Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CARIOLOGIA DIETA X CÁRIE DENTÁRIA A quantidade e qualidade dos alimentos determinam a saúde humana. GRUPOS DE ALIMENTOS E NUTRIENTES: Alimentos construtores proteínas (carne, leite e derivados, ovos, leguminosas) Alimentos energéticos carboidratos e lipídios (cereais, raízes, massas, açúcar) Alimentos reguladores vitaminas e sais minerais (A, B, C, D, E, K, Ca, F, Fe, frutas) NUTRIÇÃO/DIETA: Nutrição: ingestão e absorção de nutrientes – METABOLISMO Dieta: alimentos que são ingeridos – CULTURA, PODER AQUISITIVO E HÁBITOS • Podem afetar os dentes: em seu período de formação (efeito pré-eruptivo) ou após a erupção (efeito pós-eruptivo) DEFEITOS NA ESTRUTURA DO DENTE: efeito puramente pré-eruptivo. (Hipoplasia do esmalte) EROSÃO DENTÁRIA: efeito puramente pós-eruptivo (Erosão dentária) CÁRIE DENTÁRIA: efeito pré-eruptivo e pós-eruptivo ETIOPATOGENIA DA CÁRIE: Possui etiologia multifatorial: Tempo, dente susceptível, dieta e microrganismos Des/Re-mineralização Doença infecciosa e transmissível foi abolida DESNUTRIÇÃO: Defeitos na formação dentária Retardo na erupção dentária Alteração nas glândulas salivares • O efeito local pós-eruptivo da dieta é muito mais importante do que o efeito pré-eruptivo • O açúcar é o componente mais cariogênico da dieta • A queda do pH da placa, causada pela formação do ácido é o mecanismo central para o desenvolvimento da cárie. • A frequência, a quantidade e o tipo de açúcar consumido influenciam no seu potencial cariogênico • Outros fatores importantes na cariogenicidade dos alimentos são: a sua textura física e a sequência que eles são ingeridos CLASSIFICAÇÃO DOS AÇUCARES: Baseada na sua disponibilidade às bactérias responsáveis pela cárie • Açúcares extrínsecos ou extracelulares – não lácticos e lácticos Lácticos: é o açúcar (lactose) presente no leite e seus derivados. Apresenta baixo potencial cariogênico e é importante para uma boa nutrição. Além disso, o leite contêm altas concentrações de cálcio e fosforo e outros componentes protetores, tais como a caseína e a gordura. Não-lácticos: São aqueles adicionados aos alimentos, tanto pelo próprio consumidor, como pela indústria, tais como o açúcar de mesa (geralmente a sacarose), bolachas, bolos, refrigerantes, iogurtes. • Açúcares intrínsecos ou intracelulares: são aqueles naturalmente presentes na estrutura celular dos alimentos, tais como: frutas e vegetais. Apresentam potencial cariogênico muito baixo e são importantes para uma boa nutrição. • A ingestão de açúcar livre além de 4 vezes/dia aumenta o risco de cárie; o consumo de açúcar não deveria exceder 60mg/dia para adolescentes e adultos, e proporcionalmente menor quantidade para as crianças. AMIDO - Pode causar cárie, mais muito menos que os açúcares; - Alimentos básicos a base de amido, como arroz, batatas, pães e pasta, são considerados de baixo risco para as crianças; - Quando refinado, cozido, e misturado com açucares, tais como as bolachas e biscoitos, e ingerido com frequência, o amido pode causar cárie. USO DE MEDICAMENTOS AÇUCARADOS - Crianças que utilizavam medicamentos açucarados por muito tempo apresentavam maiores níveis de lesão por carie, quando comparados a grupos controle. FATORES DETERMINANTES FOS HÁBITOS ALIMENTARES - O consumo de açúcar sofre influência de uma série de fatores biológicos, psicológicos, culturais, sociais e ambientais - O problema do alto consumo de sacarose, geralmente, tem início muito cedo na infância, com a introdução de alimentos e bebidas açucarados nos primeiros meses de vida. PRIMEIRA INFÂNCIA - Flora bacteriana e sistema de defesa se estabelecendo; Esmalte dental imaturo; Alto risco de desenvolver cárie; Acidez bucal agravada por hábitos alimentares RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS - As recomendações dietéticas para a prevenção da carie, coincidem com aquelas voltadas para a manutenção da saúde geral. - A recomendação atual para uma dieta saudável é diminuir o consumo de gordura, açúcares, sal e álcool, e aumentar o consumo de alimentos ricos em amido (sem adição de açúcar), frutas e vegetais. