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DIREITO PENAL – P2 CULPABILIADE Conceito Juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena. Poderia o sujeito ter agido de forma diversa da ilícita penal? *Exige-se conduta adversa. *IMPUTALIBIDADE = agente culpável. Elementos da culpabilidade Imputabilidade Exigibilidade de conduta adversa Potencial conhecimento da ilicitude Assim, só há culpabilidade se o sujeito, de acordo com suas condições psíquicas, podia estruturar sua consciência e vontade de acordo com o direito (ilicitude); se estava em condições de poder compreender a ilicitude da conduta (possibilidade de conhecimento da ilicitude); se era possível exigir conduta diversa (exigibilidade de conduta diversa). Se existe a antijuridicidade, ocorre crime. Se existe a culpabilidade é aplicada a pena. IMPUTABILIDADE PENAL Conceito É a capacidade do agente que já praticou o fato típico e antijurídico de entender o caráter ilícito do fato e de manifestar-se de acordo com esse entendimento. Deve existir no momento da pratica do ato. Imputável: pessoa que tem total consentimento do que faz. Receberá pena: restritiva de direito, restritiva de liberdade, multa. *Doença mental grave e menores de 18 anos. Semimputável: entre a inimputabilidade e imputável, pode aplicar pena reduzida ou medida de segurança. * Não exclui a imputabilidade, de modo que o agente será condenado pelo fato típico e ilícito que cometeu. O juiz terá duas opções: reduzir a pena ou impor medida de segurança. Inimputável: o agente não entende o que faz no momento do fato. Sistema de apuração da imputabilidade Biológico: considera algo físico. Exemplo, os menores de 18 anos; Psicológico: se verificam apenas as condições psíquicas do autor no momento do fato.NÃO É ADOTADO NO BRASIL Biopsicológico: considera a consciência ou inconsciência e se tem doença mental manifestada na hora do fato. É ADOTADA NO BRASIL. Da exclusão de imputabilidade Doença mental Desenvolvimento mental incompleto (menor de idade) Desenvolvimento mental retardado Embriaguez completa, sendo essa oriunda de patologia, ou seja, alcoolismo; ou embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. Emoção e paixão Não excluem imputabilidade, mas podem servir de atenuantes na pena. Emoção: estado ade animo ou de consciência caraterizada por uma viva excitação do sentimento. Paixão: é a emoção em estado crônico, ou seja, constante. *Emoção ou paixão antiessencial, por motivo torpe: aumenta pena. EMBRIAGUEZ Tipos de embriaguez Não acidental Culposa: o sujeito não tem a intenção de embriagar-se, mas por imprudência vem a embriagar-se. Seja completa ou incompleta não exclui imputabilidade. Voluntária: o sujeito tem intenção de embriagar-se. Seja completa ou incompleta não exclui imputabilidade. Acidental Caso fortuito: o sujeito desconhece o efeito da substancia ou alguma condição fisiológica particular, que o leva a embriaguez. Sendo incompleta diminui a pena, sendo completa exclui a imputabilidade. Por força maior: o sujeito é obrigado a ingerir bebida alcoólica. Sendo incompleta diminui a pena, sendo completa exclui a imputabilidade. Pré-ordenada: o sujeito se embriaga propositalmente com a intenção de cometer um crime. É agravante de pena. Patológica: é o alcoolismo, o sujeito se torna dependente da substancia. Pode excluir a culpabilidade ou diminuir pena, depende do caso. Teoria da “actio libera in causa” A conduta foi livremente desejada, dolosa ou culposa, então teve a primeira fase livre (a fase de embriagar-se), e posterior a fase livre vem a fase inconsciente (embriaguez) onde acontece o fato. Por conta da adoção dessa teoria no CP brasileiro o agente responde mesmo se na hora do fato esteja inconsciente. DA EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Conceito Ocorre quando o juiz verifica que o agente poderia ter realizado conduta diferente daquela que realizou. Causas de exclusão Coação moral irresistível: é a excludente da culpabilidade em que alguém pratica fato típico e antijurídico, mas só o faz por ter sido ameaçado, forçado, ou seja, ter sofrido grave ameaça e nesses casos, o juiz absolvera por inexigibilidade de conduta diversa. *Coação física irresistível: quando há emprego de força física ou de grave ameaça para obrigar o sujeito a praticar um crime. Na coação física, o coator emprega meios que impedem o agente de resistir porque seu movimento corpóreo ou sua abstenção do momento estão submetidos fisicamente ao coator, isso exclui conduta ou seja tipicidade. Não há crime. *Coação moral resistível: o agente poderia agir de outra maneira. Há crime. É circunstância atenuante genérica. Obediência hierárquica: excluirá a exigibilidade de conduta diversa do agente, nos casos em que ele, funcionário público, tiver cumprido uma ordem de um superior hierárquico que possua aparência de estar dentro da lei, mas que na verdade era ilegal (não manifestadamente ilegal). Neste caso, só respondera pelo crime, o funcionário que deu a ordem. *Se a ordem for legal, ninguém responde; *Se a ordem for manifestadamente ilegal, os dois respondem. DA POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Conceito Se o agente não tinha consciência da ilicitude, absolve o agente. É o elemento da culpabilidade que considera necessário a presença de, pelo menos, a possível consciência, por parte do agente, de que sua conduta é contraria a lei. Causa excludente Erro de proibição: para que se tenha culpabilidade, o sujeito deve ter conhecimento do ato ilícito quando o sujeito não tem esse conhecimento da antijuridicidade, é o erro de proibição, ou seja, ele acredita que o que está fazendo é licito. NÃO HÁ CULPABILIDADE. O erro é justificável quando o sujeito não tem condições de conhecer a ilicitude de seu comportamento. Caso seja possível ter conhecimento da ilicitude ele responde. EXCUSÁVEL: exclui a culpabilidade. A pessoa não tinha possibilidade de consciência sobre a ilicitude da ação (por deficiência intelectual, por impossibilidade física, por circunstancias de tempo e lugar etc) INESCUSAVEL: reduz a pena. O agente tinha meios de saber da ilicitude. ERRO DE TIPO *Exclui o tipo penal 1. Conceito É aquele que ocorre nos casos em que alguém se engana em relação ao previsto pelo tipo legal do crime, ou seja, pratica o crime sem saber que está praticando. EX: dois objetos muito parecidos e a pessoa, achando que é seu, pega o alheio. Mata uma pessoa acreditando ser um animal. 2. Consequências Sempre exclui o dolo Pode responsabilizar por crime culposo, porque fui imprudente Tipos Escusável: exclui o dolo e a culpa (exclusão da tipicidade). Perdoável, não poderia ser evitado. Inescusável: pode responsabilizar por crime culposo apenas nos casos previstos em lei. Poderia ter sido evitado.
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