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ATPS Ciências Sociais

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Atividade Prática Supervisionada
Disciplina: Ciências Sociais
Prof.ª. EaD. Cláudia Benedetti 
Tutora a distância Prof.ª. Raquel Mario
Tutor Presencial: Márcia Regina 
 Alunos: Anna Paula C. Silva
RA 6751338548
Dalva Alves V. Lima
RA 6747355478
 Karine dos Santos A. Bezerra
RA 7119516619
 Leandro Cunha da Silva
RA 6784389411
Maria Lúcia A. da Silva
RA 8137744433
Valparaíso de Goiás – GO, 22 de Novembro de 2013.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CIÊNCIAS SOCIAIS
2º SEMESTRE
Valparaíso de Goiás – GO, 22 de Novembro de 2013.
RESUMO
Apresentando um conjunto de relatórios sobre ciências sociais e sua representação na sociedade, compreendendo os aspectos sociais, políticos, históricos e culturais, onde possamos aprender o significado de cultura, indivíduo e sociedade havendo uma reflexão da concepção da sociologia no cotidiano. Além do mais a compreensão da desigualdade social e a exploração do meio ambiente relacionado com os fundamentos sociológicos. Onde há interpretação da relação do indivíduo e seu coletivo na transformação destas estruturas sociais.
PALAVRAS - CHAVES: Ciências Sociais, Sociologia e Sociedade.
 ABSTRACT
 Featuring a set of reports on social sciences and their representation in society, including the social, political, historical and cultural, where we can learn the meaning of culture, individual and society and there is a reflection of conception of sociology in everyday life. Further understanding of social inequality and exploitation of the environment related to the sociological foundations. Where's interpretation of the relationship of the individual and their collective transformation of these social structures.
 KEY – WORDS Social Sciences, Sociology and Society.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Ao longo da História a espécie humana organizou sua vida em grupo. As Ciências Sociais pesquisa e estuda o comportamento social humano e suas várias formas de organização. E como ciência voltada para o social tem um amplo corpo de conhecimento. O conhecimento teórico e técnico das Ciências Sociais é de tal forma amplo que pode ser aplicado tanto para entender um fato social como para elaborar e implantar desde pequenos projetos até estudos de política de governo.
O comportamento humano é muito diversificado. Cada indivíduo recebe influências de seu meio, forma-se de determinada maneira e age no meio social de acordo com sua formação. O indivíduo aprende com o meio, mas também pode transformá-lo em sua ação social.
	 Há comportamentos — como andar, respirar, dormir — estritamente individuais, que se originam na pessoa enquanto organismo biológico. São comportamentos estudados pelas Ciências Físicas e Biológicas. Por outro lado, receber salário, fazer greve, participar de eventos, casar-se, educar os filhos são comportamentos sociais, pois se desenvolvem no contexto da sociedade.
	Tendo como objeto de interesse o ser humano em suas relações sociais, o objetivo das Ciências Sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. 
Também associando relação homem e meio ambiente. Pois, de um lado, o homem é visto como parte da natureza, e de outro, o homem é entendido como parte exterior a ela, somente participando dessa relação quando domina e/ou se apropria dos recursos naturais.
ETAPA 1
A Construção Social da Realidade
Autores: Thomas Luckman; Peter Berger
Editora: VOZES 
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-SOCIOLOGIA 
Livro em português
26ª Edição - 2006 - 247 pág. 
Peter L. Berger é professor de Sociologia na Rutgers University de New Brunswick (N.J.), é autor de vários outros livros, e Thomas Luckmann é catedrático de Sociologia na Universidade de Frankfurt. Os autores abordam, numa perspectiva humanística e com grande poder de síntese, o tema que - a partir de Max Scheler e Karl Mannheim - se designa por sociologia do conhecimento. Após uma introdução de caráter geral, os autores desenvolvem em 3 capítulos os alicerces do conhecimento da vida quotidiana (A realidade - A interação - A linguagem e conhecimento na vida quotidiana), a sociedade como realidade objetiva (Institucionalização - Legitimação) e a sociedade como realidade subjetiva (A interiorização da realidade - A interiorização e a estrutura social - Teorias sobre a identidade - Organismo e identidade). Na conclusão os autores põem em confronto as implicações geradas entre a sociologia do conhecimento e a teoria sociológica.
 “A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade” (p. 175).
