Buscar

Tabelas OAB

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 64 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NORMAS CONSTITUCIONAIS ABSOLUTA/ORIGINÁRIAS
	NORMAS CONSTITUCIONAIS DERIVADAS
	presunção absoluta de constitucionalidade (não podem ser declaradas inconstitucionais, conforme entendimento do STF).
	presunção relativa de constitucionalidade. Nascem produzindo os efeitos jurídicos, mas podem ser declaradas inconstitucionais.
	Ex.: não se pode declarar a inconstitucionalidade do art. 14, §4º da CRFB/88
	Há norma constitucional inconstitucional? R: Sim, desde que seja norma constitucional derivada
	
	NORMAS DE EFICÁCIA PLENA
	NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA
	NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA
	
APLICAÇÃO
	São autoaplicáveis, normas que se bastam, produzem seus efeitos jurídicos desde a entrada em vigor. Não depende de atuação legislativa ou administrativa para produzir seus efeitos.
Ex.: arts. 1º e 2º, 5º, III. Os remédios constitucionais também são apresentados por meio de normas plenas (art. 5º, LXVIII a LXXIII).
Incidência direta, imediata e integral.
	São autoaplicáveis, normas que se bastam, produzem seus efeitos jurídicos desde a entrada em vigor. Não depende de atuação legislativa ou administrativa para produzir seus efeitos.
Ex.: arts. 5º , XIII e XV, e art. 93, IX.
Incidência direta, imediata e não integral.
	Depende de atuação do poder público para produzir seus efeitos.
Incidência indireta, mediata e não integral.
	
DEPENDÊNCIA DE LEI/ATUAÇÃO
	Direta: não depende de lei ou atuação administrativa para produção de seus principais efeitos
	Direta: não depende de lei ou atuação administrativa para produção de seus principais efeitos;
	Indireta: depende da atuação do poder público para produção dos efeitos jurídicos;
	
LAPSO TEMPORAL
	Imediata: não há lapso temporal entre a promulgação e entrada em vigor
	Imediata: não há lapso temporal entre a promulgação e entrada em vigor;
	Mediata: leva tempo
	
RESTRIÇÃO
	Integral: não é possível restrição no plano infraconstitucional
	Não integral: plenamente possível o condicionamento do plano administrativo = possibilidade de restrição. O condicionamento pode ser feito por lei, atos administrativos ou por outra norma constitucional.
	Não integral: plenamente possível o condicionamento do plano administrativo = possibilidade de restrição. O condicionamento pode ser feito por lei, atos administrativos ou por outra norma constitucional.
	SUBDIVISÃO
	
	
	a) Programática: Traçam objetivos, metas ou ideais que deverão ser delineados pelo Poder Público para que produzam seus efeitos jurídicos essenciais. Estão vinculadas normalmente aos direitos sociais de 2ª geração. Ex.: arts. 196, 205 e 211
b) Institutiva/Organizatória: criam institutos, serviços, órgãos ou entidades que precisam de legislação futura para que ganhem vida real. Ex.: art. 134, §1º, e art. 93, caput, ambos da CRFB/88.
	
EFICÁCIA NEGATIVA
	· Servem como parâmetro de controle de constitucionalidade (eficácia negativa)
· Parâmetro de recepção ou não recepção
· Fonte de interpretação (capaz de reger a interpretação de normas de hierarquia inferior)
	· Servem como parâmetro de controle de constitucionalidade
· Parâmetro de recepção ou não recepção
· Fonte de interpretação
	· Servem como parâmetro de controle de constitucionalidade
· Parâmetro de recepção ou não recepção
· Fonte de interpretação
	CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
	
	
EXTENSÃO
	a) Sintéticas/concisas/breves: se preocupam com o esqueleto principal, que singulariza o Estado. Não adentram, em regra, no conteúdo mais social. Trata-se de matéria essencialmente constitucional, por isso possuem número reduzido de dispositivos.
b) Analíticas/extensas/prolixas: estabelece muitas normas de conteúdo programático. Extrapola as matérias consideradas essencialmente constitucionais e versam sobre outros assuntos que entendem como relevante para o país. Ex.: CRFB/88
	
CONTEÚDO
	a) Materiais: todas as leis, tratados, convenções desde que tratem de assunto essencialmente constitucionais, estejam ou não em documento escrito. Privilegia o conteúdo.
b) Formais: prestigiam a forma em detrimento do conteúdo. Tudo o que está no texto da Constituição é considerado Constituição, independentemente do assunto tratado. Não interessa a divisão de conteúdo entre as normas. CRFB/88. Não há distinção hierárquica, pois a Constituição é um todo harmônico e não possibilita verdadeira antinomia entre os seus dispositivos
	
ALTERABILIDADE
	a) Rígidas: só pode ser alterada por procedimento legislativo diferenciado (mais solene e dificultoso) (art. 60). Ex.: CRFB/88.
A rigidez constitucional está associada à:
· Hierarquia das leis
· Supremacia formal da Constituição 
· Controle de constitucionalidade. 
b) Fixas: só pode ser modificada pelo mesmo Poder Constituinte Originário que a criou. Considerada “antidireito”, pois sem mecanismo de reforma não possuem oxigênio suficiente para acompanhar as diversas mudanças que um país enfrenta ao longo de sua história.
c) Semirrígidas: parte da Constituição pode ser alterada facilmente e outra parte precisa de processo de alteração elaborado.
d) Flexíveis: processo de alteração simplificado. Ex.: Constituição Nova Zelândia
e) Superrígida: doutrina minoritária, em razão do art. 60, §4º
	
CORRESPONDÊNCIA COM A REALIDADE
	a) Normativa: perfeita sintonia entre a Constituição e a realidade do país. Conseguem regular a vida política do Estado. Ex.: EUA
b) Nominativa/nominalista/nominal: nasceu com o propósito de ser uma Constituição normativa, mas ainda não correspondeu à realidade/não conseguiu atingir seu objetivo de forma completa até o momento.
Não conseguem efetivamente cumprir o papel de regular a vida política do Estado, apesar de elaboradas com este intuito Ex.: CRFB/88.
c) Semântica: não nasceu com o propósito de regular a vida política, limitando-se apenas a dar legitimidade formal aos detentores do poder. Constituição ditatorial, reforçar o poder daquele que já governava.
	
MODO DE ELABORAÇÃO
	a) dogmática: A CRFB/88 é dogmática (ou sistemática), pois se trata de uma Constituição momentânea, que reflete o máximo de ideais políticos predominantes no momento de sua elaboração, sendo, portanto, conforme sustentado pela doutrina, instável. 
b) históricas: As Constituições históricas, ao contrário, são construídas e sedimentadas ao longo da vida de um país, têm compromisso com as tradições e história de um determinado povo, são mais estáveis.
	NEOCONSTITUCIONALISMO
	Traz uma nova visão da Constituição, a partir da valorização dos princípios que visam assegurar o núcleo essencial do indivíduo, a fim de impedir o esvaziamento dos direitos fundamentais e, consequentemente, assegurar o Estado Democrático de Direito, bem como coibir as arbitrariedades cometidas pelo Estado, principalmente após o período da história marcada pela ditadura, em que tais medidas eram legitimadas. Além disso, destaca-se o Poder Judiciário, que muitas vezes insurge como ativismo judicial, a fim de concretizar os direitos fundamentais.
	Importância do texto constitucional
	Defende a supremacia da Constituição
	Diálogo maior entre a Constituição e os demais ramos do direito
	Parte da força normativa da Constituição (constituição está no topo, dialogando cada vez mais com os demais ramos do direito). Ex.: direito civil à luz da constituição; princípios constitucionais no direito tributário
	Dignidade da pessoa humana (princípio fundamental)
	Método da ponderação (colisão entre os princípios)
	Atuação fortalecida do Poder Judiciário
	Concretização dos direitos fundamentais
	Valorização dos princípios
	Releitura da CRFB à luz dos princípios
	MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
	
	CONCEITO
	· Não realiza mudanças formais na Constituição, por isso se diz que seria uma reanálise do sentido e alcance das normas constitucionais, sem mudança de texto.
· Conhecida como Poder Difuso, no qual há alteração informal no texto constitucional, ou seja, altera-se o sentido sem alteração no texto
	MOTIVO
	· Mudança fática e consequente necessidade de adequação da norma à sociedade 
· Experiências negativas na aplicação de determinadajurisprudência.
· Dar oxigênio ao texto constitucional, permitindo a sua releitura à luz da sociedade atual, dos fatos econômicos, históricos e políticos, existentes no momento da interpretação da Constituição. 
	MANIFESTAÇÕES
	· Novos usos ou costumes
· Atuações administrativas ou legislativas
· Novas interpretações judiciais acerca do texto constitucional, ou seja, verdadeiras “viradas jurisprudenciais”.
	LIMITES
	· Cláusulas pétreas
· Limites semânticos da Constituição
· Princípios e valores do texto constitucional
Pode ter mutação constituição inconstitucional? Sim, desde que não observados os limites acima.
	EXEMPLOS
	· O entendimento do Tribunal sobre a prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII da CRFB/88), representado pela Súmula Vinculante no 25;
· A decisão do STF acerca da relação homoafetiva e da entidade familiar em que considerou cabível o mecanismo da integração analógica para que sejam aplicadas às uniões homoafetivas as prescrições legais relativas às uniões estáveis heterossexuais, excluídas aquelas que exijam a diversidade de sexo para o seu exercício, até que o Congresso Nacional lhe dê tratamento legislativo (releitura do art. 226, § 3º da CRFB/88);
· A redefinição do papel do AGU no controle concentrado de constitucionalidade – ADI 3.916/DF. O Tribunal, por maioria de votos, entendeu que o art. 103, §3º da CRFB/88 deve ser alvo de uma interpretação sistemática, pois o que o referido dispositivo pretende garantir é que o AGU emita seu parecer e não estabelecer obrigatoriedade deste em defender o ato normativo impugnado;
· A criação da Súmula Vinculante no 13 que, ao vedar o nepotismo, fez uma sadia releitura dos princípios da Administração Pública previstos no art. 37, caput, da CRFB/88.
· O entendimento do Tribunal sobre a prisão civil do depositário
	PRINCÍPIO REPUBLICANO
	PRINCÍPIO FEDERATIVO
	ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
	· temporariedade dos mandatos, 
· eleições periódicas
· responsabilidade política dos governantes. 
· Ex.: mandato de 4 anos para os chefes do Executivo; as eleições que se realizam justamente para a substituição dos representantes e, ainda, a possibilidade de responsabilidade política do chefe do Executivo, na forma do art. 85 da CRFB/88.
· princípio constitucional sensível
	· forma de Estado moderno
· pluralidade de autonomias, envolvidas por um só país soberano
· inexistência do direito de separação (secessão)
· art. 60, §4º, I, 
· defendida pela intervenção federal (art. 34, I, da CRFB/88).
	· divisão de poderes; 
· soberania popular
· a vontade de transformação social o povo participa das decisões principais de seu país
	PODER CONSTITUINTE
	
	É o poder de instituição ou reforma da Constituição Federal ou Estadual.
	