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS PARA AS CRIANÇAS - Até os seis meses de idade a criança deve receber aleitamento materno exclusivo - Açucares não devem ser adicionados as mamadeiras AMAMENTAÇÃO - Os leites humano e bovino contêm 7% e 4,8% de lactose, respectivamente, mas pouco potencial cariogênico, pois a lactose é o açúcar com menor potencial de ser fermentado em ácido pelas bactérias. - O leite possui componentes protetores, tais como o cálcio, fósforo, substâncias antibacterianas, fosfoproteinas (caseína) e gorduras, que ajudam a prevenir a dissolução do esmalte e contribuem para a sua remineralização. - A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. - A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia, se já tiver desmamado. - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; deve começar com consistência pastosa (papas, purês) e, gradativamente, deve ter sua consistência aumentada, até chegar à alimentação da família. - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA A SAÚDE BUCAL – OMS Recomendações especificas para as crianças: - Líquidos açucarados (refrigerantes e sucos de frutas) não devem ser administrados em mamadeiras - Chupetas não devem ser mergulhadas em açúcar, mel ou bebidas açucaradas. - Alimentos e bebidas para crianças preparados em casa, instituições para menores, creches e escolas não necessitam ser acrescidos de açúcares extrínsecos, ou seja, não há necessidade de se acrescentar açúcar à alimentação pastosa ou sólida da criança. UTILIZAÇÃO DE FLUORETOS EM ODONTOPEDIATRIA MECANISMO DE AÇÃO DO FLÚOR: Inicialmente se considerou que o flúor teria efeito preventivo quando incorporado no esmalte. Hidroxiapatita Apatita carbonatada e Apatita fluoretada • O flúor presente no ambiente bucal tem um efeito preventivo maior que o flúor incorporado no esmalte EVENTOS DE DESMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE PELO BIOFILME DENTAL (Subsaturação) 1. Transformação de açúcar em acido 2. Difusão do ácido 3. Queda do pH abaixo de 5,5 4. Dissolução da HÁ EVENTOS DE REMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE (Supersaturação) 1. Interrupção da ingestão de açúcar 2. Paralisação da formação de ácido 3. Diluição e neutralização dos ácidos 4. Retorno do pH a normalidade 5. pH > 5,5 com supersaturação do meio 6. reposição do mineral perdido COMO O FLÚOR PRESENTE NO AMBIENTE BUCAL EXERCE SEU EFEITO PREVENTIVO COM RELAÇÃO À CÁRIE? EVENTOS DE DESMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE NA PRESENÇA DE FLUORETOS NO BIOFILME DENTAL 1. Ingestão e transformação de açúcar em acido 2. Difusão do ácido 3. Queda do pH abaixo do crítico para HA (<5,5), mas ainda permanecendo acima do crítico (>4,5) para FA 4. Dissolução de HA 5. Formação de FA PH CRÍTICO - pH abaixo do qual o grau de saturação da saliva com relação ao cálcio e fosfato não é suficiente para impedir a desmineralização da HA. (Esmalte: pH 5,5 e dentina: pH 6,5) Na presença de flúor, o pH crítico para o esmalte diminui para 4,5! São vários esquemas Tipo Saturada e subsaturada sempre vai ser a respeito da saliva, quanto a sua concentração mineral 1) saliva saturada Então há equilíbrio entre perda mineral e reposiçao mineral 2)a)saliva subsaturada e ácida A perda mineral é maior q a reposição, ocorre erosão dentária b)saliva subsaturada quando tem açúcar e bactérias, logo produção de ácido Ocorre desmineralização do dente (cárie) e como a saliva tá subsaturada ela n consegue repor esses minerais perdidos 3) saliva supersaturada