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Constitucional - nocaute

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REVISÃO 
DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
APRESENTAÇÃO
PROF. LIBERO FILHO
Advogado, professor de 
Direito Constitucional e 
Ética para a OAB
PROFA. NATALIA VALENÇA
Advogada, professora de 
Direito Constitucional e 
doutoranda em Direito
O que vamos revisar hoje?
- Direitos fundamentais
- Remédios constitucionais
- Direitos Políticos e Nacionalidade
- Poderes e CPI
- Processo legislativo e emendas constitucionais
- Organização do Estado e Repartição de Competências
- Controle de Constitucionalidade
- Instrumentos de defesa do Estado
Direitos Fundamentais
Os Direitos Fundamentais têm natureza declaratória da norma, constituindo 
assim bens e vantagens prescritos na norma constitucional, como o Direito à 
Vida. 
As Garantias Fundamentais, por seu turno, trazem uma proteção e maior 
segurança à aplicabilidade da norma prescritiva do direito. Como exemplo 
podemos citar os remédios constitucionais (habeas data, habeas corpus, 
mandado de segurança, mandado de injunção, ação popular) que constituem 
mecanismos úteis à aplicação justa dos direitos e a repressão de violações a 
eles.
Diferenças entre Direitos e Garantias
Como assim, meu patrão? 
Enquanto os Direitos Humanos estão em uma ordem internacional (Declaração 
Universal dos Direitos Humanos), os Direitos Fundamentais são firmados na 
ordem nacional. 
Art. 5º, §2º “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”
Direitos Humanos x Direitos Fundamentais
Geometria com o pai 
Eficácia dos Direitos Fundamentais
Mínimo Existencial
É o núcleo base dos direitos fundamentais que deve ser assegurado às 
pessoas. Basicamente é o mínimo do mínimo, um leque de coisas que não 
podem ser deixadas de lado.
Reserva do Possível
Embora o Poder Público tenha diversas obrigações em razão do caráter social 
do Estado, existe um limite de coisas que podem ser feitas já que os recursos 
são esgotáveis. Assim sendo, o Estado atua na reserva do que é possível fazer.
Reserva do Possível x Mínimo Existencial
Biografias não autorizadas (ADI 4815) - Possível 
Manifestação pela discriminalização do aborto ou da maconha - Possível.
Direito de Reunião - O STF decidiu que a falta de aviso prévio não significa, 
necessariamente, a ilegalidade da reunião, visto que em muitas situações não se 
faz imprescindível a notificação das autoridades. (Tema 855). 
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar 
vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. SV 27
Entendimentos Importantes
Pessoa Jurídica: Pode sofrer dano moral (S. 227, STJ) e requerer a sua 
indenização, mas NÃO podem impetrar habeas corpus (HC 92.921).
Animais: Em alguns países permitem HC por animais (no mundo - Chimpanzés) 
- No Brasil ainda não tem nenhuma decisão jurisprudencial que possibilite tal 
instituto.
Entendimentos Importantes
Existem direitos exclusivos de 
determinados grupos?
Direitos exclusivos de estrangeiros:
Pedido de naturalização previsto no Art. 12, II, CF\88. Bem como a 
naturalização mais específica para os países de língua portuguesa (que tem 
mais exclusividade ainda).
Direitos exclusivos de brasileiros natos:
Cargos previstos no art. 12, S3º, CF\88. Só podem essas diferenciações se 
estiverem previstas na constituição - a lei não pode ampliar as diferenças 
entre os tipos de brasileiros.
Direitos exclusivos de pessoas jurídicas:
Art. 5º, XIX - As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou 
ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado".
Remédios Constitucionais
ADMINISTRATIVOS JUDICIAIS
Direito de Petição e 
Direito de Certidão.
Habeas Corpus, Habeas 
Data, Mandado de Injunção, 
Mandado de Segurança, 
Ação Popular
INDIVIDUAIS COLETIVOS
São exercidos pelos 
indivíduos que tenham 
seus direitos violados 
(seja direito pessoal ou 
até mesmo um coletivo).
Os coletivos são acionados 
por organismos de 
representação de uma 
classe, por exemplo.
Segundo o art. 5º, LXVIII, CF - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Ele tem natureza universal, ou seja, qualquer pessoa pode impetra-lo em favor de 
si mesmo ou de terceiros. (Obs: Pessoa física ou jurídica pode impetrar).
O HC não pode ser realizado de forma apócrifa, devendo ser identificado com 
assinatura, razão pela qual não se admite o anonimato. Não pode ser feito em 
língua estrangeira.
Habeas Corpus Lili cantou
● Em decorrência de penas de natureza pecuniária, de multas e advertência, 
nem mesmo em decorrência da pena de impeachment. 
● Em penas ou decisões que culminam o sequestro ou confisco de bens em 
processo criminal. 
● Em revisão de Súmulas. 
● Não é cabível a impetração SUCESSIVA de Habeas Corpus (aquele que sem 
ter obtido o devido julgamento, impetra o mesmo HC reiteradas vezes). 
Excetua-se a situação em que há flagrante ilegalidade ou abuso de poder. 
Não Cabe HC
● Para impugnar a inserção de provas ilícitas. 
Ademais, não existem prazos (decadência, prescrição), e o HC é um 
remédio gratuito.
No procedimento do habeas corpus não se permite a produção de 
provas (HC 615.661/MS, STJ).
Cabe HC
O Habeas Data trata-se de um remédio constitucional, com previsão legal 
no artigo 5º, LXXII da Carta Magna, e objetiva assegurar que um cidadão 
possa acessar dados que estejam em poder do Estado ou de entidades 
do setor privado que detenham informações de caráter público. 
Habeas Data
Olá, senhora. Será que você poderia liberar o 
acesso aos meus dados, POR FAVOR? Senhorinha que trabalha na prefeitura
Sendo as hipóteses de cabimento, de acordo com o artigo 7º, a Lei Federal n.º 
9.507 de 1997, as seguintes: 
I – Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
II – Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
III – Para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou 
explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável.
A regra é que somente o interessado nas informações pode impetrar, ou seja, 
qualquer pessoa que tenha interesse em ter acesso ou corrigir informação a seu 
respeito, que conste nos dados públicos, pode impetrar um habeas data. 
