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40 dicas de direito constitucional - Mapa Mental

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40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
Construindo sonhos 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: marciliosff@gmail.com 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
“Sonhar é acordar-se para dentro” 
(Mário Quintana) 
 
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MATERIAL 
Insta: @marciliosff 
E-mail: marciliosff@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
DICA 01 
(Classificação das constituições) 
As constituições possuem diversas classificações. Entre 
elas, a classificação mais cobrada é quanto à 
ALTERABILIDADE (alteração da CF). 
Nessa classificação, as Constituições podem ser: 
 
RÍGIDAS Para alteração da Constituição, exige-se 
um processo mais rígido que as normas 
infraconstitucionais 
FLEXÍVEIS A Constituição possui mesmo processo 
de alteração de uma norma 
infraconstitucional 
SEMIRRÍGIDAS 
(semiflexíveis) 
Mescla das rígidas e flexíveis. Algumas 
normas são de natureza rígida, enquanto 
outras de natureza flexível. (Constituição 
Imperial de 1824) 
IMUTÁVEIS 
(permanentes, 
graníticas ou 
intocáveis): 
Não são passíveis de alteração 
SUPERRÍGIDAS Além de possuir um processo de 
alteração rígido, existem normas que são 
imutáveis (ex: cláusulas pétreas) 
 
DICA 02 
(Normas constitucionais) 
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE: Com a EC 
45/2004, foi incluído o §3º, art. 5º, da CF/88, através do 
qual: “Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais”. 
ATENÇÃO: Com esse dispositivo, as normas 
constitucionais NÃO SÃO APENAS aquelas constantes 
da Constituição propriamente dita (documento único), 
mas também de tratados internacionais recepcionados 
com o mesmo quórum das Emendas Constitucionais. 
Esse somatório (Constituição + tratados recepcionados 
na forma acima) é o que a doutrina denomina de BLOCO 
DE CONSTITUCIONALIDADE. 
 
 
DICA 03 
(Aplicabilidade das normas constitucionais) 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: A 
classificação das normas constitucionais de acordo com a 
sua eficácia se divide em: 
PLENA não dependem de regulamentação para ter 
eficácia, bem como não podem ser 
restringidas. A sua eficácia inicia e permanece 
plena. (ex: direito à vida) 
 
CONTIDA nascem com eficácia total, porém podem ser 
“contidas” com uma regulamentação 
posterior. (ex: liberdade profissional, pode ser 
restringida por uma lei que regulamente a 
profissão). 
 
LIMITADA iniciam sem eficácia, dependendo de uma 
regulamentação posterior para ter 
aplicabilidade. (ex: direito de greve dos 
servidores públicos). 
 
ATENÇÃO: As normas de eficácia limitada, caso não 
sejam regulamentadas, permitem a impetração do 
MANDADO DE INJUNÇÃO ou da Ação Declaratória 
de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). 
 
DICA 04 
(Elemento das constituições) 
As Constituições podem ser divididos de acordo com seus 
elementos, que são: 
Elementos 
orgânicos 
Normas que regulam a estrutura do 
Estado e do Poder (Ex: Título III – 
Da Organização do Estado); 
Elementos 
limitativos 
elenco de direitos e garantias 
fundamentais, limitando a atuação 
dos poderes estatais (Ex: Título II – 
Dos direitos e garantias 
fundamentais); 
Elementos 
socioideológicos 
revelam a ideologia de Estado 
Social, intervencionista (Ex: Título 
II – Dos Direitos Sociais); 
Elementos de 
estabilização 
constitucional 
Objetivam solução de conflitos 
constitucionais, defesa da 
Constituição, do Estado e das 
instituições democráticas (Ex: 
Título V – Da Defesa do Estado e 
das Instituições Democráticas); 
Elementos 
formais de 
aplicabilidade 
Regras de aplicação da própria 
constituição (ex: ADCT). 
 
