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6 CURSO DE FARMÁCIA ANDERSON LUAN IRAN BARROS JOSEMAR SILVA NÍCIO SENA MARCOS SANDER MICROSCOPIA VITÓRIA DA CONQUISTA – BA MARÇO / 2016 ANDERSON LUAN IRAN BARROS JOSEMAR SILVA NÍCIO SENA MARCOS SANDER MICROSCOPIA Trabalho apresentado ao curso de Farmácia – 4º semestre da FAINOR como forma de avaliação da disciplina Biofísica ministrada pelo Prof. Anderson Pereira. VITÓRIA DA CONQUISTA – BA MARÇO / 2016 1 INTRODUÇÃO A microscopia é um processo básico de toda a biologia moderna, sendo responsável por algumas das mais importantes descobertas relacionadas com a vida, como é o caso da célula e de toda a sua estrutura e funcionamento. A história da microscopia começa com o fabrico das primeiras lentes óticas, através do polimento do vidro, pelo fiorentino Salvino d´Amato, em 1285. A ideia de combinar lentes para aumentar o tamanho dos objetos menores data de 1590 e deve-se a Zacharias Janssen, sendo, o primeiro microscópio por ele desenvolvido capaz de uma ampliação de cerca de 30x (MELO, 2011). Apenas no século XIX, com o aperfeiçoamento dos sistemas de fabrico de lentes, se conseguiu atingir o limite de resolução máximo possível utilizando luz visível. Surgem também neste século os primeiros microscópios binoculares (duas oculares em vez de uma só). Os primeiros ateliers especializados no fabrico e comércio dos microscópios surgem em meados do século XIX, sendo de destacar o de Camille-Sébastien Nachet, inaugurado em Paris em 1835, e o de Karl Zeiss, inaugurado na Alemanha em 1846 (MELO, 2011). Em consequência do desenvolvimento da microscopia, foi possível a observação e descoberta de inúmeras estruturas e seres vivos microscópicos até aqui desconhecidos, como bactérias, protozoários e leveduras. Também graças ao desenvolvimento da microscopia, em 1835, Schleiden e Schwann, propõem as bases da teoria celular, primeiro grande princípio unificador da biologia, o qual postula que todos os organismos vivos são constituídos por células, sendo estas as unidades estruturais e funcionais dos mesmos. Já no século XX, surgem novas variantes do microscópio ótico, sendo de destacar a invenção do microscópio de contraste de fases (Zernicke, 1941) e o de contraste diferencial (Normanski, 1952) (MELO, 2011). Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender sobre a microscopia e seus princípios básicos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica a partir de artigos científicos e sites de conteúdo técnico-científico, buscados no banco de dados do Google Acadêmico. 2 MICROSCÓPIO: PRINCÍPIOS BÁSICOS Como já citado, o microscópio foi uma das mais belas e extraordinárias invenções já criadas pelo homem. A curiosidade humana e o fantástico mundo científico apresentaram, dentre inúmeras outras descobertas, o microscópio, aparelho capaz de aumentar a imagem de pequenos objetos. Desde a invenção do microscópio por volta de 1590, houve uma ampliação dos conhecimentos de biologia básica, pesquisa biomédica, diagnósticos médicos e ciência dos materiais. Os microscópios de luz podem ampliar objetos em até 1000 vezes e revelar detalhes mínimos. A tecnologia da microscopia de luz evoluiu muito desde os microscópios de Robert Hooke e Antoni van Leeuwenhoek. Técnicas especiais e ópticas foram desenvolvidas para revelar as estruturas e a bioquímica da vida nas células. Os microscópios entraram na era digital usando dispositivos acoplados de carga acoplada (CCDs) e câmeras digitais para capturar imagens. Apesar disso, os princípios básicos dos modelos mais avançados são muito parecidos com os dos microscópios mais simples usados nas aulas de biologia.