No entanto, tem-se entendido como possível que os sucessores legítimos de 
determinada pessoa possam impetrar tal remédio no caso do falecimento 
daquele, com base na necessidade de preservação da memória do extinto.
Ademais, ainda sobre o polo ativo, admite-se que o detentor dos dados - que 
tenham sido negados - pode ser uma pessoa jurídica, seja nacional ou 
estrangeira.
O Habeas Data só é cabível em duas circunstâncias:
Quando existe a negativa administrativa (exceção ao princípio da 
inafastabilidade de jurisdição), acompanhando também com a Súmula nº 2 do 
STJ: 
“Não cabe o Habeas Data se não houve recusa de informações por parte da 
autoridade administrativa.”
E quando decorridos mais de 10 dias sem decisão no caso de acesso à 
informação e 15 dias nos casos de retificação ou anotação (Art. 8º, I, II e III, Lei 
9.507\97).
Habeas Data
De acordo com o Art. 5º, LXXI, CF - conceder-se-á mandado de injunção sempre que 
a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania.
Suas principais características são o efeito declaratório quanto à omissão e a 
possibilidade de se implementar o exercício de forma direta ou intermediária. 
Mandado de Injunção
Deputados e Senadores
Sabendo que, porvezes, a regulamentação pode demorar (isto é, se 
acontecer), o judiciário pode aplicar outra lei de forma analógica, a fim de que 
a parte não seja prejudicada pela omissão legislativa.
A concessão do mandado de injunção produz efeito ex nunc em relação aos 
beneficiados quando a decisão transitar em julgado (STF flexibilizou tal 
requisito) no que tange à aplicação analógica de normas para exercício do 
direito, salvo se norma regulamentadora for editada e suas disposições forem 
mais favoráveis.
Características
Conforme disposto no artigo 5º, inciso LXIX, da Magna Carta “conceder-se-á 
mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
ʻhabeas-corpusʼ ou ʻhabeas-data ,̓ quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício 
de atribuições do Poder Público”. 
Mandado de Segurança
Assim sendo, entende-se que o MS não admite dilação probatória (produção 
de provas), de modo que caso uma questão mencione uma situação de 
ilegalidade em que se mostre a necessidade de prova pericial, por exemplo, 
não será possível a apresentação do mandado de segurança. 
Ademais, o mandado de segurança tem caráter subsidiário, pois só será 
cabível quando o direito violado não configurar situação em que possa ser 
impetrado Habeas Corpus ou Habeas Data, como dispõe o texto 
constitucional.
Características
● Contra ato em que seja possível a impetração de recurso administrativo 
com efeito suspensivo, independente de caução (conforme artigo 5º, da 
Lei nº 1.533/51); 
● Contra decisão judicial que caiba recurso com igual efeito;
● Contra lei em tese, pois este remédio não pode ser utilizado como forma 
de controle abstrato de constitucionalidade.
Não Cabe MS
No MS coletivo (Direitos Coletivos e Individuais homogêneos) por sua vez, 
existem alguns requisitos de legitimidade para propor a ação, visto que os 
legitimados atuam agindo como substitutos processuais – sem a necessidade 
de autorização expressa de seus membros.
São legitimados para impetração do Mandado de Segurança Coletivo: 
a) Partido Político com representação no Congresso Nacional; 
b) Organização Sindical, Entidade de Classe ou Associação legalmente 
constituída há pelo menos 1 (um) ano, em defesa de seus membros 
associados.
MS Coletivo
A ação popular tem previsão constitucional no artigo 5°, inciso LXXIII da CF/88 
e é regulamentada pela Lei 4717/65, tendo como objetivo anular os atos que 
sejam lesivos à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio público (histórico, cultural).
A ação popular é exercida - diretamente - pelos cidadãos brasileiros, sendo 
que qualquer cidadão é parte legítima para propô-la. 
Ação Popular
Sem título?
Sem legitimidade :(
Diferentemente dos demais remédios constitucionais, em que o foro de 
competência para julgamento se dá em razão da autoridade coatora, a Ação 
Popular em tese não possui prerrogativa de foro.
Por fim, vale lembrar que a Ação Popular é isenta de custas judiciais e do 
ônus de sucumbência para fins processuais (salvo comprovada má-fé).
e a Ação Civil Pública?
Ação Popular
(OAB XVI) J.G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu-se ao tomar conhecimento de que seu nome constava de 
um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil 
reais). Embora reconheça a existência da dívida, entende que o não pagamento encontra justificativa no fato de o valor 
a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que 
essa informação complementar passe a constar juntamente com a informação principal a respeito da existência do 
débito, consulta um advogado, que sugere a impetração de um habeas data. 
Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta. 
A) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização para 
complementar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. 
B) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data, mandado de segurança, ação constitucional adequada para os casos em 
que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. 
C) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica do caso 
concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação constitucional. 
D) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental prevista no texto 
constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias 
fundamentais.
Bora treinar?
Direitos Políticos
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
No Brasil, está instituído um sistema híbrido conhecido como Democracia 
Semidireta ou Participativa, já que a Constituição Federal de 1988 mescla 
situações em que o povo participa nas decisões do poder público de maneira 
direta e por vezes de modo indireto (através de um representante eleito).
Soberania Política
O sufrágio universal consiste na participação ativa dos cidadãos brasileiros (nato ou 
naturalizado e com o alistamento eleitoral) na política, destacando os direitos de 
voto (alistabilidade do art. 14, § 1º CF) e o direito de ser votado (elegibilidade do art. 
14, § 2º CF). 
O voto direto é a regra no Brasil, assim, os cidadãos escolhem diretamente seus 
representantes. Existe a possibilidade de eleição indireta, como exceção, em caso de 
vacância do cargo presidencial na segunda metade do mandato (art. 81, § 1º CF).
Sufrágio Universal
Cláusula Pétrea – O art. 60, § 4º, II da CRFB/88 veda a edição de Emenda 
Constitucional tendente a abolir “o voto direto, secreto, universal e periódico”. 
