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As Principais Mudanças do Código de Processo Civil – Lei 5.869, de 11 de Janeiro de 1973,conforme Projeto de Lei do Senado n° 166/2010, n° 8.046.
Breno Henrique Matias Esmeraldo RA: 01630001345
Carlos Roberto Magalhães M. Filho RA: 22010002360
Cibele Feitosa Alves 	 RA: 0163001370
Emanuelle Horácio Ferreira. RA: 22010002049
Harrison Alves Farias RA: 22010002359
José Muller Cunha Ferreira. RA: 22010002017
Sabryna Andressa Oliveira Almeida RA: 22010002462
 
Fortaleza- CE
2014
As principais mudanças do Código de Processo Civil – Lei 5.869, de 11 de Janeiro de 1973, conforme Projeto de Lei do Senado n° 166/2010, n° 8.046.
Trabalho como requisito para obtenção de nota 
para aprovação na disciplina APS do 7° semestre do 
curso de Graduação em Direito na FAECE – 
Faculdade Ensino e Cultura do Ceará 
Área de concentração: Novo Código de Processo Civil.
Orientadora: Prof ° Marleide Queiroz. 
Fortaleza- Ce
2014
Introdução 
Desde o ano de 2009 é discutido por uma comissão de juristas o Novo Código de Processo Civil. O novo Código aprovado em 17 dezembro de 2014 pelo Senado Federal e devidamente sancionado pela Presidente da República em 16 de Março de 2015, tem por objetivo dar maior celeridade as ações civis. 
O Novo CPC define como tramitará processos judiciais, tratando dos prazos, tipos de recursos, competências e formas de tramitação, incentivando a redução do formalismo jurídico , buscando sempre o consenso . 
Com tantas mudanças e melhorias, o presente trabalho tem por objetivo esclarecer brevemente sobre as principais mudanças no novo código, onde será distribuído dentre alguns temas de grande repercussão no âmbito jurídico por terem maior índice de litígios , como pensão alimentícia, da reintegração de posse, empresas, dentre outros que logo serão abordados. 
2. Pensão Alimentícia 
O novo Código de Processo Civil (decreto- lei 13105/15) trouxe algumas novidades em relação ao Código de Processo Civil (decreto – lei 1608/1939). As diferenças mais importantes é que a dívida poderá ser protestada em cartório, o que implica a inclusão da pessoa nos cadastros de proteção ao crédito como o SPC e SERASA e previsão expressa de que o devedor da pensão terá de ficar separado de outros presos.
No artigo 528 parágrafo 4º do Novo Código de Processo Civil deixa claro que o devedor de alimentos deve ser ficar separado dos demais presos.
Art. 528.  No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.
O Projeto de Lei (8046/10) previa prisão de regime semi- aberto em caso geral para o devedor de alimentos e  o regime fechado só seria aplicado ao reincidente e, nos dois casos, a prisão seria convertida em domiciliar se não fosse possível separar o devedor dos presos comuns.
O projeto de Lei (8046/10) previa a dilatação do prazo de 3 dias para 10 dias para a justificativa do após a intimação. 
O projeto foi modificado por uma Emenda apresentada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) ao novo Código de Processo Civil (CPC - PL 8046/10) sobre o regime de prisão do devedor de pensão alimentícia.
A emenda foi aprovada e mantém, a prisão em regime fechado para o devedor de alimentos e o prazo de 3 dias para justificativa do devedor. Como pode se verificar no artigo 911 do novo Código de Processo Civil
Art. 911.  Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.
A aprovação da Emenda apresentada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) ao novo Código de Processo Civil foi considerada uma grande vitória para bancada feminina na Câmara dos Deputados
Como pode se verificar as novidades em relação ao novo Código de Processo Civil no que se refere Pensão Alimentícia, foi que o preso por devedor de alimentos deve ser mantido separado dos outros presos e a inscrição nos órgãos de Proteção ao Crédito.
3. Conciliação
Ultimamente, a conciliação, tem sido destacada como importante meio para solução rápida e pacífica dos litígios, quer na área judicial, quer na esfera extrajudicial. 
