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REVISÃO DE DIREITO CONSTITUCIONAL APRESENTAÇÃO PROF. LIBERO FILHO Advogado, professor de Direito Constitucional e Ética para a OAB PROFA. NATALIA VALENÇA Advogada, professora de Direito Constitucional e doutoranda em Direito O que vamos revisar hoje? - Direitos fundamentais - Remédios constitucionais - Direitos Políticos e Nacionalidade - Poderes e CPI - Processo legislativo e emendas constitucionais - Organização do Estado e Repartição de Competências - Controle de Constitucionalidade - Instrumentos de defesa do Estado Direitos Fundamentais Os Direitos Fundamentais têm natureza declaratória da norma, constituindo assim bens e vantagens prescritos na norma constitucional, como o Direito à Vida. As Garantias Fundamentais, por seu turno, trazem uma proteção e maior segurança à aplicabilidade da norma prescritiva do direito. Como exemplo podemos citar os remédios constitucionais (habeas data, habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular) que constituem mecanismos úteis à aplicação justa dos direitos e a repressão de violações a eles. Diferenças entre Direitos e Garantias Como assim, meu patrão? Enquanto os Direitos Humanos estão em uma ordem internacional (Declaração Universal dos Direitos Humanos), os Direitos Fundamentais são firmados na ordem nacional. Art. 5º, §2º “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” Direitos Humanos x Direitos Fundamentais Geometria com o pai Eficácia dos Direitos Fundamentais Mínimo Existencial É o núcleo base dos direitos fundamentais que deve ser assegurado às pessoas. Basicamente é o mínimo do mínimo, um leque de coisas que não podem ser deixadas de lado. Reserva do Possível Embora o Poder Público tenha diversas obrigações em razão do caráter social do Estado, existe um limite de coisas que podem ser feitas já que os recursos são esgotáveis. Assim sendo, o Estado atua na reserva do que é possível fazer. Reserva do Possível x Mínimo Existencial Biografias não autorizadas (ADI 4815) - Possível Manifestação pela discriminalização do aborto ou da maconha - Possível. Direito de Reunião - O STF decidiu que a falta de aviso prévio não significa, necessariamente, a ilegalidade da reunião, visto que em muitas situações não se faz imprescindível a notificação das autoridades. (Tema 855). Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. SV 27 Entendimentos Importantes Pessoa Jurídica: Pode sofrer dano moral (S. 227, STJ) e requerer a sua indenização, mas NÃO podem impetrar habeas corpus (HC 92.921). Animais: Em alguns países permitem HC por animais (no mundo - Chimpanzés) - No Brasil ainda não tem nenhuma decisão jurisprudencial que possibilite tal instituto. Entendimentos Importantes Existem direitos exclusivos de determinados grupos? Direitos exclusivos de estrangeiros: Pedido de naturalização previsto no Art. 12, II, CF\88. Bem como a naturalização mais específica para os países de língua portuguesa (que tem mais exclusividade ainda). Direitos exclusivos de brasileiros natos: Cargos previstos no art. 12, S3º, CF\88. Só podem essas diferenciações se estiverem previstas na constituição - a lei não pode ampliar as diferenças entre os tipos de brasileiros. Direitos exclusivos de pessoas jurídicas: Art. 5º, XIX - As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado". Remédios Constitucionais ADMINISTRATIVOS JUDICIAIS Direito de Petição e Direito de Certidão. Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Injunção, Mandado de Segurança, Ação Popular INDIVIDUAIS COLETIVOS São exercidos pelos indivíduos que tenham seus direitos violados (seja direito pessoal ou até mesmo um coletivo). Os coletivos são acionados por organismos de representação de uma classe, por exemplo. Segundo o art. 5º, LXVIII, CF - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Ele tem natureza universal, ou seja, qualquer pessoa pode impetra-lo em favor de si mesmo ou de terceiros. (Obs: Pessoa física ou jurídica pode impetrar). O HC não pode ser realizado de forma apócrifa, devendo ser identificado com assinatura, razão pela qual não se admite o anonimato. Não pode ser feito em língua estrangeira. Habeas Corpus Lili cantou ● Em decorrência de penas de natureza pecuniária, de multas e advertência, nem mesmo em decorrência da pena de impeachment. ● Em penas ou decisões que culminam o sequestro ou confisco de bens em processo criminal. ● Em revisão de Súmulas. ● Não é cabível a impetração SUCESSIVA de Habeas Corpus (aquele que sem ter obtido o devido julgamento, impetra o mesmo HC reiteradas vezes). Excetua-se a situação em que há flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Não Cabe HC ● Para impugnar a inserção de provas ilícitas. Ademais, não existem prazos (decadência, prescrição), e o HC é um remédio gratuito. No procedimento do habeas corpus não se permite a produção de provas (HC 615.661/MS, STJ). Cabe HC O Habeas Data trata-se de um remédio constitucional, com previsão legal no artigo 5º, LXXII da Carta Magna, e objetiva assegurar que um cidadão possa acessar dados que estejam em poder do Estado ou de entidades do setor privado que detenham informações de caráter público. Habeas Data Olá, senhora. Será que você poderia liberar o acesso aos meus dados, POR FAVOR? Senhorinha que trabalha na prefeitura Sendo as hipóteses de cabimento, de acordo com o artigo 7º, a Lei Federal n.