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Apostila Adm Financeira

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1
SUMÁRIO
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA?...............................19
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA..........19
RISCO E RETORNO...............................................................................................................21
PLANEJAMENTO FINANCEIRO............................................................................................22
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA..............................................................................28
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS......................................................................................32
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA E ÍNDICES
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS..............................................................49
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES.............................................................................50
CATEGORIA DE ÍNDICES FINANCEIROS.............................................................................52
CAPITAL DE GIRO.................................................................................................................59
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO..............................................................................................60
UNIDADE III
FINANCIAMENTOS
CAIXA......................................................................................................................................67
ELEMENTOS DE UMA POLÍTICA GERAL DE CRÉDITO......................................................71
DESCONTOS FINANCEIROS POR PAGAMENTOS ANTECIPADOS...................................73
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES..............................................................
77
FONTES DE FINANCIAMENTO.............................................................................................
80
AS FONTES ESPONTÂNEAS DE FINANCIAMENTO EM CURTO PRAZO..........................
87
UNIDADE IV
POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA.............................................................................
92
ORÇAMENTO DE CAPITAL....................................................................................................
91
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE ANÁLISE ECONÔMICA..................................................
95
VPL - VALOR PRESENTE LÍQUIDO.......................................................................................
96
PRI - PERIODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO - PAYBACK..............................
98
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR...................................................................................
100
UNIDADE V
SISTEMAS FINANCEIROS
SFN – SISTEMA FINACEIRO NACIONAL.............................................................................
111
BANCO CENTRAL DO BRASIL............................................................................................
115
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP.............................................
142
HISTÓRIA DO SEGURO......................................................................................................
144
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS.............................................................................
160
CONCLUSÃO.......................................................................................................................
165
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................
175
UNIDADE I
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• O que é administração financeira?
• Responsabilidades contemporâneas do administrador financeiro
• Meta do gerente financeiro
• Risco e retorno
• Planejamento financeiro
• Depreciação e imposto de renda
• Demonstrações financeiras
INTRODUÇÃO
A principal pergunta que se pode fazer neste momento: por que estudar finanças? Existem
muitas razões pelas quais você precisa ter conhecimento de finanças. A escolha da carreira
de administrador deve ser a principal resposta. Mas, também, para organizar sua vida
pessoal. O conhecimento das principais técnicas e procedimentos de finanças, que serão
estudados neste livro, certamente permitirá que você tome as decisões acertadas em sua
vida profissional e na gestão do patrimônio pessoal.
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA?
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou
valor total de um negócio. Mais especificamente, maximizar a riqueza significa obter o lucro
mais elevado possível ao menor risco (GROPPELLI e NIKBAKT, 2006).
Para Gitman finanças são a arte e a ciência para administrar fundos.
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a mesma coisa com palavras
diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro com o menor risco, enquanto Gitman diz que
finanças administram fundos.
Esta administração de fundos tem, naturalmente, o objetivo de obter o melhor resultado
possível e para as empresas esse resultado só pode ser o maior lucro.
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente,
assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos
de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática
da escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira
das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude.
A administração financeira insere-se em um campo de atuação bastante abrangente e
crescentemente complexo, exigindo maior conhecimento técnico e sensibilidade no trato de
seus diversos instrumentos (NETO, 2003).
Verificam-se, claramente, as necessidades de grande conhecimento técnico-científico, além
da sensibilidade, que nada mais é do que bom-senso na análise e decisão.
A escassez referida pelo autor é a chave dessa equação de difícil solução, já que, em geral,
os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas.
Todo momento encontramos empresas que necessitam de recursos para despesas
operacionais, para investimentos, para expansão, para pesquisa entre outros. Captar e
aplicar adequadamente esses recursos é, em última análise, o grande desafio do
administrador de finanças.
Metas do gerente financeiro
Segundo Gitman algumas pessoas acreditam que o objetivo da empresa é sempre
maximizar o lucro. Para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria apenas as ações
que gerassem uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da empresa.
A maximização do lucro fracassa por várias razões: o tempo de retorno ignorado, os fluxos
de caixa disponíveis para acionistas e o risco.
Ainda no raciocínio de Gitman, a maximização da riqueza deve ser a meta de todos os
gerentes financeiros, pois é ela que maximiza a riqueza dos proprietários da empresa.
Como maximização da riqueza ele cita o preço das ações, ou seja, quanto mais valorizadas
forem as ações (ações são partes do capital da empresa), maior será a riqueza dos proprietários.
O lucro certamente contribui para a valorização e aceitação das ações das empresas, por
esta razão deve ser considerado como fator que conduz à maximização da riqueza.
Toda essa questão citada por Gitman, de que o lucro fracassa em muitos casos e entre as
causas cita o risco, que estudaremos em tópicos adiante.
RISCO E RETORNO
Definição de risco:
Para Groppelli o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos.
Já para Lawerence J. Gitman, o riscoé a chance de perda financeira.
Qual o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o quanto se pode
perder caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a compreensão de risco.
Definição de Retorno
O total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado período de tempo (Gitman, 2006).
Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou fluxos de caixa antecipados de qualquer
investimento.
Note-se que agora podemos fazer uma melhor interpretação das metas do administrador
financeiro.
Se ele considerar apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco pode
representar a grande ameaça ao lucro.
Muitas vezes é melhor ganhar menos, com tempo mais prolongado e com pouco risco do
que querer muito, mesmo que o risco de perder tudo seja grande.
Podemos resumir a maximização do lucro como a combinação entre risco elevado, retorno
elevado e curto espaço de tempo. Já a maximização da riqueza como a relação de risco
menor, retorno menor e tempo maior.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro começa com planos financeiros em longo prazo, ou estratégicos
que, por sua vez, guiam a formulação de planos e orçamentos em curto prazo ou
operacionais. Geralmente, os planos e orçamentos em curto prazo implementam os objetivos
estratégicos da empresa em longo prazo.
Neste aspecto deve-se compreender bem que os planos de longo prazo formulam a
estratégia da empresa, ou seja, o que ela pretende, onde pretende chegar. Com base nestas
estratégias se formulam as ações de curto prazo e estas ações, por sua vez, encaminham a
empresa para atingir os objetivos maiores, as estratégias estabelecidas.
Pode-se dizer que as empresas, em geral, tomam decisões em três níveis:
Nível estratégico: são decisões que modificam a estrutura da empresa, que mudam sua
relação com o meio ambiente.
Nível administrativo: são aquelas que se relacionam com a forma da empresa.
Nível operacional: são as decisões associadas ao processo de transformação.
O planejamento financeiro de curto prazo pode ser melhor compreendido na figura abaixo:
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Pode-se destacar como plano financeiro de curto prazo o planejamento de caixa, ou
orçamentos de caixa. Nota-se, no esquema acima, que ele aparece no centro, interligado
com os demais planos.
Para Gitman (2006) o orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é uma demonstração das
entradas e saídas planejadas no caixa da empresa. É usado pela empresa para estimar o
caixa exigido a curto prazo, com atenção especial ao planejamento para excedentes de
caixa e para escassez de caixa.
O orçamento de caixa pode ser apresentado semanalmente, quinzenalmente, mensalmente
ou qualquer outro período que a empresa desejar. Prazos menores são mais confiáveis e
mais fáceis de serem previstos, mas o prazo de até um ano pode ser recomendável.