A obra literária aborda que a legitimação é uma questão de tradição teórica, que inclui justificações e explicações. Os autores abordam a precedência do conhecimento sobre os valores, sendo que estes valores se dividem em quatro níveis.
O primeiro nível é o pré-teórico e constitui o fundamento do conhecimento evidente “sobre o qual devem repousar todas as ‘teorias subsequentes’ e, inversamente, nível ao qual estas, devem atingir para serem incorporadas à tradição 
O segundo nível fala sobre proposições teóricas em forma rudimentar, incluindo esquemas explicativos que relacionam conjuntos de significações objetivas e que são altamente pragmáticos, como os provérbios, os adágios e as máximas morais.
O terceiro nível transmite o conhecimento sobre ‘teorias explícitas’: que oferece como referência um quadro amplo para a conduta institucionalizada podendo gerar seus próprios procedimentos institucionais.
No quarto nível fala-se sobre os universos simbólicos, isto é, como corpos de tradição teórica que;
 (a)- integram diferentes áreas de significação,
 (b)- abrangem a ordem institucional em processo de significação, 
 (c)- referem-se a realidades diferentes das pertencentes à experiência da vida cotidiana, 
 (d)- realizam o grau mais alto de integração de particulares áreas de significado e de processos separados de conduta institucionalizada. Ou seja, todos os setores da ordem institucional acham-se integrados num quadro de referência global. Desse modo, a integração reflexiva de processos institucionais distintos alcança sua plena realização, e todas as teorias legitimadoras menores são consideradas como perspectivas especiais.
        No conceito de Berger e Luckmann os universos simbólicos são passíveis de cristalização segundo processos de objetivação, sedimentação e acumulação do conhecimento. Esses processos levam a um mundo de produtos teóricos que, porém, não perde suas raízes no mundo humano já que os universos simbólicos se definem como produtos sociais que têm uma história. Se quisermos entender o significado desses produtos, temos de entender a história da sua produção, em termos de objetivação, sedimentação e acumulação do conhecimento. A função de fazer observar as rubricas e normas dos procedimentos regidos por símbolos função nômica, como procedimentos de tipo litúrgicos do universo simbólico é que, põe cada coisa em seu lugar certo, permitindo ao indivíduo retornar à realidade da vida cotidiana.
Por Berger e Luckmann, a análise dos processos de legitimação tem em conta que, as teorias são observadas, então surge a questão de saber até que ponto uma ordem institucional, ou alguma parte dela é apreendida como uma facticidade não humana, a saber se o homem ainda conserva a noção de que, embora objetivado, o mundo social foi feito pelos homens e, portanto, pode ser refeito por eles”.  É a retificação como grau extremo do processo de objetivação. Os significados humanos sãotidos, então, como produtos da natureza das coisas.
  “A Edificação da Realidade está ligada ao interesse sociológico e justifica-se pela realidade social. O que é “real” para um monge tibetano pode não ser “real” para um homem de negócios americano. (P. Berger e T. Luckmann)”.
	
A reificação é uma modalidade da consciência, sabendo que, mesmo apreendendo o mundo em termos reificados, o homem continua a produzi-lo, paradoxalmente, o homem é capaz de produzir uma realidade que o nega. A reificação existe na consciência do homem da rua e não deve ser limitada às construções dos intelectuais. Seria um engano considerar a reificação como uma perversão de uma apreensão do mundo social originariamente não reificada, a apreensão original do mundo social é consideravelmente reificada.
 	“A reificação dos papéis estreita a distância subjetiva que o indivíduo pode estabelecer entre si e o papel que desempenha”.  E os autores completam: “a distância implicada em toda a objetivação mantem-se, evidentemente, mas a distância causada pela desidentificação vai se reduzindo até o ponto de desaparecer”.
Segundo o autor, a subjetividade do outro, só se tem acesso por meio de um número de indicadores corporais ou descritivos e até mesmo por meio de objetos que representam a subjetividade do outro. Por exemplo, se eu vejo um sorriso, percebo que o outro está feliz, a felicidade é algo subjetivo, se vejo lágrimas percebo outra subjetividade do outro. Ou se eu vejo no escritório uma cadeira confortável, imagino que esse empresário goste de conforto, sabemos disso por meio dos indicadores. Pois todo e qualquer objeto é dotado de marcos da produção humana, este livro trata dos espaços sociais do indivíduo e como ele o constrói ao longo de sua existência no meio social.
