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Transtorno alimentar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disfunção alimentar, ou transtorno alimentar (TA), é um termo amplo usado para designar qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam severos prejuízos à saúde de um indivíduo. São considerados como patologias e descritos detalhadamente pelo CID 10, DSM IV e pela OMS. Geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência. O diagnóstico precoce é uma abordagem terapêutica adequada dos transtornos alimentares são fundamentais para o manejo clínico e o prognóstico destas condições. [1]
Aproximadamente 90% dos casos são de mulheres jovens, porém recentemente está havendo um aumento no número de transtornos em homens e em adultos de ambos os sexos. [2] Esses transtornos atingem entre 1 e 4% da população e seguem aumentando de frequência significativamente nos últimos anos. [3]
Índice
  [esconder] 
1Classificações
2Causas
3Classificações
3.1Anorexia
3.2Bulimia
3.3Hipergafia
3.4Ortorexia
3.5Pica
3.6Síndrome de Prader-Willi
3.7Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)
3.8Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) por alimentos
3.9Transtorno de ruminação
3.10Vigorexia
3.11Outros transtornos alimentares não especificados
4Diagnóstico
4.1Sintomas e outros Sinais de Alerta
5Tratamentos
6Referências
Classificações[editar | editar código-fonte]
Existe um número diversificado de transtornos alimentares dependendo da fonte. Os mais conhecidos são a anorexia e a bulimia, porém existem vários outros segundo as pesquisas:
Anorexia
Bulimia
Hipergafia
Ortorexia
Pica
Síndrome de Prader-Willi
Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)
Transtorno obsessivo compulsivo por alimentos
Transtorno de ruminação
Vigorexia
Transtorno alimentar não especificado.
Devido às idiossincrasias da adolescência, mostram as estatísticas que essas disfunções alimentares são mais freqüentes nessa faixa etária, quase sempre associadas a algum quadro de disfunção emocional, na dinâmica da família, da escola, do trabalho e outras áreas importantes da vida social. Contudo, outras faixas etárias também mostram incidência dessa disfunção alimentar, inclusive bebês.
Causas[editar | editar código-fonte]
Porcentagem da população obesa no mundo. Segundo o IBGE em 2009 a obesidade no Brasil é de 12% entre homens e 17% entre mulheres.[1]
Assim como todos outros transtornos, envolve múltiplos fatores. Dentre os fatores responsáveis, destacam-se[4]:
Histórico de transtorno alimentar na família [5]
Histórico de transtornos de humor na família (como depressão ou transtorno bipolar)[6]
Famílias autoritárias (anorexia) ou negligentes (bulimia) [7]
Contexto sociocultural caracterizado pela extrema valorização do corpo magro [8]
Disfunções no metabolismo da serotonina e noradrenalina[9] [10][11]
Experiência sexual traumática [12][13]
Certos traços de personalidade (Baixa autoestima, Introversão, Perfeccionismo (Anorexia), Impulsividade (Bulimia), Instabilidade afetiva, evitativo, ansioso (TCAP)...)
Fazer alguma dieta [14]
É frequente a comorbidade de transtornos alimentares (TAs) com transtornos de humor, transtornos de ansiedade e dependência química. Sendo assim esses transtornos são considerados fatores de risco para anorexia, bulimia, hipergafia e vigorexia. Transtornos psiquiátricos de membros da família de primeiro grau (geralmente a figura materna) estão entre os principais fatores correlacionados com os TAs. Parentes de primeiro grau de pessoas com anorexia tem 11 vezes mais chance de desenvolverem esse transtorno que o normal enquanto parentes de bulímicos tem 4 vezes mais chance. [15]
Mães com anorexia tem 75%-80% de chance de transferirem a anorexia para um ou mais filhos e mães com bulimia tem 45% a 55%. Acredita-se que existe um predomínio dos fatores ambientais sobre os genéticos nessa transferência pois existe uma correlação positiva entre a convivência com a mãe e a transmissão dos transtornos e a terapia comportamental é mais eficaz que a medicamentos nesses transtornos. [16]
Alguns remédios podem alterar o padrão alimentar diminuindo ou eliminando a sensação de fome. Nesse caso não se trata de um transtorno psicológico e sim de um efeito colateral conhecido como anorexia medicamentosa.
Classificações[editar | editar código-fonte]
Anorexia[editar | editar código-fonte]
Mulher com anorexia em 1900. Nouvelle Iconographie de la Salpêtrière.
Ver artigo principal: Anorexia
Anoréxicos atingem uma grande perda de massa, de modo que o seu Índice de Massa Corporal se reduza a valores inferiores a 17,5 kg/m². A perda de peso pode ser efetivada por estrita restrição dietética, em adição a exercícios físicos excessivos; outros, em conjunção a esses métodos, também podem abusar de técnicas purgativas (provocar-se vômitos, abusar de laxantes ou diuréticos, etc.) que acreditam resultar em perda das calorias, sem necessariamente, como no caso da bulimia, ter antes havido períodos de comilança desenfreada.