Assim, a conciliação, é uma tentativa de acordo pacifico entre as partes, que conta com a participação de um terceiro que intervém entre os envolvidos na lide de forma oficiosa para dirigir a discussão sem ter um papel ativo. Conforme, dispõe Cambi Farinelli:
A eficácia da conciliação exige discussão aberta, direta e franca entre as partes. Pode acontecer antes ou depois da instauração do processo. É importante alternativa de aproximação e participação dos envolvidos na solução do conflito. Mas também proporciona efetivo acesso à justiça, já que sua eficácia depende do tratamento igualitário entre os contendores que decidem, em conjunto e da melhor forma, a
situação conflituosa, buscando a maior harmonia e a mútua satisfação (FARINELLI;CAMBI, 2011, p. 288). [3]
É importante ressaltar que a conciliação difere da mediação, pois na mediação o conciliador busca incessantemente o acordo entre as partes, focalizado na resolução da lide, enquanto que na conciliação, o objetivo é restaurar a comunicação entre as partes, fazendo com que elas percebam que é melhor forma de resolver a lide é um acordo entre ambos. 
A conciliação está previsto no atual CPC no artigo 275, incisos I e II nas ações que o rito for o sumário, e no art 331, § 1º nas ações de rito ordinário, após o decorrer do prazo para a defesa, por determinação do julgador.
Já o Novo Código de Processo Civil, que foi sancionado pela Presidente da República no dia 16 de março de 2015, prevê vantajosas mudanças referentes à conciliação comparadas ao vigente Código. 
A conciliação passará a ser um meio fundamental na tratativa dos conflitos, ganhando assim, grande importância no meio processual. Segundo o novo CPC, o julgador, para dar impulso ao processo, terá quatro possibilidades após o ajuizamento:
1) Designa audiência de conciliação e deixa que o conciliador conduza a providência;
2) Entende que a questão é mais complexa, então ele mesmo marcará uma mediação;
3) Entende que a questão é ainda mais complexa e marca uma audiência;
4) Não há audiência. 
Com isso, entende-se que a primeira providência a ser tomada será a marcação de uma audiência de conciliação, para que as partes possam discutir e entrar em um consenso. 
Está previsto ainda no artigo 166, caput a atividade dos conciliadores, a qual estabelece que os tribunais criem centros judiciários de solução consensual de conflitos, sendo responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação. 
 “Art. 166. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação, e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a auto composição.
O modelo conjecturado pelo novo CPC insere um novo formato na cultura processual, o qual deverá ser trabalhado o novo formato em face de todos os autores, réus e todos os membros do judiciário. 
Diante do exposto, constata-se a importância da conciliação de ser abordada no novo código de processo civil, a qual passará a ter um amparo legal trazendo para as partes que buscam um meio alternativo de acessoà justiça maior segurança. 
4. Reintegração de Posse
Com toda essa mudança no código de processo civil brasileiro não podíamos deixar de citar a reintegração de posse que é de mera importância para sociedade e, de tão utilizada nos âmbitos jurídicos como direito resguardado ao possuidor do imóvel. 
Podemos localizar no atual código no livro IV, titulo I, do capítulo V da Seção II nos artigos 926 ao 931, sendo essa a primeira mudança visível que podemos ver ao se deparar com os atual código de processo civil e novo código em que, os artigos se localiza no 560 ao 566. Haja vista que tenha sido anteriormente citado em outros tópicos, sobre a vigência desse novo código, no qual valera no ano de 2016.
Tendo sido já mencionado as mudanças físicas do novo código onde se encontra os artigos referente a reintegração, uma das mudanças com mais importância sobre reintegração de posse é a mudança material em que veremos. 
Um ponto muito polêmico no novo CPC no qual houve muito desentendimento e discordâncias por parte dos parlamentares foi, de haver uma audiência publica preliminar de conciliação antes mesmo da apreciação da petição inicial para analise de liminar. Por essa mudança, partes dos parlamentares não concordaram com a tal modificação, tendo como justificativa que segundo eles, o artigo retirava dos juízes a competência para concessão de reintegração de posse através de liminar, tendo assim concedida e mantendo a atual forma de reintegração de posse, para as posses mais recentes.