 	Outro ponto trata sobre os fundamentos do conhecimento da vida cotidiana, que perpassa as tarefas, atividades e principalmente o homem comum, como ele se relaciona nesse meio social em que está inserido. Interessante notar neste ponto em que os autores apontam uma diferença entre os homens comuns e os filósofos em que os últimos veem a realidade da vida cotidiana de forma diversa dos primeiros.
Os autores trazem um significado que definiria um conceito bem elaborado de cultura, o escritor Reinaldo Dias que diz que "o indivíduo só é humano por possuir cultura, em contrapartida só encontramos cultura entre os seres humanos". 
Ora resumidamente podemos dizer que a cultura é inerente e exclusiva do ser humano, sendo esta cultura transmitida de geração para geração, até mesmo de pai para filho, vai sendo sedimentada em cada indivíduo, desde a mais tenra idade, sendo ensinado a gostar disto, a gostar daquilo, a não tomar gosto por certo tipo de situação ou acontecimento, enfim temos ai uma cultura que vai sendo sedimentada entre os indivíduos, primeiro por seus grupos familiares, depois por outros grupos que vão sendo criados e mantidos durante a vida do indivíduo.
DIAS (2010) descreve o autor como se dá a relação entre o indivíduo que seria segundo ele "um produto da sociedade", ou seja, teríamos ai a sociedade, os grupos sociais em vantagem ao ser humano que somente teria sentido na existência a partir dessa relação recíproca, a própria existência fora do grupo e de difícil aceitação para o ser humano. 
 	Um fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia. A desigualdade social também tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas.
ETAPA 2
Filme: A Classe Operária vai ao paraíso.
Diretor Elio Petri. Itália, 1971.
O filme retrata o personagem principal Lulu num exame clínico da condição do operário sob o capitalismo. O operário-padrão, sem consciência de classe, onde acredita que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar de vida. Por acreditar nisso, persegue as metas traçadas pelos patrões. Mas o dinheiro nunca é o bastante para satisfazer a todas as necessidades. O desgaste físico e mental impede que o trabalhador obtenha alguma satisfação até mesmo dos objetos de consumo aos quais tem acesso.
De nada serve, por exemplo, a televisão, que apenas entretêm o cérebro, sem alimentá-lo com nada útil. Aliás, se tivesse algum interesse em cultura, Lulu não teria tempo nem forças para dedicar-se à atividade de apreciar qualquer forma de arte ou literatura. Nem sequer a satisfação sexual ele consegue devido à devastação física do trabalho. Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, um rebotalho esmagado e triturado diariamente pela rotina massacrante. Lulu gira em círculos com sua raiva, frustração, desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência autodestrutiva em que vive.
E a solução somente será descoberta ao custo de muita luta e sofrimento. Trata-se de uma solução que vai além da problemática de um único indivíduo, mas envolve a totalidade dos seres humanos submetidos ao capitalismo. Didaticamente, somos apresentados ao longo do filme a momentos da alienação descritos na análise clássica de Marx:
O homem se torna um apêndice das máquinas. O operário-modelo Lulu escraviza-se ao ritmo repetitivo das máquinas, esforçando-se para cumprir cotas de produção e superar os demais operários. E se aliena em relação à finalidade do seu trabalho. O resultado do dia de trabalho de um operário é uma porção de objetos que lhe são estranhos, indiferentes. O operário é considerado louco porque não consegue ver o sentido humano daquilo que faz, o que torna o seu trabalho desumano. 
Sob o capitalismo, o operário deve se contentar em vender a sua força de trabalho ao capitalista e adquirir em troca a possibilidade do consumo, sem o direito de questionar para que trabalha e porque deve consumir o que lhe é oferecido. Ele tem um papel na sociedade, o qual lhe cabe cumprir servilmente. Não lhe é dado opinar, decidir, escolher, propor nada, visto que a administração da sociedade está totalmente fora de seu alcance, entregue a um mecanismo distante e impessoal.
O personagem tem um acidente de trabalho e perde um dedo tal incidente com Lulu é o ponto de partida para conflitos sindicais que culminam na demissão dele. Na condição de desempregado, Lulu encara a sua posição de indivíduo deformado pelo capital, vendedor de força de trabalho, consumidor de mercadorias, incapaz de corresponder à expectativa da família, dos companheiros de trabalho e do capital simultaneamente. 
