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Morfologia e função das Células Sanguíneas

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Fundação Presidente Antônio Carlos – FUPAC
UNIPAC Lafaiete
Morfologia e Função das Células Sanguíneas
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Patologia Clínica Veterinária
Docente: Paulo Gabriel
Discentes: Annyellen Rodrigues de Souza
Conselheiro Lafaiete, 18 de Setembro de 2017.
Morfologia e Função das Células Sanguíneas
Eritrócitos
É uma das células mais especializadas do organismo humano, são as células mais numerosas do sangue. Nas aves e répteis são ovais e nucleadas, já nos mamíferos têm uma forma discóide ou esferóide e sem núcleo, sendo que algumas apresentam uma depressão central que lhes confere uma aparência de rosca ou de halteres quando vistos em corte lateral. Sua vida média varia entre 60 e 120 dias, conforme a espécie.
Sua principal função é desempenhada pela hemoglobina que é seu componente principal e consiste no transporte do oxigênio dos pulmões aos tecidos e para isso a sua forma madura é anucleada, o que é muito vantajoso, pois facilita sua passagem por trajetos mais finos do que seu diâmetro. Como a hemácia não possui núcleo, portanto, não sintetiza proteínas necessitando de um aporte grande de enzimas para produção de energia (glicólise) e para manter a Hemoglobina em boas condições de funcionamento. A produção de energia pelo eritrócito é obtida a partir da metabolização da glicose. A glicose entra na hemácia, através de transportador específico, presente na membrana, independe de insulina ou qualquer outro hormônio. Como a hemácia não acumula glicogênio, a oferta e a entrada de glicose devem ser constantes. Morfologicamente compõe-se de:
Membrana celular que vai conferir proteção ao eritrócito circulante auxiliando na deformabilidade e elasticidade necessária para a passagem na microcirculação. É um constituinte muito importante do glóbulo vermelho, tendo como funções a contenção da Hemoglobina dentro da célula, e a manutenção de importantes características físicas da hemácia (deformabilidade e trocas entre o meio externo e interno da célula). Ela é constituída por duas unidades estruturais importantes: os Lípides e proteínas integrais e um esqueleto protéico periférico que reveste a face interna da membrana. Possui proteínas integrais com um segmento central hidrofóbico que interage com os lípides da dupla camada lipídica e proteínas periféricas que estão localizadas na face interna da membrana, formando uma rede subjacente à membrana constituindo o citoesqueleto da membrana eritrocitária.
Citoplasma que é formado por um terço de hemoglobina e dois de água, configurando a especialização da célula, já que todas as organelas celulares, inclusive o núcleo. Que não são relacionadas à sua função foram eliminadas.
Hemoglobina que ocupa 90% do citoplasma do Eritrócito. É um tetrâmero, formado por dois pares de cadeias polipeptídicas, chamadas de globinas. Cada cadeia está ligada a um grupo prostético colorido (heme), com complexo de ferro e protoporfirina. A síntese das cadeias globínicas ocorre inicialmente no saco vitelino, mas a partir da oitava semana de gestação já existe síntese de hemoglobina no fígado fetal e no baço e, mais tarde, ainda na vida intra-uterina, a medula óssea torna-se o principal local da síntese de hemoglobina. A estrutura de todas a Hemoglobinas é semelhante (dois pares de cadeias globínicas idênticas). 
Plaquetas
As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares provenientes de células gigantes poliploides localizadas na medula óssea chamadas megacariócitos. Estes corpúsculos celulares possuem forma discoide com diâmetro variável entre 2 e 4μm e são responsáveis pela coagulação sanguínea e auxiliam na reparação da parede dos vasos sanguíneos. Em indivíduos normais existem entre 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro de sangue, sendo que seu tempo médio de vida é de dez dias. Em preparações de esfregaço de sangue, as plaquetas usualmente aparecem aglutinadas e apresentam coloração azul-clara.