DICA 05 
(Poder Constituinte) 
PODER CONSTITUINTE: O Poder Constituinte se 
divide em ORIGINÁRIO e DERIVADO. O originário é 
aquele que edita pela primeira vez a Constituição, sendo 
ilimitado, absoluto, incondicionado etc. O derivado, por 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
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outro lado, é aquele que é instituído pelo originário, sendo 
dele decorrente. 
O DERIVADO pode ser: 
 
REFORMADOR Aquele que altera a Constituição 
através de Emenda; 
REVISOR Aquele previsto no art. 3º da ADCT 
(norma de eficácia exaurida) 
DECORRENTE Aquele que é exercido pelos 
Estados e pelo DF no exercício de 
competência estadual. 
 
DICA 06 
(Poder Constituinte) 
O poder constituinte DERIVADO é sujeito a limites. São 
eles: 
TEMPORAIS Apesar de referidas pela doutrina, não 
existem na Constituição de 1988. 
Dizem respeito a períodos 
determinados em que não é possível a 
mudança do texto constitucional 
MATERIAIS Correspondem às cláusulas pétreas 
(art. 60, §4º), que vedam a emenda 
constitucional em certos assuntos. 
Para que uma emenda seja 
considerada inconstitucional nesta 
seara, deverá tentar abolir o núcleo 
essencial das cláusulas pétreas. 
CIRCUNSTANCIAIS São limitações que impedem a 
mudança do Texto Constitucional em 
situações específicas vivenciadas no 
Estado. É o caso do art. 60, §1º, da 
CF/88, ao dispor que “a Constituição 
não poderá ser emendada na vigência 
de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. 
CIRCUNSTANCIAIS São limites previstos no Texto 
Constitucional, que exigem um 
processo legislativo formal e com 
requisitos bem definidos para 
aprovação das emendas. Podem ser 
subjetivas (referentes à iniciativa – 
ex: art. 60, caput) e objetivas 
(requisitos de aprovação – ex: art. 60, 
§2º). Estas limitações serão melhor 
estudadas quando da análise do 
processo legislativo 
 
DICA 07 
(Preâmbulo constitucional) 
PREÂMBULO CONSTITUCIONAL NÃO É 
NORMA: Segundo entendimento do STF, o preâmbulo 
constitucional não é considerado como norma e não 
pode servir como paradigma para fins de controle de 
constitucionalidade. 
ATENÇÃO: "Preâmbulo da Constituição: não constitui 
norma central. Invocação da proteção de Deus: não se 
trata de norma de reprodução obrigatória na 
Constituição estadual, não tendo força normativa." (ADI 
2.076) 
 
DICA 08 
(Fundamentos e Objetivos) 
FUNDAMENTOS X OBJETIVOS: Os fundamentos da 
República se diferenciam dos objetivos. 
FUNDAMENTOS 
(art. 1º) 
Sempre palavras soltas: 
SO + CI + DI + VA + PLU 
Soberania 
Cidadania 
Dignidade da pessoa humana 
valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa 
pluralismo político. 
OBJETIVOS 
(art. 3º) 
Sempre verbos no infinitivo 
I - construir uma sociedade livre, 
justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento 
nacional; 
III - erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
 
DICA 09 
(Direitos fundamentais) 
Os direitos fundamentais se dividem em três gerações, de 
acordo com as conquistas históricas que consolidaram 
esses direitos. Se tiver dúvida na prova, faça comparação 
com o lema francês: liberdade, igualdade e fraternidade. 
1ª GERAÇÃO Direitos individuais 
(liberdade/propriedade) 
2ª GERAÇÃO Direitos sociais (saúde, educação, 
trabalho, previdência, habitação etc.) 
3ª GERAÇÃO Direitos transindividuais (meio 
ambiente, desenvolvimento, 
qualidade de vida, direitos do 
consumidor etc.) 
 