Bulimia[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Bulimia
Por definição, bulímicos passam por episódios (pelo menos duas vezes por semana) de comilança desenfreada que resultam num consumo de calorias muito superior ao de uma pessoa normal no mesmo período. Seguidos desses episódios, são por eles empregados vários hábitos que visam compensar o ganho calórico, entre os quais os mais usados são as técnicas purgativas; em uma pequena minoria dos casos, porém, bulímicos limitam-se a se exercitar rigorosamente e/ou jejuar por longos períodos, sem provocar a purgação da comida. A bulimia se distingue do tipo purgativo da anorexia, por não haver, no caso do primeiro transtorno, o emagrecimento extremo visto no segundo.
Hipergafia[editar | editar código-fonte]
Segundo a OMS, Hipergafia é quando um evento traumático resulta em um aumento no consumo de alimentos e consequentemente um rápido aumento de peso, geralmente resultando em obesidade piorando a autoestima e autoconfiança do indivíduo.
Ortorexia[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Ortorexia
É a obsessão por alimentos saudáveis e nutritivos excluindo uma grande quantidade de alimentos, principalmente os mais industrializados, dessa dieta. Quase sempre ocorre em países desenvolvidos.
Pica[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Pica (transtorno)
É o impulso de comer objetos não nutritivos nem cuja ingestão é aceita socialmente. Mais comum em crianças e mulheres grávidas. Seu nome é baseado no nome latim de um corvo famoso por comer de tudo.
Síndrome de Prader-Willi[editar | editar código-fonte]
Afeta crianças independentemente do sexo, raça ou condição social. De natureza genética, mais frequente em quem possui baixa estatura e peso, geralmente envolve retardo mental ou transtornos de aprendizagem e desenvolvimento sexual incompleto se trata de uma necessidade involuntária de comer constantemente, o que quase resulta em outros problemas de saúde como obesidade e problemas cardíacos. Leva a morte caso não tratado. Antidepressivos ISRS tem se mostrado eficaz restringindo os danos, porém essa síndrome ainda não tem cura.
Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Transtorno da compulsão alimentar periódica
Conhecido em inglês por binge eating disorder, é uma classificação relativamente recente para a compulsão por comer, característica da bulimia que não envolve o uso de métodos extremos de perda de peso como vômito, anfetaminas e laxantes. 30% dos obesos possuem esse transtorno e sua prevalência na população gira em torno de 2%.[17]
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) por alimentos[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: transtorno obsessivo compulsivo
Semelhante aos outros transtornos obsessivos compulsivos, envolve pensamentos incontroláveis, repetitivos e persistentes, que só são aliviados enquanto o indivíduo se alimenta. Enquanto não se alimentar seguindo suas crenças o indivíduo sofre de uma ansiedade crescentee pensamentos constantes até ceder e é imediatamente reforçado\reforçopositivamente (com o prazer de comer) e negativamente (com o alívio da ansiedade) enquanto estiver comendo. Mesmo que esteja ciente de que seus pensamentos são prejudiciais a si mesmo, irrealísticos e inapropriados o indivíduo não consegue controlá-los. Ao contrário dos outros transtornos alimentares os antidepressivos são bastante eficazes no tratamento do TOC.
Transtorno de ruminação[editar | editar código-fonte]
Mais frequente em crianças pequenas é caracterizado pela regurgitação ou remastigação repetida que não podem ser explicados por nenhuma condição médica. Podem resultar em desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e até morte.[18]
Vigorexia[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Vigorexia
É a obsessão por um corpo musculoso e atraente, quase sempre em homens. Envolve um treinamento muscular obsessivo e alimentação voltada para a manutenção desse corpo com uso frequente de anabolizantes. É classificada junto com os transtornos alimentares por envolver um disformismo corporal reforçado pelo culto a imagem, o desenvolvimento de uma alimentação restritos e hábitos patológicos com causas, consequências e tratamento semelhantes ao da anorexia e bulimia.
Outros transtornos alimentares não especificados[editar | editar código-fonte]
Cerca de um terço dos diagnósticos feitos usando o DSM IV são classificados como não especificados por não possuírem um ou mais critérios essenciais para a classificação em outro transtorno. Por volta da metade desses transtornos parciais se tornam transtornos completos caso não sejam tratados adequadamente preventivamente. [19]
Diagnóstico[editar | editar código-fonte]
Existem alguns testes psicológicos desenvolvidos especialmente para o diagnóstico de transtornos alimentares gerais como o Teste de Atitudes Alimentares (EAT 26) ou específicos como o Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP)[20] O diagnóstico geralmente é feito seguindo os critérios do CID-10 ou do DSM IV tanto por médicos, psicólogos ou nutricionistas.
O teste de atitudes alimentares (EAT-26) foi desenvolvido por Garner e Garfinkel, originalmente usado apenas para anorexia mas revisado para identificar outros transtornos alimentares, usa 14 critérios e é voltado especialmente para identificar riscos de saúde. Já está adaptado ao português e é aprovado pela APA. [21]
No caso específico da anorexia nervosa os critérios basicamente envolvem:
Comportamentos visando a perda de peso e sua manutenção abaixo do normal;
Medo mórbido de engordar;
Distúrbio de imagem corporal; e
Distúrbio endócrino (ex: amenorreia).