	PCO
	PCD
	Inicial (inaugura nova ordem jurídica)
	Subordinado (retira fundamento de validade da Constituição existente)
	Incondicionado (não há norma pré-fixada para sua manifestação)
	Condicionado (quanto à forma)
	Ilimitado juridicamente (em relação ao direito positivo anterior)
	Limitado (quanto ao conteúdo – respeitar as cláusulas pétreas)
	Latente (não se esgotaria com a criação da Constituição)
	
	Natureza jurídica:
· Poder de fato: juspositivistas (se legitima no próprio processo de criação, não está embasada em valores históricos, sociais anteriores)
· Poder de direito: jusnaturalistas (direito natural) – antecede a própria natureza humana, não poderia se desvincular dos valores como vida, igualdade, fraternidade
	
	PCD REFORMADOR
	PCD DECORRENTE
	REVISÃO:
· Plebiscito + 1 turno, maioria absoluta, sessão unicameral. 
· STF entendeu que não se adotou a revisão como mecanismo permanente de reforma à Constituição.
· Precisa seguir os limites do art. 60.
	· Legitima a criação e reforma das Constituições Estaduais (art. 11, ADCT e art. 25 da CRFB)
	EMENDA
LIMITES
1) Temporal: impede que a Constituição seja alterada durante um determinado período de tempo. Não se fixou meses, anos, dias em que o poder não poderia se manifestar. Assim, NÃO HÁ! (Doutrina majoritária).
2) Circunstancial: intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.
No ano de 2018, tiveram 2 decretos interventivos. Em outubro de 2018 foi promulgado o Decreto nº 9522, constituindo o Tratado Internacional de Marraqueche (TIDH – emenda constitucional). 
É possível promulgar este tratado em ano de intervenção Federal? 
A doutrina majoritária entendeu que esse tratado já teria passado por 2 turnos de votação, recebido a votação (fase constitutiva) no ano de 2015 e, na verdade, o Temer só teria promulgado o ato, certificando a validade.
Complemento Dizer o Direito:
1) aprovação do tratado pelo Congresso Nacional (art. 49, I, da CF/88) instrumentalizada por um Decreto-legislativo.
2) em seguida, é necessária a promulgação do tratado, ato de competência do Presidente da República (art. 84, VIII) por meio de decreto (art. 5, § 3º da CF/88). Assim, a vedação constante no art. 60, § 1º da CF/88 deve ser analisada no momento da votação do tratado no Congresso Nacional.
No caso do Tratado de Marraqueche, ele foi aprovado pelo Decreto-legislativo nº 261/2015, votado pelo Congresso Nacional no ano de 2015, quando não havia nenhuma intervenção federal em curso.
Não há qualquer problema no fato de haver uma intervenção federal no momento da promulgação do tratado. Isso porque a aprovação do ato já ocorreu e a promulgação apenas atesta que foram cumpridas todas as formalidades e que aquele ato é válido, estando pronto para publicação.
3) Formais: 
· Iniciativa: possui um procedimento de alteração de suas normas mais difícil do que o procedimento ordinário, destinado à elaboração de leis. (art. 60, I a III).
· Discussão, votação e aprovação: Para a aprovação de uma Emenda, a CRFB/88 exige 2 turnos de votação em cada casa do Congresso Nacional e um quórum qualificado de 3/5 
· Promulgação: A promulgação é feita, conjuntamente, pelas mesas da Câmara e do Senado (art. 60, §3º). 
OBS: rol taxativo 
OBS: Casas trabalham separadamente (cada uma 3/5)
OBS: se emenda meramente redacionais (não muda o conteúdo normativo) não atrasam o processo legislativo, não precisa voltar para a primeira Casa deliberar.
OBS: sessão legislativa (1 ano) ≠ legislatura (4 anos – art. 44)
OBS: princípio da irrepetibilidade absoluta
OBS: demais normas do art. 60 são de observância obrigatória (STF)
OBS: limite procedimental art. 60, §5º
Não há iniciativa popular no plano federal. 
No entanto, o STF (2018) entendeu que no plano estadual poderia ser previsto, já que não há impedimento para que as CE prevejam a possibilidade, ampliando a competência constante da Carta Federal). O rol de legitimados do art. 60 da CRFB/88 não é norma de observância obrigatória.
4) Material: cláusulas pétreas 
· pode acrescentar ou reforçar proteção ao direito
· A EC será inconstitucional quando violar o núcleo essencial desses princípios. Nesse sentido, o núcleo essencial do princípio federativo é a autonomia política dos entes, que não pode ser restringida pela EC.
· NÃO se permite secessão (rompimento da federação – direito de retirada) forma federativa
OBS: Outras cláusulas pétreas
1) Princípio da anualidade (art. 16) garantia individual do cidadão de receber o Estado segurança e grau de certeza jurídica
2) Imunidade tributária recíproca (forma federativa do Estado) – STF
3) Art. 5º é cláusula pétrea PEC não poderia extinguir remédio constitucional
4) Art. 12, art. 14 
5) Princípio da anterioridade tributária
6) Licença maternidade 
Função social e propriedade direito assegurado como cláusula pétrea foge à dimensão puramente individual
OBS: Limites implícitos
7) titularidade do Poder Constituinte (art. 1º, §ú); 
8) Forma e Sistema de governo (República e presidencialismo);
9) impossibilidade de supressão dos fundamentos do art. 1º; 
10) art. 60 não poderia sofrer reforma constitucional visando facilitar o processo reformador (dupla reforma revogam-se ou excepcionam-se as limitações criadas pelo poder constituinte originário; numa segunda operação, altera-se a Constituição, sem nenhumdesrespeito ao texto já em vigor após a modificação anterior)
	· Limites: princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII); princípios constitucionais estabelecidos; princípios federais extensíveis (princípio da simetria)
	OBS: Emenda 69/2012: alterou o art. 21, XIII e art. 22, XVII tirou a responsabilidade da União de organizar a DPEDF (passou a ser responsabilidade do DF) não abalou a autonomia da União
OBS: Voto obrigatório NÃO é cláusula pétrea
OBS: EC 76/13: alterou o art. 55, §2º e art. 66, §4º tornou-se votação aberta, em prol do princípio democrático
Houve violação à cláusula pétrea do voto secreto? 
NÃO! Protege a votação popular e não votação interna.
Quando o CNJ foi criado, a Associação dos Magistrados ingressou com ADI pedindo a inconstitucionalidade desta parte da EC 45/04, alegando que a criação do CNJ teria violado a separação de poderes (1) e a forma federativa de Estado (2), e que o CNJ era órgão federal e fiscalizaria o judiciário estadual (3)
O STF refutou, afirmando que:
(1) apesar de ser órgão do judiciário, não exerce atividade jurisdicional típica, sendo órgão de fiscalização. 
(2) Sobre a composição mista (membros que fazem parte e não da magistratura), entendeu que é democrática, até mesmo por não comprometer a função fiscalizatória. 
(3) Ainda, decidiu que é órgão nacional e fiscaliza o judiciário federal e estadual.
	
	EMENDA AVULSA
· Emendas atípicas/não técnicas
· Não fazem alteração no corpo constitucional
· Estabelecem normas que não modificam formalmente o corpo constitucional
· Servem como parâmetro de controle de constitucionalidade
· Ex.: EC 67/10: prorroga por tempo indeterminado o prazo de vigência do Fundo de combate e Erradicação da Pobreza
· Ex.: EC 91/16 – janela partidária: CN permitiu a troca-troca de partido político sem que isso representasse a perda do cargo (desconsiderou a jurisprudência do tema – alguns autores dizem que se trata de ativismo congressual e efeito backlash (reação do poder legislativo a uma jurisprudência já firmada) (reversão de jurisprudência por meio de atividade legislativa
· Passam pelo processo do art. 60 – fruto do poder reformador
	
	LODF (art. 32)
	LOM (art. 11, § ú do ADCT c/c art. 29)
	Retira fundamento de validade diretamente da CRFB
	Retira fundamento de valida da CE e CRFB
	Natureza jurídica: status/natureza de Constituição Estadual, servindo de parâmetro de controle de constitucionalidade (STF)
	Manifestação legislativa (tem peso de lei e não de Constituição) (STF)
Entendimento majoritário: não serve como parâmetro de controle de constitucionalidade
	
	MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
	
CONCEITO
	· Não é a mesma coisa de emenda avulsa (não segue o art. 60, não é manifestação do poder reformador)
· Processo informal de mudança da Constituição
· Poder Constituinte Difuso/Transição constitucional/Interpretação/ Evolutiva/Mudança Informal da Constituição
· “Viradas jurisprudências”
· Não é restrito ao judiciário, mas via de regra é
· Ex.: art. 52, X da CRFB/88
	
REQUISITOS
	· Mudança na percepção do direito
· Modificação na realidade fática
· Força das consequências práticas negativas de uma determinada linha de entendimento
	OBSERVAÇÃO
	· STF entendeu que a ALE NÃO deveria seguir o que ocorre no modelo federal, de autorizar ou não o julgamento dos governadores reinterpretação do art. 86, caput. 
	DIREITO INTERTEMPORAL
	
	
REVOGAÇÃO GLOBAL
	· No Brasil, entre um ordenamento constitucional novo e as normas constitucionais anteriores, em regra, sempre se operou o fenômeno da revogação global significa dizer que a Constituição nova revoga a Constituição que a antecedeu, deixando esta última de produzir seus efeitos jurídicos. 
· Como são normas de mesma hierarquia e versam igualmente sobre matéria constitucional, aplica-se o princípio geral do direito no sentido de que a lei nova revoga completamente a anterior.
· Nada impede que com base na liberdade jurídica do poder constituinte originário, outro fenômeno venha a ser adotado no Brasil.
· Quanto à extensão a revogação poderá ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação). 
· Portanto, quando uma nova Constituição é promulgada, salvo disposição em sentido contrário, haverá a revogação total no texto constitucional anterior.
	