º 9.507 de 1997, as seguintes: I – Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; II – Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; III – Para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. A regra é que somente o interessado nas informações pode impetrar, ou seja, qualquer pessoa que tenha interesse em ter acesso ou corrigir informação a seu respeito, que conste nos dados públicos, pode impetrar um habeas data. No entanto, tem-se entendido como possível que os sucessores legítimos de determinada pessoa possam impetrar tal remédio no caso do falecimento daquele, com base na necessidade de preservação da memória do extinto. Ademais, ainda sobre o polo ativo, admite-se que o detentor dos dados - que tenham sido negados - pode ser uma pessoa jurídica, seja nacional ou estrangeira. O Habeas Data só é cabível em duas circunstâncias: Quando existe a negativa administrativa (exceção ao princípio da inafastabilidade de jurisdição), acompanhando também com a Súmula nº 2 do STJ: “Não cabe o Habeas Data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.” E quando decorridos mais de 10 dias sem decisão no caso de acesso à informação e 15 dias nos casos de retificação ou anotação (Art. 8º, I, II e III, Lei 9.507\97). Habeas Data De acordo com o Art. 5º, LXXI, CF - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Suas principais características são o efeito declaratório quanto à omissão e a possibilidade de se implementar o exercício de forma direta ou intermediária. Mandado de Injunção Deputados e Senadores Sabendo que, porvezes, a regulamentação pode demorar (isto é, se acontecer), o judiciário pode aplicar outra lei de forma analógica, a fim de que a parte não seja prejudicada pela omissão legislativa. A concessão do mandado de injunção produz efeito ex nunc em relação aos beneficiados quando a decisão transitar em julgado (STF flexibilizou tal requisito) no que tange à aplicação analógica de normas para exercício do direito, salvo se norma regulamentadora for editada e suas disposições forem mais favoráveis. Características Conforme disposto no artigo 5º, inciso LXIX, da Magna Carta “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por ʻhabeas-corpusʼ ou ʻhabeas-data ,̓ quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. Mandado de Segurança Assim sendo, entende-se que o MS não admite dilação probatória (produção de provas), de modo que caso uma questão mencione uma situação de ilegalidade em que se mostre a necessidade de prova pericial, por exemplo, não será possível a apresentação do mandado de segurança. Ademais, o mandado de segurança tem caráter subsidiário, pois só será cabível quando o direito violado não configurar situação em que possa ser impetrado Habeas Corpus ou Habeas Data, como dispõe o texto constitucional. Características ● Contra ato em que seja possível a impetração de recurso administrativo com efeito suspensivo, independente de caução (conforme artigo 5º, da Lei nº 1.533/51); ● Contra decisão judicial que caiba recurso com igual efeito; ● Contra lei em tese, pois este remédio não pode ser utilizado como forma de controle abstrato de constitucionalidade. Não Cabe MS No MS coletivo (Direitos Coletivos e Individuais homogêneos) por sua vez, existem alguns requisitos de legitimidade para propor a ação, visto que os legitimados atuam agindo como substitutos processuais – sem a necessidade de autorização expressa de seus membros. São legitimados para impetração do Mandado de Segurança Coletivo: a) Partido Político com representação no Congresso Nacional; b) Organização Sindical, Entidade de Classe ou Associação legalmente constituída há pelo menos 1 (um) ano, em defesa de seus membros associados. MS Coletivo A ação popular tem previsão constitucional no artigo 5°, inciso LXXIII da CF/88 e é regulamentada pela Lei 4717/65, tendo como objetivo anular os atos que sejam lesivos à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio público (histórico, cultural). A ação popular é exercida - diretamente - pelos cidadãos brasileiros, sendo que qualquer cidadão é parte legítima para propô-la. Ação Popular Sem título? Sem legitimidade :( Diferentemente dos demais remédios constitucionais, em que o foro de competência para julgamento se dá em razão da autoridade coatora, a Ação Popular em tese não possui prerrogativa de foro. Por fim, vale lembrar que a Ação Popular é isenta de custas judiciais e do ônus de sucumbência para fins processuais (salvo comprovada má-fé). e a Ação Civil Pública? Ação Popular (OAB XVI) J.G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu-se ao tomar conhecimento de que seu nome constava de um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Embora reconheça a existência da dívida, entende que o não pagamento encontra justificativa no fato de o valor a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que essa informação complementar passe a constar juntamente com a informação principal a respeito da existência do débito, consulta um advogado, que sugere a impetração de um habeas data. Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta. A) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização para complementar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. B) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data, mandado de segurança, ação constitucional adequada para os casos em que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. C) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica do caso concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação constitucional. D) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental prevista no texto constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias fundamentais. Bora treinar? Direitos Políticos Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. No Brasil, está instituído um sistema híbrido conhecido como Democracia Semidireta ou Participativa, já que a Constituição Federal de 1988 mescla situações em que o povo participa nas decisões do poder público de maneira direta e por vezes de modo indireto (através de um representante eleito). Soberania Política O sufrágio universal consiste na participação ativa dos cidadãos brasileiros (nato ou