Tal inciso deve ser interpretado apenas em seus termos literais, assim, por exemplo, o 
voto obrigatório não é cláusula pétrea. 
Então, é necessário frisar que o status de cláusula pétrea se restringe aos quatro 
adjetivos: direto, secreto, universal e periódico. Apenas!
Cláusula Pétrea
A alistabilidade eleitoral remete à capacidade eleitoral ativa dos cidadãos.
O alistamento eleitoral é necessário para o exercício dos direitos políticos. A 
CF/88 tornou obrigatório o alistamento e o voto para os maiores de 18 anos. 
Contudo, há três situações que os tornam facultativos: analfabetos; maiores 
de setenta anos; maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 14, § 1º CF). 
Alistabilidade Eleitoral
A Elegibilidade Eleitoral remete à capacidade eleitoral passiva - a possibilidade de 
ser votado e eleito. Aqui são estabelecidos os requisitos para a elegibilidade (que 
efetiva o direito de ser votado), contidos no art. 14, § 3º da CF. 
● Ser brasileiro (nato ou naturalizado - exceto nos cargos privativos de brasileiro 
nato previstos no art. 12, § 3º da CF); 
● Pleno exercício dos direitos políticos (perda e suspensão dos direitos políticos do 
art. 15); 
● Alistamento eleitoral (título de eleitor junto à Justiça Federal); 
Elegibilidade Eleitoral
● Domicílio eleitoral na circunscrição pretendida; 
● Filiação partidária; e
● Idade mínima.
OBS: Enquanto que quase todos os requisitos precisam ser observados no 
momento do registro da candidatura, a comprovação da idade é verificada na data 
da posse. 
Excepcionalmente, para vereador, a comprovação da idade mínima (18 anos) é 
verificada na data limite de registro da candidatura.
3 5 3 0 - 2 1 1 8
Telefone dos Políticos
A reeleição é permitida apenas uma vez subsequente nos cargos do Executivo 
(art. 14, § 5º, da CF/88). Essa vedação, não se aplica ao Legislativo. 
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO: A renúncia 6 meses antes do pleito (art. 14, § 6º da CF) 
é necessária quandoum representante do Executivo pretende disputar outro 
cargo (não é necessário renunciar em caso de reeleição para o mesmo cargo do 
executivo). 
Reeleição
Remete às inelegibilidades, condições que vedam, de forma absoluta ou parcial, a 
candidatura de determinadas pessoas aos cargos pretendidos. 
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS:
Não podem ser eleitos (nem votar) os Inalistáveis: estrangeiros e os conscritos, 
durante o período de serviço militar (art. 14, § 2º CF).
Também não podem se candidatar os Analfabetos (eles podem votar, somente 
não possuem capacidade eleitoral passiva – direito de ser votado - elegibilidade).
Direitos Políticos Negativos
INELEGIBILIDADES RELATIVAS:
É a inelegibilidade que se apresenta apenas em determinados cargos e situações, 
não se aplicando aos demais cargos “em tese”. Diferente das “absolutas”, as 
Inelegibilidades Relativas podem ser ampliadas mediante Lei Complementar.
Art. 14, § 9º, CF/88. Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de 
sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições 
contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta.
Direitos Políticos Negativos
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e desta Corte firmou-se no 
sentido de que “[o] vice que assume o mandato por sucessão ou substituição 
do titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito pode se candidatar ao 
cargo titular, mas, se for eleito, não poderá ser candidato à reeleição no 
período seguinte” 
Não é possível afastar a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo 
quando há exercício do cargo de prefeito, ainda que por período curto e a 
título provisório, nos seis meses anteriores ao pleito, impedimento que possui 
natureza objetiva. (REspe 222-32/SC).
I. em razão da função
O STF entendeu que a figura do Prefeito Itinerante/Profissional não deve 
ser admitida no Brasil sob pena de violação ao Princípio Repúblicano.
Nessa senda, não se admite a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo 
no poder. Assim, a terceira eleição consecutiva é vedada em qualquer 
Município da Federação, mesmo que sejam diferentes (RE 637.485).
I. em razão da função
Também é uma das hipóteses de Inelegibilidade Relativa, sendo conhecida por 
Inelegibilidade por Parentesco, prevista no art. 14, § 7º, da Constituição Federal de 
1988.
Art. 14, § 7º, CF/88. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e 
os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, 
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
I. Reflexa
Existe a elegibilidade para candidatar-se à sucessão, quando o titular, causador da 
inelegibilidade, pudesse, ele mesmo, candidatar-se à reeleição, mas se tenha 
afastado do cargo até seis meses antes do pleito” (RE 344.882).
São inelegíveis para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados 
no parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se 
este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do 
cargo até seis meses antes do pleito" (Súmula 6 do TSE).
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não 
afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
(Súmula Vinculante 18)
Os militares também possuem restrições quanto à possibilidade de candidatura aos 
cargos políticos, o que implica em inelegibilidade reflexa em determinados casos. 
Art. 14, § 8º, CF/88. 
Logo, tendo menos de dez anos de serviço: Para disputar, deve pedir exoneração.
E, tendo mais de dez anos de serviço: Não precisa pedir exoneração. E, se eleito, vai 
para a inatividade do serviço militar (aposentadoria).
I. do Militar
(OAB XXVI) Juliano, governador do estado X, casa-se com Mariana, deputada federal eleita pelo estado Y, a 
qual já possuía uma filha chamada Letícia, advinda de outro relacionamento pretérito. Na vigência do 
vínculo conjugal, enquanto Juliano e Mariana estão no exercício de seus mandatos, Letícia manifesta 
interesse em também ingressar na vida política, candidatando-se ao cargo de deputada estadual, cujas 
eleições estão marcadas para o mesmo ano em que completa 23 (vinte e três) anos de idade. 
A partir das informações fornecidas e com base no texto constitucional, assinale a afirmativa correta. 
A) Letícia preenche a idade mínima para concorrer ao cargo de deputada estadual, mas não poderá concorrer no 
estado X, por expressa vedação constitucional, enquanto durar o mandato de Juliano. 