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO
	· Tirar a força de Constituição
· Alguns dispositivos da ordem constitucional anterior serão mantidos válidos perante o novo ordenamento, com status infraconstitucional 
· Parte da Constituição “A” continua a produzir efeitos jurídicos com status infraconstitucional
· Fenômeno expresso
· Pode existir nas Constituições Estaduais
	
VACATIO CONSTITUTIONIS
	· É o período de tempo entre a publicação de uma nova Constituição e a sua entrada em vigor
· Não é, em regra, adotada no país
· CRFB/88 entrou em vigor na data da sua promulgação, não estabelecendo o referido fenômeno. 
· Não existindo uma cláusula estabelecendo a vacatio vigência é imediata, a partir da sua promulgação expressamente
· Durante esse período, toda norma que tenha sido criada e que contrarie as normas constitucionais já existentes, será inválida, pois nesse período continua valendo a Constituição anterior porque ela ainda está produzindo os seus efeitos
· Durante a vacatio constitutionis toda a norma que tenha sido criada e que contrarie as normas constitucionais já existentes será INVÁLIDA, ainda que esteja de acordo com a Constituição promulgada, mas não em vigor. De outro lado, as leis que tenham sido promulgadas nesse período em conformidade com as regras constitucionais vigentes valem enquanto durar a vacatio, mas ficam revogadas com a entrada em vigor do novo texto constitucional, caso não estejam em conformidade material com a nova Constituição
· Parâmetro de validade de uma norma criada durante a vacatio é a Constituição em vigor. 
· Se compatível com a Constituição em vigor, mas materialmente incompatível com a Constituição nova = NÃO RECEPCIONADA
	
RECEPÇÃO
	1. DEFINIÇÃO
· Revalidação das normas que não contrariam, materialmente, a nova Constituição.
· Fenômeno de natureza material porque não analisa o processo legislativo que fundamentou a elaboração da norma, fixando-se na verificação de seu conteúdo
· a norma que vai reger o processo legislativo é a que existia no momento de sua elaboração (tempus regit actum), e não as normas de uma Constituição futura
· Ex.: Lei “A” foi produzida pela via ordinária, porém a atual ordem constitucional dispõe que a referida lei deve ser regulada via LC qualquer alteração no seu texto deverá ser realizada por intermédio desta espécie legislativa
2. LEGISLAÇÃO
· Se a legislação anterior for compatível com a nova constituição: continua a produzir seus efeitos jurídicos
· Se a legislação não for compatível materialmente com a nova constituição: revogada
3. PARÂMETRO
· o parâmetro de recepção ou de não recepção não se esgota na Constituição originária, mas abrange também as normas constitucionais derivadas.
3. REVOGAÇÃO
· Revogação ocorre entre normas de mesma ou diferente hierarquia
· Não recepção não atinge a forma
· CTN é lei ordinária, mas foi recebida naquilo em que estava materialmente compatível
4. REQUISITOS
· estar em vigor no momento do advento da nova Constituição; 
· não ter sido declarada inconstitucional durante sua vigência no ordenamento anterior; 
· ter compatibilidade formal e material sob égide cuja regência ela foi editada e ter compatibilidade somente material com a nova Constituição.
OBS: a recepção não tem como parâmetro apenas a Constituição Originária. Todas as reformas que sofrer ao longo dos anos criarão novos parâmetros. 
Ex.: ADPF que questionou parte da LC 64/90 em face do art. 14, §9º da CRFB. 
Por que não se questionou a constitucionalidade? Porque o parâmetro de controle foi norma da constituição que recebeu alterações pela emenda revisional de 1994. Só é possível declarar a inconstitucionalidade de uma norma em face de uma Constituição que já existia quando ela foi criada. A norma da Constituição surgiu depois dela.
Assim, norma será consideradapré-constitucional em relação a emenda constitucional que surgiu.
ATENÇÃO! Na data da lei e parâmetro de controle!
Por que a ADI não pode recair sobre as normas pré-constitucionais?
Porque no Brasil não se adota a Teoria da Inconstitucionalidade Superveniente. Assim, nenhuma norma válida (criada de acordo com a Constituição existente) se torna inconstitucional com a chegada de nova Constituição. O STF entende que o parâmetro de validade é a Constituição que existia quando a norma foi criada. 
A não recepção gera a revogação.
Não se declara a inconstitucionalidade, pois foram criadas sobre a égide de outra Constituição que não a de 1988.
1. Exemplos
· Lei “A”, de 1978, editada em conformidade com a Constituição de 1967, mas que guarda incompatibilidade material com a CRFB de 1988: REVOGADA, por ausência de recepção Não se fala aqui em inconstitucionalidade superveniente, uma vez que o Brasil NÃO adotou a tese da INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE (hierarquicamente inferiores). Trata-se do princípio da contemporaneidade, ou seja, uma lei só é constitucional perante o paradigma de confronto em relação ao qual ela foi produzida.
· Lei “B”, que observou o procedimento formal de aprovação previsto na Constituição de 1967, sob cuja égide foi editada, mas que não se mostra compatível com as regras formais de processo legislativo previstas pela CF88 para a espécie: RECEPÇÃO compatibilidade formal da lei deve ser aferida somente diante do parâmetro da época. Ex.: CTN recepcionado com status de lei complementar.
· Lei “C”, de 1974, que fere o processo legislativo previsto na Constituição de 1967, mas que, até o advento da Constituição de 1988, nunca fora objeto de controle de constitucionalidade: Como a compatibilidade formal deve ser aferida diante do parâmetro da época, a lei “C” possui um vício congênito de inconstitucionalidade e, portanto, insanável. Ainda que na nova Constituição o procedimento fosse compatível, não haveria convalidação do vício originário, sendo certo que o ordenamento jurídico brasileiro também não admite o fenômeno da CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE.
· Lei federal “E”, de 1973, tratando de matéria de competência elencada como privativa da União pela Constituição de 1967. No entanto, a referida competência é transferida aos Estados pela CRFB de 1988, sendo que o Estado do RJ, no exercício desta competência, edita uma lei em sentido contrário à lei federal de 1973: RECEPÇÃO com relação aos elementos formais (competência e procedimento), aplica-se o princípio do “tempus regit actum” ou da contemporaneidade: aplica-se a norma constitucional em vigor no momento da edição da norma. (lei estadual revogando lei federal)
	
REPRISTINAÇÃO
	· Uma lei validamente revogada não volta a produzir efeitos jurídicos com a revogação da lei que a revogou (art. 2º, §3º da LINDB)
· Expressamente
· Ex.: CC/2002 revogou o CC/1916. 
· NÃO se confunde com efeito repristinatório
· A sociedade muda e as normas precisam acompanhá-la, sob pena de descompasso temporal entre a realidade e as leis.
Qual a diferença entre repristinação e efeito repristinatório?
Repristinação: É um fenômeno legislativo no qual há a entrada novamente em vigor de uma norma efetivamente revogada, pela revogação da norma que a revogou.
Efeito repristinatório: advém do controle de constitucionalidade. Para compreendê-lo melhor, é necessário explanar brevemente sobre o princípio que lhe dá suporte: o princípio da nulidade do ato inconstitucional.
Para este princípio implícito, extraído do controle difuso de constitucionalidade e acolhido em nosso ordenamento, o ato inconstitucional nasce eivado de nulidade. Não é apenas anulável.
Essa tese é embasada no fato de que a decisão que reconhece a inconstitucionalidade é declaratória. E a decisão declaratória apenas reconhece determinada situação, no caso, a nulidade.
Com isso, a norma que nasce nula (declarada inconstitucional) não poderia revogar a anterior validamente.
Assim, o efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional.
	DIREITOS FUNDAMENTAIS
	
	
EFICÁCIA VERTICAL
	· Aplicação entre o Estado e o particular 
· Estado tem o peso da supremacia do interesse público e por isso pode restringir os direitos em prol da coletividade
· Restringindo a autonomia da vontade
· Limita atuação do Estado
	
EFICÁCIA HORIZONTAL
	· “A” ------ Autonomia da vontade ------- “B”
· Relação intersubjetiva (entre particulares) (entre pessoas naturais e jurídicas de direito privado)
· Não existe direito fundamental de natureza absoluta
· Quanto maior a desigualdade existir entre as partes, maior será a intervenção do Estado para equilibrar/ evitar o abuso/arbítrio
· Decorre da dimensão objetiva dos direitos fundamentais
· Ex.: expulsão do sócio respeitando o contraditório e ampla defesa
· Ex.: relações trabalhistas e do consumidor
· Autonomia privada não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional.
· Ex.: não pode violar o direito à ampla defesa e contraditório, pois é preceito de ordem pública e não pode ser desobedecido direito subjetivo. Devido processo legal.
· Verificar se não cabe o princípio da proporcionalidade e razoabilidade decisão manifestamente excessiva/intervenção desmedida ideias de justiça, proibição do excesso, equidade e bom senso interpretação para todo o ordenamento jurídico.
· eficácia e força normativa também se impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações privadas
	APLICABILIDADE IMEDIATA
	· pode ser invocado mesmo que não haja lei disciplinando o dispositivo constitucional
	