DICA 10 
(Direitos Fundamentais) 
ARTIGO 5º: Principais dispositivos do art. 5º em provas 
objetivas: 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvoem caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, 
em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
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coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma 
da lei; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a 
ela inerentes; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
 
DICA 11 
(Remédios constitucionais) 
MANDADO DE SEGURANÇA: O mandado de 
segurança pode ser individual ou coletivo, e só cabe 
quando houver DIREITO LÍQUIDO E CERTO, que 
significa o direito que pode ser comprovado 
DOCUMENTALMENTE. 
ATENÇÃO: Controvérsia sobre matéria de direito não 
impede concessão de Mandado de Segurança. (Súmula 
STF 625) 
ATENÇÃO2: Na ação de Mandado de Segurança não se 
admite condenação em honorários advocatícios. (Súmula 
STJ 105) 
ATENÇÃO3: O prazo para impetração do Mandado de 
Segurança é DECADENCIAL de 120 dias. No entanto, 
quando ele é PREVENTIVO, não há prazo, já que ainda 
não ocorreu a lesão! 
 
DICA 12 
(Remédios Constitucionais) 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: 
Conforme art. 5º, LXX, o mandado de segurança coletivo 
pode ser impetrado por: “a) partido político com 
representação no Congresso Nacional; e b) organização 
sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados;” 
ATENÇÃO: Existem duas súmulas muito cobradas em 
prova em relação ao mandado de segurança coletivo: 
Súmula STF 630: A entidade de classe tem legitimação 
para o Mandado de Segurança ainda quando a 
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da 
respectiva categoria. 
Súmula STF 629: A impetração de Mandado de 
Segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes. 
 
DICA 13 
(Remédios Constitucionais) 
HABEAS DATA: O habeas data pode ser utilizado para 
3 (três) hipóteses relacionadas à informação: ACESSO, 
RETIFICAÇÃO e ANOTAÇÃO. 
CUIDADO! A anotação não está prevista na CF, mas sim 
na Lei 9.507, art. 7º, III. 
CUIDADO2: O habeas data só pode ser impetrado se 
houver RECUSA ou OMISSÃO em relação ao pedido 
administrativo do impetrante. 
Súmula 02-STJ: “Não cabe o ‘habeas data’ (CF/88, art. 
5º, LXXII, ‘a’) se não houve recusa de informações por 
parte da autoridade administrativa”. 
CUIDADO3: Não cabe habeas data em relação a 
informações de TERCEIROS, a não ser na hipótese de 
sucessores do falecido, segundo jurisprudência do STJ. 
 
DICA 14 
(Remédios Constitucionais) 
MANDADO DE INJUNÇÃO: O mandado de injunção é 
utilizado quando houver OMISSÃO LEGISLATIVA 
que torne inviável o exercício de norma constitucional. 
O STF adota a teoria concretista, segundo a qual as 
omissões devem ser resolvidas concretamente pelo Poder 
Judiciário, não ficando restrito à mera notificação ao 
Poder Legislativo acerca da sua mora. A nova lei do MI 
(Lei 13.300) consolidou tal entendimento no art. 8: 
Art. 8. Reconhecido o estado de mora legislativa, será 
deferida a injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado 
promova a edição da norma regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício 
dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas 
reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá 
o interessado promover ação própria visando a exercê-
los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado. 
ATENÇÃO: A nova lei também passou a prever 
expressamente a possibilidade de Mandado de Injunção 
coletivo (art. 12). 
 
DICA 15 
(Remédios Constitucionais) 
AÇÃO POPULAR: A ação popular serve para impugnar 
atos lesivos ao interesse público e só pode ser ajuizada 
por CIDADÃO, que deverá comprovar essa qualidade 
por meio do título de eleitor. 
Súmula 365-STF: “Pessoa jurídica não tem legitimidade 
para propor ação popular”. 
 