Leva a remineralizaçao da mancha branca 4) saliva supersaturada associada a placa Leva a mineralização da placa formando tártaro O flúor dinamicamente importante é aquele presente constantemente na cavidade bucal, interferindo com o processo de cárie e agindo de forma direta nos fenômenos de desmineralização e remineralização. - O flúor não interfere nos fatores responsáveis pela doença: FORMAÇÃO DE PLACA E PRODUÇÃO DE ÁCIDOS. O flúor vai interferir na progressão da cárie. MEIOS DE UTILIZAÇÃO DO FLÚOR: flúor sistêmico e flúor tópico Flúor sistêmico: água fluoretada, suplementos de flúor, alimentos e bebidas infantis, dentifrícios fluoretados - Fluoretação da água: Hoje em dia, a redução está em torno de 20%; Mesmo assim há diferença no índice de carie nos locais onde a água é ou não fluoretada METABOLISMO DO FLÚOR: Totalmente absorvido pelo estomago e intestino. Rins são a principal via de excreção. - O efeito da fluoretação da água na redução da cárie é mais tópico do que sistêmico. FLÚOR NA GRAVIDEZ - Nunca deve ser indicado em áreas com agua fluoretada - Nenhuma organização recomenda a prescrição de F pré-natal FLÚOR NA DIETA - Dentre os diferentes constituintes da dieta, a maior contribuição para a ingestão de flúor veio da água e do leite, que foram responsável por cerca de 60% da ingestão de flúor na dieta, quando comparada a outros constituintes TOXICIDADE DO FLÚOR Toxicidade aguda: desde irritação gástrica até a morte Toxicidade crônica: fluorose dental - Dose provavelmente tóxica: 5,0 mg F/Kg de peso - Cuidado com os suplementos de flúor e com o flúor tópico - Numa aplicação tópica de flúor, mesmo após cuspir 30s a 1min, a criança ingere cerca de 0,7 mg F/Kg - 90% do flúor é absorvido pelo estomago em 30 a 40 min FLUOROSE DENTÁRIA - Matriz do esmalte contem 25% de proteínas - Após mineralização: 95% de mineral, 4% de água e 1% de proteínas - Flúor presente na matriz, inibe a reabsorção das proteínas – esmalte fica mais poroso - 0,05 a 0,07 mg F/dia/Kg limite para que não se tenha fluorose em grau que comprometa a estética. - Nunca associar dois métodos sistêmicos de utilização do flúor - A alta incidência atual tem sido relacionada a ingestão de dentifrício fluoretado - Acomete todos os dentes que estão em formação: sempre afeta dentes homólogos, afeta simultaneamente incisivos superiores e primeiros molares permanentes - Período crítico para o acometimento dos incisivos centrais superiores 20 aos 30 meses Fatores de risco para o fluorose dentária: - Inicio precoce da escovação com dentifrício fluoretado convencional (entre 1 e 3 anos de idade) - Frequência de escovação - Grande associação entre a quantidade de dentifrício colocada na escova e a quantidade ingerida durante as escovações Fluorose em dentes decíduos: - Menos prevalente e menos severa - Áreas com altas concentrações de flúor na água - Dentes mais afetados: segundos molares decíduos (> parte do esmalte se forma após o nascimento) Alternativas para evitar a fluorose: - Utilização de dentifrício não fluoretado (indicado apenas em casos particulares) - dentifrício com concentração menor de F (500 a 600 ppm) – mesmo assim a quantidade ingerida por alguns será maior que o máximo aceitável; não se sabe sua ação Dentifrícios fluoretados: Indicações: toda a população, em especial crianças menores de nove anos de idade, deve usar em pequenas quantidades (cerca de 0,3 gramas, equivalente a um grão de arroz), devido ao risco de fluorose dentária. Dentifrícios com baixa concentração de fluoretos ou não fluoretados não são recomendados. Recomendações: escovação supervisionda, manter o dentifrício fora do alcance das crianças, criança deve ser estimulada a cuspir, orientação aos pais é melhor escovar 3 vezes com 0,1g do que uma vez com 1g. CONTROLE QUÍMICO E MECÂNICO DA PLACA BACTERIANA HIGIENE