Enquanto os da bulimia nervosa se caracterizam por:
Impulso irresistível de comer excessivamente;
Evitação do ganho de peso pela indução de vômitos e/ou abuso de purgativos; e
Medo mórbido de engordar.
Para o diagnóstico específico da bulimia existe o Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE) e para o diagnóstico de distorção corporal existe o Body Image Test (BIT).[22]
Já os critérios diagnósticos dos outros transtornos ainda são controversos e estão sendo discutidos. Critérios importantes como a quantidade de episódios de compulsão alimentar necessários para caracterizar um TCAP ainda não estão definidos, mas estão em torno de duas vezes por semana. [23]
Sintomas e outros Sinais de Alerta[editar | editar código-fonte]
Emagrecimentos
Cuidado excessivos com a alimentação
Desculpas para não comer sozinha
Isolamento, alterações de humor e agressividade
Excesso de exercício físico
Vômitos e uso de laxantes
Atitude demasiado crítica quanto à sua imagem
Perda de apetite
Tratamentos[editar | editar código-fonte]
O tratamento mais eficaz deve ser multidisciplinar, com acompanhamento médico, nutricional e psicológico, para que se possa alcançar um peso mais saudável, diminuir a influência dos fatores psicológicos mantenedores desse comportamento, medicar com psicotrópicos como antidepressivos e topiramato, acompanhar a evolução dos sintomas e prevenir ou conter as possíveis patologias associadas. Em casos graves, quando o peso corporal está a mais de 25% abaixo do mínimo ideal (por exemplo abaixo de 45kg quando o ideal é 60 kg), pode ser necessária hospitalização. Em caso de obesidade mórbida pode ser feita uma cirurgia bariátrica.
As psicoterapias mais recomendadas são a Terapia analítico-comportamental e Terapia cognitivo-comportamental (39% de desaparecimento de sintomas a curto prazo). Os remédios psiquiátricos por outro lado tem tido eficácia significantemente menor (20% de desaparecimento de sintomas), tornando os psicotrópicos coadjuvantes dos tratamentos psicológico e nutricional mais voltados para tratar as comorbidades (como depressão e ansiedade) do que o transtorno alimentar em si. Os antidepressivos tem efeito melhor que o placebo apenas em 60% dos casos, podem ter como efeitos colaterais causar perda ou ganho de peso e tem 35% de abandono. Todos tratamentos juntos levam ao desaparecimento de sintomas em 49% dos casos. [24]
Introdução
Os transtornos alimentares geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência.1 De uma maneira geral, podemos dividir as alterações do comportamento alimentar neste período em dois grupos.2,3 Primeiramente, aqueles transtornos que ocorrem precocemente na infância e que representam alterações da relação da criança com a alimentação. Estas condições parecem não estar associadas a uma preocupação excessiva com o peso e/ou a forma corporal, mas podem interferir com o desenvolvimento infantil. Aqui encontramos o transtorno da alimentação da primeira infância, a pica e o transtorno de ruminação. O segundo grupo de transtornos tem o seu aparecimento mais tardio e é constituído pelos transtornos alimentares propriamente ditos: a anorexia nervosa e a bulimia nervosa. De especial interesse para os profissionais envolvidos com o atendimento de crianças e adolescentes são as chamadas síndromes parciais de anorexia e de bulimia nervosa e a categoria diagnóstica recentemente descrita denominada transtorno da compulsão alimentar periódica.
Transtorno da alimentação da primeira infância
É uma dificuldade em se alimentar adequadamente levando a uma perda ponderal ou a uma falha em ganhar peso de forma apropriada, iniciando-se antes da idade de seis anos.4 Os sintomas parecem não ser devidos a nenhuma condição médica geral, a um outro transtorno psiquiátrico ou à falta de alimentos. O objetivo principal do tratamento é a melhora do estado nutricional do paciente. Deve-se proceder uma avaliação dos pais e de fatores psicossociais que estejam contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção do problema.
Pica
É a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. As substâncias mais freqüentemente consumidas são: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais.4 Atrasos no desenvolvimento, retardo mental e história familiar de pica são condições que podem estar associadas. Várias complicações clínicas podem ocorrer, principalmente relacionadas com o sistema digestivo e com intoxicações ocasionais, dependendo do agente ingerido.
Transtorno de ruminação
Inclui episódios de regurgitação (ou "remastigação) repetidos que não podem ser explicados por nenhuma condição médica. As principais complicações médicas podem ser desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e morte.4 O tratamento envolve o acompanhamento clínico das complicações e tratamento comportamental.5
Os transtornos alimentares são graves distúrbios no comportamento alimentar. Há dois extremos: uma grande redução na quantidade de alimentos ingeridos ou um excesso. Os principais tipos de transtornos são a anorexia, a bulimia, e a compulsão alimentar.
Segundo pesquisas, a anorexia e a bulimia atingem muito mais as mulheres do que os homens, por uma preocupaçãoextrema com o corpo. Há uma distorção da própria imagem ao ponto de se sentirem gordos, quando na verdade estão abaixo do peso.

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