CONSTITUCIONALIZAÇÃO FORMAL DOS TRATADOS SOBRE DIREITOS HUMANOS (ART. 5º, §3º)
	· EC 45/04
· Processo de constitucionalização formal dos tratados sobre DH
· Decreto 6949/09 (Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência)
· Decreto 9522/18 – Tratado de Marraqueche: servem como parâmetro de controle de constitucional, pois foram aprovados com status de emendas constitucionais
· Atos constitutivos do Tratado de Marraqueche ocorreram em 2015 e não durante o ano de intervenção federal
	
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS QUE NÃO SEGUIREM O RITO DO ART. 5º, §3º
	1. QUADRO GERAL
Tratados que não versam sobre direitos humanos: status de lei ordinária federal
Tratados que versam sobre direitos humanos – crivo do art. 5º, §3º: status de emenda constitucional
Tratados que versem sobre direitos humanos – não passou pelo crivo: status supralegal
2. STATUS SUPRALEGAL
· Pacto San José da Costa Rica supralegalidade
· Abaixo da Constituição e acima da legislação infraconstitucional (lei)
· STF entendeu que o status supralegal atribuído ao Pacto San José da Costa Rica fez com que ele pudesse revogar a legislação processual civil que previa a prisão civil do depositário infiel (quem recebe o bem para guardar em confiança, mas acaba se desfazendo do bem)
OBS: Os TIDH aprovados antes da EC 45/04 e os não incorporados na forma do art. 5º, §3º, têm status supralegal e não servem como parâmetro do controle de constitucionalidade. Ex.: Pacto San José da Costa Rica.
OBS: Se uma lei ofende uma norma supralegal, mas não viola diretamente a Constituição, não é possível a realização do controle de constitucionalidade
3. PROCEDIMENTO - 
	
BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE
	· Entende que com base no art. 5º, §2º, existe uma recepção direta e imediata de tratados sobre direitos humanos que, independentemente de qualquer procedimento interno de incorporação, já teria status de emenda constitucional
· Trata-se da Teoria Monista, ou seja, o ordenamento jurídico é um só, não interessa se internacional ou nacional, é todo voltado à defesa do indivíduo, da sua dignidade. Assim, todos os tratados assinados pelo país teriam status de norma constitucional, já que são materialmente constitucionais. Não haveria necessidade de passar pelo procedimento de constitucionalização formal. Ainda, entende queao incorporar um tratado mais favorável que a legislação interna, deveria ser aplicado em detrimento da legislação nacional. NÃO É ADOTADO PELO STF
· A Teoria Dualista é adotada pelo STF, que entende que tratados sobre direitos humanos só terão status de emendas, só poderão ser reconhecidos como normas constitucionais derivadas caso passem pelo rito do art. 5º, §3º.
	
INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA FEDERAL 
OU
 FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES ENVOLVENDO DIREITOS HUMANOS
	· Garantir celeridade e ideal maior da justiça
· Art. 109, §5º
· Defesa do pacto federativo seguir os requisitos
· Não se limita a crimes contra a vida
· Federalismo cooperativo
· Ex.: professor do CERS, promotor de justiça no PE, brutalmente assassinado
· Doutrina sustenta que será possível o deslocamento da competência até mesmo na fase executiva, após o trânsito em julgado, porque é possível que a violação de direitos humanos somente ocorra nessa fase.
· Legitimado: PGR
· Competência: STJ
· Requisitos
a) Grave violação de direitos humanos (análise a cargo do STJ)
b) Risco de sanção internacional para o Brasil;
c) Omissão ou negligência da polícia ou justiça; (se ocorreu ontem, por ex., não poderá)
	
APLICAÇÃO IMEDIATA
	· Direitos público subjetivo que podem ser reivindicados em juízo
· Não há promessas vazias no texto constitucional
· Ainda que se trate de norma prevista em norma de conteúdo programático (ex.: saúde, educação ou outros direitos sociais)
	
TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITOS HUMANOS
	· EC 45/04
· Art. 7º, ADCT
· Decreto 4388/02 – incorporou o Estatuto de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional (genocídio, crime contra a humanidade)
· Art. 5, §4º - Brasil se submete à jurisdição do TPI
	
LIBERDADE RELIGIOSA
	· STF: sacrifício de animais em religiões de matriz africana é compatível com a Constituição, pois sem este a religião deixaria de existir
· O caráter penal da legislação, por sua vez, exigiria a definição de fatos puníveis e suas respectivas sanções (não ocorreu)
· mecanismo de assegurar a liberdade religiosa
· negaria a própria essência da pluralidade cultural
	INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
	· CPI não pode determinar (princípio da reserva constitucional de jurisdição)
	
DIREITO DE REUNIÃO
	· Peça cabível para defender o direito: liberdade de manifestação de expressão coletiva MS (já caiu em peça)
· STF entendeu que a Marcha da Maconha (pedindo a descriminalização) está em conformidade com o direito de reunião (aborto também no mesmo sentido)
	
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO
	· pressupõe um vínculo mais definitivo (do que o direito de reunião)
· Compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial princípio da reserva de jurisdição (atos privativos do Poder Judiciário, somente podendo ser praticado por magistrados)
· Princípio da liberdade negativa de associação (não são obrigadas a se associar ou permanecer associada)
· Autorização expressa do art. 5º, XXI não é exigida no caso de substituição processual como no caso de MSC, pois nesse caso a autorização já é dada pela própria lei
	
DIREITO À INFORMAÇÃO
	· Lei de Acesso à Informação (LAI) – art. 12.527/11 – banca tem cobrado como fundamentação de peça e questões
· Transparência
· Sem necessidade de apresentar o motivo
· Vale para os 3 Poderes da U, E, DF e M; Tribunal de Contas, entidades privadas sem fins lucrativos, MP
· Hipóteses de sigilo são limitadas e estabelecidas em lei
· Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução (gratuidade de informação)
· Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral (transparência ativa)
· Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação (transparência passiva)
	IGUALDADE FORMAL E MATERIAL
	· Art. 5º, caput igualdade formal
· Tratar os iguais de forma igual e os desigualmente os desiguais na medida das suas desigualdades
	REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
	
	
HABEAS DATA
	· Voltada aos dados de natureza pessoal
· Ex.: nome, estado civil, trabalho, saúde
· Relativos à própria pessoa
· Retificar OU conhecer OU complementar os dados 
· Não se permite pedido cumulativo, de acordo com entendimento jurisprudencial
· Remédio personalíssimo, que deve ser impetrado pelo titular do dado pessoal. Exceção: herdeiros do falecido.
· Não é remédio da fofoca
· Comprovação da recusa do dado (não exige o esgotamento da instância administrativa)
· Art. 8º da Lei: recusa é comprovada pelo decurso do tempo
· Ser BR nato não é condição para impetração (somente na ação popular)
	MANDADO DE INJUNÇÃO
	· Defender direitos fundamentais previstos na CRFB e dependente de regulamentação
· Partes, lide, pretensão resistida de interesses, processo subjetivo, interesse específico, direitos fundamentais
	AÇÃO POPULAR
	· Cidadão brasileiro nato ou naturalizado em pleno gozo de seus direitos políticos
· Não há prerrogativa de foro funcional, salvo: art. 102. I, “f” e “n”
· PJ não pode ser autora (súmula 635, STF)
· Não cabe contra lei em tese foge do escopo da ação
· Pode alegar incidentalmente que o ato se baseou em uma lei inconstitucional
	NACIONALIDADE
	
	NACIONALIDADE – CONCEITO
	· Vínculo jurídico-civil que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo o componente do povo e titular de direitos e obrigações
· Originária ou derivada
	NACIONALIDADE E CIDADANIA
	· Nacionalidade: vínculo civil
· Cidadania: vínculo político credenciamento pelo título de eleitor
· Dupla nacionalidade ≠ dupla cidadania nem todos que possuem mais de uma nacionalidade possuem, necessariamente, mais de uma cidadania (exercem direitos políticos em mais de um país)
	
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA
	· Decorre do nascimento (involuntária)
· Brasileiro nato
· Critérios: 
a) Sanguíneo (ius sanguinis): todo o descendente de nacional, independentemente do lugar de nascimento
b) Territorial (ius soli): nascido em território nacional, independentemente da nacionalidade da ascendência
c) Misto: Ex.: Brasil
ATENÇÃO! NÃO há o jure matrimoni para efeito de aquisição da nacionalidade originária. Assim, casar com um brasileiro não vai garantir ao estrangeiro a nacionalidade brasileira.
· Hipóteses taxativas(art. 12, I, “a”, “b”, “c”): não é possível ampliar no plano infraconstitucional
1.1. “a”: ius soli. 
· Ex.: se alemães passando no Brasil, será brasileira nata, já que não estão a serviço do País de origem; 
· Ex.: Ministro, Embaixador, Cônsul, Presidente, Secretário do Estado a serviço do País de origem
· Sempre que um filho de brasileiro nascer no Brasil será brasileiro nato (ainda que seja casado com estrangeira a serviço de seu país) AMBOS pais precisariam ser estrangeiros.
1.2. “b”: ius sanguinis + critério funcional
· Pai brasileiro OU mãe brasileira
· A serviço da Administração Pública Direta ou Indireta de todas as unidades federativas
· Ex.: diretor da estatal que tem filha na Noruega = brasileira nata estava representando o País no exterior
1.3. “c”: ius sanguinis + registro no Consulado ou residência + manifestação de vontade após atingida a maioridade, perante a Justiça Federal
· Ex.: pais não querem registrar no país onde estão morando (quiseram deixar a escolha para a criança) se a criança quiser se tornar brasileira nata poderá ação de confirmação de nacionalidade brasileira (não pode ser proposta pelos pais)
· Caso a criança venha antes da maioridade considerado brasileiro nato provisório até que manifeste a intenção de virar brasileiro definitivo, perante a JF
· OBS: preenchidos os requisitos legais, não é possível que a Justiça negue a nacionalidade pretendida pelo filho do brasileiro, é um direito público subjetivo.
· OBS: é possível exercer a qualquer tempo depois de atingida a maioridade.
· OBS: Ronaldo Carlos e Geovana poderão registrar seu filho em Consulado, ou nas seções consulares das Embaixadas, de acordo com o art. 12, I, c, da CRFB/88. Não há necessidade de vir ao país
· O art. 95, ADCT foi incluído pela EC 54/07 para contemplar justamente os nascidos no estrangeiro de filhos de brasileiro de 1994 a 2007, a data da emenda.(em 1994 tinham impedido o registro no consulado)
	NACIONALIDADE DERIVADA
	· Via de regra, processo de naturalização (voluntária), através da manifestação de vontade
· Brasileiro naturalizado
· Lei de Migração – Lei nº 13.445/2017
ATENÇÃO! Não existe naturalização tácita ou por decurso de prazo (ex.: ficando 20, 30 anos), depende de manifestação de vontade 
1. Naturalização Ordinária (art. 12, II, “a”)
· na forma da lei 
· estrangeiros e apátridas
· fruto de ato discricionário do Poder Público mesmo que satisfeitos os requisitos legais é possível que o Poder Público negue o pedido de naturalização
· 2 situações: estrangeiros e estrangeiros originários de países de língua portuguesa
a) Estrangeiros em geral: requisitos da Lei de Imigração (art. 65)
b) Originários de países de língua portuguesa: (Ex.: Angola, Portugal) naturalização facilitada pela Constituição Federal
2. Naturalização Extraordinária (art. 12, II, “b” da CRFB e art. 67 da Lei de Imigração)
· Ato vinculado preenchidos os requisitos, não é possível negar o pedido. Trata-se de direito público subjetivo do estrangeiro de se naturalizar estrangeiro
· Requisitos:
i. Residir no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos
ATENÇÃO! Não quer dizer que o estrangeiro não possa deixar o Brasil para, por exemplo, uma viagem de turismo ou de negócios ou visitar família fora do país. Verificar se não houve quebra do vínculo da residência
ii. Não tenha condenação penal
iii. Requerer a nacionalidade
· Segundo entendimento do STF, a portaria de formal reconhecimento da naturalização, expedida pelo ministro de Estado da Justiça, é de caráter meramente declaratório. Pelo que seus efeitos hão de retroagir à data do requerimento do interessado.
3. Naturalização Especial (Lei de Imigração)
4. Naturalização Provisória (Lei de Imigração)
	