Os trombócitos possuem um sistema de canais que se comunica com invaginações da membrana plasmática permitindo que o interior dela se comunique facilmente com a sua superfície facilitando a liberação de moléculas ativas que são armazenadas em seu interior. A porção marginal dessas células possui uma rede de microtúbulos que auxiliam o corpúsculo a manter a sua forma oval. Fora da membrana plasmática há uma camada rica em glicoproteínas e glicosaminoglicanos responsáveis pela sua adesividade. O citoplasma é divido em duas regiões: o hialômero, região mais clara localizada na periferia rica em microfilamentos de actina e moléculas de miosina, responsáveis pela contração da plaqueta e pela emissão de finos prolongamentos chamadas de filopódios; o granulômetro, região mais central que apresenta grânulos delimitados por membrana, mitocôndrias e glicogênio.
Estas células possuem função essencial no processo de coagulação do sangue num processo chamado hemostasia que tem como função impedir a hemorragia (perda se sangue). Este processo envolve a contração da musculatura lisa dos vasos sanguíneos estimulada pela serotonina liberada pelas plaquetas e aglutinação dessas células. Quando ocorre alguma lesão no endotélio de um vaso sanguíneo, proteínas presentes no plasma sanguíneo são absorvidas pelo colágeno presente na lesão e as plaquetas presentes no sangue se agregam sobre as margens da lesão formando um tampão plaquetário. Em seguida, as plaquetas do tampão liberam um indutor de agregação plaquetária fazendo com que mais plaquetas se juntem ao tampão. Durante o processo de agregação, fatores do plasma sanguíneos, dos vasos lesionados e das plaquetas promovem uma cascata de reações envolvendo proteínas plasmáticas que originam uma rede fibrosa tridimensional formada por fibrina que prende as hemácias, leucócitos e plaquetas originado um coágulo sanguíneo. No início da formação, o coágulo apresenta-se como uma calosidade voltada ao interior do vaso, porém, através da ação da actina, miosina e ATP presentes na plaqueta, acaba se retraindo e ocupando um volume menor que o inicial. Após a reparação do tecido danificado o coágulo é removido pela ação plasmina e outras enzimas liberadas pelo lisossomo das plaquetas.
Leucócitos
Células que desempenham sua atividade nos processos inflamatórios e imunológicos dos tecidos, constituindo os chamados elementos celulares da inflamação. Compreendem dois grupos levando em conta seu aspecto morfológico:
Granulócitos: também chamados de polimorfonucleares ou polinucleares, pois têm um núcleo polissegmentado quando adultos. Esse grupo é formado por:
Neutrófilos: células com um núcleo formado por dois a cinco segmentos, unidos por filamentos de cromatina e grânulos no citoplasma, que tomam uma coloração neutra e sua segmentação acompanha o envelhecimento da célula. Quando jovens tem o núcleo ainda em forma de bastão não segmentado (bastonetes) e os adultos têm o nucleo formado por varios segmentos unidos por filamentos de cromatina (segmentados) compreendendo mais de 94% dos neutrófilos totais circulantes. Possuem vida media de 6 a 7 horas, podendo viver até 4 dias no tecido conjuntivo, onde após desempenhar sua função de defesa, morrem por apoptose. Eles são responsáveis por envolver as células doentes, eliminando-as a seguir, e são especializados no combate a bactérias e fungos. 
Eosinófilos: células com núcleo segmentado e grânulos no citoplasma com afinidade por corantes ácidos tomando, portanto uma coloração amarelo acastanhada. Desenvolvem-se na medula óssea e são responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e agentes infecciosos. Também participam dos processos inflamatórios em doenças alérgicas e asma. Os grânulos eosinofílicos contêm proteínas básicas principais e proteínas catiônicas eosinofílicas que são tóxicas a diversos parasitas e a células de mamíferos. Essas proteínas ligam-se à heparina e neutralizam sua atividade anticoagulante. A neurotoxina derivada do eosinófilo pode danificar acentuadamente os neurônios com mielinapresente. A peroxidase eosinofílica, que difere significativamente da peroxidase de outros granulócitos, gera radicais oxidantes na presença de peróxido de hidrogênio e um haleto. Os cristais de Charcot-Leyden são primariamente compostos por fosfolipase B e são encontrados em catarro, tecidos e fezes em doenças nas quais há eosinofilia (p. ex., asma, pneumonia eosinofílica). Em condições normais, a concentração de eosinófilos no corpo humano varia entre 50 a 500 eosinófilos por microlitro de sangue.