O principal insumo do planejamento de caixa é a previsão de vendas.
A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado pelo
departamento de marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o
fluxo de caixa mensal que resultará das receitas de vendas projetadas e das despesas
relacionadas à produção, estoque e vendas. Determina também o nível de ativos fixos
exigidos e o montante de financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de
previsão de vendas e de produção.
A previsão de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, usando-se as
relações observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos externos
significativos, como o produto nacional bruto (PNB), renda pessoal disponível, taxa de
inflação e desemprego entre outros. Por outro lado, os dados internos obtidos por meio dos
próprios canais de vendas da empresa. As empresas, em geral, usam uma combinação de
dados externos e internos de previsão para fazerem a previsão final de vendas.
Nota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo planejamento de
caixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que a maior parte dos outros
insumos é decorrente desta.
Vejamos: a quantidade de matéria-prima que deve ser comprada depende da quantidade de
vendas estimadas; o valor dos impostos a ser pago depende da quantidade vendida; o gasto
com salários e encargos está diretamente ligado ao volume das vendas; o desembolso com
investimentos fixos depende da quantidade que precisa ser produzida (vendida) e assim,
mais insumos dependem do volume das vendas.
O formato geral do fluxo de caixa:
 desembolso de caixa
Mais: caixa inicial
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Gitman (2006) apresenta um exemplo detalhado de um orçamento de caixa. Considere que
as vendas previstas na tabela a seguir abaixo sejam com os seguintes prazos:
20% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% recebidos em 60
dias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além da venda prevê-se outros
recebimentos no valor de 30 (em $ 1000).
A Intercon Company reuniu os dados a seguir, necessários para a preparação de um programa de 
desembolsos de caixa para outubro, novembro e dezembro.
Compras. As compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 10% são pagos
em dinheiro, 70% são pagos no mês imediatamente seguinte ao mês de compra e os 20% restantes
são pagos dois meses após o mês da compra.
Pagamentos de aluguel. Um aluguel de $ 5.000 será pago a cada mês. Ordenados e salários O
custo fixo de salários para o ano é de $ 96.000 ou é de $ 8.000 por mês. Além disso, estima-se que
os ordenados correspondam a 10% das vendas mensais.
Pagamento de impostos. Os impostos de $ 25.000 devem ser pagos em dezembro.
Despesas com ativos fixos. Nova maquinaria custando $ 130.000 será comprada e paga em no-
vembro.
Pagamentos de juros O pagamento de juros de $ 10.000 vence em dezembro.
Pagamentos de dividendos em dinheiro Os dividendos em dinheiro de $ 20.000 serão pagos em
outubro.
Pagamentos do principal (empréstimos). O pagamento do principal de m empréstimo no valor de
$ 20.000 vence em dezembro.
Recompras ou resgates de ações. Nenhuma recompra ou resgate de ações é esperado entre ou-
tubro e dezembro.
A programação de desembolsos de caixa a empresa, usando os dados precedentes, é mostrado na
Tabela 14.3. Alguns itens na tabela são explicados mais detalhadamente a seguir.
Compras. Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados representam 70% das vendas
previstas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o cálculo das compras à vista e os
pagamentos relacionados.
Compras à vista As compras à vista representam 10% das compras do mês.
Pagamentos de C/P Esses lançamentos representam o pagamento de contas a pagar (C/P)
resultan-tes das compras nos meses anteriores.
Prazo de um mês Esses dados representam compras feiras no mês anterior que são pagas no mês
corrente. Como 70% das compras da empresa são pagas no mês seguinte, as com- pras com prazo
de mês para pagamento mostrados em setembro representam 70% das compras de agosto, os
paga-mentos de outubro representam 70% das compras de setembro e assim por diante.
Prazo de dois meses Esses dados representam as compras feitas nos dois meses anteriores, que
serão pagas no mês corrente. Visto que 20% das compras da empresa são pagas dois meses
depois, as compras com dois meses de prazo para pagamento mostradas em outubro representam
20% das compras de agosto e assim por diante.
Ordenados e salários Essas quantias foram obtidas adicionando-se $ 8.000 aos 10% vendas a cada
mês. Os $ 8.000 representam o componente de salário fixo; o restante representa os ordenados.
Os itens restantes em cada programa de desembolsosde caixa são auto-explicativos
Fluxo de caixa líquido, caixa final, financiamento e excedente de caixa
Examine novamente o orçamento de caixa de formato geral na Tabela 14.1. Temos dados de
entrada para os dois primeiros lançamentos e depois calculamos as necessidades e caixa da
empresa. O fluxo de caixa liquido da empresa é encontrado subtraindo-se os desembolsos de
caixa dos rece-bimentos de caixa em cada período. Então adicionamos o caixa inicial ao fluxo de
caixa líquido para determinar o caixa final para cada período Finalmente, subtraímos o saldo de
caixa mínimo do caixa final para encontrar o financiamento total necessário ou o excedente de
caixa. Se o caixa final for menor que o saldo mínimo de caixa, o financiamento será necessário.
Este financiamento costuma ser visto como de curto prazo e, portanto, é representado por títulos a
pagar. Se o caixa final for maior que o saldo de caixa mínimo, há excedente de caixa. Considera-se
que qualquer excedente seja investido em uma aplicação líquida, de curto prazo, que renda juros, ou
seja, em títulos negociáveis de curto prazo.
A Tabela 14.4 apresenta o orçamento de caixa da Intercon Company, com base dados já desenvol-
vidos. No final de setembro, o saldo de caixa da Intercon foi de $ 50.000 e suas duplicatas a pagar e
títulos negociáveis foram iguais a $ 0. A empresa deseja manter como reserva para necessidades
inesperadas, um saldo de caixa mínimo de $ 25.000.
Para a Intercon Company manter seu caixa final exigido de $ 25.000, ela precisará tomar
emprestado um total de $76.000 em novembro e $ 41.000 em dezembro. Em outubro, a empresa
terá um saldo de caixa excedente de $ 22.000, que pode ser mantido em títulos negociáveis que
rendam juros. O total de financiamento necessário no orçamento de caixa refere-se a quanto será
devido no fiinal do mês; eles não representam as mudanças mensais nos empréstimos.
As mudanças mensais nos empréstimos tomados e no excedente de caixa podem ser encontradas
em uma análise posterior do orçamento de caixa. Em outubro, os $ 50.000 de caixa inicial, que se
tornam $ 47.000 após a saída líquida de caixa de $ 3.000, resultam em um saldo de caixa excedente
de $ 22.000, uma vez que o caixa mínimo de $ 25.000 foi deduzido. Em novembro, os $ 76.000 do
financiamento total exigido resultaram da saída líquida de caixa de $ 98.000 menos os $ 22.000 de
caixa excedente de outubro. Os $ 41.000 do financiamento total exigido em dezembro resultaram da
dedução de $ 35.000 da entrada líquida de caixa em dezembro o financiamento total exigido em
novembro, de $ 76.000 em novembro menos $ 35.000. Resumindo, as atividades financeiras de
cada mês foram as seguintes:
Outubro: Investir os $ 22.000 de saldo de caixa excedente em títulos negociáveis.
Novembro: Liquidar os $ 22.000 de títulos negociáveis e tomar emprestados $ 76.000 (títulos a pagar).