Os ativistas que militam na porta da fábrica estão divididos em dois grupos. De um lado, os sindicalistas ligados à tradição da esquerda reformista, que desejam lutas parciais sem confrontação aberta para obter pequenos avanços à custa de um mínimo de mobilização e muita negociação. De outro, os militantes estudantis ligados à tradição da esquerda revolucionária que querem transformar a sociedade como um todo e precisam convencer os operários de que esse é o seu papel.
Na verdade, os operários ignoram os dois grupos o quanto podem. A alienação é um sofrimento, mas é um sofrimento com o qual podem conviver e preferem se conformar. Já a luta emancipatória provoca choques e embates, interiores e exteriores, exige sacrifícios e escolhas, colocando ao indivíduo a tarefa de posicionar-se. E isso ninguém quer. O acidente com Lulu o obriga a tomar parte das mobilizações. Por meio de seu caso individual temos um exemplo dos passos e percalços que atravessam o avanço da consciência de classe. Todo esse episódio faz com que um operário adquira o conhecimento da força de sua mobilização individual e coletiva. Mas ao final, tudo volta ao normal, com um pequeno avanço, e o sonho de derrubar o muro da alienação plantado em mais consciências.
Por meio da greve e da mobilização coletiva os operários realizam o seu aprendizado político. Percebem o poder da ação coletiva, a importância do debate democrático, a sentimento da lealdade mútua,a necessidade de organização. Tomam o primeiro passo em direção à descoberta final, a mais radical de todas, que será a da inutilidade social da classe proprietária e da possibilidade e necessidade dos trabalhadores governarem suas próprias vidas, através da emancipação de seu trabalho da regra do capital.
Interação social no cotidiano da sociedade atual
Interação social, como propriamente dito, é quando um indivíduo interage diretamente ou indiretamente com outro; portanto, pode trazer ou não benefícios para ambos.
Dentro dos estudos da sociologia, os grupos sociais podem sofrer dois tipos de processos sociais: os associativos que obviamente associa tais indivíduos de um grupo trazendo alguns benefícios e influencia para tais; e temos também os processos dissociativos ou não-associativos que traz prejuízos para pelo menos um indivíduo. Estão divididos respectivamente em: cooperação, acomodação, assimilação, competição e conflito.
Cooperação
Cooperação pode ser entendida como uma interação social em que diferentes pessoas de um determinado grupo trabalham para alcançar um mesmo objetivo ou mesmo benefício. Basicamente, uns ajudam os outros.
Temos exemplos de cooperação em esportes coletivos como o futebol, cada um tem o seu papel dentro da equipe, mas ambos trabalham para um mesmo fim: vencer.
Competição e Conflito
Na biologia, competição é uma relação entre os seres vivos que traz ou não benefícios para certa espécie. Na sociologia, o conceito de competição não é tão diferente, um indivíduo entra em um conflito direto ou indireto para trazer benefícios a sim próprio, tendo seu lado positivo e negativo.
Temos o exemplo das rivalidades empresariais e comerciais que buscam melhores estratégias para trazer benefícios financeiros para elas. Uma ou mais empresas pode sair prejudicada, mas toda a classe consumidora sai em um forte benefício. Por exemplo: se uma determinada loja tem melhores preços e a outra rival quer conseguir mais clientes, obviamente terá de abaixar seus preços e trazer melhores formas de pagamento, nesse caso a classe consumidora irá ter um grande benefício.
Acomodação
Acomodação é quando um indivíduo se rende a condições impostas por um grupo, uma outra pessoa ou até mesmo pela sociedade. Quando ele não concorda com algumas leis e é obrigado a aceitar e vivenciar com elas, está em uma interação de acomodação.
 
Assimilação
A assimilação tem o mesmo fundamento de acomodação, difere apenas no aspecto de opinião e pensamento. Quando um grupo social se acomoda a algumas condições impostas por uma sociedade e é influenciada mudando sua opinião e pensamento com relação às mesmas condições passa a ser interação por assimilação. Temos o exemplo dos imigrantes que são obrigados a aprender os costumes, línguas, seguir as leis de tal país dentre outras coisas, sem perceber, com o tempo ele vai se assimilando com aquela sociedade.
ETAPA 3
Divergências Sociais
Bumbando!
