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A psicogênese da língua escrita. Emília Ferreiro Faculdade Estácio de Sergipe Curso de Psicologia Disciplina: Psicologia do pensamento e da linguagem Profa. Dra. Carla Rezende Gomes Emília Ferreiro Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. 2 A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. 3 Existe um processo de aquisição da linguagem escrita que precede e excede os limites escolares. É um processo de auto construção no confronto e na interação da criança com o seu meio. Antigamente acreditava se que as crianças chegavam a escola sem nenhum conhecimento sobre a leitura e escrita. "Ignorava-se" todo conhecimento prévio dela. Os estudos de Emília Ferreiro contestam essa posição. Para ela e seus seguidores as crianças chegam à escola sabendo várias coisas sobre a língua. É de fundamental importância avaliar as crianças antes de determinar estratégias para sua alfabetização. 4 É preciso prestar atenção aos aspectos construtivos e não somente gráficos. As crianças antes mesmo de chegar à escola constroem hipóteses sobre a escrita e a leitura. Essas hipóteses são construídas normalmente a partir dos 4 anos. 5 As Fases Icônica Pré-silábica Silábica Silábica-alfabética Alfabética 6 FASE ICÔNICA: É a etapa da garatuja onde a criança apresenta movimentos celulares (circulares), o que indica uma transição a caminho da fase Pré-silábica (Estágio 1º), mas ainda não diferencia o desenho da escrita. 7 PRÉ-SILÁBICO 1º estágio: No primeiro estágio, a criança já diferencia desenho de escrita, e, portanto representará a escrita de acordo com a maneira que visualiza. Quando está habituada com a letra cursiva, fará grafismo ondulado. Já, para representar a letra imprensa usará linhas retas e curvas e não utilizará sinais gráficos. Nas crianças deste estágio, verificamos o realismo nominal, pois "coisas grandes, se escreve com muitas letras", e vice-versa. Na leitura do que escrevem não separam as letras. A leitura é global, ou seja, quando se pede para a criança ler o que escreveu acompanhando com o dedo, ela não separa ainda as sílabas e palavras, fazendo uma leitura horizontal. 8 2º estágio: No segundo estágio, a criança começa a compreender que coisas diferentes possuem nomes diferentes. Quando vai escrever uma palavra, modifica a ordem das letras: (diferenciação qualitativa inter-relacional). Para a criança, uma palavra não pode ser lida ou interpretada se possuir as mesmas letras. Outra relação que as crianças fazem é que uma palavra para ser lida precisa de, no mínimo, três letras (Hipótese quantitativa). 9 SILÁBICO Neste estágio, a criança percebe que a escrita é a representação da fala, e para tanto, verifica-se a fonetização da escrita, ou seja, a descoberta dos sons na fala. Escrever silabicamente é representar cada emissão sonora com apenas uma letra. AIO - gatinho IOA - pipoca 10 SILÁBICA-ALFABÉTICA Este estágio marca a transição das hipóteses silábicas, para os esquemas futuros. Período de transição, no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses diferentes. A escrita apresenta sílabas completas e sílabas representadas por uma só letra. 11 ALFABÉTICA Quando a criança chega neste estágio, podemos dizer que ela já compreende o sistema de representação da linguagem escrita, percebendo que uma palavra é composta de letras que formam sílabas. Já analisa os fonemas das palavras. Percebe a nossa escrita como alfabética. 12 Referências http://integracaoestacio.webaula.com.br/Docs/765795/PlanoDeAula_61626P.pdf http://www.aldeiadospandavas.com.br/construtivismo/index.htm http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/estudiosa-revolucionou-alfabetizacao-423543.shtml Imagens do Google. 13
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