Já para as posses mais antigas, como as de mais de um ano, seguira a conformidade do artigo 565 e seus parágrafos referente ao novo código, que terá a audiência publica preliminar de conciliação antes mesmo da apreciação da petição inicial, que contara com a presença dos membros do ministério público, defensoria pública e os proprietários dos imóveis, o capte do artigo 565 e seus parágrafos referente ao novo cpc, que trata desse exposto; 
Art. 565.  No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o.
§ 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo.
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
§ 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional.
Citado o artigo assim, uma das principais mudanças no novo código de processo civil claramente foi à audiência de conciliação no início do processo, para tentar um acordo e evitar abertura de ação judicial, a mesma medida foi adotada também na parte da reintegração de posse na qual já foi relatada acima anteriormente. Essa é mais uma medida que busca diminuir a quantidade de processo no poder judiciário consecutivamente dando mais celeridades nas ações, beneficiando também as ações de reintegração de posse conforme o novo código de processo civil. 
5. Recursos
Ao analisarmos o código de processo civil em vigor e o atual código sancionado no dia 16 de março de 2015, de pronto, podemos perceber de forma clara as mudanças referentes aos recurso. Mudanças que visam a celeridade dos processos na justiça, sendo as causas julgadas de forma cronológica, com o fito de evitar que as ações mais antigas fiquem por um longo período em análise.
Visando a celeridade, o novo código de processo civil reduz a quantidade de recursos disponíveis no judiciário, diminuindo o tempo de julgamento das ações pela metade, pondo fim aos embargos infringentes cíveis, recurso que discutem julgamentos não unânimes.
Outra satisfatória mudança, foi a criação de multas de até 20% do valor da causa, para que não sejam elaborados recursos com o fim de procrastinar o processo, atrasar a decisão final.
O novo código de processo civil, elenca nove possibilidades de recursos, sendo devidamente taxadas as possibilidades de interposição. Visando compreender cada tipo de recurso, iremos citar os recursos admitidos no novo código, e compará-los com os recursos do código de processo civil atualmente em vigor.
5.1 APELAÇÃO:
Recurso com o objetivo de modificar ou tornar nula a decisão, tendo em regra, efeito devolutivo e suspensivo, com exceção de alguns casos elencados no código.
Será dirigida ao juiz singular, o que protelou a sentença, porém será julgado no juízo superior, sendo a outra parte intimada para oferecer as contra razões em um prazo de 15 dias. Recebido o recurso de apelação, no Tribunal, o relator poderá decidir monocraticamente em casos de perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, ou se não for o caso de decisão monocrática, o relator elaborará o seu voto para julgamento do recurso pelo colegiado. Todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, serão objeto de apreciação e julgamento no tribunal, desde que sejam relativas ao que está sendo impugnado pelo recorrente.
5.2 AGRAVO DE INSTRUMENTO:
O novo código, estabelece que o agravo de instrumento será interposto contra as decisões interlocutórias que versarem sobre casos específicos, como tutela provisória, mérito do processo, rejeição da alegação de convenção da arbitragem, dentre outros. Imperioso informar, que o agravo de instrumento também poderá ser interposto contra decisões interlocutórias proferias ainda em fase de liquidação da sentença ou até mesmo na fase de cumprimento da sentença, tanto no processo de execução como no de inventário, sendo o agravo de instrumento dirigido diretamente ao tribunal competente para julgá-lo, seguindo todos os requisitos, inclusive o preparo, que nada mais é do que o pagamento, sendo distribuído para o relator.
Tem que existir o instrumento para o agravo, como documentos constantes nos autos, petições, procurações, documentos de secretaria, sendo necessários para que o agravante tenha sucesso no recurso.
5.3 AGRAVO INTERNO:
Agravo interposto contra decisão do relator, sendo oferecido ao respectivo órgão colegiado, observadas, sempre as regras de processamento do regimento interno do tribunal.
A peça de recurso, deve ser dirigida ao relator, que ficará responsável por intimar o agravado para manifestar-se sobre o recurso ora oferecido, em um prazo de 15 dias.