BUCODENTÁRIA Finalidade: eliminar ou diminuir ao mínimo as concentrações bacterianas, detritos alimentares e placas bacterianas nas superfícies dentárias, prevenindo a instalação da cárie dentária, além de manter a saúde periodontal PREVENÇÃO DA CÁRIE E DA DOENÇA PERIODONTAL - Controle do biofilme bacteriano: mecânico e químico - Realização: autocuidados e profissional MOTIVAÇÃO DO PACIENTE - Motivar é levar o indivíduo a desejar e agir em determinado sentido - Exige habilidade profissional em motivar a criança e o grupo familiar na execução dos recursos disponíveis para a manutenção da higiene bucodentária - É uma tarefa difícil, pois na maioria das vezes, significa uma mudança de hábitos (tanto para os pais, quanto as crianças) - Exige que o profissional tenha firmeza e entusiasmo para obter os resultados desejados - Lançar mão de recursos, como: Escovas dentais, Modelos, manequins e bonecos, Evidenciadores de indutos, Material audiovisual, Folhetos, Enfim, todos os recursos disponíveis para incentivar e ensinar à criança a fazer uma higiene bucal satisfatória - Os métodos devem ser compatíveis com a idade do paciente, habilidade motora, entendimento, com o nível de interesse e aceitação da família BIOFILME BACTERIANO - (Placa bacteriana) - É uma película invisível colonizada por milhões de bactérias, que adere à superfície do dente, juntamente com restos alimentares (principalmente os carboidratos) - Uma escovação correta, uso do fio dental, e o flúor (quando indicado) são as formas mais simples e eficiente de eliminar a placa bacteriana. - Localização: Ao longo da margem gengival, No sulco gengival, Ao redor dos dentes, Nas áreas interproximais, Nas fossas e fissuras estreitas e profundas. - Eliminando a placa bacteriana, através da higiene bucal, dá-se ao organismo reais condições para que este equilíbrio venha ocorrer EVIDENCIADORES DE PLACA - São substâncias corantes que tingem a placa bacteriana, aumentando a visualização pelo paciente e facilitando a remoção desta. - Com a placa corada o dentista tem dados concretos para avaliar onde restaram depósitos imediatamente após a limpeza dos dentes, medindo a capacidade de manter uma higiene bucal correta. - Agentes evidenciadores: Soluções: Eritrosina , Verde de malaquita, Fucsina em solução alcoólica a 2% e Pastilhas - Objetivo: Os pais e pacientes podem observar nitidamente as deficiências dos métodos de higiene bucal que estão sendo empregados. Pode e deve ser usado em casa, para melhor controle dos pais sobre a eficiência da escovação. ÍNDICES DE PLACA - Utilizados para fazer a avaliação da evidenciação de placa bacteriana - Deve ser feita no início do tratamento, para observar o grau de higienização apresentado pela criança - Durante e ao final do tratamento para avaliar a fixação do aprendizado das técnicas de higiene bucal. - O mais utilizado em Odontopediatria é o GREENE & VERMILLION simplificado: É utilizado para dentes permanentes, porém pode ser adaptado para a dentição decídua. Por este índice faz-se a observação de 6 dentes. ÍNDICE DE HIGIENE ORAL SIMPLIFICADO (IHO-S) – Greene e Vermillion (1964) - Dentição permanente: Mede a quantidade de placa bacteriana das superfícies vestibulares dos dentes 16, 11, 26 e 41; e linguais dos dentes 36 e 46 - Dentição decídua: Utiliza-se os segundos molares e incisivos decíduos.Na ausência dos dentes permanentes, ou quando parcialmente irrompidos, substituí-los pelos dentes decíduos (as mesmas superfícies): 16 55 (V), 26 65 (V), 36 75 (L), 46 85 (L), 11 51 (V), 31 71 (V) A avaliação é feita de 0 a 3 de acordo com a extensão da evidenciação (escores): 0 – ausência de placa 1 – até 1/3 da superfície dental 2 – de 1/3 até 2/3 da superfície dental 3 – mais de 2/3 da superfície dental X – dente índice ou substituto inexistente Após registrar os valores (escore) de cada superfície, estes valores são somados e divididos pelo número de superfícies observadas (no caso seis). Obteremos de cada indivíduo, em um determinado momento, um índice, caracterizando seu nível de higienização. Exemplo: escores obtidos: 16 – 1, 11 – 2, 26 – 1, 36 – 3, 41 – 2, 46 – 3 Obtenção do índice: 1 + 2 + 1 + 3 + 2 + 3 / 6 = 11/6 = 1,83 Índice: 0 a 1 - bom 1 a 2 - regular 2 a 3 - ruim Portanto: se o índice foi 1,83 - A escovação está regular; Precisa melhorar QUANDO COMEÇAR A HIGIENE BUCAL? - Os procedimentos de remoção da placa bacteriana, geralmente devem começar quando da erupção dos primeiros dentes decíduos Procedimentos específicos para as diversas faixas etárias: Antes do nascimento da criança: Determinar um programa preventivo Aconselhar os pais quanto à higiene dental Orientá-los sobre dieta Quando se estabelece uma norma de conduta ideal de higienização para os pais, esta será transmitida para as crianças Crianças herdam hábitos de alimentação e higiene dos pais Pais mais receptivos às recomendações de saúde preventiva Antes da erupção dos dentes: Recomenda-se a limpeza e massagem da gengiva Realizada pelos pais, com o uso de uma gaze ou ponta da fralda úmida, que são envolvidos pelo dedo dos pais, e passadas nos tecidos gengivais fazendo delicada massagem Realizado uma vez por dia ESCOVAÇÃO DENTÁRIA 1 -2 anos: Introduzir o uso do dentifrício, na quantidade de uma ervilha A criança não tem capacidade de expelir toda a pasta Estimular a escovação, porém por não conseguirem uma efetiva remoção da placa, os pais dever refazer a escovação. USO DE PASTA SEM FLÚOR 3 a 6 anos: Apresentam melhor capacidade de manipular a escova de dentes, porém a maior responsabilidade da escovação ainda é dos pais Ideal que ela seja executada numa posição adequada Indica-se a posição de STARKEY POSIÇÃO DE STARKEY Recomendada, independente da técnica a ser utilizada, em crianças na idade pré-escolar e com pouca habilidade manual Propõe: A criança deve ficar em pé, na frente e de costas para a mãe, ou quem vai executar a escovação e encostar a cabeça contra ela Esta posição permite o controle da criança quando da prática dos movimentos de escovação: - Mão esquerda estabiliza a cabeça e a mandíbula - Evita que a criança se movimente e cause danos à gengiva - Dedos da mão esquerda devem afastar os lábios e bochechas - Mão direita empunha corretamente a escova executando os movimentos - a visão da região a ser escovada deve ser direta, para melhor eficácia dos movimentos 6 a 12 anos: A criança deve assumir, gradativamente, a responsabilidade da sua higiene bucal, porém ainda é indispensável o envolvimento dos pais (supervisão) Uso de evidenciadores é valioso para a verificação e motivação da escovação Uso de dentifrícios fluoretados é indicado Enxaguatórios podem ser utilizados em pacientes com risco de cárie ESCOVAÇÃO: Técnica ensinada A técnica ensinada, ou a combinação de várias técnicas, deve ser: De fácil aprendizado De fácil ensinamento Efetiva em sua função de limpeza Não causar danos aos tecidos duros e moles ESCOVAÇÃO: indicação da técnica Considerar algumas variáveis: Idade, habilidade e o interesse da criança Disponibilidade de tempo para o aprendizado da técnica Técnica de FONES Indicada para crianças na idade pré-escolar Técnica mais simples de ser recomendada para crianças menos hábeis, menos interessadas, ou quando se tem pouco tempo para o ensino Os movimentos nas faces vestibulares, linguais ou palatinas são CIRCULARES Nas faces vestibulares os movimentos podem ser feitos com a boca fechada Técnica de Stillman modificada Aconselhada para crianças com mais de 7 ou 8 anos Indicada para crianças ou pais mais habilidosos e interessados Se baseia na ação vibratória das cerdas combinada com um movimento de deslizamento da escova no sentido do