Dezembro: Saldar $ 35.000 de títulos a pagar para manter $ 41.000 do financiamento total necessário.
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA
Depreciação pode ser definida como uma despesa pelo desgaste dos bens ou simplesmente
pela perda de valor pelo passar do tempo.
Nas finanças as depreciações são classificadas como item não monetário, já que seu valor
não representa efetiva saída de caixa, mas sim um lançamento contábil para ajustar o valor
dos bens à realidade e reduzir a base de cálculo para o imposto de renda, já que ela é
tratada como uma despesa comum.
O imposto de renda merece um tratamento mais detalhado, já que a matéria é um pouco
mais abrangente. Podemos dividir o importo de renda pra pessoa jurídica em lucro real e
lucro presumido.
O Lucro Real
De acordo com informações obtidas no site <www.receita.
fazenda.gov.br> acessado em 14/10/2010, define-se lucro
real como a base de cálculo do imposto sobre a renda
apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados
sistematicamente de acordo com as leis comerciais e
fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro
de Apuração do Lucro Real (LALUR), mediante adições e
exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e
compensações de prejuízos fiscais autorizados pela legislação do imposto de renda, de
acordo com as determinações contidas da Instrução Normativa SRF n. 28, de 1978, e
demais atos legais e infralegais posteriores.
Data da Apuração
Para efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve
ser apurado na data de encerramento do período de apuração.
O período de apuração encerra-se:
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apura-
ção trimestral do imposto de renda;
b) no dia 31 de dezembro de cada ano calendário, no caso de apuração anual do imposto
de renda;
c) na data da extinção da pessoa jurídica;
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.
Fonte: PHOTOS.COM
Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano calendário, as
pessoas jurídicas:
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e
ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados
de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de
renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou
aos países com tributação favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração
da empresa, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00
(quarenta e oito milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais)
multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de-
senvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercan-til, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e
entidades de previdência privada aberta;
c) que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizada pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à
isenção ou redução de impostos;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de
renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do artigo 2º da Lei n.
9.430, de 1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring).
Alíquotas Aplicadas à base de Cálculos
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 15% e Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido é de 9%.
Está obrigado a declarar imposto de renda o contribuinte que no ano anterior:
- Recebeu rendimentos superiores a R$ 15.764,28 no último ano, como salário,
aposentadoria, pen-sões, aluguéis ou benefícios de atividade rural.
- Recebeu rendimentos não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte (como
heranças e doa-ções) cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.
- Participou, em qualquer mês do ano, de uma empresa como titular, sócio ou acionista, ou
de coop-erativa.
- Tem patrimônio (imóveis, telefones, veículos, joias e terra nua) de valor total superior a R$ 80.000,00.
- Obteve em qualquer mês do ano anteriorganho de capital na alienação de bens ou direito
sujeito à incidência do imposto.
- Obteve ganho de capital em operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
asse-melhadas.
- No caso de atividade rural, obteve receita bruta superior a R$ 78.821,40 e deseja
compensar prejuízos do ano passado ou do ano anterior.
- Passou à condição de residente no Brasil (neste caso, o contribuinte não pode apresentar a
opção simplificada).
Fonte: <http://poupaclique.ig.com.br/materias/000001-000500/185/185_1.html>. Acesso em: 16 jan.
2012.
Lucro Presumido
É a forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto, o valor apurado
mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Empresas que podem optar pelo lucro presumido
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro
real, cuja receita bruta total, no ano calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou
inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de R$
4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a 12
meses.
Igualmente não podem todas aquelas obrigadas pelo lucro real, já definidas.
Percentuais aplicados sobre a receita bruta
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados 
(RIR/1999, art. 223):
Alíquotas para apuração do Imposto de Renda
A alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido é de 15% e a alíquota da contribuição social é de
9%, como regra geral.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
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S.
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Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI nº 6.404/1976
Como os limites e critérios fiscais, limitavam a evolução dos Princípios Fundamentais da
Contabilidade, foi instituída a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), que veio
para solucionar o problema e determinar que a escrituração contábil deve seguir seus
preceitos.
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que 
registrem.
Ativo Circulante
Composta pelas disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Ativo Realizável em Longo Prazo
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
* Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qual-
quer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV - no ativo imobilizado: os
direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes
de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.
* Diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão,
efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não con-
figurem tão somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional.
Passivo Circulante
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até o final do
exercício seguinte.
Passivo Exigível em Longo Prazo
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo exigível em longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior.
Resultados de Exercícios Futuros
Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
Representam as receitas pertencentes a exercícios futuros.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em capital social, reservas de capital, reservas de
reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
* Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não rea-
lizada.
* Reservas de Capital: será composta pela contribuição do subscritor de ações que ultra-
passar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; o produto da alienação de
partes beneficiárias e bônus de subscrição; o prêmio recebido na emissão de debêntures;
as doações e as subvenções para investimento.
* Reservas de Reavaliação: será composta pelas contrapartidas de aumentos de valor atri-
buídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos ter-
mos do artigo 8º, aprovado pela assembleia geral.
* Reservas de Lucros: serão compostas pelas contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.
* Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a
Lei das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Publicada em 17/12/1976, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação,
aplican-do-se, todavia, a partir da data da publicação, às companhias que se constituírem.
Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI Nº 11.638/2007
As novas regras introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 estão alinhadas ao mercado contábil
internacional e possui como objetivo principal, possibilitar a eliminação de barreiras
regulatórias e impedem a inserção total das companhias abertas no processo de
convergência contábil internacional.
A partir de 2007, com a publicação da Lei nº 11.638/2007, a estrutura do Balanço
Patrimonial, com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Realizável em Longo Prazo.
* Ativo Permanente: será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Passivo Circulante.
* Passivo Exigível em Longo Prazo.
* Resultado de Exercícios Futuros.
* Patrimônio Líquido: será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avalia-ção
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as seguintes 
alterações em algumas contas patrimoniais:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de 
Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
* Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classificadas como ajustes de avaliação patrimo-nial,
enquanto não computadas no resultadodo exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a
elementos do ativo.
* Reservas de Lucros: o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de
incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo
esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no
aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou
subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo
do dividendo obrigatório.
Quanto às Reserva de Lucros a Realizar, o lucro, rendimento ou ganho líquido em operações
ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização
financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.
* Ações em Tesouraria: deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
* Lucros Acumulados: no encerramento do exercício social, a conta de lucros e prejuízos
acumulados não deverá apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente na
conta de lucros e prejuízos acumulados deverá ser destinado para reserva de lucros ou
distribuído como dividendo. Embora a redação original da Lei nº 6.404, de 1976, já tenha
determinado a destinação de todo o resultado do exercício, a redação anterior, ao prever a
existência de saldo final na conta de lucros acumulados, suscitou dúvidas e até a
possibilidade de retenções indiscriminadas e não devidamente justificadas. Tendo em vista
que todo o lucro líquido do exercício deve ser destinado, de acordo com os fundamentos
contidos nos art. 194 a 197, a redação atual da Lei nº 6.404, de 1976, eliminou a possibi-
lidade de existência de saldo de lucros acumulados no encerramento do exercício social.
Evidentemente, não foram eliminadas a conta de lucros acumulados e a demonstração
da sua movimentação, que deverão ser apresentados de forma isolada ou, no caso das
com-panhias abertas, como parte da demonstração das mutações de patrimônio líquido.