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
	· CRFB prevê a possibilidade de restrição
· Hipóteses:
a) Art. 12, §3º: cargos (PR ou alto cargo na segurança nacional) (somente Ministro da Defesa é privativo de brasileiro nato)
b) Art. 89, VII: função no Conselho da República (participação do povo) (nem todos os membros precisam ser brasileiros natos)
c) Art. 5º, LI: extradição (brasileiro nato não poderá extraditado)
ATENÇÃO! A regra da dupla nacionalidade não exclui a regra de não extradição de brasileiro nato (não poderá nem para o país que o fez nacional).
A regra de não extradição de BR nato constitui cláusula que não comporta exceção.
d) Art. 222: propriedade de empresa jornalística (natos ou naturalizados há mais de 10 anos)
	
PERDA DA NACIONALIDADE
	· Não se permite ampliar as hipóteses por norma infraconstitucional taxativo
· Hipóteses:
a) Brasileiro naturalizado (§4º, I): cancelada a naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional perda sanção ou punição (ação de cancelamento de naturalização, proposta pelo MPF na Justiça Federal de 1º Grau - na forma do art. 109, X)
· Não pode recuperar por processo administrativo
· Somente poderá recuperar é pelo julgamento positivo de ação rescisória da decisão que transitou em julgado
· O que é atividade nociva? Analisada em cada caso
b) Brasileiro nato ou naturalizado (§4º, II): perda-mudança ou administrativa, salvo exceções previstas no texto.
· A aquisição VOLUNTÁRIA de outra nacionalidade gera a perda da nacionalidade brasileira
· Ex.: brasileira nata porque nasceu no Brasil, mas como é filha de italiano também adquiriu a nacionalidade italiana outra nacionalidade originária
· Ex.: brasileiro foi morar na Bélgica e a imposição para sua permanência é se naturalizar belga não perde a nacionalidade brasileira
· Ex.: jogador de futebol
· Ex.: brasileiro quer morar na Suíça e não há imposição do governo para adquirir a nacionalidade – faz pedido de naturalização – se for aceito precisará abrir mão da nacionalidade brasileira – se ele cansar da Suíça e decide voltar para o Brasil – ele poderá readquirir a nacionalidade brasileira? – sim, pelo mesmo processo administrativo que enfrentou para perder perda mudança decisão administrativa) volta a ser brasileiro nato
· Ex.: brasileira nata se mudou para os EUA – conseguiu o green card – decidiu se naturalizar norte americana – abriu mão da naturalidade brasileira – se casou com americano – matou seu marido – viajou para o Brasil – pedido de reaquisição de nacionalidade brasileira – pedido de extradição entendeu que só queria readquirir para fugir do processo de extradição (stf) não poderia readquirir
	DIREITOS POLÍTICOS
	
	
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
	· Regime político: democracia
· Tem como base a soberania popular se manifesta pelos direitos políticos (art. 1º, parágrafo único)
· representantes eleitos ou diretamente pelo poder político (plebiscito, referendo) democracia representativa, com peculiaridades e atributos da democracia direta
	SUFRÁGIO
	· direito público subjetivo político que permite que o cidadão participe da vida do Estado universal (popular: nem todos os cidadãos gozam do mesmo grau de direitos políticos
	DEMOCRACIA DIRETA
	Todas manifestações feitas pelo cidadão ( povo exerce por si o poder, sem intermediários, sem representantes)
	DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
	povo, soberano, elege representantes, outorgando-lhes poderes, para que, em nome deles e para o povo, governem o país
	
DIREITOS POLÍTICOS – INTRODUÇÃO
	· A regra é que todo cidadão seja antes nacional exceção: português equiparado (estrangeiro com direitos diferenciados – tratado de reciprocidade com Portugal – em vez de se naturalizar, pode permanecer com status de estrangeiros e usufruir dos direitos e deveres do brasileiro naturalizado) (art. 12, §1º)
· Inalistáveis: conscrito (cumprindo serviço militar obrigatório), estrangeiro (exceção: português equiparado)
	
DIREITOS POLÍTICOS ATIVO
	1. INICIATIVA POPULAR
1. apresentação de projeto de lei (art. 61, §2º c/c art. 13 da Lei 9.709/98) só pode ser voltado a UM tema e não pode ser rejeitado por vício de forma (CD corrige)
1. plano estadual (Art. 27, §4º): LEI em sentido formal disporá sobre iniciativa popular no processo legislativo estadual (e não é MP, regulamento, decreto)
2. PLEBISCITO E REFERENDO (Lei 9.709/98)
1. Plebiscito: consulta prévia
1. Refendo: medida posterior 
1. No plano federal: convocados pelo CN por meio de decreto legislativo
3. AÇÃO POPULAR
1. Somente proposta pelo cidadão (art. 5º LXXIII, CRFB/88 e art. 1º, §3º, Lei 4.717/65)
4. VOTO
1. Cláusula pétrea
1. Obrigatoriedade formal de comparecimento às urnas não é cláusula pétrea
5. ACUSAÇÃO POR CRIME DE RESPONSABILIDADE CONTRA O PR
1. Atividade privativa do cidadão
1. Apresentada perante a Câmara dos Deputados
1. Art. 14 da Lei 1.079/50
	
DIREITOS POLÍTICOS PASSIVO
	· Condições de elegibilidade (art. 14, §3º, CRFB/88)
· Domicílio eleitoral na circunscrição e filiação partidária pelo prazo de 6 meses (art. 9º da Lei nº 9.504/97)
· Idades comprovadas no ato da posse, exceto vereador: no registro da candidatura
	DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
	· Direito de votar, capacidade de ser eleitor, alistabilidade. Consistem no conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais.
	DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
	0. INELEGIBILIDADES
1. Afetam os direitos políticos passivos
1. tem a ver com a elegibilidade da pessoa ou o direito de ela ser votada.
1.1. Absolutas (art. 14, §4º)
1. Inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e analfabetos
1. Português equiparado, devidamente alistado e preenchidas as demais condições de elegibilidade, poderá se candidatar a cargos eletivos não privativos de brasileiros natos
1. Se esgotam na CRFB não podem ser ampliadas no plano infraconstitucional
1. Analfabeto possui capacidade eleitoral ativa (pode votar), mas não pode ser eleito para cargo eleito algum (não possui elegibilidade)
1.2. Relativas (art. 14, §5º, §6º, §7º e §9º)
1. Podem ser ampliadas no plano infraconstitucional (lei complementar)
1. LC 64/90 – lei das inelegibilidades
a) Art. 14, §5º: 
1. a vedação para o 3º mandato consecutivo valepara o PR, Governador e o Prefeito. Não há número máximo de reeleições para os membros do Legislativo;
1. Nada impede que o indivíduo concorra 3x, 4x, 5x ao cargo do Executivo, mas não pode 3 mandatos consecutivos (pode alternado)
1. STF adotou a proibição da figura do prefeito itinerante ou prefeito Analfabeto possui capacidade eleitoral ativa (pode votar), mas não pode ser eleito para cargo eleito algum (não possui elegibilidade)
1. profissional: prefeito reeleito pelo Município “A” não poderia concorrer a um 3º mandato no Município “B” princípio democrático. O entendimento não se limitou a Municípios próximos, mas a qualquer município.
1. O entendimento vale para Governador? A visão é de que sim.
1. Vice-PR: poderá acontecer Temer apenas substituiu em situação esporádicas. No entanto, quando a Dilma sofreu o impeachment, passou a ser titular do cargo (1º mandato como titular), assim poderia concorrer no 2º mandato. Depende se atuou como substituto ou se assumiu como sucessor.
	