B) Uma vez que Letícia está ligada a Juliano, seu padrasto, por laços de mera afinidade, inexiste vedação 
constitucional para que concorra ao cargo de deputada estadual no estado X. 
C) Letícia não poderá concorrer por não ter atingido a idade mínima exigida pela Constituição como condição de 
elegibilidade para o exercício do mandato de deputada estadual. 
D) Letícia não poderá concorrer nos estados X e Y, uma vez que a Constituição dispõe sobre a inelegibilidade 
reflexa ou indireta para os parentes consanguíneos ou afins até o 2º grau nos territórios de jurisdição dos titulares 
de mandato eletivo.
Bora treinar?
Nacionalidade
Nacionalidade x Cidadania
A Nacionalidade Primária ou Originária refere-se aos casos em que 
determinada pessoa adquire a nacionalidade desde o seu nascimento, sendo 
no Brasil considerada brasileira nata.
A Nacionalidade Secundária ou Derivada remete às pessoas que adquiriram a 
condição de brasileiras após o processo de naturalização (preenchimento de 
diversos requisitos).
Noções Gerais
Nacionalidade Originária
1) Nascido no Brasil (exceto se ambos os pais forem estrangeiros e um deles estiver 
a serviço do seu país) - AUTOMÁTICO.
2) Nascido no estrangeiro quando um dos pais brasileiros estiverem a serviço do 
Brasil no exterior - AUTOMÁTICO;
3) Nascido no estrangeiro quando um dos pais brasileiros o tenha registrado em 
REPARTIÇÃO brasileira competente - OPÇÃO DOS PAIS;
4) Nascido no estrangeiro (filho de pai ou mãe BR) quando, após a maioridade, 
residir no Brasil e optar pela nacionalidade brasileira - OPÇÃO PERSONALÍSSIMA 
DA PESSOA
Nesse último caso, se a criança 
voltar para o Brasil antes de ter 
completado os 18 anos, 
como será considerada?
quelo ser adv
Quero meu RG, papai
Entende-se que até os 18 anos de idade, o indivíduo será 
considerado como brasileiro nato em razão da nacionalidade 
primária provisória. 
Após completada a maioridade, a condição fica suspensa até que 
o titular faça a opção pela nacionalidade brasileira.
Esse tipo de nacionalidade também possui algumas hipóteses previstas no texto 
constitucional, que podem ser consideradas como:
Naturalização Ordinária (o preenchimento dos requisitos NÃO gera o direito 
público subjetivo à naturalização); ou
Naturalização Extraordinária (o preenchimento dos requisitos GERA o direito 
público subjetivo à naturalização).
Nacionalidade Derivada
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 
ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Nacionalidade Derivada
O § 1º do Art. 12 cita uma situação bastante específica acerca dos portugueses, 
mencionando que, “Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao 
brasileiro, salvoos casos previstos nesta Constituição”.
Essa regra especial garante aos portugueses a condição de Quase Nacionais, visto 
que embora não sejam brasileiros, são tratados de forma equiparada a estes. Eles 
não precisam do processo de naturalização, já que embora estrangeiros, possuem 
essa prerrogativa diferenciada.
Brasileiro Equiparado
União que vale OURO
Art. 5º, LI da CF/88 menciona que os brasileiros natos não podem ser 
extraditados e o naturalizados sim, em duas situações: 
I- quando tiverem cometido crime comum em momento anterior à 
naturalização; ou 
II- quando estiverem envolvidos no tráfico de entorpecentes ou drogas e 
afins, independente se o envolvimento foi antes ou depois da 
naturalização.
Tratamento Diferenciado (natos)
Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro quando a sua 
naturalização for cancelada por sentença judicial - em razão de atividade nociva 
ao interesse nacional.
Por outro lado, tanto o nato como o naturalizado podem perder essa condição 
quando adquirir outra nacionalidade. Excepcionada essa restrição quando a 
outra nacionalidade tiver sido adquirida em razão: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; ou
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente 
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou 
para o exercício de direitos civis;
Perda da Nacionalidade
(OAB XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, 
no ano de 2016, foi condenado, na França, por comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas 
(cocaína), no território francês, entre os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean 
passou a residir no Brasil. A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata 
extradição de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. 
Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. 
O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a extradição 
A) não é possível, já que, a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato e o brasileiro 
naturalizado, não pode autorizar tal procedimento. 
B) não é possivel, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados, por crime comum 
praticado após a oficialização do processo de naturalização. 
C) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso de comprovado 
envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a naturalização. 
D) é possivel, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro quando 
comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país.
Bora treinar?
Poderes
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para sua fiel execução;
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Chefe do Executivo
Funções Típicas e Atípicas 
PODER LEGISLATIVO PODER EXECUTIVO PODER JUDICIÁRIO
FUNÇÃO TÍPICA a) legislar;
b) fiscalização contábil, 
financeira,
orçamentária e patrimonial do
Executivo.
Prática de atos de chefia 
de Estado, chefia de 
Governo e atos de 
administração
Função de julgar (jurisdição)
FUNÇÃO 
ATÍPICA
a) natureza executiva: ao 
dispor sobre sua organização, 
provendo cargos etc;
b) natureza jurisdicional: o 
Senado julga o Presidente da 
República nos crimes de 
responsabilidade.
a) natureza legislativa: o 
Presidente da República; 
b) natureza decisória: o 
Executivo julga, 
apreciando defesas e 
recursos administrativos;
a) natureza legislativa: elaborando 
o regimento interno de seus 
tribunais; iniciativa em projetos de 
lei, legisla negativamente ao 
declarar normas inconstitucionais;
 b) natureza executiva: administra 
(conceder férias)
Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos 
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência:
I- Presidente da Câmara dos Deputados; II- do Senado Federal; III- e do Supremo 
Tribunal Federal. 
Sobre o tema, o STF decidiu que aqueles que forem réus em processos de 
natureza criminal não poderão substituir o Presidente da República nas 
situações de substituição eventual previstas na Constituição Cidadã.
Chefe do Executivo - Linha Sucessória
Chefe do Executivo - Linha Sucessória
Em caso de Vacância simultânea 
do cargo de Presidente e 
Vice-Presidente da República
• Primeiros 2 anos de mandato: 
Eleições diretas em 90 dias;
• Últimos 2 anos de mandato: 
Eleições indiretas em 30 dias, 
pelo Congresso Nacional.