naturalizado e com o alistamento eleitoral) na política, destacando os direitos de voto (alistabilidade do art. 14, § 1º CF) e o direito de ser votado (elegibilidade do art. 14, § 2º CF). O voto direto é a regra no Brasil, assim, os cidadãos escolhem diretamente seus representantes. Existe a possibilidade de eleição indireta, como exceção, em caso de vacância do cargo presidencial na segunda metade do mandato (art. 81, § 1º CF). Sufrágio Universal Cláusula Pétrea – O art. 60, § 4º, II da CRFB/88 veda a edição de Emenda Constitucional tendente a abolir “o voto direto, secreto, universal e periódico”. Tal inciso deve ser interpretado apenas em seus termos literais, assim, por exemplo, o voto obrigatório não é cláusula pétrea. Então, é necessário frisar que o status de cláusula pétrea se restringe aos quatro adjetivos: direto, secreto, universal e periódico. Apenas! Cláusula Pétrea A alistabilidade eleitoral remete à capacidade eleitoral ativa dos cidadãos. O alistamento eleitoral é necessário para o exercício dos direitos políticos. A CF/88 tornou obrigatório o alistamento e o voto para os maiores de 18 anos. Contudo, há três situações que os tornam facultativos: analfabetos; maiores de setenta anos; maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 14, § 1º CF). Alistabilidade Eleitoral A Elegibilidade Eleitoral remete à capacidade eleitoral passiva - a possibilidade de ser votado e eleito. Aqui são estabelecidos os requisitos para a elegibilidade (que efetiva o direito de ser votado), contidos no art. 14, § 3º da CF. ● Ser brasileiro (nato ou naturalizado - exceto nos cargos privativos de brasileiro nato previstos no art. 12, § 3º da CF); ● Pleno exercício dos direitos políticos (perda e suspensão dos direitos políticos do art. 15); ● Alistamento eleitoral (título de eleitor junto à Justiça Federal); Elegibilidade Eleitoral ● Domicílio eleitoral na circunscrição pretendida; ● Filiação partidária; e ● Idade mínima. OBS: Enquanto que quase todos os requisitos precisam ser observados no momento do registro da candidatura, a comprovação da idade é verificada na data da posse. Excepcionalmente, para vereador, a comprovação da idade mínima (18 anos) é verificada na data limite de registro da candidatura. 3 5 3 0 - 2 1 1 8 Telefone dos Políticos A reeleição é permitida apenas uma vez subsequente nos cargos do Executivo (art. 14, § 5º, da CF/88). Essa vedação, não se aplica ao Legislativo. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO: A renúncia 6 meses antes do pleito (art. 14, § 6º da CF) é necessária quandoum representante do Executivo pretende disputar outro cargo (não é necessário renunciar em caso de reeleição para o mesmo cargo do executivo). Reeleição Remete às inelegibilidades, condições que vedam, de forma absoluta ou parcial, a candidatura de determinadas pessoas aos cargos pretendidos. INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS: Não podem ser eleitos (nem votar) os Inalistáveis: estrangeiros e os conscritos, durante o período de serviço militar (art. 14, § 2º CF). Também não podem se candidatar os Analfabetos (eles podem votar, somente não possuem capacidade eleitoral passiva – direito de ser votado - elegibilidade). Direitos Políticos Negativos INELEGIBILIDADES RELATIVAS: É a inelegibilidade que se apresenta apenas em determinados cargos e situações, não se aplicando aos demais cargos “em tese”. Diferente das “absolutas”, as Inelegibilidades Relativas podem ser ampliadas mediante Lei Complementar. Art. 14, § 9º, CF/88. Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Direitos Políticos Negativos A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e desta Corte firmou-se no sentido de que “[o] vice que assume o mandato por sucessão ou substituição do titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito pode se candidatar ao cargo titular, mas, se for eleito, não poderá ser candidato à reeleição no período seguinte” Não é possível afastar a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo quando há exercício do cargo de prefeito, ainda que por período curto e a título provisório, nos seis meses anteriores ao pleito, impedimento que possui natureza objetiva. (REspe 222-32/SC). I. em razão da função O STF entendeu que a figura do Prefeito Itinerante/Profissional não deve ser admitida no Brasil sob pena de violação ao Princípio Repúblicano. Nessa senda, não se admite a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. Assim, a terceira eleição consecutiva é vedada em qualquer Município da Federação, mesmo que sejam diferentes (RE 637.485). I. em razão da função Também é uma das hipóteses de Inelegibilidade Relativa, sendo conhecida por Inelegibilidade por Parentesco, prevista no art. 14, § 7º, da Constituição Federal de 1988. Art. 14, § 7º, CF/88. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. I. Reflexa Existe a elegibilidade para candidatar-se à sucessão, quando o titular, causador da inelegibilidade, pudesse, ele mesmo, candidatar-se à reeleição, mas se tenha afastado do cargo até seis meses antes do pleito” (RE 344.882). São inelegíveis para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito" (Súmula 6 do TSE). A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. (Súmula Vinculante 18) Os militares também possuem restrições quanto à possibilidade de candidatura aos cargos políticos, o que implica em inelegibilidade reflexa em determinados casos. Art. 14, § 8º, CF/88. Logo, tendo menos de dez anos de serviço: Para disputar, deve pedir exoneração. E, tendo mais de dez anos de serviço: Não precisa pedir exoneração. E, se eleito, vai para a inatividade do serviço militar (aposentadoria). I. do Militar (OAB XXVI) Juliano, governador do estado X, casa-se com Mariana, deputada federal eleita pelo estado Y, a qual já possuía uma