	PR
	VPR
	2010
	Dilma
	Temer
	2014
	Dilma
	Temer
	2014
	Temer
	
	2018
	Temer
	
b) Art. 14, §6: Desincompatibilização
1. só vale para o titular do cargo (PR, G, P) 6 meses antes do pleito eleitoral a fim de concorrer a OUTRO cargo. 
1. Para a reeleição não se exige
c) Art. 14, §7º: Inelegibilidade reflexa: 
1. objetivo de proteger a democracia e evitar a formação de oligopólios no poder. Parâmetro é o titular do cargo do Executivo
1. NÃO se aplica à reeleição. Ex.: família Bolsonaro
1. SV 18: dissolução do vínculo conjugal 
1. De acordo com a jurisprudência do STF, o que orientou a edição da referida súmula foi a preocupação de inibir que a dissolução fraudulenta ou simulada de sociedade conjugal seja utilizada como mecanismo de burla à norma da elegibilidade reflexa. Portanto, não se aplica em caso de dissolução do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges.
1. De acordo com o entendimento do STF, a dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato não afasta a inelegibilidade prevista no art. 14. §7º da CRFB. Se a separação judicial ocorrer em meio à gestão do titular do cargo que gera vedação, o vínculo de parentesco, para fins de inelegibilidade, persiste até o término do mandato, inviabilizando a candidatura do ex-cônjuge ao pleito subsequente, na mesma circunscrição, a não ser que ele se desincompatibilize 6 meses antes das eleições. renúncia era utilizada para afastar a inelegibilidade reflexa.
1. STF: é inelegível para o cargo de prefeito de Município resultante de desmembramento territorial o irmão do atual chefe do Poder Executivo do município-mãe. O regime jurídico das inelegibilidades comporta interpretação construtiva dos preceitos que lhe compõem a estrutura normativa. Assim, visa impedir que se formem grupos hegemônicos nas instâncias locais. O primado da ideia republicana. a transferência de poder político seria imediata
1. Renúncia 
1. 1º mandato: afasta por completo a inelegibilidade (família pode concorrer a qualquer cargo eletivo, inclusive o ocupado pelo renunciante). Ex.: Garotinho foi eleito para Governador do RJ. 6 meses antes ele renunciou porque queria concorrer a PR (1998 a 2002) Rosinha veio para Governador (2002-2006) não tem vedação. No entanto, em 2006 a Rosinha não poderia se candidatar novamente, pois não é permitido 3º mandato consecutivo com a mesma pessoa ou família no poder.
1. 2º mandato: afasta por completo a inelegibilidade, mas a família não pode concorrer ao cargo antes ocupado pelo renunciante. (se não teriam 3 mandatos consecutivos com a mesma família no poder).
1. parentes de 2º grau por afinidade: cunhado
1. parente de 1º grau por afinidade: sogro, enteado
1. família do Prefeito: não poderá concorrer aos cargos de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador do município em que o Prefeito atua. 
Ex.: Prefeito de Campos-RJ não poderá concorrer aos cargos eletivos municipais em Campos-RJ, mas poderá concorrer em município de Macaé, RJ, SP
1. família do Governador: não poderá concorrer aos cargos de Prefeito, Vice-Prefeito, Governador, Vice-Governador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador Federal pelo Estado pode concorrer a cargos municipais, estaduais ou federais por outro Estado ou à presidência da república. 
Ex.: No RJ, a família do Governador não pode concorrer a cargo eletivo pelos 92 municípios fluminenses.
1. Família do PR: não pode concorrer a nenhum cargo eletivo.
Obs.: Como escreve? Ex.: parentesco consanguíneo de “terceiro grau”, pela linha colateral; parentesco de 1º grau por adoção; parentesco consanguíneo de 2º grau pela linha reta; parentesco de 1º grau de afinidade. 
0. Perda e suspensão
1. Afetam os direitos políticos ativos e passivos
1. Cassação não é possível
1. Perda: cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (art. 12, §4º, I) e se adquirir outra nacionalidade voluntariamente (não sendo as exceções previstas)
1. Suspensão: condenação criminal enquanto durarem seus efeitos (até a extinção da punibilidade); improbidade administrativa
Obs: divergência doutrinária em relação ao art. 15, IV (recusa de cumprir obrigação a todos imposta)
	PRINCÍPIO DA ANUALIDADE/ANTERIORIDADE EM MATÉRIA ELEITORAL
	· Art. 16 da CRFB
· STF entendeu que representa uma garantia individual do cidadão eleitoral, sendo cláusula pétrea, não podendo ser extinta ou relativizada por meio de emenda constitucional
	
PARTIDOS POLÍTICOS
	0. INTRODUÇÃO
· PJ de direito privado
· Essencial ao princípio democrático pluralismo político
· Exercem o monopólio das candidaturas (não existe candidatura avulsa)
· Caráter nacional
· (art. 22-A) Lei 9096/95
· Sistema proporcional: votos dados ao partido. Ex.: vereadores e deputados
· Sistema majoritário: votos dirigidos aos candidatos. Ex.: Senado e Chefia do Poder Executivo
0. FIDELIDADE PARTIDÁRIA
2.1. Sistema proporcional
· STF: prevalece a fidelidade partidária para os candidatos eleitos pelo sistema proporcional primar confiança dos eleitos e garantir que as escolhas feitas sejam preservadas. 
· Ênfase nos votos obtidos pelo partido
· Não irá sempre ocasionar a perda do mandato pois existem hipóteses de justa causa.
· Ex.: parlamentar eleito pelo partido “X” – Depois entrou com processo de troca válida do partido alegando perseguições pessoais do partido “Y” – ele morre – Justiça Eleitoral reconhece que a troca de partido foi válida Quem deve nomear o sucessor? O STF entendeu que seria o partido de origem (Partido “X”), em razão da confiança jurídica depositada pelo povo e forma federativa do Estado.
2.2. Sistema majoritário
· presidente da república, governador, prefeito e senador
· mandato eletivo pertence ao parlamentar e não ao partido político
· art. 1º, §ú e art. 14, caput soberania popular
· ênfase na figura do candidato
· STF: não se aplica perda do mandato por infidelidade partidária, ainda que sem justa causa
0. FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS
· STF entendeu que contribuições de PJ nas campanhas são inconstitucionais atrapalham os equilíbrios das eleições (desnivelamento). Além disso, PJ não tem cidadania prevista no texto constitucional.
	
EC 97/17
	· proibiu coligações eleitorais no sistema proporcionais e criou a cláusula de barreira/cláusula de desempenho (§3º - acesso ao fundo partidário, direito de antena) será aplicada a partir das eleições de 2020
a. Cláusula de barreira/desempenho
· partidos somente terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos prejudica partidos pequenos
b. Mudança de partido do candidato eleito por uma agremiação que não atingiu os requisitos 
· se um candidato for eleito por um partido que não preencher os requisitos para obter o fundo partidário e o tempo de rádio e TV, este candidato tem o direito de mudar de partido, sem perder o mandato por infidelidade partidária (art. 17, §5º)
· Ex: João é eleito Deputado Federal pelo PNCO (Partido Nanico). Ocorre que o PNCO não elegeu 15 Deputados Federais. Logo, João poderá mudar para o PMDB,por exemplo, não levando consigo essa filiação para fins de aumentar os recursos do fundo partidário e do tempo de rádio e TV para o partido de destino.
	DIREITOS SOCIAIS
	
	NATUREZA JURÍDICA
	· Direitos fundamentais
	2ª DIMENSÃO
	· Prestações positivas por parte do Estado
· Saúde, educação, moradia, alimentação, transporte
· Justiça social
· Direitos trabalhistas (art. 7º)
	
POLÍTICAS PÚBLICAS
	· Atos administrativos ou leis que visam concretizar os direitos sociais
· Poder Executivo e Legislativo
· No entanto, nem sempre conseguem concretizar todas as promessas constitucionais necessidade infinitas de um lado e recursos orçamentários escassos de outro
· Princípio da inafastabilidade da jurisdição (natureza de direito fundamental, o que aumenta ainda mais a sua densidade normativa) canalização de todas as frustações populares vão para o Poder Judiciário
· A Judicialização da política gera a politização do judiciário?
· Judicialização da política: questões que tradicionalmente estão nas mãos da política podem ser tratadas pelo Judiciário
· Politização do judiciário: quebra da imparcialidade, quebra da harmonia e separação de poderes
· Nenhuma norma que se encontre na CRFB é promessa constitucional em vão
· É preciso dar efetividade à CRFB
· Compromisso constitucional com os limites recíprocos se o Legislativo e o Executivo não estão cumprindo suas missões, cabe ao Judiciário provocado para agir, não se calar, sob pena de ser o 3º poder ineficiente
· Veto não é objeto válido para ser discutido via ADPF
· Não é tarefa ordinária do Poder Judiciário mas poderá incidir se comprometer a eficácia e integridade de direitos individuais e coletivos, sob pena de frustrar a confiança legítima
· Mínimo existencial (dignidade da pessoa humana) e reserva do possível (razoabilidade da pretensão deduzida em juízo + disponibilidade financeira do Estado) no entanto, não pode se tornar obstáculo para concretização dos direitos sociais (somente se o Estado comprovar objetivamente que não tem recursos)
	PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL
	· Conjunto de situações materiais indispensáveis à existência humana digna. 
· O princípio ultrapassa a mera garantia de sobrevivência física, situando-se além do limite da chamada pobreza absoluta, logo, não pode ser confundido com o mínimo vital. 
· Seu fundamento pode ser extraído da dignidade da pessoa humana
	PRINCÍPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL
	1. ESTADO PODE INVOCAR?
· Em regra, o Estado não pode invocar o princípio da reserva do possível como justificativa para deixar de cumprir as obrigações elencadas no texto constitucional, pois não pode ser utilizado com a finalidade de se exonerar do cumprimento de suas obrigações constitucionais, notadamente quando da conduta governamental negativa puder resultar nulificação ou redução dos direitos constitucionais a nada. 
· Ressalvada a ocorrência de justo motivo objetivamente aferível, tal princípio
· Judiciário pode implementar políticas públicas omissas ou prestadas indevidamente, desde que respeitados os princípios do mínimo existencial e reserva do possível. Só pode ser obstáculo se não houver recursos suficientes para suprir a demanda
2. ARGUMENTOS – CONTROLE JUDICIAL
· legitimidade dos juízes no Brasil, que é constitucional intérpretes constitucionais qualificados; 
· concurso público a que são submetidos meio mais democrático para se ingressar numa carreira pública; 
· necessidade de uma releitura da separação de poderes juízes são demandados para a necessária implementação dos direitos fundamentais de 2ª geração no caso de omissão ou má prestação dos direitos sociais.
	ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
	
	REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
	· princípio da predominância de interesses
	ESTADOS
	· Art. 25, §1º competência residuais/remanescente
· Gás canalizado não pode MP sobre o assunto
· LC instituir regiões metropolitanas
	
MUNICÍPIOS
	1. INTERESSE LOCAL
· STF: definição do tempo máximo de espera de clientes em filas de instituições bancárias competência do Município para legislar
· STF: competência do município para legislar sobre matéria de segurança em estabelecimentos financeiros (terminais de autoatendimento). Ex.: impedir que fale no celular enquanto tá no caixa de atendimento
· Art. 30, II: suplementar legislação federal e estadual no que couber (se destina as matérias do art. 24)
· STF: Competente para legislar sobre meio ambiente com a U e E no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI e art. 30, I)
2. SÚMULA VINCULANTE
· SV 2 (bingos e loterias – art. 22, XX) precisa ser legislação federal (caso seja estadual, distrital ou municipal que versem serão declaradas inconstitucionais)
· SV 38 – horário de funcionamento de estabelecimento comercial município
· SV 39: vencimentos dos membros da polícia civil e militar e corpo de bombeiros militar do DF União (art. 21, XIV)
· SV 46: crime de responsabilidade privativa da União
· SV 49: princípio da livre concorrência
3. RENÚNCIA DE PRERROGATIVA
· Os municípios não poderiam renunciar a prerrogativas próprias de sua autonomia, por se tratar de matéria indisponível, tendo em vista o disposto no art. 18 da CRFB/88 que elenca os entes, mencionando a autonomia de cada um eles e o próprio art. 29 da CRFB/88, que, ao tratar sobre os muncípios, dispôs sobre o atendimento aos princípios estabelecidos na Constituição Federal, que devem ser observados pelas leis orgânicas de cada município brasileiro. 
· Ademais, o próprio art. 60, § 4º, I, da CRFB/88 traz a forma federativa do Estado como uma cláusula pétrea, que não pode ser abolida.
	
INEXISTÊNCIA DO DIREITO DE SECESSÃO
	· Não se admite no Brasil o desfazimento do vínculo, tornando, por exemplo, o Estado soberano
· É a separação, segregação do pacto federativo, direito de retirada
· princípio da indissolubilidade do vínculo federativo
· a forma federativa de Estado é um dos limites materiais ao poder de emenda, na medida em que, de acordo com o art. 60, § 4.º, I
· Intervenção federal (art. 34, I)
· Criação de Estados e Municípios = possibilidade
	
DENOMINAÇÕES
	a) Incorporação: representa a união geográfica e populacional de 2 ou + Estados já existentes. Nesse procedimento, os Estados envolvidos perdem a sua capacidade jurídica, ganhando uma nova com a formação do novo Estado-membro. Neste caso há aumento populacional. Ex.: Estado A + Estado B = Estado C
b) Subdivisão: criação de 2 ou + Estados através de um Estado já existente. O Estado de origem perderá sua autonomia e capacidade jurídica, pois deixará de existir em razão da criação de 2 ou + povos. Nesse caso, como acontecerá uma divisão, haverá uma diminuição geográfica e populacional. Ex.: Estado A Estado B + Estado C
c) Desmembramento: um Estado já existente cede parte de seu território para a formação de um novo Estado ou para acrescer um outro Estado, também já existente. O Estado de origem não perde a sua capacidade jurídica em nenhum dos casos, perde apenas em termos de população e espaço geográfico.
	
REQUISITOS PARA CRIAÇÃO – ESTADOS
	· Plebiscito com a população diretamente interessada convocado pelo CN (art. 3º e 4º da Lei 9.709/98) (art. 49, XV) (art. 48, VI)
OBS: a população diretamente interessada deve ser entendida como a população tanto da área desmembrada do Estado-membro como a da área remanescente, conforme entendimento do STF.
	
REQUISITOS PARA CRIAÇÃO – MUNICÍPIOS
	· Desde a EC 15/96 exige-se a edição de LC federal
· Art. 18, §4º, CRFB/88 norma de eficácia limitada
· LC federal não foi criada e os municípios continuaram a ser criados
· STF estabeleceu prazo para o CN criar a lei, mas o CN não criou (flagrante inconstitucionalidade por omissão, já pronunciada pelo STF)
· EC 57/18 acrescentou o art. 96 do ADCT convalidação dos municípios criados até 31/12/2006.
· A partir de 01 de janeiro de 2007 os municípios criados são inconstitucionais
· Lei estadual hoje não pode criar municípios
	SENADO
	· Não há representação de Territóriosnão tem autonomia (descentralização político-administrativa da União)
	CLÁUSULA PÉTREA
	· proteção ao núcleo dos institutos
· STF: imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”) trazer equilíbrio à federação
· Vedada a edição de EC que tenham por objeto a supressão de direitos e garantias individuais
	
INTERVENÇÃO FEDERAL
	1. Introdução
· Mecanismo de defesa da federação
· Procedimento político-administrativo que restringe, temporariamente, a autonomia do ente federativo em defesa da federação
· Princípio da não intervenção é a regra
· Decreto interventivo sem prazo viola a CRFB, pois uma das características do estado de exceção é a temporariedade
· Obs.: Não pode ser genérico “até que cesse o motivo da intervenção”. Deve ser fixado prazo certo.
· Recai sobre 1 ou mais manifestações de autonomia do ente (Ex.: RJ – segurança pública)
· Hipóteses de intervenção previstas TAXATIVAMENTE na CRFB não é possível ampliar os casos no plano infraconstitucional
4. Princípios norteadores
· Não-intervenção;
· Temporariedade
· Necessidade
· Proporcionalidade
5. Competência
· PR: decreta a intervenção federal
· Governador: decreta a intervenção estadual (simetria)
6. Conselho da República e Conselho da Defesa Nacional
· Atuação do Conselho da República e da Defesa Nacional oitiva obrigatória, mas não vincula a atuação presidencial
7. Intervenção – entes
· U E/DF
· U Municípios dos Territórios
· Não há intervenção federal em municípios de estados autonomia ameaçada não há intervenção per saltum
OBS: única pessoa política ativamente legitimada, neste caso, é a União.
8. Modalidades
a) Espontânea: não precisa de provocação (art. 34, I a III, V)
b) Provocada: pressupostos materiais (art. 34, IV, VI, VII) com os pressupostos formais do art. 36, I, II e III
· Requisição é ordem, se descumprir poderá incorrer em crime de responsabilidade
9. Princípios sensíveis (art. 34, VII)
· Aplica a Representação de Inconstitucionalidade Interventiva
· Controle concentrado considerado concreto (não visa defender a supremacia da CRFB, mas o pacto federativo)
· Lei 12.562/2011
· Competência: PGR
· Qualquer ilegalidade durante a intervenção poderá ser levada ao Judiciário
10. CN
· Em nome dos freios e contrapesos, na forma do art. 49, IV da CRFB/88, o Congresso atuará de forma repressiva e concomitante, podendo a qualquer tempo suspender o decreto interventivo.
11. Controle político
· CN ou ALE deliberar sobre o decreto de intervenção,
· A posteriori, exercido pelo Poder Legislativo, que pode invalidar o decreto se entender que os pressupostos para a sua edição não estão presentes
· Ocorre após a edição do decreto de intervenção.
· NÃO haverá necessidade de submissão do decreto ao CN:
· Provimento para execução de lei federal, ordem ou decisão judicial
· Princípios constitucionais sensíveis
12. Controle Judicial
· Feito pelo Judiciário, antes da edição do decreto. 
· Ocorre quando cabe a órgão do Judiciário requisitar ao Presidente a intervenção, após analisar a presença dos requisitos. 
· Também poderá ser feito a qualquer momento após a edição do decreto de intervenção, dada a inafastabilidade do controle judicial.
13. Territórios
· Território não sofre intervenção, porque não tem autonomia. 
· Território não pode intervir em seus municípios. 
· DF não intervém em outro ente, porque não há municípios em seu território. 
· Municípios não podem intervir em outros entes federativos, porque não há intervenção “de baixo para cima”.
· não são pessoas políticas e possuem mera capacidade administrativa
· descentralização administrativo territorial da União Federal, com natureza de autarquia
14. RI Interventiva
· Não possui legitimidade ativa plural.
	
INTERVENÇÃO ESTADUAL
	1. Introdução
· ART. 35, I a III espontânea
· Art. 35. IV provocada preciso que o TJ dê provimento
· Decretada pelo Governador (art. 84, X) por simetria
· PGJ: apresenta a ação no plano do estado
· Possível que seja decretada sem interventor
2. Interventor
· STF (Info 980): ALE não pode prever que nome de eventual interventor em intervenção estadual precisa ser sabatinado e aprovado pela Assembleia Legislativa antes de ser nomeado. Somente se pode exigir prévia aprovação da Assembleia Legislativa para aquilo que consta do modelo constitucional federal, sob pena de afronta à reserva de administração, corolário da separação dos Poderes e das competências privativas do chefe do Executivo de dirigir a Administração Pública.
· Controle a posteriori (art. 36, §1º): decreto de intervenção editado pelo Governador do Estado será submetido à apreciação da Assembleia Legislativa, no prazo de 24 horas depois de editado.
3. RI Interventiva
· art. 35, IV, da CRFB/88: “O Estado não intervirá em seus Municípios, exceto quando (...) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.” 
· Em nome do princípio da simetria, a legitimidade ativa para a propositura da ação é do Procurador Geral de Justiça e ela será julgada pelo Tribunal de Justiça do próprio Estado. 
· a ação é regulamentada pelas Constituições Estaduais
	ORGANIZAÇÃO DE PODERES
	
	
PODERES
	· Independência – atividades típicas
· Harmonia – atividades atípicas
· Separação dos poderes – sistema de freios e contrapesos
	