Gênero: Documentário 
Diretor: Coletivo Cinema para Todos 
Duração: 5 min     Ano: 2010     Formato: Vídeo 
País: Brasil     Local de Produção: RJ
Cor: Colorido
Sinopse: O documentário mostra a relação do dinheiro e da sobrevivência social dos moradores do morro do Bumba. 
Ilha das Flores
Gênero: Documentário, Experimental 
Subgênero: Drama 
Diretor: Jorge Furtado 
Elenco: Ciça Reckziegel 
Duração: 13 min     Ano: 1989     Formato: 35mm 
País: Brasil     Local de Produção: RS 
Cor: Colorido
 
Sinopse: Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho
Pontos Importantes:
Um: Moradores do morro do bumba que tiveram casas perdidas na tragédia dos deslizamentos de terra, moradia que foram construídas sobre um terreno que outrora tinha sido um lixão.
Dois: A importância da moeda na sociedade e a discriminação e humilhação das pessoas com menor poder aquisitivo sofrem e acabam sendo colocadas abaixo das que muito possuem.
 
Três: O tomate que a vendedora de perfume joga no lixo é disputado por dezenas de pessoas no lixão do Parque das flores.
Quatro: Proprietário do lixão onde também se encontra criatório de porcos, 
que por sua vez permitia que as pessoas da Ilha das Flores entrassem no chiqueiro para pegar alimentos estragados que não servia para o consumo dos porcos.
 Relatório
Criaram o dinheiro para trocar pelas coisas, aonde aqueles que conseguiram mais dinheiro, obviamente também compraria mais coisas. Os que produzem comercializam seus produtos com outras pessoas, que por sua vez fazem o mesmo, aquilo que se adquire com o dinheiro. A moeda de troca tem valor que vem a partir daquilo que ela serve para os seres humanos se este por sua vez venha entender que esse produto ou alimento não lhe fará bem, jogará fora por entender que causará danos ou entender que lhe é insignificante. Aqueles que conseguiram juntar mais obtiveram poder ou sensação de seres melhores do quer os que não tem.
Tantos os moradores da Ilha das Flores e do Morro do Bumba foram esquecidos ou jogados fora, ou seja no lixo, por pessoas que assim como não acha coisas importantes, também jogam fora as mesmas.
Estão espalhados pelo País, cidades, bairros e comunidades, que não aparecem nas estatísticas, pois estão escondidos em locais de risco e ruas sem nome, endereços esses com cidadãos que como suas ruas também são desconhecidos pela sociedade que os ignoram, não muito obstante vão-se com eles seus sonhos deixando como herança para gerações futuras, as mesmas frustrações pelas quais foram obrigados atravessar no decorrer de suas "não muito orgulhosa vidas". Vivemos nós em um sistema que muitas vezes empurra as pessoas para seus mundos particulares, que os tornas cegos perante a desgraça social.
Há aqui portanto uma dupla degradação; dignidade dos favelados e da natureza.
A degradação da dignidade se dá pela moradia em condições insalubres e miseráveis e a da natureza ocorre pela contaminação do leito dos rios e pela ameaça a função da Várzea que reguladora da vazão e da filtragem das águas fluviais e pluviais. Os riscos a sobrevivência de crianças e adolescentes e um dos principais indicadores de demanda por atenção à saúde porque evidenciam condições que tornam a população mais vulneráveis a mortalidade.
Esse cujos os nomes, anseios e necessidade fazem partes de uma estatísticas ignorada por aqueles que se dizem representante do povo. Há muito tempo estamos acostumados a ver e a viver ano após ano, as mesma tragédias anunciadas e prenunciada.
Acontecimentos que poderiam ter sido evitados se os mesmos que o anunciaram tivessem tomados as providências necessárias, começando por educação, conscientização e solidariedade. E acontecimentos como os do Morro do Bumba e das Ilha das Flores continuam se espalhando pelo País.
A intensa dualidade entre temas tão importantes tratados de uma maneira tão impessoal, dá ao documentário características singulares. Características essas, que impressionam a qualquer um que assistir com um enfoque tão dramático e constantemente real.
ETAPA 04
PAJERAMA. Diretor: Leonardo Cadaval. São Paulo, 2008.