Basófilos: Células de núcleo segmentado e grânulos citoplasmáticos basófilos tomando coloração azul escuro quando corados pelos corantes utilizados em hematologia. Estes grânulos são grandes (bem maiores do que o núcleo). Possuem a capacidade de liberar heparina, importante coagulante e histamina que atua como vasodilatadora nas alergias, ambas importantes durante o processo de combate a agentes infecciosos. São formados em nossa medula óssea. Apenas entre 1% e 2% dos leucócitos presentes em nosso sangue são basófilos. Uma pessoa saudável (acima de 16 anos) possui entre 0 e 200 basófilos por milímetro cúbico de sangue. Estes são considerados valores normais. Os basófilos são verificados a partir da realização de um exame de sangue chamado de leucograma, que verifica a quantidade de leucócitos no sangue, assim como seus subtipos.
Agranulócitos: são chamados mononucleares, pois têm um núcleo único e não apresentam grânulos no citoplasma. Formado por:
Monócitos: Os monócitos são células grandes, que quando se diferenciam em macrófagos são responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos. Têm como características a ausência de grânulos e são mononucleados. Sua forma pode variar, e algumas vezes nota-se a presença de pseudopodes. O tempo médio de permanência  de um monócito na circulação é de 8 horas. Os monócitos são produzidos na medula óssea a partir de células tronco pluripotentes  (STEM-CELL), que irão originar células percussoras mielóides. Estas células vão gerar os monoblastos, que por sua vez se transformarão em pró-monócitos, e posteriormente em monócitos que irão permanecer pouco tempo no sangue periférico, migrando para os tecidos e transformando-se em macrófago. É importante ressaltar que o monócito só se transforma em macrófago, caso algum tecido do organismo esteja sendo agredido por algum corpo estranho (vírus, bactérias, fungos, entre outros). Neste caso, o monócito migra da corrente sanguínea para o tecido agredido. Sua principal função é se transformar em macrófagos, que são responsáveis pela fagocitose de vírus, bactérias ou qualquer outro agente biológico.Além da fagocitose, o macrófago integra a imunidade humoral e celular, pois inicia a resposta imune como células apresentadoras de antígeno (APC) aos linfócitos T.
Linfócitos: São células geralmente redondas ou ovais com citoplasma basófilo e um núcleo que acompanha a forma da célula e cujo diâmetro tem entre 60% e uqase 100% o diâmetro do citoplasma. Seu tamanho é variável. Sendo uns um pouco menores e outros maiores que os eritrócitos confundindo-se, esses últimos com os monócitos. Alguns ainda podem ter forma irregular poliédrica o que acreditá-se que acontece pela ação da pressão das células ao seu redor. Existem duas populações de linfócitos, sendo os T e os B e essa diferenciação é feita por imunocitoquímicos, sendo impossível diferenciá-las morfologicamente em esfregaço sanguíneo. 
Os linfócitos B são células que são produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durante a vida fetal) e, posteriormente, na medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na medula óssea até sua maturação, deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides quando estão maduras. São os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se necessária a ativação dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. São os plasmócitos que produzem os anticorpos. Além da produção de anticorpos, os linfócitos B atuam como células de memória imunitária. Essas células são capazes de reagir rapidamente em uma nova infecção com o mesmo antígeno. Assim sendo, elas garantem uma proteção mais rápida e eficaz. Estima-se que os linfócitos B correspondam a cerca de 5% a 10% dos linfócitos do sangue.
Os linfócitos T são originados a partir de células progenitoras linfóides encontradas na medula óssea. Essas células saem da medula em direção ao timo. É nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em células T helper, T supressora e T citotóxica. Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas. Para isso, os linfócitos citotóxicos produzem proteínas que abrem a membrana plasmática ou induzem a célula a entrar em apoptose. Estima-se que os linfócitos T representem 65% a 75% dos linfócitos presentes no sangue de uma pessoa.

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