longo eixo dos dentes Permite o massageamento adequado da gengiva, além da remoção da placa da superficie dental A escova é colocada na linha muco gengival, com o longo eixo das cerdas apontado lateralmente contra a gengiva. Na região interproximal, a remoção da placa é obtida de forma mais eficiente fazendo-se movimentos vibratórios quando as cerdas estiverem junto ao ponto de contato dos dentes Apresenta o mesmo movimento das cerdas para os arcos superior e inferior Deve-se repetir esse movimento cerca de 20 vezes para cada grupo de dentes A região dos caninos deve receber atenção, porque a escova precisa ser bem posicionada Escovas dentais Características: - Cabo de forma retangular ou achatado - Cabeça pequena e plana - Cerdas artificiais, macias, comprimento uniforme e pontas arredondadas Troca da escova: Duração média de uma escova é de 45 a 60 dias, quando então deve ser substituída Dentifrícios Recomendações: Crianças de 0 – 3 anos: Pasta sem flúor, em pequenas quantidades Crianças de 3 – 6 anos: Pastas contendo 500ppm de flúor, pequenas quantidades Obs.: nesta faixa etária as crianças ainda não sabem cuspir e ingerem a pasta A quantidade de dentifrício (flúor) que a criança ingere diariamente, deverá ser considerada, para não correr o risco de entrar em processo de fluorose Uso do fio dental Tem demonstrado ser eficiente no controle da placa interdental Tipos de fio dental: Encerados e não encerados / Finos, fitas e em rede (superfloss) / Com e sem sabor / Uso de porta fios para crianças ou pais com pouca habilidade Deve medir de 25 a 45cm Deve ser enrolado em torno do dedo médio de ambas as mãos Com as mãos naturalmente abertas, a distância entre os dois dedos indicadores deve ser de 2 a 3 cm, o que proporciona que o fio esteja esticado, porém sem tensão Cuidados em casa Crianças na idade escolar: - Os pais precisam estar atentos na supervisão da higiene bucal: Coordenação motora refinada está em fase de desenvolvimento neste período - Início da dentição mista: Apinhamentos dentários e condição gengival, dentes recém irrompidos - Usar escovas maiores: Aumento das dimensões orais e do número de dentes CÁRIE PRECOCE NA INFÂNCIA Manutenção dentária: mastigação, fonética, estética, guia de erupção e manutenção do arco dentário. TERMINOLOGIA: Cárie de mamadeira, cárie rampante na infância, cárie de amamentação, cárie do lactente, cárie do bebe CÁRIE PRECOCE DA INFÂNCIA - Termo utilizado para determinar a lesão cariosa em crianças na idade pré-escolar. Caracteriza- se como um tipo peculiar de cárie na dentição decídua, desenvolvimento rápido, e ao progredir, promove uma destruição progressiva da coroa do dente, podendo causar a sua perda precoce. Cárie Dentária Doença: condição crônica, desequilíbrio entre as constantes trocas minerais que ocorrem entre os tecidos dentários e o meio fluído bucal Lesões de cárie: sinais desse desequilíbrio, quando há predominância de perda de minerais do esmalte e da dentina LESÕES: • mancha branca; • lesão de cavidade ativa; • lesão de cavidade inativaDoença: Infecciosa Transmissível MultifatoriaL Crônica Geralmente: Progressão Lenta Incapacidade da criança para realizar remoção da placa Inabilidade motora entre 0-36 meses Crise de crescimento- “CHORO; BIRRA” Educar família no controle da doença Escovação com motivação e supervisão (9 anos) Responsabilidade da dieta - Introdução precoce do açúcar - MO acidogênicos X Dieta - Meio ambiente influencia no tipo de placa bacteriana - Mais sacarose = > MO acidogênicos - Tipo e frequência da alimentação: Aleitamento prolongado; Mamadeira noturna Aleitamento Materno X Cárie Precoce da Infância – Etiologia - Cariogenicidade do leite Bovino: Cálcio, fósforo e proteínas Humano: Lactose PREDOMINANTE: Mamadeira adoçada - açúcar refinado e/ou “engrossada” com cereais - sacarose em sua