filha chamada Letícia, advinda de outro relacionamento pretérito. Na vigência do vínculo conjugal, enquanto Juliano e Mariana estão no exercício de seus mandatos, Letícia manifesta interesse em também ingressar na vida política, candidatando-se ao cargo de deputada estadual, cujas eleições estão marcadas para o mesmo ano em que completa 23 (vinte e três) anos de idade. A partir das informações fornecidas e com base no texto constitucional, assinale a afirmativa correta. A) Letícia preenche a idade mínima para concorrer ao cargo de deputada estadual, mas não poderá concorrer no estado X, por expressa vedação constitucional, enquanto durar o mandato de Juliano. B) Uma vez que Letícia está ligada a Juliano, seu padrasto, por laços de mera afinidade, inexiste vedação constitucional para que concorra ao cargo de deputada estadual no estado X. C) Letícia não poderá concorrer por não ter atingido a idade mínima exigida pela Constituição como condição de elegibilidade para o exercício do mandato de deputada estadual. D) Letícia não poderá concorrer nos estados X e Y, uma vez que a Constituição dispõe sobre a inelegibilidade reflexa ou indireta para os parentes consanguíneos ou afins até o 2º grau nos territórios de jurisdição dos titulares de mandato eletivo. Bora treinar? Nacionalidade Nacionalidade x Cidadania A Nacionalidade Primária ou Originária refere-se aos casos em que determinada pessoa adquire a nacionalidade desde o seu nascimento, sendo no Brasil considerada brasileira nata. A Nacionalidade Secundária ou Derivada remete às pessoas que adquiriram a condição de brasileiras após o processo de naturalização (preenchimento de diversos requisitos). Noções Gerais Nacionalidade Originária 1) Nascido no Brasil (exceto se ambos os pais forem estrangeiros e um deles estiver a serviço do seu país) - AUTOMÁTICO. 2) Nascido no estrangeiro quando um dos pais brasileiros estiverem a serviço do Brasil no exterior - AUTOMÁTICO; 3) Nascido no estrangeiro quando um dos pais brasileiros o tenha registrado em REPARTIÇÃO brasileira competente - OPÇÃO DOS PAIS; 4) Nascido no estrangeiro (filho de pai ou mãe BR) quando, após a maioridade, residir no Brasil e optar pela nacionalidade brasileira - OPÇÃO PERSONALÍSSIMA DA PESSOA Nesse último caso, se a criança voltar para o Brasil antes de ter completado os 18 anos, como será considerada? quelo ser adv Quero meu RG, papai Entende-se que até os 18 anos de idade, o indivíduo será considerado como brasileiro nato em razão da nacionalidade primária provisória. Após completada a maioridade, a condição fica suspensa até que o titular faça a opção pela nacionalidade brasileira. Esse tipo de nacionalidade também possui algumas hipóteses previstas no texto constitucional, que podem ser consideradas como: Naturalização Ordinária (o preenchimento dos requisitos NÃO gera o direito público subjetivo à naturalização); ou Naturalização Extraordinária (o preenchimento dos requisitos GERA o direito público subjetivo à naturalização). Nacionalidade Derivada Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Nacionalidade Derivada O § 1º do Art. 12 cita uma situação bastante específica acerca dos portugueses, mencionando que, “Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvoos casos previstos nesta Constituição”. Essa regra especial garante aos portugueses a condição de Quase Nacionais, visto que embora não sejam brasileiros, são tratados de forma equiparada a estes. Eles não precisam do processo de naturalização, já que embora estrangeiros, possuem essa prerrogativa diferenciada. Brasileiro Equiparado União que vale OURO Art. 5º, LI da CF/88 menciona que os brasileiros natos não podem ser extraditados e o naturalizados sim, em duas situações: I- quando tiverem cometido crime comum em momento anterior à naturalização; ou II- quando estiverem envolvidos no tráfico de entorpecentes ou drogas e afins, independente se o envolvimento foi antes ou depois da naturalização. Tratamento Diferenciado (natos) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro quando a sua naturalização for cancelada por sentença judicial - em razão de atividade nociva ao interesse nacional. Por outro lado, tanto o nato como o naturalizado podem perder essa condição quando adquirir outra nacionalidade. Excepcionada essa restrição quando a outra nacionalidade tiver sido adquirida em razão: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; ou b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Perda da Nacionalidade (OAB XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil. A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a extradição A) não é possível, já que, a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento. B) não é possivel, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados, por crime comum praticado após a oficialização do processo de naturalização. C) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a naturalização. D) é possivel, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país. Bora treinar? Poderes Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; Chefe do Executivo Funções Típicas e Atípicas PODER LEGISLATIVO PODER EXECUTIVO PODER JUDICIÁRIO FUNÇÃO TÍPICA a) legislar; b) fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo. Prática de atos de chefia de Estado, chefia de Governo e atos de administração Função de julgar (jurisdição) FUNÇÃO ATÍPICA a) natureza executiva: ao dispor sobre sua organização, provendo cargos etc; b) natureza jurisdicional: o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade. a) natureza legislativa: o Presidente da República; b) natureza decisória: o Executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos; a) natureza legislativa: elaborando o regimento interno de seus tribunais; iniciativa em projetos