DICA 16 
(Interpretação/Hermenêutica constitucional) 
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL: É a mudança na 
interpretação de uma mesma norma constitucional com o 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
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passar do tempo, sem alteração do seu conteúdo. (evita a 
petrificação do direito). 
ATENÇÃO: A mutação constitucional é diferente da 
declaração de inconstitucionalidade ou da alteração do 
texto constitucional. Nela, apenas altera-se a interpretação 
acerca de uma norma, sem modificar o seu conteúdo ou 
sem declarar a inconstitucionalidade. 
 
DICA 17 
(Controle de constitucionalidade) 
EFEITO AMBIVALENTE DAS DECISÕES EM 
SEDE DE ADI: A decisão proferida em ADI, caso julgue 
pela constitucionalidade, terá efeitos abstratos 
(vinculante, erga omnes) de uma declaração de 
constitucionalidade. A mesma coisa ocorre em relação à 
ADC. Ou seja, há uma ambivalência entre ADI e 
ADC. 
Atenção: No caso de medida cautelar em ADI, o 
indeferimento não importa em efeito ambivalente. 
 
DICA 18 
(Controle de constitucionalidade) 
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: 
“Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo do Poder Público” (CF, art. 97). 
ATENÇÃO: Essa cláusula determina que a declaração de 
inconstitucionalidade ou ato normativo do Poder 
Público, no âmbito dos Tribunais, não pode ocorrer por 
órgão fracionário (ex: 1ª Câmara Cível), devendo ser 
decidido pelo Plenário ou órgão especial, instaurando um 
incidente específico para isso. 
*Conferir art. 948 do CPC. 
CUIDADO! A cláusula de reserva de plenário não se 
aplica às hipóteses de: (1) declaração de não recepção; 
(2) interpretação conforme a constituição; (3) 
declaração de constitucionalidade. 
 
DICA 19 
(Controle de constitucionalidade) 
LEGITIMADOS PARA ADI (CF, art. 103): 
Macete: para facilitar a memorização, eles são divididos 
em 3 (três) grupos: 1) mesas; 2) pessoas/autoridades; e 
3) instituições/entidades. Cada grupo possui 3 (três) 
integrantes. Desses 3 (três integrantes), o "mais fraco", o 
"menos importante", de cada grupo é legitimado especial 
(exige pertinência temática), sendo, portanto, 3 (três)os 
legitimados especiais. Os demais são legitimados 
universais (não exigem pertinência temática). Abaixo, 
sublinhados e em negrito, estão os legitimados especiais. 
 1) 3 Mesas: 
1.1) Mesa do Senado Federal (inciso II); 
1.2) Mesa da Câmara dos Deputados (inciso III); 
1.3) Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do DF (inciso IV). 
 
2) 3 Pessoas/autoridades: 
2.1) Pres. da República (inciso I); 
2.2) PGR (inciso VI); 
2.3) Governador do Estado ou do DF (inciso V); 
 
3) 3 Instituições: 
3.1) Conselho Federal da OAB (inciso VII); 
3.2) Partido político com representação no CN (inciso 
VIII); 
3.3) Confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional (inciso IX). 
 
ATENÇÃO: Os legitimados da ADI são os mesmos da 
ADO, ADC e ADPF. 
 
DICA 20 
(Controle de constitucionalidade) 
CONTROVÉRSIA JUDICIAL RELEVANTE NA 
ADC: A ADC tem por requisito a comprovação de 
controvérsia judicial relevante. 
Justificativa: Não se pode querer a declaração de 
constitucionalidade de qualquer norma, pois as leis já 
gozam de presunção de constitucionalidade. Assim, 
exige-se que, para uma lei ser objeto de ADC, haja uma 
controvérsia judicial relevante. 
Conceito: A controvérsia judicial relevante é a 
comprovação de que a norma está sendo controvertida nos 
tribunais, por exemplo, quando vários juízes vêm 
declarando a sua inconstitucionalidade. 
 