composição. - Tempo demasiado de líquidos fermentáveis: exposição prolongada cav bucal - Líquidos fermentáveis com alta frequência, dia noite - Falta de Higiene adequada Aquisição e evolução da microbiota bucal do bebê Transmissibilidade Presença dos MO X localização da cavidade bucal 1a JANELA DE INFECTIVIDADE: IRRUPÇÃO 1 E 2OS MOLARES DECÍDUOS 2a JANELA DE INFECTIVIDADE: IRRUPÇÃO 1OS MOLARES PERMANENTES Microbiologia bucal antes da erupção dental RN: cavidade bucal estéri l Prevotella melaninogênica; Fusobacterium, nucleatum e Veillonella spp Aumento IgA entre 1 e 2º anos de vida Controle de placa pelo sistema imune da criança antes que se torne patogênica S mutans ; S sanguis . -S sanguis nos estágios iniciais da formação da placa bacteriana: habilidade na aderência à película adquirida no esmalte * Placa ecológica - Promover equilíbrio na cav bucal (evitar proliferação de Mo acidogênicos) . TRATAMENTO DA CÁRIE PRECOCE DA INFÂNCIA – perdas extensas de estrutura dental e baixa autoestima CÁRIE PRECOCE DA INFÂNCIA x CARACTERÍSTICAS – rápida desmineralização, cavidades em esmalte, afeta dentes em irrupção, evolução aguda, destruição rápida da coroa, envolvimento pulpar precoce, envolve áreas resistentes a carie, difícil e dolorosa mastigação, alimentos mais pastosos, retenção alimentar | Maior risco de cárie em dentes permanentes | Hospitalização / atendimentos de emergência | Desenvolvimento físico deficiente, especialmente altura e peso | Dificuldade no convívio social | Impedimentos da fala | Baixa autoestima Alteração no perímetro do arco e extrusão dentaria ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO A orientação precoce da família sobre os seus fatores etiológicos; Diagnóstico em seus estágios iniciais; Instituir programas educacionais junto a obstetras, pediatras, creches, escolas e comunidade TRATAMENTO DAS LESÕES Desmineralização Mancha branca: Inativa ou Ativa (Terapias com flúor, Dentifrícios, Vernizes, Cariostático) Lesão em esmalte ativa Grau de cooperação da criança e dos pais: Adequação do meio, Tratamento restaurador, Aplicação de cariostático Lesão cavitada em dentina ativa Grau de cooperação da criança e dos pais: Exame radiográfico, Envolvimento pulpar, Tratamento restaurador, Adequação de meio, Restaurações em resina composta, Reabilitação com coroas Tratamento reabilitador mais complexo- Cavitações que atingiram o órgão pulpar: Intervenção endodôntica, Estrutura dental remanescente ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO Compreende o conjunto de procedimentos realizados na cavidade bucal com a finalidade de eliminar a umidade, propiciar condições assépticas para o tratamento e restaurações dos dentes conforme as indicações dos materiais a serem empegados. • É o único meio de se conseguir um capo operatório totalmente livre de umidade VANTAGENS: - Retração e proteção dos tecidos moles - Melhor acesso e visibilidade - Condição adequada para a inserção dos materiais - Auxilia no controle de infecção - Redução do tempo de trabalho - Trabalho em condições assépticas - Proteção para o paciente e para o profissional MATERIAL E INSTRUMENTAL: - Lençol de borracha, porta dique de borracha, perfurador de dique de borracha, grampos, pinça porta-grampo, guardanapo para dique, sugador de saliva, fio dental, lubrificante, godiva de baixa fusão, lâmpada à álcool. - Instrumental auxiliar: espelho, pinça clínica, sonda exploradora, tesoura e espátula de inserção LENÇOL OU DIQUE DE BORRACHA - Lâmina de látex natural disponível em: rolos ou pré-cortados - Espessura: fina, media, grossa, extra grossa e grossa especial PORTA DIQUE DE BORRACHA - Possui a finalidade de manter a borracha distendida e em posição PERFURADOS DE DIQUE DE BORRACHA - Função de perfurar o dique para que os dentes possam ultrapassar a borracha. Possui uma plataforma giratória com diversos furos, com tamanhos variados contendo uma pequena lança perfuradora. Os orifícios devem ser selecionados de acordo com o diâmetro do colo dental. 