CNJ
	· ADI pleiteando a declaração de inconstitucionalidade da EC 45/04 na parte que criava o CNJ – alegou que teria violado o princípio da harmonia entre os poderes
· STF: 
· Órgão nacional
· Criado para reforçar o sistema de fiscalização administrativa e financeira
· Dos órgãos do poder judiciário estadual e federal
· Não interfere na separação de poderes pois não exerce atividade jurisdicional típica
· Composição mista: fiscalização ocorra de forma adequada (tem ainda o quinto constitucional, composto de forma mista)
	SÚMULA 649, STF
	· Constituição do Estado não pode criar um órgão semelhante ao CNJ no plano estadual, já que o CNJ realiza uma atividade de fiscalização do Judiciário Estadual e Federal
	PODER LEGISLATIVO
	1. INTRODUÇÃO
· Âmbito federal: bicameral
· Legislatura tem duração de 4 anos 
· Não há número máximo de reeleição 
· Não há necessidade de desincompatibilização parâmetro da inelegibilidade reflexa é titular de cargo de Chefe do Executivo
· CD: número mínimo é 8 a 70; brasileiro nato ou naturalizado; Presidente da CD é privativo de brasileiro nato (linha de sucessão do PR)
· SF: 2 legislaturas; brasileiro nato ou naturalizado; Presidente do SF é privativo de brasileiro nato (linha de sucessão do PR)
· Senado não representa Território órgão legislativo federativo por excelência. Ainda que os Territórios venham a ser criados não terão autonomia.
2. ATIVIDADE TÍPICA
· (FILÉ) atividade legiferante e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Executivo;
3. ATRIBUIÇÕES
· Art. 51 e 52 não passam por sanção ou veto do presidente Se manifestam por meio de resolução
· Art. 49 não passam por sanção ou veto do presidente se manifestação por meio de decreto legislativo
· Sessão legislativa (período anual de trabalho) ≠ legislatura
· Sessão extraordinária não tem pagamento de parcela indenizatória imoralidade pagar para resolver assuntos que não conseguiram resolver no período normal de trabalho
4. ELEIÇÃO DAS MESAS
· Vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente
· O que é eleição imediatamente subsequente? 
· Que ocorra na mesma legislatura
· Se ocorrer em legislaturas distintas não se considera recondução, ainda que sucessivas
Ex.: se eleito nos 2 anos finais da legislatura, poderão ser reconduzidos para os 2 anos da próxima
	TRIBUNAL DE CONTAS
	
	
SISTEMA INTERNO E EXTERNO DE CONTROLE
	· Controle interno: Art. 74 autocontrole
· Controle externo: art. 70 CN e auxílio do TCU
· STF já pacificou o entendimento de que o TCU não é subordinado ao Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, mas é órgão autônomo de colaboração e coordenação com exercícioda atividade típica de controle externo que está a cargo, no plano federal, do CN
	CARACTERÍSTICAS
	· 9 ministros
· Art. 96
· Jurisdição em todo território nacional
· atos são de natureza técnica e administrativa 
· não integra o Poder Judiciário
	NATUREZA JURÍDICA
	· Órgão independente e autônomo que presta auxílio ao Poder Legislativo, mas a ele não se subordina.
· não exerce nenhuma atividade jurisdicional típica, pois suas funções são apenas de natureza administrativa.
	
FUNÇÕES
	· Art. 71
· TCU julga as contas, inclusive da SEM e EP
· Não julga as contas do PR, mas aprecia (apresenta o parecer) CN julga
· Pode impor o pagamento de multas eficácia de título executivo extrajudicial (já que não exerce atividade jurisdicional típica – função administrativa)
· Quem vai executar esse título? O órgão de representação judicial do ente público beneficiário da condenação. Ex.: procuradoria do município, do estado, AGU
· Sustação do contrato TCU não pode sustar contrato administrativo irregular será adotado diretamente pelo Congresso Nacional
· Decidir a respeito recomendar que o contrato seja desfeito
· Compete ao CN fiscalizar o TC no plano federal
	CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	· Súmula 347, STF: o TC, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público (editada 1963)
· Apesar de não ter sido formalmente cancelada, há vozes firmes no STF no sentido de que essa súmula não deveria mais produzir efeitos
· Não possui qualquer função jurisdicional
· Afirmou que foi comprometida com o advento da CRFB/88
	TRIBUNAL DE CONTAS NOS ESTADOS
	· Norma de observância obrigatória
· A Constituição do Estado não pode outorgar competência para que a ALE julgue as próprias contas e as dos administradores dos Poderes Executivo e Judiciário sem o auxílio da Corte de Contas Estadual.
· Atribuições similares às do TCU, sob pena de inconstitucionalidade
· 7 Conselheiros
· Composição: Súmula 653, STF
· ALE julga as contas do Governador
· Tem que ter um TCE!!!
· O art. 75, CRFB/88 impõe explicitamente a necessidade de se observar a simetria entre as regras estabelecidas ao TCU. Assim, já que a C
É obrigatória a criação da Corte de Contas no âmbito dos Estados? 
R: Sim, é obrigatória a criação da Corte de Contas no âmbito dos Estados, pois o próprio art. 75 da CRFB/88 fundamenta essa obrigatoriedade, já que preceitua que as Constituições dos estados deverão dispor sobre os seus respectivos Tribunais de Contas, que serão integrados por sete Conselheiros. 
Poderia uma Constituição de Estado outorgar competência para que a Assembleia Legislativa julgue as próprias contas sem o auxílio da Corte de Contas Estadual?
Essas Cortes de Contas deverão ter atribuições similares às do Tribunal de Contas da União, sob pena de declaração de inconstitucionalidade das normas estaduais. Em razão do exposto, não pode a Constituição do Estado outorgar competência para que a assembleia legislativa julgue as contas sem o auxílio da Corte de Contas Estadual, posto que a sua criação no âmbito dos estados é obrigatória.
	QUEBRA DE SIGILO DE DADOS FISCAIS OU BANCÁRIOS
	· NÃO pode realizar por ato próprio
· Implica restrição aos direitos fundamentais e, por isso, devem ser interpretadas restritivamente, por mais relevantes que sejam as funções institucionais do TCU.
· Não foi incluído pelo legislador no rol daqueles órgãos que podem ordenar a quebra do sigilo bancário
· Tarefa prevista para o Legislativo e suas Comissões, não estando prevista para os TC
	COMPETÊNCIA STJ
	· Julgar membros dos Conselhos dos TC
· Art. 105, I, “a”
· Só serão submetidos ao julgamento do STJ caso tenham praticado o crime após/durante o exercício da função
	DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
	· Tira a própria essência
	EP e SEM, INTEGRANTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ESTÃO SUJEITAS À FISCALIZAÇÃO DO TCU?
	· Sim. Art. 71, II
	
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNCÍPIOS
	· Controle externo: Poder Legislativo Municipal (Câmara dos Vereadores) não pode exercer o controle sozinha, preciso haja um órgão técnico para prestar auxílio a essa fiscalização contábil e financeira
· Até 1988 os Municípios podiam criar órgãos de contas para prestar auxílio às suas Câmaras Municipais 2 foram criados (RJ e SP)
· Após 1988 não se permitiu mais que Municípios pudessem criar órgãos de contas próprios
	SISTEMAS DE FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS
	a) TCE presta auxílio à ALE e as Câmaras Municipais adotado em maioria
b) TCE presta auxílio apenas à ALE e o Estado cria um TC dos Municípios que é órgão estadual e este presta auxílio às Câmaras Municipais. 
· Vedação não se aplica aos Estados (restrita aos Municípios) podem criar órgãos de contas próprios para prestar auxílio às Câmaras Municipais. 
· Ex.: Estado da BA criou TC dos Municípios, mas que é órgão estadual e presta auxílio às Câmaras Municipais
OBS: STF: Emenda à Constituição do Estado pode determinar a extinção do Tribunal de Conta dos Municípios Possível que emenda à Constituição do Estado possa extinguir os Tribunais de Contas dos Municípios do Ceará TCE passaria a ser responsável pelo auxílio às ALE e às Câmaras Municipais STF entendeu que pertence à autonomia dos Estados tanto a criação do TC para prestar auxílio às Câmara Municipais, quanto sua eventual extinção.
Sobre o tema, confira esta didática decisão do STF:
(...) A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (...) incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º).
	
PARECER – MUNICÍPIO
	· Art. 31, §2º: Não tem nenhuma norma equivalente no plano federal
· Corte de Contas não julga contas do Prefeito
· Para derrubar o parecer é mais difícil quórum qualificado (2/3)
	
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
	· STF: O art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público. Atividade que se insere no acervo de competência da função executiva. É inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público. 
	
TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS
	· STF: reconhece a atribuição de índole cautelar às Cortes de Contas, com apoio na referida Teoria, permitindo a adoção das medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria CF
· Poder implícito decorrente da competência expressa no art. 71, IX, CF
· quando confere atribuição a determinado órgão estatal, assegura, correlatamente, ainda que de modo não expresso, os meios necessários para o seu efetivo cumprimento
	
	COMISSÕES 
	
	
MISTAS
	· Compostas por deputados e senadores. Ex.: Comissão mista que dá o parecer sobre a constitucionalidade da MP
· CPI
	EXCLUSIVA
	· CCJ da CD (art. 58, §3º)
· Só por deputados ou só por senadores
	PERMANENTE
	· Ultrapassa uma legislatura
· Ex.: CCJ, Comissão de finanças
	TEMPORÁRIAS
	· Encerram suas atividades necessariamente na legislatura em que foram criadas
· Ex.: CPI
	COMISSÕES E DISPENSA DE PROJETOS DE LEI PELO PLENÁRIO
	· Em alguns casos, as Comissões poderão discutir e até mesmo votar projetos de leis que dispensem a apreciação de todos os parlamentares, na forma do art. 58, §2º, I, da CRFB/88, sempre preservada a possibilidade de interposição de recurso para o Plenário, por um décimo dos membros da Casa. 
	CPI
	
	
PODERES
	· Próprios das autoridades judiciais não julga, condena, mas sim é uma instância de investigação
· Função típica legislativa de fiscalizar
	
REQUISITOS 
	· Assinatura de 1/3 de deputados e/ou 1/3 dos senadores
· Possível que tenha comissão exclusiva da CD ou do

Outros materiais