se ligado a matéria orgânica e Se residual, as formas de maior afinidade com as 
plantas são o Se solúvel e trocável (WANG et al., 2012). 
As principais fontes utilizadas são hidróxido-selenato de potássio, hidróxido-selenato de 
metila, hidróxido-seleneto e selenato de sódio aplicados via solo, sendo recomendado a dose de 60 
μg dm−3 de Se para selenato de sódio e 240 μg dm−3 para as demais fontes na cultura do sorgo 
(CIPRIANO, et al., 2022). Ainda para sorgo é relatada a aplicação foliar de selenato de sódio na 
dose de 0,500 mg de Se (CIPRIANO, et al., 2023). Para Urochloa brizantha cultivada em solos 
tropicais é recomendado a aplicação de selenato de sódio via solo na dose de 1 mg/kg (RAMOS et al., 
2012) 
Os níveis de concentração que podem causar toxidez ou benefícios são próximos e podem 
variar de acordo com a espécie em que será aplicada o elemento, por esse motivo a determinação de 
doses de Se é imprecisa. 
 
3.4 Impactos no desenvolvimento da planta 
Quantidades excessivas de Se podem ocasionar fitotoxidade as plantas. O excesso de Se resulta 
na maior incorporação de Se em compostos de S, como a incorporação de selenociteína em proteínas, 
como também pode ocasionar estresse oxidativo, que impacta no crescimento da planta (MORA et 
al., 2008; VAN HOEWYK, 2013). 
Os benefícios do Se nas plantas está associado com a mitigação dos estresses abióticos. 
Estudando o efeito do Se no sorgo utilizando a fonte selenato de sódio, Djanaguiraman et al. (2010) 
observaram que o elemento pode desempenhar o papel protetor em condições de estresse por altas 
temperaturas aumentando o sistema de defesa antioxidante. Os autores ressaltam que o 
fornecimento de Se as plantas pode alterar a absorção e acúmulo de nutrientes na planta. Como o 
que ocorre com o Se e o S, os dois íons são absorvidos pela mesma rota metabólica o que pode 
resultar em competição, inibindo a absorção de um dos íons. 
Essa alteração na absorção de íons nas plantas é considerada o primeiro sintoma dos efeitos 
de selênio nas plantas (PAZURKIEWICZ, et al., 2003). O Se altera a concentração de potássio (K) 
em milho e essa concentração pode reduzir ou aumentar a depender da dose Se aplicada 
(HAWRYLAK-NOWAK, 2008). Em sorgo o Se pode favorecer a absorção de K, ferro (Fe), zinco (Zn) 
e nitrogênio (N) e reduzir a absorção S, cálcio (Ca), magnésio (Mg), fosforo (P) e manganês (Mn) 
(CIPRIANO, et al., 2023). Em Urochloa brizantha a aplicação de mais de 1 mg/kg de Se reduz a 
absorção de micronutrientes. 
Cipriano et al. (2022) estudando a biofortificação de Se e o seu efeito no metabolismo e 
conteúdo mineral em sorgo, avaliaram quatro fontes de Se: hidróxido-seleneto de potássio, 
hidróxido-seleneto de metila, hidróxido-seleneto e selenato de sódio nas doses de 60 μg dm−3 e 240 
μg dm−3 e o tratamento adicional com e sem selenato de sódio na dose de 480 μg dm−3, os autores 
identificaram que o teor de Se nos grãos e no colmo aumentou com o aumento das doses de Se 
independentemente da fonte utilizada. O tratamento adicional com selenato de sódio proporcionou 
os maiores teores de Se nas partes das plantas devido a maior eficiência de absorção, recuperação 
e translocação de Se da raiz para brotos e grãos. 
Ramos et al. (2012) avaliando o efeito do Se em Urochloa brizantha utilizaram duas fontes de 
Se: selenato de sódio e selenito de sódio nas doses de 0; 0,5; 1,0; 3,0 e 6,0 mg/kg aplicada via solo, 
observaram que o maior rendimento de biomassa da parte aérea foi obtido nas doses de 0,5 e 1 
mg/kg com aplicação do selenato que apresentou maior concentração de Se na parte aérea quando 
aplicado essa fonte. As maiores doses de Se independente da fonte utilizada proporcionou redução 
no crescimento da forrageira. Os autores destacam que a adição de Se em níveis adequados no solo 
pode melhorar a qualidade da forragem e reduzir a senescência. 
Longchamp et al. (2015) avaliando o efeito de duas fontes de Se selenato e selenita na dose de 
12 μmol l-1 em milho, constataram que a dose foi prejudicial para o crescimento do milho 
independente da fonte utilizada, a selenita afetou o desenvolvimento dos tecidos vegetais, 
proporcionou redução da forragem e redução da quantidade e qualidade dos grãos. A 
concentração de Se total na parte área foi maior quando utilizado a fonte de selenito comparado a 
selenato. 
São observadas alterações no metabolismo de carboidratos em função da concentração, fonte 
de Se e estagio fenológico da planta. Como relatado por Cipriano et al. (2022) em que a aplicação 
do Se aumentou a atividade das enzimas antioxidantes e teor de carboidrato nos grãos de sorgo. A 
aplicação de selênio proporciona maior produção de grãos de sorgo (CIPRIANO et al., 2023). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os benefícios nas plantas obtidos com a aplicação de Se e Si resultam em melhoria na 
eficiência da planta em condição de estresse. A interação desses elementos com os nutrientes do solo 
precisam ser estudas e esclarecidas, bem como suas funções na planta, para que possam ser 
utilizados maximizando seus efeitos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARBOSA, N.C.; VENÂNCIO, R.; ASSIS, M. H. S.; PAIVA, J. B.; CARNEIRO, M. A. C.; 
PEREIRA, S. H. 2008. Formas de aplicação de silicato de cálcio e magnésio na cultura do sorgo 
em neossolo quartzarênico de cerrado. Pesquisa Agropecuaria Tropical, 38:290-296. ISSN 1517-
6398 / e-ISSN 1983-4063 
BERTHELSEN, S.; HURNEY, A.; KINGSTON, G.; RUDD, A.; GARSIDE, A.L.; NOBLE, A. 2002. 
Respostas de plantas de cana-de-açúcar a produtos silicatados nos distritos de Mossman, 
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