Hipóteses de perda do mandato 
Presidente e Vice-Presidente da 
República
• Vacância;
• Ausentar-se do país sem 
autorização por mais de 15 dias 
(norma de reprodução 
obrigatória);
• Mandato Cassado;
• Mandato Extinto. 
Presidente da República - Julgamento
CRIME COMUM CRIME DE 
RESPONSABILIDADE
AUTORIZA Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados
JULGA Supremo Tribunal Federal Senado Federal
A IMUNIDADE MATERIAL: (também denominada de inviolabilidade), determina que 
os deputados e senadores são invioláveis, civil, penal e administrativamente, por 
qualquer palavra, opinião e voto que fora proferida durante o mandato, após a 
diplomação (art. 53, CRFB/88). Dentro e fora do CN. 
IMUNIDADE FORMAL: A imunidade formal (também chamada de processual), traça 
algumas regras a respeito da prisão e processos criminais dos parlamentares, desde 
que os atos tenham sido realizados após a diplomação, pois conforme já descrito, o 
objetivo da imunidade é proteger as atividades do congressista e não suas 
particularidades.
Poder Legislativo
PRISÃO: Art. 53. §2º. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso 
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crimes inafiançáveis. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para 
que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
São crimes inafiançáveis: racismo, crimes hediondos, tortura, terrorismo, tráfico de 
drogas e ações de grupos armados civis ou militares – contra a ordem Constitucional e 
o Estado democrático.
Poder Legislativo
Cassação do Mandato Extinção do Mandato
Infringir qualquer uma das proibições 
listadas no art. 54, da CRFB/88 (inciso 
I).
Deixar de comparecer, em cada sessão 
legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da casa, salvo licença ou 
missão para autorização (inciso III).
Realizar procedimento incompatível 
com o decoro parlamentar (inciso II).
Perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos (inciso IV).
Sofrer condenação criminal em 
sentença transitada em julgado 
(inciso VI).
Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos 
casos previstos na Constituição (inciso V).
Comissões Parlamentares 
de Inquérito
As Comissões Parlamentares de Inquérito são criadas para apurar de fato 
determinado e por prazo certo (precisam definir). O STF admite sucessivas 
prorrogações (desde que dentro do prazo da legislatura em que a CPI foi 
criada). Art. 58, § 3º , CF\88.
Elas podem ser criadas pelo Senado Federal ou pela Câmara dos Deputados 
separadamente ou em conjunto.
É preciso que 1\3 dos membros de uma das casas ou e ambas no caso de CPMI) 
assine o requerimento para que sejam instaladas. Camâra 171 | Senado 27 
Noções Gerais
● O Supremo Tribunal Federal entendeu que a instalação das CPIʼs 
independe de deliberação plenária,já que basta o requerimento de um 
terço dos membros para que sejam instaladas (ADI 3.619).
● As CPIʼs podem tratar sobre fatos que já estejam sendo sujeitos a 
inquéritos policiais ou a processos judiciais que tenham alguma relação 
com o objeto definido.
● O deferimento da criação das CPIʼs não é um ato facultativo, sendo 
preciso, após preenchidos os requisitos, o presidente deve instalar.
Importante!
● A vedação constitucional recai sobre a instalação de CPI para a investigação de 
fato genérico, difuso, abstrato ou sem contornos definidos” (MS 32.885-MC). 
● É compatível com o texto constitucional a instalação de CPI destinada à 
apuração de fatos múltiplos, desde que individualmente determinados.” (MS 
37.082).
● Na criação das CPIʼs é feito o cálculo de proporcionalidade partidária, e o 
presidente da Casa solicita aos líderes a indicação dos membros, visto que é 
um direito público subjetivo das minorias (MS 26.441).
Elas possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além 
de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. Não estão incluídas as 
questões que são inerentes à reserva de jurisdição (Ex: ordem de prisão - exceção 
da prisão em flagrante).
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Art. 5º, XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal.
Poderes
● Prender (exceto em caso de flagrante); 
● Determinar que seja feita busca e apreensão; 
● Determinar o grampo telefônico; 
● Impedir que alguém deixe o País; 
● Violar o domicílio.
Não pode (reserva de jurisdição)
Com base no princípio da simetria é possível que os Estados (e o DF) e Municípios 
possam criar as Comissões Parlamentares de Inquérito em seus âmbitos, desde 
que reproduzam o modelo constitucional das CPIʼs federais.
Vale recordar que os poderes das CPIʼs municipais são mais restritos, visto que 
os poderes de uma CPI equivalem aos atributos do poder judiciário da respectiva 
federação. A exemplo, as CPIs Federais, Distritais e Estaduais podem quebrar o 
sigilo bancário, mas as municipais precisam solicitar à autoridade judiciária.
CPI’s Estaduais e Municipais
(OAB XIX - 2º FASE) No âmbito de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), foi 
determinada a busca e apreensão de documentos e de computadores nos escritórios das 
empresas do grupo investigado, tendo sido decretada, em decisão fundamentada, a 
indisponibilidade de bens e a quebra dos sigilos bancário e fiscal de um dos empresários 
envolvidos. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a 
seguir.
A) A medida adotada pela CPI, em relação aos bens do empresário, é amparada pela ordem 
constitucional? (Valor: 0,65)
B) A CPI poderia determinar a quebra de sigilo narrada na questão, sem autorização judicial? 
(Valor: 0,60)
Bora treinar?
A) Não. Apesar de o poder de investigar constitui uma das funções institucionais 
do Poder Legislativo, os poderes parlamentares de investigação sofrem limitações 
de ordem jurídico-constitucional. Tais atos somente podem ser praticados por 
magistrados. 
B) Sim. A Comissão Parlamentar de Inquérito possui poderes próprios das 
autoridades judiciais para, em decisão fundamentada, determinar a quebra de 
sigilo fiscal e bancário, pois o que está em jogo é o acesso a informações já 
existentes. O Supremo Tribunal Federal já proferiu inúmeras decisões nesse 
sentido.