DICA 21 
(Controle de constitucionalidade) 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO 
TJ: O controle de constitucionalidade em caráter abstrato 
também pode acontecer no âmbito do Tribunal de Justiça 
(TJ), conforme art. 125, §2º. 
ATENÇÃO: Os legitimados da ADI-Estadual NÃO 
PRECISAM ser os mesmos da ADI-Federal, sendo 
vedado apenas a atribuição de legitimidade para agir a 
um único órgão. 
 
DICA 22 
(Controle de constitucionalidade) 
CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE: No 
Brasil, não existe constitucionalidade OU 
inconstitucionalidade superveniente. A compatibilidade 
de uma norma com a Constituição é inferida a partir do 
momento em que ela ingressa no ordenamento 
jurídico. 
Atenção: Se a norma é constitucional e fica incompatível 
com futura EC, será ela revogada. Se a norma era 
inconstitucional e passa a ser compatível com uma futura 
EC, continuará sendo inconstitucional. 
 
DICA 23 
(Controle de constitucionalidade) 
INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE 
NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS: 
Não existe hierarquia entre normas formalmente 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
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Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: marciliosff@gmail.com 
constitucionais, independentemente do seu conteúdo. 
Assim, não é cabível falar em inconstitucionalidade de 
norma originária. 
ATENÇÃO: Apesar disso, é possível falar em 
inconstitucionalidade de uma Emenda Constitucional, 
caso esta viola normas formal ou materialmente a CF. 
 
DICA 24 
(Intervenção federal) 
A União somente pode intervir nos Estados-membros e 
no DF, enquanto os Estados somente poderão intervir 
nos Municípios integrantes de seu território. A exceção é 
a União intervir nos municípios existentes dentro de 
Território Federal (art. 35, caput da CF). 
 
DICA 25 
(Súmula vinculante) 
LEGITIMADOS PARA PROPOR SÚMULA 
VINCULANTE: Os legitimados para propor a edição, a 
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula 
vinculante NÃO SÃO OS MESMOS DA ADI. O rol de 
legitimados é MAIOR. Confira o art. 3º da Lei 11.417: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – o Procurador-Geral da República; 
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; 
VI - o Defensor Público-Geral da União; 
VII – partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional; 
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; 
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de 
Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os 
Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais 
do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os 
Tribunais Militares. 
§ 1º O Município poderá propor, incidentalmente ao 
curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão 
ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, 
o que não autoriza a suspensão do processo. 
ATENÇÃO: Em caso de violação à súmula vinculante, 
cabe a apresentação de RECLAMAÇÃO 
CONSTITUCIONAL diretamente no STF. 
 
DICA 26 
(Poder Legislativo) 
IMUNIDADE DOS PARLAMENTARES: A 
Constituição estabelece normas destinadas aos 
Parlamentares para proteção da função por eles exercida. 
Fala-se em IMUNIDADES materiais e formais. 
1. IMUNIDADES MATERIAIS: Diz respeito ao 
DIREITO MATERIAL, ou seja, à impossibilidade de 
ser imputada RESPONSABILIDADE civil ou penal ao 
deputado pelas suas manifestações. 
Art. 53, CF: Os Deputados e Senadores são invioláveis, 
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, 
palavras e votos. 
ATENÇÃO: Os vereadores só possuem imunidade na 
circunscrição (município) onde atuam e não possuem 
imunidade formal. 
 
2. IMUNIDADES FORMAIS: Diz respeito ao 
DIREITO PROCESSUAL, ou seja, à impossibilidade de 
ser denunciado. No caso dos deputados, essa 
responsabilidade não é absoluta. 
*Conferir §2, 3, 4 e 5 do art. 53 da CF: 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do 
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em 
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos 
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa 
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus 
membros, resolva sobre a prisão. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, 
por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo 
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, 
por iniciativa de partido político nela representado e pelo 
voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão 
final, sustar o andamento da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa 
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco 
dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, 
enquanto durar o mandato. 
 