Gênero: Animação 
Subgênero: Aventura, Infanto-juvenil 
Diretor: Leonardo Cadaval 
Duração: 9 min     Ano: 2008     Formato: 35mm 
País: Brasil     Local de Produção: SP
Cor: Colorido 
Sinopse: Um índio é pego numa torrente de experiências estranhas, revelando mistérios de tempo e espaço. 
Este curta metragem nos traz uma visão sobre a verdadeira selva que vivemos através dos grandes processos de urbanização que passa as cidades, e tudo isso através do olhar passado representada por um jovem índio. Se por um lado existe uma civilização que há conhecimento e progresso, do outro também há um povo que já tem seus costumes e crenças, aonde o presente vai de encontro com o futuro, mas o passado não pode ser deixado para trás, porquenele também há vida.
O personagem principal é um jovem índio que no meio de uma caçada se depara com mundo fora de sua realidade, o garoto vê seu mundo ser invadido e modificado sem poder fazer nada a única saída para ele é correr atrás de sobreviver, e ser uma testemunha de que seu mundo foi totalmente roubado e corrompido por uma nova civilização. Não muito diferente da sociedade em que os índios moravam no passado, nesta nova selva, também, lutamos todos os dias pela nossa sobrevivência e família saindo assim de nossa casa para irmos atrás do alimento através de caça por mercado de trabalho, só não é formada por plantas e animais selvagens e sim por concreto e ser pessoas que infelizmente muitas vezes não sabe lidar com os outros tratando assim “animais”.
As cidades vêm crescendo cada dia mais rápido, sem pedirmos permissão, vamos entrando nas florestas e desmatamos e matamos as vidas que lá estão. Os índios que foram torturados e massacrados são os mesmos que nos ensinaram a fazer a farinha de mandioca, a pesca do peixe, tapioca e várias outras iguarias que nos utilizamos e hoje estão quase extintos por nossa sociedade. E se torna obrigação de todos nós aprendermos a respeitarmos as diferenças.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a interação social é inevitável e teoricamente influencia no modo de pensar, de agir, de sentir, enfim, influencia no modo de viver de um cidadão e consequentemente de um grupo social. As mudanças também são inevitáveis em vários outros aspectos podendo trazer ou não benefícios para a sociedade.
Como o filme, A classe operária vai ao paraíso, demonstra que a consciência se produz na luta direta e os impulsos espontâneos dos trabalhadores. Em pequenos passos, essa dialética avança. Não há soluções mágicas na construção de uma sociedade emancipada. Há um lento tatear no escuro, em que se aprende fazendo e se faz aprendendo.
É preciso insistir no fato de que os aspectos centrais da “questão social”, está diretamente ligado às manifestações das questões ambientais, onde relacionamos as condições de vida e as possibilidades de continuidade de sobrevivência sem exploração do capital sobre o trabalho e as suas consequências como a fome, o analfabetismo, as doenças, o desemprego, a violência e a criminalidade, sobretudo, sem a exploração do capital sobre a natureza e seus elementos, donde se expressam a degradação, a poluição, a caça e pesca proibida, o esgotamento e comprometimento do solo, água e ar, enfim, situações que demonstram o interesse exacerbado do capital pelo lucro, para que possa produzir e reproduzir-se.  O desafio se faz em construir e reinventar mediações sobre a relação capital/ exploração natureza, capazes de articular a vida social e o meio ambiente.
As Ciências Sociais é muito importante na vida das pessoas, pois, é com a visão desse estudo que percebemos o quanto é importante o respeito do nosso próximo e das diferenças que existe entre as pessoas. Tudo que aprendemos na nossa infância nos forma para o meio da socialização na comunidade e passa pelos agentes no qual é inserido processos de estabelecidos como padrão. Basta que sigamos nossos aprendizados e sempre colocá-los em prática.
BIBLIOGRAFIA
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade:
Tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2006.
A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO, La classe operaria va in paradiso. Filme. Diretor: Elio Petri. Itália, 1971. 
BUMBANDO. Diretor: Coletivo Cinema para todos. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=bumbando>. Acesso em: 15 maio
2013.

ILHA DAS FLORES. Diretor: Jorge Furtado. RS, 1989. Disponível em:
<http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores>. Acesso em: 15 maio
2013.
PAJERAMA. Diretor: Leonardo Cadaval. São Paulo, 2008. Disponível em: 
portacurtas.org.br/filme/?name=pajerama.

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