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ANTIPSICÓTICOS - Farmacologia

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FARMACOLOGIA
Antipsicóticos
Indicação clínica: psicoses/esquizofrenia
Sintomatologia da esquizofrenia
Fisiopatologia da esquizofrenia: 2 hipóteses
Fármacos antipsicóticos
Psicose: mistura de sintomas presentes em vários transtornos psiquiátricos. Está presente mais predominantemente na esquizofrenia, mas pode estar na Doença de Alzheimer, na depressão, mania. Logo, nem todo paciente em surto psicótico é esquizofrênico. A psicose é caracterizada por:	
- ALUCINAÇÕES: alterações das habilidades perceptivas do cérebro (olfato, visão, audição...)	
- DELÍRIOS: É atribuir significados a essas alucinações.
A psicose pode ser induzida por drogas, doença de Alzheimer, manias, depressão, esquizofrenia.
ESQUIZOFRENIA:	
- É um dos transtornos mais difíceis de serem tratados.	
- O esquizofrênico tem sua mente “partida”, ou seja, em um momento está em sua realidade natural/normal e no outro entra em surto.	
- ETIOLOGIA MULTIFATORIAL: genética + ambiental + biológica (inclusive vida intrauterina)
48% dos casos de gêmeos idênticos apresentam o transtorno caso um deles venha a desenvolver a doença.
-SINTOMATOLOGIA:
SINTOMAS POSITIVOS: são os mais facilmente percebidos. O paciente é agressivo. Compreende delírios e alucinações.
SINTOMAS NEGATIVOS: podem ser facilmente confundidos com depressão. O paciente apresenta embotamento afetivo (apatia), isolamento social, anedonia (falta de prazer, aparência descuidada.
HIPÓTESES:
HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA: 
Excesso de dopamina na fenda sináptica, que estimula o receptor do tipo D2, gerando o quadro de alucinações.
Logo, os fármacos vão agir bloqueando os receptores D2 inibindo a ação da dopamina. (PRIMEIRA GERAÇÃO)
4 VIAS DOPAMINÉRGICAS: Duas estão envolvidas na esquizofrenia e outras duas não estão envolvidas.	
- Via Mesolímbica (sistema de recompensa): é o circuito do prazer. É fisiológica e estimulada todos os dias, porém com quantidades equilibradas de dopamina. No esquizofrênico a liberação de dopamina é em quantidade suprafisiológicas, gerando os surtos psicóticos. Essa via está relacionada com os SINTOMAS POSITIVOS.
- Via mesocortical: está relacionada com os SINTOMAS NEGATIVOS. Nessa via há baixa atividade dopaminérgica, por isso os sintomas depressivos.
- Via nigroestriatal: não está alterada no esquizofrênico, porém, está relacionada com os efeitos colaterais dos movimentos, devido ao bloqueio dos receptores D2.
- Via Tubero-infundibular/hipotálamo-hipófise: não está alterada no paciente esquizofrênico. Porém, os neurônios dopaminérgicos fisiologicamente inibem secreção de prolactina, quando o D2 está inibido (durante a ação dos antipsicóticos) não tem quem iniba a produção de prolactina e, assim, há hiperprolactinemia. Uma consequência disso é a ginecomastia, galactorreia, diminuição da libido e alterações no ciclo menstrual.
LOGO: 
SINTOMAS POSITIVOS -> EXCESSO DE DOPAMINA NA VIA MESOLÍMBICA	
SINTOMAS NEGATIVOS -> DEFICIÊNCIA DE DOPAMINA NA VIA MESOCORTICAL
HIPÓTESE SEROTONINÉRGICA:	
- No paciente esquizofrênico há excesso de estimulação do receptor 5HT2A, pela ação da serotonina fisiológica, havendo delírios e alucinações.	
- O esquizofrênico tem envolvimento tanto da serotonina quanto da dopamina.
FÁRMACOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO (TÍPICOS):	
- ANTAGONISTA D2: atuam inibindo a ação da dopamina, pois bloqueiam o receptor D2. Assim, eles inibem ainda mais a Via Mesocortical, piorando os sintomas negativos (devido a pouca atividade dopaminérgica). 			
- São fármacos que melhoram os sintomas positivos.	
- Aloperidol e Clorpromazina	
- Melhoram os sintomas positivos e pioram os sintomas negativos. São usados para quem apresentam apenas sintomas positivos.	
- EFEITOS COLATERAIS: 	
-> sedação e ganho de peso (bloqueio do receptor histamínico H1);	
-> causa BS, VT, C, RU (bloqueio dos receptores muscarínicos);	
-> hipotensão postural (receptor alfa1 bloqueado).	
- PIORES EFEITOS COLATERAIS:	
-> Piora dos efeitos negativos; 	
-> hiperprolactinemia; 	
-> sintomas extrapiramidais (SEP): Parkinsonismo farmacológico, acatisia, distonia de membros e da região cervical, discinesia tardia.
FARMACOS DE SEGUNDA GERAÇÃO (ATÍPICOS):	
- Clozapina (utilizado em ultima instancia, em pacientes agressivos pois tem alto poder sedativo e causa agranulocitose), Olanzapina e Risperidona (esses 2 são mais utilizados).	
- Atuam bloqueando os dois tipos de receptores (5HT2A e D2), sendo mais específico para 5HT2A e em bem menor quantidade no D2. Assim, reduzem os delírios e alucinações (sintomas positivos) e reduzem os efeitos colaterais causados pelos fármacos de primeira geração.	
- EFEITOS COLATERAIS: 	
-> ganho de peso e sedação;	
-> efeitos anticolinérgicos (RU, C, BS, VT);	
-> hipotensão postural.	
- Esses fármacos são os mais utilizados atualmente porque tratam os sintomas positivos e negativos com menos efeitos colaterais.
SINDROME METABOLICA: devido ao uso crônico dos fármacos de segunda geração. Há: ganho de peso, diabetes, efeito orexigeno, alterações cardiovasculares, morte prematura.

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