Bora treinar?
Dicas Adicionais
● Ressalvados os casos previstos na Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei 
(art. 173, CF/88).
● O Plano Diretor é o instrumento de planejamento para expansão urbana, 
aprovado pela Câmara, é OBRIGATÓRIO para cidades com mais de vinte mil 
habitantes. Art. 182, § 1º , CF88.
● As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema 
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos 
(Art. 199, § 1º , CF/88).
● Renda Básica Familiar - Programa de Transferência de Renda (Art. 6º, Parágrafo 
Único, CRFB/88).
● Compete à Lei Federal estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à 
família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio 
e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de 
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
● As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se à sua posse 
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e 
dos lagos nelas existentes.
● O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a 
pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser 
efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades 
afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma 
da lei.
MPU MPE
CHEFE Procurador Geral da República Procurador Geral de Justiça
ESCOLHA Presidente + Sabatina do 
Congresso Nacional
Governador do Estado
MANDATO 2 anos - Permitida a recondução. 2 anos - Permitida uma ÚNICA 
recondução
DESTITUIÇÃO Iniciativa do Presidente da 
República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria ABSOLUTA 
do Senado Federal. Art. 128, § 2º.
Deliberação da maioria ABSOLUTA do 
Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. Art. 128, § 
4º.
Ministério Público
PROCESSO LEGISLATIVO E CRIAÇÃO 
DE EMENDAS 
CONSTITUCIONAIS
Art. 59 - CRFB/88 O processo legislativo compreende a 
elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções
O Congresso Nacional participa do processo legislativo?
SIM
O Congresso Nacional participa do processo de criação 
de emendas constitucionais?
SIM
O Poder Legislativo participa do processo 
legislativo?
SIM
O Poder Legislativo participa do processo de 
criação de emendas constitucionais?
NÃO
Processo Legislativo = Atividade de legislar, o Legislativo 
tramita e processa; o Poder Executivo também participa na 
parte da sanção, veto e publicação
SEPARAÇÃO DOS PODERES
Criação de Emendas Constitucionais = Exercício do Poder 
Constituinte Derivado Reformador, que no âmbito federal é 
exercido pelo Congresso Nacional
PODER CONSTITUINTE
→ O Governador e o Presidente da República (chefes do 
Poder Executivo) participam do processo legislativo?
SIM, por respeito à separação e harmonia entre os Poderes
→ O Governador e o Presidente da República (chefes do 
Poder Executivo) participam do processo de criação de 
emendas constitucionais?
NÃO
PROCESSO LEGISLATIVO
1. LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR 
Ambas terão o mesmo processo legislativo, com a 
diferença em relação ao quórum, que, para a Lei 
Complementar, no art. 69, a CRFB/88 exige que seja de 
maioria absoluta 
Lei ordinária = aprovação por maioria simples 
Lei complementar = aprovação por maioria absoluta 
1. LEI ORDINÁRIA E LEI COMPLEMENTAR 
MUITO IMPORTANTE 
A lei ordinária é a regra na nossa Constituição. Onde o 
constituinte não determinou uma regulação da matéria por 
lei complementar, estaremos diante da hipótese de 
cabimento de lei ordinária. 
→ Não há hierarquia entre estas espécies legislativas 
2. MEDIDA PROVISÓRIA
A medida provisória possui um caráter excepcional, e no mesmo 
dia de sua publicação deve ser submetida à análisepelo 
Congresso Nacional. 
1º) Publicação da medida provisória 
2º) No mesmo dia, envio para análise no Congresso 
3º) Prazo de 60 dias para o Congresso votar 
→ Pode ocorrer a prorrogação do prazo por mais 60 dias se não 
tiver ocorrido a votação 
2. MEDIDA PROVISÓRIA
5.1º) Se aprovada, é convertida em lei ordinária 
5.2º) Se rejeitada expressamente ou se simplesmente não 
ocorrer a votação, perderá sua eficácia.
SE LIGA: A medida provisória primeiro é publicada, 
depois é votada pelo Congresso e mantida (ou não)
HIPÓTESES DE CABIMENTO: Art. 62 da CRFB/88
(Exame XXXI - 2020) Diante das intensas chuvas que 
atingiram o Estado Alfa, que se encontra em situação de 
calamidade pública, o Presidente da República, ante a 
relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória nº 
XX/19, determinando a abertura de crédito extraordinário 
para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas 
pela União, em decorrência do referido desastre natural. A 
partir da situação hipotética narrada, com base no texto 
constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato 
normativo dessa natureza sobre matéria orçamentária, de 
modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser feita 
por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo 
dessa natureza em matéria de orçamento e créditos adicionais 
e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura de 
crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as decorrentes de calamidade pública.
c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional 
da anterioridade orçamentária, o qual impede quaisquer 
modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo 
Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial. 
d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem 
constitucional, que autoriza a edição de medidas provisórias 
que versem sobre planos plurianuais, diretrizes 
orçamentárias, orçamento e créditos adicionais, 
suplementares e extraordinários, desde que haja motivação 
razoável.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo 
dessa natureza em matéria de orçamento e créditos adicionais 
e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura de 
crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as decorrentes de calamidade pública.
LETRA DE LEI: Art. 167, §3º + art. 62, §1º, I, "d"
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
a) Iniciativa: Art. 60. A Constituição poderá ser emendada 
mediante proposta: 
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; 
II – do Presidente da República; 
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das 
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, 
pela maioria relativa de seus membros. 
O que é que tá faltando neste rol de iniciativa?
EMENDA CONSTITUCIONAL 
NÃO TEM INICIATIVA 
POPULAR
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
b) Deliberação 
Art. 60. § 2º A proposta será discutida e votada em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três 
quintos dos votos dos respectivos membros. 
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
c) Promulgação 
Art. 60. §3º A emenda à Constituição será promulgada 
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, com o respectivo número de ordem. 
1. LIMITE FORMAL 
2. LIMITE CIRCUNSTANCIAL 
3. LIMITE TEMPORAL* 
4. LIMITE MATERIAL 
5. LIMITES IMPLÍCITOS* 
LIMITES AO PODER REFORMADOR
1. LIMITE FORMAL: Processo de criação das emendas 
constitucionais diferente do processo de criação de leis 
ordinárias. 