1° furo – maior furo – grampo 2° furo – molares 3° furo – pré-molares e caninos 4° furo – incisivos superiores 5° furo – incisivos inferiores PINÇA PORTA GRAMPO - Instrumento utilizado para colocação e remoção dos grampos - Partes: cabo, intermediário, parte ativa ou garras GRAMPOS Dispositivo metálico ou plástico que se ajusta ao colo do dente, com a finalidade de manter o lençol de borracha em posição. - Tipos: com asas e sem asas - Partes constituintes: arco e asas/garras horizontais - Numeração dos grampos com asas: • 200 a 205 molares • 206 a 209 pré-molares • 210 a 211 dentes anteriores (possuem dois arcos ou alças) - Grampos especiais: • W8A e 14ª molares parcialmente erupcionados • 26 e 28 molares com pouca retenção • 212 retração gengival em classe V - Modificações do grampo 212: 1ª modificação do grampo 212: • Encurvamento da garra vestibular para apical • Encurvamento da garra lingual para incisal 2ª modificação do grampo 212: • Permite a restauração simultânea de cavidades de classe V em dentes adjacentes • Corte de uma das alças ou arcos GUARDANAPO PARA DIQUE DE BORRACHA Indicações: uso prolongado do isolamento, proteção da face do paciente e prevenção de reações alérgicas GODIVA Material inelástico indicado para estabilização adicional dos grampos LUBRIFICANTE São substâncias utilizadas para lubrificar o lençol de borracha facilitando seu deslizamento. - Aplicação do lado interno do dique (opaco), creme de barbear, proibido usar vaselina SEQUÊNCIA PARA COLOCAÇÃO DO DIQUE DE BORRACHA - Procedimentos prévios: profilaxia, teste dos contatos proximais, remoção de arestas cortantes e lubrificação dos lábios FIO DENTAL - Verificar a existência de bordas cortantes - Auxiliar a passagem do lençol de borracha - Realizar amarrias ao redor do colo do dente - Enlaçar o grampo como medida de segurança - Facilitar a inversão da borracha no sulco gengival - Posição dos orifícios no lençol de borracha O espaço entre os orifícios deve ser igual a distância entre os eixos longitudinais dos dentes Exceções: tamanho dos dentes (inferiores), altura da papila gengival, disposição dos dentes no arco, localização da cavidade, ausência de dentes e presença de diastemas - Estabilização do dique de borracha - Amarrias, anel elástico, Wegjets e Stop de borracha - Regras para perfuração do dique de borracha Quanto maior o número de dentes incluídos no isolamento, melhor será o acesso e a visibilidade Dentes posteriores: no mínimo um dente para distal até o canino do lado oposto Dentes anteriores: 1° pré-molar a 1° pré-molar - Métodos de marcação para perfuraçãoda borracha Divisão em quadrantes, marcação na boca, carimbo, gabarito - Técnicas de colocação do dique de borracha - Coloca-se o conjunto: grampo + arco + lençol de borracha ao mesmo tempo - Coloca-se o grampo, o lençol + arco - Coloca-se o lençol de borracha + arco e depois o grampo - Coloca-se o grampo + lençol de borracha e depois o arco - Coloca-se o grampo, o lençol de borracha e depois o grampo ISOLAMENTO RELATIVO Indicações: - Intervenções de curta duração - Aplicação tópica de flúor e selante - Alguns tipos de moldagem - Restaurações provisórias - Colagem de braquetes ortodônticos - Cementação de peças protéticas - Erupção parcial dos dentes - Pacientes alérgicos a borracha e derivados - Pacientes com dificuldade respiratória Material e instrumental: - Rolos de algodão ou gaze - Pinça, sonda e espelho bucal - Suctores de saliva - Mantenedores de rolos e algodão Considerações: - Deve ser utilizado na impraticabilidade do isolamento absoluto - Requer atendimento a quatro mãos - Requer uso sistemático de sugador de saliva
Compartilhar