Um fator importante, que faz com que o agravante pense muito bem antes de interpor, é a multa no valor de até 5% do valor da causa, caso o agravo seja declarado manifestamente inadmissível ou até mesmo improcedente em votação unânime, sendo impossível para o agravante, interpor outro tipo de recurso não sendo quitado o valor da multa, com exceção para o beneficiário da justiça gratuita, que se declara hipossuficiente na forma da lei e a fazendo pública.
5.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:
Esse tipo de recurso poderá ser interposto contra qualquer decisão judicial que seja considerada omissa, contraditória ou obscura.
Não necessita do pagamento de preparo para a interposição, e o prazo é de apenas 5 dias para ser interposto. Sempre serão apreciados pelo juiz que protelou a decisão, ou o tribunal que decidiu o acordão.
A omissão, ocorre quando o julgador deixa de se reportar nas questões suscitadas. O prazo é interrompido no momento que se interpõe o embargo, sendo retomados logo após o julgamento dos mesmos.
Existe uma multa de 10% sobre o valor da causa, caso seja comprovado que o fim do recurso seja tido como procrastinador, protelatório.
A contradição, ocorre quando o julgador fundamenta uma tese e acaba julgando outra, diversa de seu fundamento, ocorrendo uma contradição entre os argumentos e a decisão.
Com relação a obscuridade, a decisão será tidacomo obscura quando o julgador usar palavras difíceis, não coesas, que dificultem o entendimento que estabelecido.
6. Das Ações Repetitivas 
Uma das maiores inovações do Novo Código de Processo Civil, foi a criação do incidente de resolução de demandas repetitivas, uma ferramenta que vai permitir que a mesma decisão seja aplicada a várias ações individuais sobre o mesmo tema. 
Desta forma, haverá uma análise mais eficaz das ações sobre planos econômicos, direito previdenciário e casos em que se questionem os contratos de adesão como de empresas de telefonia, água e esgoto, bem como empresas da área da saúde. São casos em que, todas as ações de primeira instância serão paralisadas até que a segunda instância tome uma decisão. 
 No atual Código, cada ação individual tem uma decisão autônoma em primeira instância, onde as sentenças podem até ser diferentes, porém com pedidos iguais, onde a pacificação das decisões só ocorria em fase de recurso. 
		Sempre no intuito de solucionar de melhor maneira o litígio, estas ações de mesmo tema serão suspensas na primeira instância até que os desembargadores dos tribunais estaduais ou do Tribunal Regional Federal decidam o mérito da questão. Desta forma, a decisão superior será aplicada a todas as ações individuais posteriores já na primeira instância. 
“Esse instrumento vai dar celeridade a uma série de demandas iguais, discutindo o mesmo direito, como é o caso de ações contra planos de saúde e correção da poupança, fatos que levam milhões de ações ao Judiciário”, disse o relator do novo CPC, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Além disso, será determinado prazo de um ano para que o processo seja julgado.
6.1 Das Ações Coletivas
Transformações na sociedade alteraram profundamente as relações jurídicas, que ao mesmo tempo em que se multiplicaram, também se tornaram mais complexas. Para muitas dessas novas relações não está preparado o nosso Código de Processo Civil. [1] 
Para as ações coletivas, criou-se um novo mecanismo para lidar com as demandas de massa, onde haverá à conversão de ações individuais em coletivas. Desta forma, essas ações serão transformadas as ações coletivas os pedidos individuais que tenha alcance na coletividade ou que tenham por objetivo a solução de litígios de interesse relativo a uma relação jurídica plurilateral. 
Neste sentido, Paulo Teixeira exemplifica: 
“Se uma pessoa entrar na Justiça reclamando do nível de poluição, barulho ou danos ambientais, essa ação pode se transformar em ação coletiva. Aquela poluição não atinge uma pessoa só, mas toda a coletividade, portanto, essa ação poderá ser convertida em ação coletiva”.