2. LIMITE CIRCUNSTANCIAL: Artigo 60. §1º A 
Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de 
sítio. 
LIMITES AO PODER REFORMADOR
4. LIMITE MATERIAL 
Artigo 60. §4º Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir (pode expandir): 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; facultativo*
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
LIMITES AO PODER REFORMADOR
UMA NORMA SÓ PODE SER REVOGADA 
POR OUTRA DA MESMA ESPÉCIE
→ Lei ordinária revoga lei ordinária
→ Lei complementar revoga lei complementar
→ Emenda constitucional revoga emenda constitucional
PRESTA ATENÇÃO
ORGANIZAÇÃO DO 
ESTADO E
REPARTIÇÃO DE 
COMPETÊNCIAS
1 – Organização do Estado
O Brasil é uma FEDERAÇÃO, 
e cada ente federado tem 
um pouco de autonomia
Certo, mas quem vai 
fazer o quê?
1 – Organização do Estado
Certo, mas quem vai fazer o quê?
É aí que temos a repartição de competências
→ A Constituição vai dizer o que cada ente deve fazer, 
quem tem a competência de fazer o quê
2 – Federalismo
Essa é a forma de divisão interna do Estado brasileiro
→ Do ponto de vista externo, o Brasil é uma coisa só, é 
um único Estado
→ Internamente, somos várias unidades federativas
2 – Federalismo
- Federalismo é cláusula pétrea (art. 
60, §4º, I da CF)
- O Brasil é a União INDISSOLÚVEL 
dos Estados
- Um ente não deve intervir no outro 
(INTERVENÇÃO É EXCEPCIONAL - 
Intervenção Federal ou Estadual)
1ª FASE - OAB - 2016 Exame XX: A questão pedia que fosse 
assinalada a alternativa que indicasse as características do 
federalismo brasileio:
a) A forma federativa de Estado autoriza a secessão de um 
ente federativo por meio de plebiscito popular ou 
referendum. 
b) A forma federativa de Estado é estabelecida por um pacto 
(ou tratado) internacional entre os estados soberanos.
→ A pessoa jurídica de direito público internacional é o 
Estado Nacional - Brasil, representado pela União
c) A forma federativa de Estado impõe a necessidade 
de existência de uma cláusula de garantia ao pacto 
federativo, tal como a chamada intervenção federal. 
A intervenção federal serve para garantir o respeito à 
Constituição e ao pacto federativo
d) Um vez que, na forma federativa, todos os entes 
federativos são autônomos, eles estão autorizados a 
representar a soberania do Estado em suas relações 
internacionais.
Os diversos entes da federação terão competência para 
determinadas atribuições 
→ A repartição de competências existe para que não ocorra 
conflito nesta atribuição. 
A CRFB/88 prevê exatamente quem deve fazer o quê não há 
hierarquia entre estas competências, apenas o constituinte 
determinou partes distintas para cada ente. 
3. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA
competência é a atribuição de fazer algo
LEGISLATIVA→ atribuições para legislar, criar 
leis 
MATERIAL→ atribuições administrativas de 
organização do próprio ente.
O critério da repartição de competências é o 
interesse do ente. 
Interesse nacional - União 
Interesse estadual - Estados 
Interesse municipal - Municípios 
1. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, 
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
XI - trânsito e transporte; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de 
estrangeiros; 
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá 
autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo. 
2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - 
ESTADOS E DF) 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, 
pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
XII - previdência social, proteção e defesa dasaúde; 
2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - 
ESTADOS E DF) 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da 
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais 
não exclui a competência suplementar dos Estados. 
Geral = União 
Específico = Estados e DF 
2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (UNIÃO - 
ESTADOS E DF) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas 
peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais 
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
→ Se a União deixar um “espaço vazio” no exercício desta 
competência, os Estados podem atuar plenamente 
3. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições 
e leis que adotarem, observados os princípios desta 
Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes 
sejam vedadas por esta Constituição. 
OU SEJA, o que não estiver dito na Constituição que é da 
União, pode ser legislado pelos Estados
4. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA SUPLEMENTAR DOS 
MUNICÍPIOS E DF 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
Súmula Vinculante 38: É competente o Município para fixar o 
horário de funcionamento de estabelecimento comercial. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
O controle de constitucionalidade é a verificação da 
compatibilidade entre uma lei ou qualquer ato normativo 
infraconstitucional e a Constituição. 
→Se uma lei diz que “pode”, mas a Constituição, em seu artigo 
x diz “não pode”, prevalece o que está previsto no texto 
constitucional. 
MUITO IMPORTANTE: Também podemos ter o controle de 
constitucionalidade sobre emendas à Constituição 
A CONSTITUIÇÃO DIZ:
Art. 5º, XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis;
LEI DO ESTADO DA FGV DIZ:
Art. 1º. Quem for fazer a 1ª fase da prova da OAB do 37º Exame 
de Ordem vai ser obrigado a estudar na semana de carnaval
Art. 1º da FGV. Quem for fazer a 1ª fase da prova da OAB do 
37º Exame de Ordem vai ser obrigado a estudar na semana 
de carnaval
x 
Art. 5º, XLVII da CRFB/88 - não haverá penas: 
e) cruéis;
Claramente há uma inconstitucionalidade material, ou seja, o 
texto da norma infraconstitucional está contrariando a 
Constituição
→ Certo, e como eu vou questionar isso?
→ Eu reclamo para quem?
→ Se eu processar a FGV e ganhar, o que vai acontecer com a 
norma inconstitucional?
1. TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
- Caso Marbury vs. Madison, nos EUA, em 1803 
- Modelo Difuso, com análise do caso concreto 
- Insegurança jurídica + stare decisis 
- Decisão inter partes 
- O “governo de juízes” 
2. MODELO DIFUSO (AMERICANO) 
- Hans Kelsen, em 1920 
- Ganha força após o fim da 2ª Guerra Mundial 
- Corte Constitucional 
- Decisão erga omnes 
- Caráter contramajoritário 
3. MODELO CONCENTRADO (KELSENIANO)
MODELO DIFUSO
- análise em abstrato
- decisão vinculante e erga 
omnes da Corte 
Constitucional 
- Caráter contramajoritário 
MODELO DIFUSO
- análise do caso concreto 
- Insegurança jurídica + stare 
decisis, por ser decisão inter 
partes de cada juiz
- O “governo de juízes” 
- Preâmbulo 
- Todo o texto da Constituição 
- ADCT 
- Tratados aprovados segundo o art. 5º §3º da CRFB/88 
Quais normas podem ser protegidas pelo controle 
de constitucionalidade?
O que a banca quer que você saiba?
- Como funciona o controle difuso no Brasil?
- Reserva do plenário
- Quais são as ações do controle concentrado?
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
Como funciona o controle difuso no Brasil?
É CONFUSÃO!
→ Qualquer juiz, em qualquer momento do processo, a 
pedido de qualquer um ou até de ofício, pode deixar de 
aplicar uma norma alegando que ela é inconstitucional
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
Reserva de plenário
Traz mais segurança jurídica para o controle difuso
Art. 97 CRFB/88. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os 
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público
Nortear a jurisprudência + criar precedente para o Tribunal 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
Quais são as ações do controle concentrado?
ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade): Atacar a lei, 
declarar a inconstitucionalidade de uma norma
ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade): Defende a 
norma quando há controvérsia judicial sobre a sua 
constitucionalidade.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão): 
Atacar a ausência de regulamentação do direito constitucional. 
A falta de lei é que é o problema.
ADPF (Arguição por Descumprimento de Preceito 
Fundamental): Se não puder ADI, é provável que caiba ADPF. A 
regra é: ADI é para leis e atos normativos federais e estaduais, 
ADPF é para os demais casos
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL
(Exame XXXIV - 2022) O governador do Estado Alfa propôs, 
perante o Supremo Tribunal Federal, Ação Declaratória de 
Constitucionalidade (ADC), com pedido de tutela cautelar de 
urgência, para ver confirmada a legitimidade 
jurídico-constitucional de dispositivos da Constituição 
estadual, isto em razão da recalcitrância de alguns órgãos 
jurisdicionais na sua observância. Foi requerida medida 
cautelar. A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
PRESTA ATENÇÃO
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
a) A ADC pode ser conhecida e provida pelo STF, para que venha 
a ser declarada a constitucionalidade dos dispositivos da 
Constituição do Estado Alfa indicados pelo governador. 
b) Embora a ADC proposta pelo governador do Estado Alfa 
possa ser conhecida e julgada pelo STF, revela-se incabível o 
deferimento de tutela cautelar de urgência nessa modalidade 
de ação de controle abstrato de constitucionalidade. 
c) A admissibilidade da ADC prescinde da existência do 
requisito da controvérsia judicial relevante, uma vez que a 
norma sobre a qual se funda o pedido de declaração de 
constitucionalidade tem natureza supralegal. 2.404 marcações 
d) A ADC não consubstancia a via adequada à análise da 
pretensão formulada, uma vez que a Constituição do Estado 
Alfa não pode ser objeto de controle em tal modalidade de 
ação abstrata de constitucionalidade.
INSTRUMENTOS 
DE DEFESA DO 
ESTADO
Quando tudo está funcionando perfeitamente, o 
direito constitucional se aplica facilmente…
…mas e quando há uma crise institucional?
→ Não se trata de crise econômica
→ Não se aplica em circunstâncias de insatisfação popular
FEDERALISMO em risco = Intervenção 
Federal
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS em risco 
= Estado de Sítio e Estado de defesa
Estado de sítio é mais grave do que estado de defesa
INTERVENÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO ESTADUAL
Da União para os Estados (não 
pode município)
Art. 34 - I - manter a integridade 
nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de 
uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública; 
- RJ em 2018 e DF em 2023
IV - garantir o livre exercício de 
qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; …
Do Estado para os Municípios (não 
pode para outro Estado)
Art. 35. I - deixar de ser paga, sem 
motivo de força maior, por dois anos 
consecutivos, a dívida fundada; 
II - não forem prestadas contas 
devidas, na forma da lei; 
III – nãotiver sido aplicado o mínimo 
exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos 
de saúde;...
ESTADO DE DEFESA ESTADO DE SÍTIO
Art. 136. O Presidente da República 
pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa 
Nacional, decretar estado de defesa 
para preservar ou prontamente 
restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a 
paz social ameaçadas por grave e 
iminente instabilidade institucional 
ou atingidas por calamidades de 
grandes proporções na natureza.
Art. 137. casos de: 
I - comoção grave de repercussão 
nacional ou ocorrência de fatos que 
comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de 
defesa; 
II - declaração de estado de guerra 
ou resposta a agressão armada 
estrangeira. 
O Estado de defesa não é suficiente
ESTADO DE DEFESA ESTADO DE SÍTIO
Art. 136. I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio 
das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e 
telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de 
bens e serviços públicos, na hipótese 
de calamidade pública, respondendo 
a União pelos danos e custos 
decorrentes. 
I - limitação ao direito de ir e vir 
II - local provisório para prisões 
III - restrições relativas à 
inviolabilidade da correspondência, 
ao sigilo das comunicações
IV - suspensão da liberdade de 
reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de 
serviços públicos; 
VII - requisição de bens. 
→ Não pode incomunicabilidade de 
presos nem suspensão do direito a 
Habeas Corpus
→ Não pode fechar o Congresso Nacional
nem o Supremo Tribunal Federal
Não pode proibir o direito ao advogado!!
A lógica do direito constitucional…
→ Constituição pós ditadura: protege direitos humanos, 
garante direitos sociais
→ Controle político e jurídico: o Congresso e o STF 
podem checar a constitucionalidade das normas
Releia as questões, às vezes o enunciado é extenso 
apenas para te confundir 🥊
@liberofilho @nataliavalenca
Agora é hora de acompanhar a 
revisão das demais disciplinas e 
correr para a 2ª fase
A gente se 
encontra na 2ª fase 
no Método VDE
@liberofilho 
@nataliavalenca

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