Essa conta, entretanto, possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para
servir de contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a
Lei das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Publicada em 28/12/2007, entrou em vigor no primeiro dia do exercício seguinte à sua
publicação.
Como o exercício social não precisa seguir o ano calendário, podendo, por exemplo, ter
iniciado em 01/06/2007 e encerrado em 31/05/2008, as alterações da Lei nº 11.638/2007
somente serão aplicadas às demonstrações financeiras encerradas a partir de 2009, nos
casos das companhias que iniciaram suas atividades anteriormente à 01/01/2008.
Estrutura do Balanço Patrimonial
MP 449/2008
A partir de 2009, com a publicação da MP 449/2008 a estrutura do Balanço Patrimonial, 
com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Não Circulante: será dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos,
Imo-bilizado e Intangível.
* Passivo Circulante.
* Passivo Não Circulante.
* Patrimônio Líquido: será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Ava-
liação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial,
podemos observar as seguintes alterações em
algumas contas patrimoniais:
Ativo Não Circulante
O Ativo Não Circulante será dividido em Ativo
Realizável em Longo Prazo, Investimentos,
Imobilizado e Intangível.
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
Fica eliminado o grupo Ativo Diferido, e o saldo existente em 31/12/2008 nesse grupo que,
pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no
Ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a
recuperação dos valores registrados no Imobilizado e no Intangível.
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação
até sua completa amortização, sujeito a análise sobre a recuperação. Caso esta amortização se
finalize até o final do exercício seguinte, poderá ser classificado no Ativo Circulante.
Passivo Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
Passivo não Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo
Não circulante, serão classificadas no Passivo Circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no Passivo Não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao
seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Fica eliminado o grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF), e o saldo existente no REF
em 31/12/2008 deverá ser reclassificado para o Passivo Não circulante em conta
representativa de receita diferida, e esse registro deverá evidenciar a receita diferida e o
respectivo custo diferido.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de
Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Os Ajustes de Avaliação Patrimonial serão classificados como ajustes de avaliação
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime
de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos
previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Registros Contábeis
A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer
modificação da escrituração mercantil e das demonstrações, as disposições da lei tributária, ou
de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros,
lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras.
As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas à
auditoria por auditores independentes nela registrados.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da obrigatoriedade e vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a
Lei das S/A como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Demonstrativo do resultado do exercício
Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confrontodas
receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece
uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período.
Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas
mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma
vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas em
um determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislação, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do
Exercício discriminar:
• a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os im-
postos;
• a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o
lucro bruto;
• as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despe-sas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
• o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais;
• o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
• as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as
contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
• o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência 
ao princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização
em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas
receitas e rendimentos.
Modelo de demonstrativo do resultado do exercício.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
( RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
( RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
(-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
( RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
( LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
E SOBRE O LUCRO
• (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro.
( LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
• (-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias.
( RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro acadêmico, começamos a perceber que as Finanças são parte essencial do
conhecimento do administrador. Costuma-se dizer que se as finanças de uma organização
não vão bem, as demais áreas também não vão.
A gerência financeira é um cargo muito almejado por administradores, pois é bem
remunerado. Mas trata-se de um cargo de altíssima responsabilidade, pois todos os setores
da empresa estão ligados diretamente a esta área.
Já imaginou você sendo o executivo de uma empresa e todos os setores dependentes da
sua gerência?
Caberá, então, a você, caro aluno, identificar se gostou ou não desta área de conhecimento
da administração.
As demais unidades lhe darão base para esta sua decisão.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1- Qual a relação das variáveis do retorno, risco e tempo com o objetivo do administrador 
financeiro, de acordo com Gitman?
2- Apresente a estrutura do balanço patrimonial, conforme MP 449/2208.
3- Qual a relação entre risco, retorno e tempo para a maximização do lucro e para a maximi-
zação da riqueza, apresentada pelos autores?
4- Uma empresa apresenta as seguintes projeções para entrada e saída de caixa:
Previsão de vendas: fev 180.000; mar 185.000; abr 190.000; mai 210.000 e jun 
220.000.
Condições de crédito: 15% à vista; 35% em 30 dias e 50% em 60 dias.
As compras representam 60% do valor mensal das vendas e serão pagas da se-
guinte forma: 10% à vista; 50% em 30 dias e o restante em 60 dias.
Impostos: 7% de ICMS; 3% de COFINS e 0,65% de PIS, incidentes sobre as 
vendas do mês anterior.
Os salários são fixos e mensais de 25.000, acrescidos de encargos de 84%.
No mês de abril a empresa deverá efetuar o pagamento de uma parcela relativa à 
aquisição de um imóvel no valor de 40.000.
Haverá recebimento de juros, mensalmente, na ordem de 3% sobre o valor da 
ven-da mensal.
No mês de junho a empresa poderá resgatar uma aplicação financeira no valor de
60.000, acrescida de 10% de 
juros. Saldo inicial = 2.000,00.
Com base nestas informações pede-se para estruturar um orçamento de caixa para os
meses de abril, maio e junho e produzir um relatório de análise dos saldos, considerando
10% da venda do mês como saldo ideal.
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ÍNDICES
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os índices financeiros, cujo estudo permite ao profissional de finanças fazer
uma leitura econômico-financeira da situação das entidades.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Análise das demonstrações financeiras
• Usando os índices financeiros
• Tipos de comparações de índices
• Categorias de índices financeiros
• Capital de giro
• Capital de giro líquido
INTRODUÇÃO
Os administradores devem saber que as analises e índices financeiros não são suficientes
para dizer se uma empresa está em níveis bons ou ruins, as analises são demonstrativos
que relacionam caixa e os ativos da empresa. Desta forma nesta unidade através do estudo
das demonstrações financeiras e capital de giro, os administradores poderão entender as
necessidades da empresa, para que sua decisão seja de forma pontual.
É através das analises e índices financeiros, que o administrador poderá avaliar o
desempenho de uma empresa, possibilitando ao gestor ter uma noção geral de como está os
ativos, produzindo resultados financeiros para que se possa tomar decisões e fazer o
planejamento do exercício. Gropelli e Nikbakht (2006, p.348) cita que pelo estudo desses
demonstrativos, os administradores podem localizar pontos fracos nas operações financeiras
e adotar medidas corretivas apropriadas.
Os demonstrativos financeiros são uma importante ferramenta para que os gestores possam
aperfeiçoar o processo, criando situações favoráveis e fazendo a realocação de recursos e
investimentos, garantindo assim a continuidade e expansão de suas riquezas, agregando
valor a suas marcas e produtos.
O capital de giro exige que o administrador financeiro tenha direcionamento estratégico, pois
desenvolve atividades em um cenário constante de risco e sempre precisa estar se
adequando a mudanças, buscando o equilíbrio financeiro de acordo com as necessidades da
empresa, ligando diretamente o capital de giro ao planejamento estratégico da empresa.
Desta forma o capital de giro necessita muito mais que demonstrações financeiras, precisa de
planejamento estratégico, para que a empresa atinja seus objetivos a curto e ao longo prazo,
para estar dentro das necessidades da empresa, sustentando as operações do dia dia.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Existem vários meios para avaliar o desempenho de uma empresa. Um deles consiste na
análise de seus demonstrativos financeiros. Pode-se fazer isso de três maneiras:
1- estudar o conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial;
2- analisar os demonstrativos de fluxo de caixa;
3- examinar as relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, reali-
zando uma análise de índices financeiros.