A sociedade e o Estado sofrem mudanças inevitáveis, atingindo a ciência jurídica. As ações em massa clamam por maiores resultados em massa, onde a dogmática no Código de Processo Civil de 1973 ainda não encontrava-se adequado a produzir os resultados para essas ações coletivas, criando-se então a necessidade do Novo Código adaptar-se a essa realidade, caminhando na mesma maneira de raciocínio , ou seja, em torno da mesma questão de direito . 
Com efeito, a atividade econômica moderna, corolário do desenvolvimento do sistema de produção e distribuição em série de bens, conduziu à insuficiência do Judiciário para atender ao crescente número de feitos que, no mais das vezes, repetem situações pessoais idênticas, acarretando a tramitação de significativo número de ações coincidentes em seu objeto e na razão de seu ajuizamento. [2]
Atualmente, apenas as súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal devem ser seguidas necessariamente pelos outros tribunais. O texto prevê que juízes e tribunais devem necessariamente seguir decisões do plenário do Supremo em matéria constitucional e da Corte Especial e seções do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outros temas. Se não houver decisão dos tribunais superiores, a primeira instância necessariamente deve seguir a segunda instância.
6.2 Das Liminares 
Um novo tratamento será dado as decisões liminares, que são decisões provisórias concedidas pelo juiz para antecipar ou garantir um direito á caráter de urgência. 
A chamada tutela de evidência, nova criação, permitirá que a sentença judicial saia juntamente com a decisão liminar para que seja garantido o direito de urgência ou se houver entendimentos firmados por cortes superiores, ou seja, que a sentença judicial seja antecipada por meio de liminar, dando mais rapidez ao pedido da parte. 
O advogado Luiz Henrique Volpe, que participou da comissão de juristas que auxiliou o relator, explica que a tutela de evidência será usada pelo juiz nos casos em que o direito da parte seja tão forte que permita a antecipação da sentença. No entanto, o projeto proíbe a concessão de tutela antecipada nos casos em que a decisão tiver consequências irreversíveis.
Conclusão
Diante tantas novidades e mudanças, o Novo Código de Processo Civil vem com inovações com a intenção de dar maior celeridade processual. 
Uma das principais novidades trazidas por esse novo texto normativo é, justamente, a previsão expressa de importantes princípios consagrados pelo texto constitucional contraditório e ampla defesa, isonomia, dignidade da pessoa humana, proporcionalidade e razoabilidade, legalidade, publicidade, e eficiência como bases do processo.
Entende-se que tais mudanças serão bastante benéficas para nosso ordenamento jurídico. O novo CPC, discutido durante 05 anos, também reduz recursos no Judiciário, que deve diminuir o tempo de julgamento das ações pela metade, como o fim dos embargos infringentes cíveis. 
As ações sendo julgadas de forma cronológica é um fator que ajudará tanto nesta celeridade como na justiça, onde os juízes terão que julgar processos pela ordem de chegada. Isso evitará que ações novas sejam julgadas antes de antigas.
Para que os processos sejam ágeis, o novo código também fixará o pagamento de multas de até 20% do valor da causa se , caso seja comprovado, os recursos apresentados tinham apenas intuito de protelar a decisão final .
O novo CPC dificultará a defesa em juízo, bem como irá reduzir os meios de impugnação, o que é arriscado nos casos de interpretação equivocada pelos juízes. 
Bibliografia 
[1] GAJARDONI, Fernando da Fonseca. Técnicas de Aceleração do Processo, São Paulo: Lemos & Cruz, 2003. p.32.
[2] CUNHA, Leonardo José Carneiro da. O regime processual das causas repetitivas. Revista de Processo. São Paulo: RT, jan. 2010, v. 179, p. 139-174.
[3] FARINELLI, Alisson; CAMBI, Eduardo Augusto Salomão. Conciliação e mediação no novo Código de Processo Civil (PLS 166/2010). Revista de Processo, São Paulo , v. 36, n. 194, p.277-305, abr. 2011. 
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,o-que-muda-com-o-novo-codigo-de-processo-civil,1054746
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?noticia=Novo_CPC_mantem_reintegracao_imediata_de_posse_em_invasoes&id=11794
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-novo-cpc-e-seu-favorecimento-a-conciliacao-algumas-sugestoes-ao-projeto,46448.html