DICA 27 
(Poder Legislativo) 
PODERES DA CPI: As Comissões Parlamentares de 
Inquérito (CPI) possuem apenas a finalidade de 
INVESTIGAR fatos (poderes típicos de autoridade 
judicial), não podendo punir. As suas conclusões devem 
ser encaminhadas aos órgãos de controle, como o 
Ministério Público. Quais os poderes da CPI? 
PODE (a) convocar autoridades, sob pena de 
crime de responsabilidade; 
(b) quebra de sigilo bancário, fiscal e 
telefônico; 
 
NÃO 
PODE 
(a) interceptação telefônica; 
(b) decretar indisponibilidade de bens. 
Não pode mandar prender (salvo em 
flagrante); 
(c) determinar medidas processuais de 
garantia, tais como: sequestro e 
indisponibilidade de bens (Informativo 
158 do STF); 
(d) impedir que pessoa deixe o País; 
(e) decretar prisão preventiva; 
(f) tomar decisões imotivadas 
(Informativo 162 do STF). 
 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
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DICA 28 
(Poder Legislativo) 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: O TCU é um 
órgão auxiliar do Legislativo, mas é autônomo em 
relação a esse. 
CUIDADO: O TCU não julga contas do Chefe do 
Poder Executivo, mas sim o Congresso Nacional. O 
TCU apenas emite PARECER. 
A mesma sistemática se aplica no âmbito Estadual e 
Municipal. 
 
DICA 29 
(Poder Legislativo) 
LEI DELEGADA: A Lei Delegada é prevista na 
Constituição Federal, porém existem duas espécies de 
delegação constitucionalmente previstas:1. Delegação típica: Congresso delega ao Chefe do 
Executivo, sem necessidade de retorno para análise. 
2. Delegação atípica: Congresso delega ao Chefe do 
Executivo, mas volta ao Congresso para análise, em 
votação única, vedada qualquer emenda (CF, art. 68, 
§3o). 
 
DICA 30 
(Poder Legislativo) 
O STF entende que não há hierarquia entre L.O. e L.C., 
mas sim mera divisão de competências pela CF/88. 
Assim, pode uma L.O. revogar o dispositivo de uma L.C., 
caso este não seja de competência exclusiva de uma L.C. 
ATENÇÃO: A diferença entre LO e LC está no quórum 
de aprovação. A LO é aprovada por maioria simples 
(maioria dos presentes), enquanto que a LC é aprovada 
por maioria absoluta (maioria dos membros). Entretanto, 
NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE LO E LC. 
 
DICA 31 
(Poder Executivo) 
RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA: Está muito na moda a responsabilidade do 
Presidente da República, portanto é necessário conhecer 
bem o art. 86 da CF, que trata do assunto: 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da 
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, 
será ele submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou 
perante o Senado Federal, nos crimes de 
responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia 
ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração 
do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o 
julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento 
do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento 
do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas 
infrações comuns, o Presidente da República não estará 
sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu 
mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções. 
 
DICA 32 
(Partidos Políticos) 
FIDELIDADE PARTIDÁRIA: O Congresso Nacional 
é dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado 
Federal, que adotam sistemas diferentes de votação. 
Na eleição para a Câmara dos Deputados, os votos vão 
para os partidos políticos (sistema proporcional). 
Na eleição para o Senado Federal, os votos vão para os 
candidatos (sistema majoritário). 
ATENÇÃO: Segundo entendimento do STF, a regra de 
fidelidade partidária se aplica apenas à Câmara dos 
Deputados, uma vez que o mandato pertence ao partido 
político (sistema majoritário). 
Logo, o Senador poderá trocar de partido político sem 
perder o cargo. 
 
DICA 33 
(Direitos políticos) 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL: 
“A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na 
data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência” (CF, art. 16) 
 
DICA 34 
(Direitos políticos) 
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA X PASSIVA: A 
capacidade eleitoral se diferencia em ativa (possibilidade 
de votar) e passiva (capacidade de ser votado/eleito). 
1. Capacidade eleitoral ativa: 
Obrigatória para: maiores de dezoito anos 
Facultativa para: os analfabetos; os maiores de setenta 
anos; e os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos. 
CUIDADO! Não podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
2. Capacidade eleitoral passiva: Exige-se: I - a 
nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos 
políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio 
eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a 
idade mínima de: 
35 anos - Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador. 
30 anos - Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal; 
21 anos - Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
18 anos - Vereador. 
ATENÇÃO: São inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos. 
 