O propósito final da análise financeira dos demonstrativos contábeis por meio desses três
procedimentos é auxiliar os administradores a realizarem um planejamento consistente(GROPPELLI, 2006).
Verifica-se, claramente, que o insumo mais importante para uma análise com uso de índices
financeiros são os demonstrativos contábeis, em especial o demonstrativo do resultado do
exercício e o balanço patrimonial. Logo, é necessária uma boa compreensão destes
demonstrativos para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das entidades
e elaborar um planejamento seguro.
Groppelli prossegue na sua análise dizendo que a administração responsável de uma
empresa exige o constante acompanhamento das operações. Por exemplo, os executivos
financeiros precisam saber se suas empresas possuem ou não suficiente liquidez; isto é,
eles devem assegurar-se de que fundos suficientes estão disponíveis para pagar as dívidas
pontualmente. As empresas também estabelecem diretrizes em relação aos montantes de
empréstimos e de compromissos financeiros fixos aceitáveis.
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES
Gitman (2006, p. 191) estabelece os tipos de comparação de índices.
A análise de índices não é apenas o cálculo de um índice. O mais importante é a
interpretação do valor do índice. Uma base significativa para comparação é necessária
para responder a perguntas como “é baixo ou alto demais”? e “é bom ou ruim?”.
Cabe fazer um parêntese aqui e ressaltar a definição de
finanças dada por Gitman, justamente quando ele afirma
que administrar as finanças é a arte e a ciência. No
momento em que se calcula o índice, aplica-se a ciência,
ou seja, fórmulas especialmente desenvolvidas para esta
finalidade. Mas a
interpretação precisa da arte, e esta arte consiste em interpretar e investigar 
adequadamente a composição desse índice que se obteve, sob pena de fazer uma leitura
equivocada sobre o
Fo
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e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
real significado do resultado.
Destacam-se dois tipos de comparação de índices: comparativa setorial e série-temporal.
Análise comparativa setorial
A análise comparativa setorial envolve comparação de índices financeiros de diferentes
empresas na mesma data. Os analistas frequentemente estão interessados em comparar o
desempenho da empresa com o de outras em seu setor. Muitas vezes, uma empresa
compara os valores de seus índices com os de uma concorrente ou grupo importante de
concorrentes que deseja imitar.
Em algumas situações pode-se utilizar a média dos índices da concorrência como parâmetro
e em outras são preferidos os índices da empresa líder do setor.
Análise da série-temporal
A análise da série-temporal avalia o desempenho com o tempo. A comparação do atual
desempenho com o antigo, por meio de índices, permite que os analistas avaliem o
progresso da empresa. Tendências em desenvolvimento podem ser notadas, usando-se
comparações de vários anos. Como na análise comparativa setorial, quaisquer mudanças
significativas de ano para ano podem ser sintomas de um problema importante.
Este tipo de análise encontra restrições de uso em empresas novas, com apenas um período
de informações, já que não é possível fazer uma evolução histórica dos dados. Para estas
empresas deve ser utilizada a comparação setorial.
Análise combinada
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices financeiros, pois permite
uma visão combinada possível de avaliar a tendência do comportamento do índice em
relação à tendência para o setor.
Conforme Gitman (2006, p 193), antes de abordar índices específicos, devemos tomar as 
seguintes precauções:
1) Os índices com grandes desvios da norma só indicam sintomas de um problema.
Uma análise complementar costuma ser necessária para isolar as causas do
problema.
2) Um índice único muitas vezes não fornece informações suficientes para julgar o
desempenho geral da empresa. Somente quando um grupo de índices é utilizado
podem ser feitos julgamentos razoáveis.
3) Os índices que estão sendo comparados devem ser calculados usando-se as
demonstrações efetuadas na mesma data durante o ano. Caso contrário, os efeitos
da sazonalidade podem gerar conclusões e decisões errôneas.
4) É preferível utilizar demonstrações financeiras auditadas para análise de índices.
Pois os dados nelas contidos podem não ser verdadeiros.
5) Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido desenvolvidos
da mesma maneira.
6) Os resultados correm risco de serem distorcidos pela inflação, que pode fazer os
valores contábeis do estoque e dos ativos depreciáveis diferirem muito de seus
verdadeiros valores.
Estes são cuidados que se deve tomar para obter uma correta interpretação do resultado da
análise de índices financeiros.
CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS
A seguir, apresentam-se alguns índices financeiros, não esgotando o assunto. Esses índices
são os mais utilizados e permitem uma leitura confiável, se utilizadas as precauções
anteriormente elencadas.
Para Gitman (2006, p. 194) os índices financeiros podem ser divididos em cinco categorias
básicas: liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e índices de mercado.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer suas obrigações no
vencimento. A liquidez se refere à solvência da posição financeira geral da empresa – a
facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.
Índice de liquidez de curto prazo
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações no curto
prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores a pagar, no curto prazo.
Mostra quantos reais ela tem para cada real de dívidas. A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice de liquidez de curto prazo = ativo circulante/passivo circulante.
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se atentar aos
componentes patrimoniais que originam este índice. O analista financeiro não deve se ater
simplesmente ao índice, mas deve investigar a qualidade dos componentes. Veja o exemplo
abaixo:
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa............................. 1.000,00 Fornecedores.................... 15.000,00
Banco c/c...................... 4.000,00 Outras contas a pagar.......... 5.000,00
Duplicatas a receber.... 20.000,00 Total................................. 20.000,00
Estoques...................... 15.000,00
Total............................. 40.000,00
Aplicando a fórmula teremos: 40.000,00/20.000,00 = 2,0.
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 de dívidas a
pagar. Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável.
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice pode não ser tão
bom assim. Suponha que metade das duplicatas a receber sejam incobráveis e outra metade
dos estoques seja de produtos não vendáveis, estoque obsoleto. Teríamos, então, um novo
valor real para o ativo circulante:
AC = 22.500,00/20.000,00 = 1,12, ou seja, situação muito diferente da anterior, cujo índice
representa risco de inadimplência.
Desta forma ,deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes patrimoniais.
Índice de liquidez seca
Também chamado de quociente ácido, porque se extrai os estoques do valor do ativo
circulante. O estoque representa o componente de menor liquidez do ativo circulante e sem
ele o índice de liquidez contém apenas componentes facilmente convertidos em liquidez.
Acima de 1,0 é recomendado, mas sempre levando em consideração a qualidade dos
componentes.
A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice seco = Ativo circulante – estoques/passivo circulante.
Índice de liquidez geral
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso chamada de liquidez
geral.Este índice é determinado pela seguinte expressão:
Liquidez Geral = Ativo circulante + ativo realizável em longo prazo/passivo circulante +
Passivo exigível em longo prazo.
Índice desejado 2,0 ou acima, respeitada a qualidade dos componentes.
ÍNDICES DE ATIVIDADE
Os indicadores de atividade visam à mensuração das
diversas durações de um ciclo operacional, o qual
envolve todas as fases operacionais típicas de uma
empresa, que vão desde a aquisição de insumos básicos
ou mercadorias até o recebimento das vendas realizadas
(NETO, 2003).