de lei, legisla negativamente ao declarar normas inconstitucionais; b) natureza executiva: administra (conceder férias) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência: I- Presidente da Câmara dos Deputados; II- do Senado Federal; III- e do Supremo Tribunal Federal. Sobre o tema, o STF decidiu que aqueles que forem réus em processos de natureza criminal não poderão substituir o Presidente da República nas situações de substituição eventual previstas na Constituição Cidadã. Chefe do Executivo - Linha Sucessória Chefe do Executivo - Linha Sucessória Em caso de Vacância simultânea do cargo de Presidente e Vice-Presidente da República • Primeiros 2 anos de mandato: Eleições diretas em 90 dias; • Últimos 2 anos de mandato: Eleições indiretas em 30 dias, pelo Congresso Nacional. Hipóteses de perda do mandato Presidente e Vice-Presidente da República • Vacância; • Ausentar-se do país sem autorização por mais de 15 dias (norma de reprodução obrigatória); • Mandato Cassado; • Mandato Extinto. Presidente da República - Julgamento CRIME COMUM CRIME DE RESPONSABILIDADE AUTORIZA Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados JULGA Supremo Tribunal Federal Senado Federal A IMUNIDADE MATERIAL: (também denominada de inviolabilidade), determina que os deputados e senadores são invioláveis, civil, penal e administrativamente, por qualquer palavra, opinião e voto que fora proferida durante o mandato, após a diplomação (art. 53, CRFB/88). Dentro e fora do CN. IMUNIDADE FORMAL: A imunidade formal (também chamada de processual), traça algumas regras a respeito da prisão e processos criminais dos parlamentares, desde que os atos tenham sido realizados após a diplomação, pois conforme já descrito, o objetivo da imunidade é proteger as atividades do congressista e não suas particularidades. Poder Legislativo PRISÃO: Art. 53. §2º. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crimes inafiançáveis. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. São crimes inafiançáveis: racismo, crimes hediondos, tortura, terrorismo, tráfico de drogas e ações de grupos armados civis ou militares – contra a ordem Constitucional e o Estado democrático. Poder Legislativo Cassação do Mandato Extinção do Mandato Infringir qualquer uma das proibições listadas no art. 54, da CRFB/88 (inciso I). Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da casa, salvo licença ou missão para autorização (inciso III). Realizar procedimento incompatível com o decoro parlamentar (inciso II). Perder ou tiver suspensos os direitos políticos (inciso IV). Sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado (inciso VI). Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição (inciso V). Comissões Parlamentares de Inquérito As Comissões Parlamentares de Inquérito são criadas para apurar de fato determinado e por prazo certo (precisam definir). O STF admite sucessivas prorrogações (desde que dentro do prazo da legislatura em que a CPI foi criada). Art. 58, § 3º , CF\88. Elas podem ser criadas pelo Senado Federal ou pela Câmara dos Deputados separadamente ou em conjunto. É preciso que 1\3 dos membros de uma das casas ou e ambas no caso de CPMI) assine o requerimento para que sejam instaladas. Camâra 171 | Senado 27 Noções Gerais ● O Supremo Tribunal Federal entendeu que a instalação das CPIʼs independe de deliberação plenária,já que basta o requerimento de um terço dos membros para que sejam instaladas (ADI 3.619). ● As CPIʼs podem tratar sobre fatos que já estejam sendo sujeitos a inquéritos policiais ou a processos judiciais que tenham alguma relação com o objeto definido. ● O deferimento da criação das CPIʼs não é um ato facultativo, sendo preciso, após preenchidos os requisitos, o presidente deve instalar. Importante! ● A vedação constitucional recai sobre a instalação de CPI para a investigação de fato genérico, difuso, abstrato ou sem contornos definidos” (MS 32.885-MC). ● É compatível com o texto constitucional a instalação de CPI destinada à apuração de fatos múltiplos, desde que individualmente determinados.” (MS 37.082). ● Na criação das CPIʼs é feito o cálculo de proporcionalidade partidária, e o presidente da Casa solicita aos líderes a indicação dos membros, visto que é um direito público subjetivo das minorias (MS 26.441). Elas possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. Não estão incluídas as questões que são inerentes à reserva de jurisdição (Ex: ordem de prisão - exceção da prisão em flagrante). Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Art. 5º, XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Poderes ● Prender (exceto em caso de flagrante); ● Determinar que seja feita busca e apreensão; ● Determinar o grampo telefônico; ● Impedir que alguém deixe o País; ● Violar o domicílio. Não pode (reserva de jurisdição) Com base no princípio da simetria é possível que os Estados (e o DF) e Municípios possam criar as Comissões Parlamentares de Inquérito em seus âmbitos, desde que reproduzam o modelo constitucional das CPIʼs federais. Vale recordar que os poderes das CPIʼs municipais são mais restritos, visto que os poderes de uma CPI equivalem aos atributos do poder judiciário da respectiva federação. A exemplo, as CPIs Federais, Distritais e Estaduais podem quebrar o sigilo bancário, mas as municipais precisam solicitar à autoridade judiciária. CPI’s Estaduais e Municipais (OAB XIX - 2º FASE) No âmbito de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), foi determinada a busca e apreensão de documentos e de computadores nos escritórios das empresas do grupo investigado, tendo sido decretada, em decisão fundamentada, a indisponibilidade de bens e a quebra dos sigilos bancário e fiscal de um dos empresários envolvidos. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. A) A medida adotada pela CPI, em relação aos bens do empresário, é amparada pela ordem constitucional? (Valor: 0,65) B) A CPI poderia determinar a quebra de sigilo narrada na questão, sem autorização judicial? (Valor: 0,60) Bora treinar? A) Não. Apesar de o poder de investigar constitui uma das funções institucionais do Poder Legislativo, os poderes parlamentares de investigação sofrem limitações de ordem jurídico-constitucional. Tais atos somente podem ser praticados por magistrados. B) Sim. A Comissão Parlamentar de Inquérito possui poderes próprios das autoridades judiciais para, em decisão fundamentada, determinar a quebra de sigilo fiscal e bancário, pois o que está em jogo é o acesso a informações já existentes. O Supremo Tribunal Federal já proferiu inúmeras decisões nesse sentido. Bora treinar? Dicas Adicionais ● Ressalvados os casos previstos na Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei (art. 173, CF/88). ● O Plano Diretor é o instrumento de planejamento para expansão urbana, aprovado pela Câmara, é OBRIGATÓRIO para cidades com mais de vinte mil habitantes. Art. 182, § 1º , CF88. ● As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos (Art. 199, § 1º , CF/88). ● Renda Básica Familiar - Programa de Transferência de Renda (Art. 6º, Parágrafo Único, CRFB/88). ● Compete à Lei Federal estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. ● As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se à sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. ● O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. MPU MPE CHEFE Procurador Geral da República Procurador Geral de Justiça ESCOLHA Presidente + Sabatina do Congresso Nacional Governador do Estado MANDATO 2 anos - Permitida a recondução. 2 anos - Permitida uma ÚNICA recondução DESTITUIÇÃO Iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria ABSOLUTA do Senado Federal. Art. 128, § 2º. Deliberação da maioria ABSOLUTA do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. Art. 128, § 4º. Ministério Público PROCESSO LEGISLATIVO E CRIAÇÃO DE EMENDAS CONSTITUCIONAIS Art. 59 - CRFB/88 O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções O Congresso Nacional participa do processo legislativo? SIM O Congresso Nacional participa do processo de criação de emendas constitucionais? SIM O Poder Legislativo participa do processo legislativo? SIM O Poder Legislativo participa do processo de criação de emendas constitucionais? NÃO Processo Legislativo = Atividade de legislar, o Legislativo tramita e processa; o Poder Executivo também participa na parte da sanção, veto e publicação SEPARAÇÃO DOS PODERES Criação de Emendas Constitucionais = Exercício do Poder Constituinte Derivado Reformador, que no âmbito federal é exercido pelo Congresso Nacional PODER CONSTITUINTE → O Governador e o Presidente da República (chefes do Poder Executivo) participam do processo legislativo? SIM, por respeito à separação e harmonia entre os Poderes → O Governador e o Presidente da República (chefes do Poder Executivo) participam do processo de criação de emendas constitucionais? NÃO PROCESSO LEGISLATIVO 1. LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR Ambas terão o mesmo processo legislativo, com a diferença em relação ao quórum, que, para a Lei Complementar, no art. 69, a CRFB/88 exige que seja de maioria absoluta Lei ordinária = aprovação por maioria simples Lei complementar = aprovação por maioria absoluta 1. LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR MUITO IMPORTANTE A lei ordinária é a regra na nossa Constituição. Onde o constituinte não determinou uma regulação da matéria por lei complementar, estaremos diante da hipótese de cabimento de lei ordinária. → Não há hierarquia entre estas espécies legislativas 2. MEDIDA PROVISÓRIA A medida provisória possui um caráter excepcional, e no mesmo dia de sua publicação deve ser submetida à análisepelo Congresso Nacional. 1º) Publicação da medida provisória 2º) No mesmo dia, envio para análise no Congresso 3º) Prazo de 60 dias para o Congresso votar → Pode ocorrer a prorrogação do prazo por mais 60 dias se não tiver ocorrido a votação 2. MEDIDA PROVISÓRIA 5.1º) Se aprovada, é convertida em lei ordinária 5.2º) Se rejeitada expressamente ou se simplesmente não ocorrer a votação, perderá sua eficácia. SE LIGA: A medida provisória primeiro é publicada, depois é votada pelo Congresso e mantida (ou não) HIPÓTESES DE CABIMENTO: Art. 62 da CRFB/88 (Exame XXXI - 2020) Diante das intensas chuvas que atingiram o Estado Alfa, que se encontra em situação de calamidade pública, o Presidente da República, ante a relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória nº XX/19, determinando a abertura de crédito extraordinário para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas pela União, em decorrência do referido desastre natural. A partir da situação hipotética narrada, com base no texto constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato normativo dessa natureza sobre matéria orçamentária, de modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser feita por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo. b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública. c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional da anterioridade orçamentária, o qual impede quaisquer modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial. d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem constitucional, que autoriza a edição de medidas provisórias que versem sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais, suplementares e extraordinários, desde que haja motivação razoável. b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública. LETRA DE LEI: Art. 167, §3º + art. 62, §1º, I, "d" 3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS a) Iniciativa: Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II – do Presidente da República; III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. O que é que tá faltando neste rol de iniciativa? EMENDA CONSTITUCIONAL NÃO TEM INICIATIVA POPULAR 3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS b) Deliberação Art. 60. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS c) Promulgação Art. 60. §3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 1. LIMITE FORMAL 2. LIMITE CIRCUNSTANCIAL 3. LIMITE TEMPORAL* 4. LIMITE MATERIAL 5. LIMITES IMPLÍCITOS* LIMITES AO PODER REFORMADOR 1. LIMITE FORMAL: Processo de criação das emendas constitucionais diferente do processo de criação de leis ordinárias. 2. LIMITE CIRCUNSTANCIAL: Artigo 60. §1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. LIMITES AO PODER REFORMADOR 4. LIMITE MATERIAL Artigo 60. §4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (pode expandir): I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; facultativo* III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. LIMITES AO PODER REFORMADOR UMA NORMA SÓ PODE SER REVOGADA POR OUTRA DA MESMA ESPÉCIE → Lei ordinária revoga lei ordinária → Lei complementar revoga lei complementar → Emenda constitucional revoga emenda constitucional PRESTA ATENÇÃO ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 1 – Organização do Estado O Brasil é uma FEDERAÇÃO, e cada ente federado tem um pouco de autonomia Certo, mas quem vai fazer o quê? 1 – Organização do Estado Certo, mas quem vai fazer o quê? É aí que temos a repartição de competências → A Constituição vai dizer o que cada ente deve fazer, quem tem a competência de fazer o quê 2 – Federalismo Essa é a forma de divisão interna do Estado brasileiro → Do ponto de vista externo, o Brasil é uma coisa só, é um único Estado → Internamente, somos várias unidades federativas 2 – Federalismo - Federalismo é cláusula pétrea (art. 60, §4º, I da CF) - O Brasil é a União INDISSOLÚVEL dos Estados - Um ente não deve intervir no outro (INTERVENÇÃO É EXCEPCIONAL - Intervenção Federal ou Estadual) 1ª FASE - OAB - 2016 Exame XX: A questão pedia que fosse assinalada a alternativa que indicasse as características do federalismo brasileio: a) A forma federativa de Estado autoriza a secessão de um ente federativo por meio de plebiscito popular ou referendum. b) A forma federativa de Estado é estabelecida por um pacto (ou tratado) internacional entre os estados soberanos. → A pessoa jurídica de direito público internacional é o Estado Nacional - Brasil, representado pela União c) A forma federativa de Estado impõe a necessidade de existência de uma cláusula de garantia ao pacto federativo, tal como a chamada intervenção federal. A intervenção federal serve para garantir o respeito à Constituição e ao pacto federativo d) Um vez que, na forma federativa, todos os entes federativos são autônomos, eles estão autorizados a representar a soberania do Estado em suas relações internacionais. Os diversos entes da federação terão competência para determinadas atribuições → A repartição de competências existe para que não ocorra conflito nesta atribuição. A CRFB/88 prevê exatamente quem deve fazer o quê não há hierarquia entre estas competências, apenas o constituinte determinou partes distintas para cada ente. 3. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA competência é a atribuição de fazer algo LEGISLATIVA→ atribuições para legislar, criar leis MATERIAL→ atribuições administrativas de organização do próprio ente. O critério da repartição de competências é o interesse do ente. Interesse nacional - União Interesse estadual - Estados Interesse municipal - Municípios 1. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; XI - trânsito e transporte; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - ESTADOS E DF) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; XII - previdência social, proteção e defesa dasaúde; 2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - ESTADOS E DF) § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Geral = União Específico = Estados e DF 2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - ESTADOS E DF) § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. → Se a União deixar um “espaço vazio” no exercício desta competência, os Estados podem atuar plenamente 3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. OU SEJA, o que não estiver dito na Constituição que é da União, pode ser legislado pelos Estados 4. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA SUPLEMENTAR DOS MUNICÍPIOS E DF Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; Súmula Vinculante 38: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE O controle de constitucionalidade é a verificação da compatibilidade entre uma lei ou qualquer ato normativo infraconstitucional e a Constituição. →Se uma lei diz que “pode”, mas a Constituição, em seu artigo x diz “não pode”, prevalece o que está previsto no texto constitucional. MUITO IMPORTANTE: Também podemos ter o controle de constitucionalidade sobre emendas à Constituição A CONSTITUIÇÃO DIZ: Art. 5º, XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; LEI DO ESTADO DA FGV DIZ: Art. 1º. Quem for fazer a 1ª fase da prova da OAB do 37º Exame de Ordem vai ser obrigado a estudar na semana de carnaval Art. 1º da FGV. Quem for fazer a 1ª fase da prova da OAB do 37º Exame de Ordem vai ser obrigado a estudar na semana de carnaval x Art. 5º, XLVII da CRFB/88 - não haverá penas: e) cruéis; Claramente há uma inconstitucionalidade material, ou seja, o texto da norma infraconstitucional está contrariando a Constituição → Certo, e como eu vou questionar isso? → Eu reclamo para quem? → Se eu processar a FGV e ganhar, o que vai acontecer com a norma inconstitucional? 1. TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE - Caso Marbury vs. Madison, nos EUA, em 1803 - Modelo Difuso, com análise do caso concreto - Insegurança jurídica + stare decisis - Decisão inter partes - O “governo de juízes” 2. MODELO DIFUSO (AMERICANO) - Hans Kelsen, em 1920 - Ganha força após o fim da 2ª Guerra Mundial - Corte Constitucional - Decisão erga omnes - Caráter contramajoritário 3. MODELO CONCENTRADO (KELSENIANO) MODELO DIFUSO - análise em abstrato - decisão vinculante e erga omnes da Corte Constitucional - Caráter contramajoritário MODELO DIFUSO - análise do caso concreto - Insegurança jurídica + stare decisis, por ser decisão inter partes de cada juiz - O “governo de juízes” - Preâmbulo - Todo o texto da Constituição - ADCT - Tratados aprovados segundo o art. 5º §3º da CRFB/88 Quais normas podem ser protegidas pelo controle de constitucionalidade? O que a banca quer que você saiba? - Como funciona o controle difuso no Brasil? - Reserva do plenário - Quais são as ações do controle concentrado? CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL Como funciona o controle difuso no Brasil? É CONFUSÃO! → Qualquer juiz, em qualquer momento do processo, a pedido de qualquer um ou até de ofício, pode deixar de aplicar uma norma alegando que ela é inconstitucional CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL Reserva de plenário Traz mais segurança jurídica para o controle difuso Art. 97 CRFB/88. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público Nortear a jurisprudência + criar precedente para o Tribunal CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL Quais são as ações do controle concentrado? ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade): Atacar a lei, declarar a inconstitucionalidade de uma norma ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade): Defende a norma quando há controvérsia judicial sobre a sua constitucionalidade. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão): Atacar a ausência de regulamentação do direito constitucional. A falta de lei é que é o problema. ADPF (Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental): Se não puder ADI, é provável que caiba ADPF. A regra é: ADI é para leis e atos normativos federais e estaduais, ADPF é para os demais casos CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL (Exame XXXIV - 2022) O governador do Estado Alfa propôs, perante o Supremo Tribunal Federal, Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), com pedido de tutela cautelar de urgência, para ver confirmada a legitimidade jurídico-constitucional de dispositivos da Constituição estadual, isto em razão da recalcitrância de alguns órgãos jurisdicionais na sua observância. Foi requerida medida cautelar. A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. PRESTA ATENÇÃO Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; a) A ADC pode ser conhecida e provida pelo STF, para que venha a ser declarada a constitucionalidade dos dispositivos da Constituição do Estado Alfa indicados pelo governador. b) Embora a ADC proposta pelo governador do Estado Alfa possa ser conhecida e julgada pelo STF, revela-se incabível o deferimento de tutela cautelar de urgência nessa modalidade de ação de controle abstrato de constitucionalidade. c) A admissibilidade da ADC prescinde da existência do requisito da controvérsia judicial relevante, uma vez que a norma sobre a qual se funda o pedido de declaração de constitucionalidade tem natureza supralegal. 2.404 marcações d) A ADC não consubstancia a via adequada à análise da pretensão formulada, uma vez que a Constituição do Estado Alfa não pode ser objeto de controle em tal modalidade de ação abstrata de constitucionalidade. INSTRUMENTOS DE DEFESA DO ESTADO Quando tudo está funcionando perfeitamente, o direito constitucional se aplica facilmente… …mas e quando há uma crise institucional? → Não se trata de crise econômica → Não se aplica em circunstâncias de insatisfação popular FEDERALISMO em risco = Intervenção Federal INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS em risco = Estado de Sítio e Estado de defesa Estado de sítio é mais grave do que estado de defesa INTERVENÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO ESTADUAL Da União para os Estados (não pode município) Art. 34 - I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; - RJ em 2018 e DF em 2023 IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; … Do Estado para os Municípios (não pode para outro Estado) Art. 35. I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – nãotiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;... ESTADO DE DEFESA ESTADO DE SÍTIO Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Art. 137. casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. O Estado de defesa não é suficiente ESTADO DE DEFESA ESTADO DE SÍTIO Art. 136. I - restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. I - limitação ao direito de ir e vir II - local provisório para prisões III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens. → Não pode incomunicabilidade de presos nem suspensão do direito a Habeas Corpus → Não pode fechar o Congresso Nacional nem o Supremo Tribunal Federal Não pode proibir o direito ao advogado!! A lógica do direito constitucional… → Constituição pós ditadura: protege direitos humanos, garante direitos sociais → Controle político e jurídico: o Congresso e o STF podem checar a constitucionalidade das normas Releia as questões, às vezes o enunciado é extenso apenas para te confundir 🥊 @liberofilho @nataliavalenca Agora é hora de acompanhar a revisão das demais disciplinas e correr para a 2ª fase A gente se encontra na 2ª fase no Método VDE @liberofilho @nataliavalenca
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