 
 
40 DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Professor Marcílio Ferreira 
Construindo sonhos 
 
Prof. Marcílio Ferreira / Insta: @marciliosff / E-mail: marciliosff@gmail.com 
DICA 35 
(Processo legislativo) 
PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE: “A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na 
mesma sessão legislativa” (CF, art. 60, §5º e 62, §10) 
Atenção: tal princípio é absoluto (não há exceção) para 
EC e MP, mas não para LO, pois pode haver 
reapresentação caso haja maioria absoluta de qualquer das 
casas (CF, art. 67). 
 
DICA 36 
(Poder Judiciário) 
GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS: 
Os magistrados possuem garantias funcionais, a fim de 
permitir o livre exercício de suas funções (CF, art. 95). 
São elas: 
 
VITALICIEDADE Após 2 anos, o juiz só poder 
perder o cargo mediante 
sentença judicial transitada em 
julgado. 
INAMOVIBILIDADE Não podem ser removidos, 
salvo por motivo de interesse 
público. 
IRREDUTIBILIDADE 
DE SUBSÍDIO 
O subsídio dos magistrados 
não pode ser reduzido, a não 
ser nas hipóteses 
constitucionais 
 
DICA 37 
(Poder Judiciário) 
COMPOSIÇÃO DO STF: O STF é composto de 11 
(onze) ministros, os quais NÃO PRECISAM SER 
FORMADOS EM DIREITO! 
Conforme art. 101, caput, os Ministros do STF são 
escolhidos “escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta 
e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de 
notável saber jurídico e reputação ilibada”. 
Eles “pelo serão nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal” (CF, art. 101, parágrafo único). 
 
DICA 38 
(Poder Judiciário) 
QUINTO CONSTITUCIONAL: O quinto 
constitucional é uma parcela da composição dos Tribunais 
que é composta obrigatoriamente por membros da 
advocacia e do Ministério Público. Confira o art. 94 da 
CF: 
“Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais 
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito 
Federal e Territórios será composto de membros, do 
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e 
de advogados de notório saber jurídico e de reputação 
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal 
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, 
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus 
integrantes para nomeação.” 
ATENÇÃO: No âmbito do STJ, não há quinto 
constitucional, mas sim terço! Veja o art. 104, parágrafo 
único, II, da CF/88. 
 
DICA 39 
(Poder Judiciário) 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: O STF é o tribunal 
de cúpula do Poder Judiciário, tendo como função a 
proteção das normas constitucionais. O art. 102, que trata 
da sua competência, possui 3 (três) incisos, que 
estabelecem a competência originária (inciso I), a 
competência recursal para Recurso Ordinário (inciso II) e 
a competência recursal para Recurso Extraordinário 
(inciso III). 
O Recurso Extraordinário serve para levar discussões 
constitucionais ao STF, porém não é qualquer RE que 
pode subir ao Supremo. Exige-se o requisito da 
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA: 
“No recurso extraordinário o recorrente deverá 
demonstrar a repercussão geral das questões 
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a 
fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, 
somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois 
terços de seus membros.”(CF, art. 102, p. 3). 
 
DICA 40 
(Poder Judiciário) 
VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS: Aos magistrados, 
a CF estabelece algumas vedações, a fim de assegurar o 
livre exercício de suas funções. Vale a pena conhece-las: 
Art. 95 [...] 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou 
função, salvo uma de magistério;II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou 
participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. 
ATENÇÃO: As vedações se aplicam aos magistrados, 
mesmo que estes se encontrem em disponibilidade.

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