Fo
nte
: P
HO
TO
S.
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M
Lembre-se
Lembre-se, os índices financeiros e as demonstrações contábeis de resultados, não podem
ser parâmetros únicos para medir se uma determinada empresa está boa ou ruim. A análise
de índices contribui para a empresa identificar os pontos fortes e pontos fracos. Isso deve
ser feito por meio das comparações dos resultados da empresa com o resultado do setor,
relacionando a outras informações, cabendo ao gestor tomar as ações corretivas.
Giro de estoque
O giro de estoque mede comumente a atividade do estoque de uma empresa. É calculado
desta maneira:
Giro de estoque = Custo de produtos vendidos/estoque.
O giro de estoques só é significativo quando comparado ao de outra empresa no mesmo
setor ou ao giro de estoque anterior da empresa.
O giro de estoque pode ser convertido facilmente em uma idade média de estoque,
dividindo--se por 360.
Em outras palavras: o giro de estoque significa quantas vezes o estoque médio da empresa
foi vendido em um ano. Ele mede a velocidade das vendas. A idade média de estoque indica
o tempo médio que os estoques ficam na empresa até serem vendidos.
Prazo médio de recebimento
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política de crédito
praticada pela empresa.
Por exemplo: a empresa concede, em média, 45 dias para seus clientes. Se o prazo médio
de recebimento apontar para 50 dias, significa que a empresa recebe, em média, suas
contas com atraso de 5 dias.
Pode ser calculado da seguinte forma:
Prazo médio de recebimento = contas a receber/vendas médias 
diárias. Vendas médias diárias = Vendas anuais/360
Prazo médio de pagamento
Calcula a idade média das contas a pagar e pode ser calculado da seguinte forma:
Prazo médio de pagamento = contas a pagar/compras médias diárias.
Compras médias diárias = Compras anuais/360.
Giro do ativo total
Esse índice indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.
Quanto maior o índice melhor a utilização dos ativos.
Pode ser calculado utilizando a fórmula:
Giro do ativo total = Vendas/ativos totais.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Groppelli diz que uma empresa pode tomar dinheiro emprestado em curto prazo, principalmente
para financiar seu capital de giro, ou em longo prazo, sobretudo para comprar instalações ou
equipamentos. Quando a empresa se endivida em longo prazo, compromete-se a efetuar
pagamentos periódicos de juros – e liquidar o principal na data do vencimento. Para fazer isso,
deve gerar lucro suficiente para cobrir os pagamentos das dívidas. Uma forma para descobrir o
grau de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de endividamento.
Índice de endividamento geral
Esse índice indica o percentual de ativos totais que é financiado por capital de 
terceiros. Pode ser calculado por meio da fórmula:
Índice de endividamento geral = exigível total/ativos totais.
Índice de capitais de terceiros/capital próprio (D/E)
Um índice de endividamento mais comum envolve a relação entre o capital de terceiros e o 
capital próprio.
Para calcular aplica-se a fórmula abaixo:
D/E = Passivo circulante + Passivo exigível a longo prazo/patrimônio líquido.
Índice de cobertura de juros
Mede a capacidade que a empresa tem de pagar juros. Este índice pode ser calculado 
aplicando a fórmula:
Índice de cobertura de juros = Lucro antes de juros e imposto de renda/juros do período. 
Quanto maior for este índice, melhor será a capacidade de pagar juros da empresa.
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
São índices que avaliam os lucros da empresa com relação a um dado nível de vendas ou 
ao investimento dos proprietários.
A demonstração, em geral, é feita em termos percentuais, para facilitar a interpretação dos 
resultados.
Margem bruta de lucro
A margem bruta mede a porcentagem de ganho da empresa na pura compra e venda. Pode 
ser calculada utilizando-se da fórmula a seguir:
Margem bruta de lucro – Lucros brutos/vendas x 100
Margem de lucro operacional
Mede a porcentagem de cada unidade monetária em vendas restantes depois que todos os 
custos e despesas são deduzidos. Calcula-se assim:
Margem de lucro operacional = Lucro operacional/vendas x 100
Margem líquida de lucro
Mede a porcentagem restante depois de deduzidas todos os custos e despesas, inclusive 
juros e imposto de renda. A fórmula para o cálculo é a seguinte:
Margem líquida de lucro = Lucro líquido/vendas x 100
Retorno sobre o ativo total (ROA)
Mede a eficiência geral da administração a gerar lucros com seus ativos. Quanto mais alto o 
retorno sobre o ativo total da empresa, melhor. Pode ser calculado da seguinte maneira:
Retorno sobre ativo total = Lucro líquido/ativo total x 100
Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)
Mede o ganho dos proprietários da empresa, já que o patrimônio líquido representa o 
montante dos sócios investido na empresa. Pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Retorno sobre o patrimônio líquido = Lucro líquido/patrimônio líquido x 100
CAPITAL DE GIRO
Neto (2003) diz que o conceito de capital de giro apresenta usualmente diferentes
interpretações que são aplicadas segundo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido.
Em virtude de terem sido esboçadas, muitas vezes, metodologias alternativas de cálculo de
acordo com as definições consideradas, é fundamental que se descrevam os principais
conceitos e formas de remuneração do capital de giro.
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido amplo, o
capital de giro representa o valor dos recursos demandados pela empresa para financiar seu
ciclo operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a
aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados.
A figura desenvolvida por Neto, apresentada abaixo, retrata o fluxo de capital de giro de
acordo com o ciclo de produção e venda de uma empresa industrial.
Fonte: Neto, 2003 - livro Finanças corporativas e valor
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
É a interpretação mais usual. Representa, de maneira geral, o valor líquido das aplicações
processadas no ativo circulante da empresa.
A forma mais direta de obter o capital de giro líquido, ou capital circulante líquido, como
também é denominado, é mediante a simples diferença entre ativo circulante e passivo
circulante, ou seja:
CGL (CCL) = Ativo circulante – passivo circulante.
O capital de giro líquido pode também ser entendido como a parcela do ativo circulante
financiada pelos recursos de longo prazo da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, nesta segunda unidade, que existem várias maneiras para avaliarmos o desempenho
de uma empresa. Qual a importância disto? Mensurar o que é rentável, tomar decisões
sobre compra, venda etc.
Uma destas maneiras de avaliar desempenho refere-se à análise das demonstrações
financeiras.
Vimos, então, que podemos fazer isto de três modos. O primeiro consiste em estudar o
conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial. O segundo
modo é analisar os demonstrativos de fluxo de caixa. E,por fim, o último modo é examinar
as relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, realizando uma
análise de índices financeiros.
Tudo isso é feito para que o administrador possa fazer um bom planejamento para a empresa.
Para que esta análise seja consistente, é preciso ter uma irretocável compreensão dos
demonstrativos contábeis para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das
entidades e elaborar um planejamento seguro.
Você, como executivo financeiro, necessitará saber se a sua organização possui ou não
liquidez, isto é, dinheiro para pagar as contas no vencimento certo. Empresa que não paga
corretamente suas contas vive entrando em elevadas taxas de juros e comprometendo o 
resultado futuro.