[1: http://www.infopedia.pt/$historia-da-microscopia] O microscópio capta luz de uma área minúscula, de um espécime fino, bem iluminado e que está próximo. Por isso o microscópio não precisa de uma grande objetiva. Essa lente em um microscópio é pequena e esférica, o que significa que a distância focal é muito menor em cada lado. Assim a imagem do objeto é focalizada a uma curta distância e dentro do tubo do microscópio. Essa imagem é ampliada por uma segunda lente, chamada lente ocular ou, simplesmente, ocular, que a traz para o seu campo de visão. Ao se olhar para um espécime usando um microscópio, a qualidade da imagem é avaliada pelas seguintes características: brilho, foco, resolução e contraste. Segundo Craig e Freudenrich (2010), as diversas técnicas da microscopia de luz são: campo claro, campo escuro e iluminação de Rheinberg. Campo claro - é a configuração básica do microscópio (as imagens vistas até agora são todas de microscópios de campo claro). É uma técnica que tem muito pouco contraste. Nas imagens mostradas até agora, grande parte do contraste foi obtida tingindo-se os espécimes. Campo escuro - essa configuração aumenta o contraste, como mencionado anteriormente. Iluminação Rheinberg - trata-se de uma configuração semelhante ao do campo escuro, mas que usa uma série de filtros para produzir uma "coloração óptica" do espécime. Os microscópios geralmente têm lentes objetivas intercambiáveis e oculares fixas. Pela troca das objetivas (desde as objetivas de baixa ampliação e relativamente planas, até as de grande ampliação e arredondadas), um microscópio é capaz de trazer áreas cada vez menores para o campo de visão, uma vez que a captação da luz não é a tarefa principal da objetiva do microscópio. Enquanto o microscópio óptico ou fotônico tem como princípio básico a luz como fonte energética, o microscópio eletrônico utiliza a força dos elétrons (MELO, 2011). Os princípios básicos dos microscópios eletrônicos são similares aos microscópios fotônicos, as diferenças estão dadas na já mencionada fonte de luz (elétrons) e no tipo de lente, já que os eletrônicos empregam lentes eletromagnéticas. A grande diferença dos dois tipos de microscópios é a potência que tem a cada qual, já que o microscópio óptico é capaz de aumentar umas 2000 vezes e uma resolução de 0,2 mícrons, que equivalem a 0,0001 mm, enquanto o eletrônico aumenta até um 1000000 de vezes com uma resolução de 0.1 nanómetros (0,0000001 mm).[2: http://www.infopedia.pt/$historia-da-microscopia] Todos os microscópios eletrônicos (de transmissão – TEM e de varredura – SEM) contam com vários elementos básicos: Dispõem de um canhão de elétrons que emite os elétrons que chocam contra a amostra, criando uma imagem aumentada. Utilizam-se lentes eletromagnéticas para criar campos que dirigem e focam o faça de elétrons, junto de um sistema de vazio ao interior do microscópio, para que as moléculas de ar não desviem os elétrons. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, a ciência, encontra-se estudando a forma para que a cada vez as imagens que nos oferecem os microscópios se afastem mais da virtualidade e se acerquem mais à realidade. Isto, porque o que nós vemos através de um microscópio, não reproduz fielmente a realidade do observado, se não que distorsiona sua forma e sua coloração natural. Recordemos que o olho humano, possui somente um poder de resolução de aproximadamente 1/10 milímetros. O poder de resolução, é a medida da capacidade para distinguir um objeto de outro; é a distância mínima que deve haver entre dois objetos para que sejam percebidos como objetos separados. Dada a pouca resolução do olho humano, o homem criou o microscópio para poder seguir avançando em matérias científicas, sem limitar-se ao que boamente nosso organismo, por se só, nos pode oferecer, se não que inventando, criando novas formas de poder seguir adiante no árduo caminho da ciência. Desta maneira, segue a busca de um microscópio que chegue a reproduzir fielmente a realidade observada e não somente uma imagem virtual, que é a que até agora podemos observar. REFERÊNCIAS CRAIG, C.; FREUDENRICH, D. como funcionam os microscópios de luz. 2010. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/microscopios-de-luz.htm> Acessoem: 05 mar. 2016. HISTÓRIA DA MICROSCOPIA. Disponível em: <http:// http://www.infopedia.pt/$historia-da-microscopia> Acesso em: 04 mar. 2016. MELO, Rossana C. N. Células e Microscopia: princípios básicos e práticas. Juiz de Fora-MG: Editora UFJF, 2011.
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