Na próxima unidade trataremos sobre o assunto liquidez, pois o tema é Caixa. Já ouviu 
falar? Pois bem, vamos continuar nossa leitura.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
1) Por meio do Balanço Patrimonial gerado em 31/12/2011 da companhia Rede Verde, calcule
os indicadores de liquidez seca e liquidez geral, mediante os dados do balanço a seguir.
Disponível: 1.200 Realizável em Longo Prazo: 7.500
Estoques: 14.000 Ativo permanente: 32.000
Despesas Antecipadas: 1.500 Patrimônio Líquido: 12.500
Clientes: 20.000 Exigível em Longo Prazo: 25.000
Ativo Circulante: 37.600 Passivo Circulante: 37.600
a) Liquidez Seca: Ativo Circulante – Estoques-Despesas = 
Passivo Circulante
b) Liquidez Geral: Ativo Circulante + Realiz.Longo Prazo = 
Passivo Circulante + Exigível em Longo Prazo
2- Na análise financeira com o uso de índices, segundo Gitman, pode-se aplicar a análise
setorial, análise da série-temporal e a análise combinada. Explique o processo de cada
uma.
3- Com base nos demonstrativos financeiros a seguir:
CONTA 2007 2008 2009
ATIVO
CIRCULANTE 175.300 197.450 222.950
DISPONÍVEL
Caixa 8.500 10.100 11.950
Bancos c/c 17.500 21.200 20.000
CRÉDITOS 76.300 79.150 91.000
Dupl. a receber 85.300 89.850 102.000
(-) Dupl. descontadas 12.200 15.900 17.000
Adiantamento a funcionários 3.200 5.200 6.000
ESTOQUES 73.000 87.000 100.000
Produtos prontos 48.000 57.000 62.000
Matéria-prima 25.000 30.000 38.000
ARLP
NP a receber 10.000 10.000 0
PERMANENTE 252.000 234.000 231.000
INVESTIMENTOS
Ações 20.000 20.000 20.000
IMOBILIZADO
Veículos 30.000 30.000 30.000
Máquinas 40.000 40.000 55.000
Prédios 100.000 100.000 100.000
Terrenos 80.000 80.000 80.000
(-) Depreciação acumulada 18.000 36.000 54.000
T O T A L A T I V O 437.300 441.450 453.950
PASSIVO
CIRCULANTE 96.000 99.500 115.100
Fornecedores 48.000 53.000 102.000
Impostos a pagar 15.000 8.500 13.100
Empréstimos 33.000 38.000 0
PELP
Financiamentos 80.000 40.000 20.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 261.300 301.950 318.850
CAPITAL SOCIAL
Integralizado 161.300 165.950 166.850
RESERVAS
Legal 40.000 55.000 60.000
LUCROS OU PREJ. ACUMULADO
Lucros 60.000 81.000 92.000
T O T A L D O P A S S I V O 437.300 441.450 453.950
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
CONTA 2007 2008 2009
Receita bruta 1.700.000 2.100.000 2.800.000
( -) Deduções
Devoluções 50.000 94.000 102.000
Impostos sobre vendas 85.000 107.000 140.000
= Receita Líquida 1.565.000 1.899.000 2.558.000
(-) CPV 798.000 1.100.000 1.412.000
= Resultado bruto 767.000 799.000 1.146.000
(-) Despesa administrativa 357.000 370.000 405.000
(-) Despesa com vendas 208.000 270.000 380.000
+ Receita Financeira 10.000 35.000 25.000
(-) Despesa financeira (juros pagos) 27.000 38.000 12.000
= Resultado operacional 185.000 156.000 374.000
(-) Despesa não operacional 15.000 0 0
= Resultado antes da CS e IR 170.000 156.000 374.000
(-) CS e IR 42.500 39.000 93.500
= Lucro líquido 127.500 117.000 280.500
Informações complementares:
Saldos em 31/12/2006:
Dupl. a receber = 72.000 Estoques = 60.000 Fornecedores = 48.000
Prazo concedido para os clientes = 15 dias
Prazo obtido dos fornecedores = 25 dias
Calcule os índices de liquidez, atividade, endividamento e lucratividade para cada exercício e
elabore um relatório técnico evidenciando a situação econômico-financeira da empresa.
UNIDADE III
FINANCIAMENTOS
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
• Aprender sobre a administração financeira de curto prazo. Gitman diz que setenta
porcento do tempo gasto pelos administradores financeiros é com as decisões de
curto prazo, que é o dia a dia da empresa. Logo, é de vital importância a correta
compreensão das ferramentas disponíveis para a tomada de decisões no curto
prazo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Administração financeira de curto prazo
• Disponibilidades
• Política de crédito – duplicatas a receber
• Administração financeira de estoques
• O financiamento em curto prazo
• Fontes espontâneas de financiamento em curto prazo
• Fontes de financiamento em curto prazo sem garantia
INTRODUÇÃO
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
A administração
financeira de
curto prazo
contempla as
ações do dia a
dia do gerente
financeiro, já
que envolve
decisões
relacionadas à
gestão do caixa,
da política de
crédito, da
administração
dos estoques,
bem como as
fontes de
financiamento
para as
atividades da
empresa.
Conforme já foi
mencionado,
Gitman diz que
setenta
porcento do
tempo dos
gerentes
financeiros é
gasto com a
administração
de curto prazo.
É de
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destes
instrumentos,
por isso
convidamos o
estudante a
fazer uma
leitura detalhada
dos textos,
refletir e
compreender o
conteúdo e, por
fim, resolver os
exercícios
propostos.
É importante que
se inicie esta
discussão
definindo
liquidez. Que
nada mais é do
que algo
facilmente
transformado em
dinheiro e sem
perda
significativa em
seu valor.
Podemos dizer,
então, que o
caixa representa
o grau máximo
de liquidez do
grupo do ativo
circulante, já que
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 grau
decrescente de
liquidez será
aqui utilizado
para a ordem
das contas que
serão estudadas.
Com isto
teremos a conta
caixa em
primeiro lugar,
posteriormente a
política de
crédito, cuja
conta principal
são as duplicatas
a receber e
finalmente os
estoques, que
representam o
menor grau de
liquidez entre as
contas do ativo
circulante.
No lado do passivo circulante iremos
estudar as
principais fontes
de
financiamento
de curto prazo,
que são as
espontâneas
sem custo
financeiro como,
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e aquelas com
custo financeiro,
no caso de
empréstimos.
CAIXA
Para
conhecer
os
principais
instrumento
s de
administraç
ão do
caixa,
iniciamos
pelo estudo
do ciclo de
caixa. Para
Gitman
(2006), é o
ponto
central da
administraç
ão
financeira
de curto
prazo.
Para encontrar o ciclo de caixa precisa-se, inicialmente, apurar o ciclo operacional, que é o
período de tempo desde o início do processo de produção até a data de recebimento do
dinheiro da venda do produto acabado. O ciclo operacionalabrange duas importantes
categorias de ativos de curto prazo: estoques e contas a receber.
Para compreender melhor o ciclo operacional podemos dizer que é o tempo transcorrido
entre o pedido da matéria-prima e o recebimento do dinheiro proveniente da venda do
produto elaborado com esta matéria-prima.
Pode-se imaginar o momento em que a matéria-prima é efetivamente pedida, começa a
contagem de tempo, inclui o transporte até a empresa, o tempo que ela permanece no
estoque, mais o período em que está em transformação, depois o produto pronto vai para o
estoque a espera de cliente, temos ai parte do ciclo operacional, que denominamos tempo
de estoque. No momento em que se encontra o comprador para este produto, inicia o
período de cobrança, que consiste no prazo concedido ao cliente para efetuar o pagamento.
O somatório de todo tempo de estoques na matéria-prima e do produto pronto com o período
de crédito concedido ao cliente, resulta no ciclo operacional.
O ciclo operacional pode ser escrito com a fórmula abaixo:
Co + PME + PMC
Co = Ciclo operacional
PME = Período médio de estoque
PMC = Período médio de cobrança
Agora sim podemos conhecer o ciclo de caixa.
Ciclo de caixa é o tempo em que os fundos da empresa estão parados, ou seja, utilizados
para financiar a atividade.
É importante conhecer o PMP (Período médio de pagamento), pois este é o prazo que o
fornecedor concede à empresa e este prazo é fundamental para ajudar a financiar o ciclo de
caixa. Quanto maior o prazo concedido pelo fornecedor, menor será a necessidade de caixa
da empresa.
A fórmula para calcular o ciclo de caixa é a seguinte:
Cc = Co – PMP
Cc = Ciclo de caixa
Co = Ciclo operacional
PMP= Período médio de pagamento
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Exemplo:
A empresa faz o pedido de matéria-prima e demora 5 dias para recebê-la, fica no estoque de
materiais por mais 4 dias. Vai para o processo de produção onde fica por mais 3 dias até o
produto ficar pronto. O produto vai para o estoque a espera de um comprador durante 5 dias. O
comprador aparece e recebe mais 45 dias de prazo da empresa para efetuar o pagamento.
A empresa obteve 30 dias de prazo do fornecedor de matéria-prima.
Com esses dados podemos, facilmente, calcular o ciclo operacional e o ciclo de caixa, basta
utilizar as fórmulas acima:
Co = PME + PMP ou seja:
Co = 5 dias + 4 dias + 3 dias + 5 dias + 45 dias
Co = 62 dias
Cc = Co - PMP
Cc = 62 - 30
Cc = 32 dias
Esse resultado quer dizer que a empresa precisa ter caixa para financiar 32 dias do seu ciclo
operacional, já que 30 dias são cobertos pelo fornecedor.
Em resumo: quanto menor for o ciclo de caixa melhor.
Os esforços dos gerentes financeiros, então, devem ser no sentido de diminuir ao máximo o
ciclo de caixa, ou seja, utilizar o mínimo de recursos próprios possível.
Para reduzir o ciclo de caixa podem-se apresentar algumas providências:
- Reduzir os prazos envolvidos no período médio de estoque.
- Reduzir o prazo concedido aos clientes (PMC).
- Negociar prazos maiores com os fornecedores (PMP).
Em relação à idade média dos estoques, pode-se melhorar a logística, ou seja, a estrutura de
transporte e locomoção dos insumos, melhora de tecnologia para apressar o processo de produção
entre outros.
Já na redução do prazo concedido aos clientes deve-se tomar cuidado com o prazo oferecido pela
concorrência, pois uma simples redução deste prazo pode resultar em perda de vendas.
Para obter prazos maiores dos fornecedores é necessário negociar e ter um leque de fornecedores,
para que a empresa consiga avaliar as melhores opções.
Agora que já conhecemos o ciclo de caixa, seu método de cálculo e sua importância, podemos
avançar na sequência das contas do ativo circulante, pelo grau decrescente de liquidez e encontrados
as contas a receber, cujo componente mais importante são as duplicatas a receber, originadas das
vendas a prazo que, por última análise, são decorrentes da política de crédito das empresas.
ELEMENTOS DE UMA POLÍTICA GERAL DE CRÉDITO
Neto (2003) diz que de acordo com o enfoque usualmente adotado, o estabelecimento de uma
política de crédito envolve, basicamente, o estudo de quatro elementos, a saber: análise dos padrões
de crédito, prazo de concessão, descontos financeiros por pagamentos antecipados e políticas de
cobrança.
Análise dos padrões de crédito
No processo de análise de risco, conforme deve a empresa também fixar seus padrões de crédito, ou
seja, requisitos de segurança mínimos que devem ser atendidos pelos clientes para que se conceda o
crédito.
Gitman (2006) utiliza-se dos cinco Cs como técnica para seleção de crédito, a saber:
Caráter: o registro do solicitante em satisfazer as obrigações anteriores.
Capacidade: a capacidade do solicitante de pagar o crédito solicitado, ou seja, sua
capacidade de liquidez.
Capital: análise da dívida do solicitante em relação ao patrimônio líquido.
Colateral: o montante de ativos que o solicitante tem disponível para usar como garantia ao
crédito; e
Condições: condições econômicas atuais, gerais e específicas ao setor e quaisquer
condições exclusivas envolvendo uma transação específica.
Nota-se que a aplicação dos cinco Cs diminui o risco de vender para clientes que não têm
condições para pagar suas dívidas posteriormente, ou mesmo vender para quem não quer
efetuar o pagamento.
Prazo de concessão de crédito
O prazo de concessão de crédito refere-se ao período de tempo que a empresa concede a
seus clientes para pagamento das compras realizadas. Esse prazo é normalmente medido
em número de dias representativo do mês comercial (por exemplo: 30 dias, 60 dias etc.),
sendo normalmente contado a partir da data da emissão da fatura.
Para Neto (2003), o ideal seria a realização das vendas totalmente à vista, pois além da
inexistência das despesas provenientes do crédito, não teria que assumir custos financeiros
nos valores a receber, nem tampouco correr o risco da inadimplência.
A definição de prazos de concessão de créditos depende de vários fatores, mas o principal é
a política adotada pela concorrência.
DESCONTOS FINANCEIROS POR PAGAMENTOS ANTECIPADOS
Neto define o desconto financeiro como o abatimento no preço de venda efetuado quando os
pagamentos das compras realizadas forem feitos à vista ou a prazos bem curtos. Da mesma
forma que o prazo de concessão de crédito, o desconto financeiro por pagamentos
antecipados, podem afetar todos os seus elementos.
Existe outra definição para pagamentos antecipados que é feito quando o primeiro pagamento é
efet-uado no ato do financiamento, considerando como entrada, neste caso veja o exemplo abaixo.
Seu João adquiriu um financiamento junto ao banco no valor de R$ 3.000,00 por um prazo de 12
meses para pagar, a taxa de 1,5% ao mês. Qual o valor das prestações, sendo que a primeira
parcela foi paga antecipadamente?
PV: 3.000,00
I: 1,5 ao mês
N: 12 meses
PMT?
Teclado financeiro HP 12C
g BEG (Begin significa prestação antecipada para o início do período)
3.000 CHS PV
12 n
1,5 i
PMT R$ 270,98 (Esse é o valor da parcela antecipada)
Mais adiante vamos conhecer uma fórmula matemática para calcular a conveniência ou não 
de se oferecer algum desconto financeiro.
Políticas de cobrança
As políticas de cobrança devem levar vários aspectos em consideração, por exemplo: se o
prazo for aumentado certamente a empresa terá aumentos em suas vendas. Por outro lado,
precisa investimento maior em duplicatas a receber, já que mais clientes irão levar
mercadorias e pagar mais adiante.
Com o aumento das vendas as perdas com incobráveis tendem a aumentar. Neste caso,

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