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Análise das Demonstrações Financeiras Fabrizio Sacavassa APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Análise das Demons- trações Financeiras, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5 1 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................... 7 1.1 Balanço Patrimonial ........................................................................................................................................................7 1.2 Apresentação do Balanço .............................................................................................................................................8 1.3 A Importância do Balanço ............................................................................................................................................8 1.4 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais .....................................................................................9 1.5 Classificação do Ativo ....................................................................................................................................................9 1.6 Classificação do Passivo .............................................................................................................................................11 1.7 Demonstração do Resultado do Exercício ..........................................................................................................15 1.8 Estrutura da Demonstração de Resultado Conforme a Lei das Sociedades Anônimas ....................15 1.9 Problemas Contábeis diversos ................................................................................................................................19 1.10 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................25 1.11 Atividades Propostas ................................................................................................................................................25 2 INTRODUÇÃO À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................. 27 2.1 Insumos Básicos da Análise de Balanço ...............................................................................................................27 2.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................28 2.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................28 3 OBJETIVO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................... 29 3.1 O Início da Análise ........................................................................................................................................................29 3.2 Relatório de Análise .....................................................................................................................................................30 3.3 Grupos de Interesse .....................................................................................................................................................30 3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................31 3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................31 4 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ....................................................................................... 33 4.1 Vertical ..............................................................................................................................................................................33 4.2 Objetivo da Análise Vertical ......................................................................................................................................34 4.3 Horizontal ........................................................................................................................................................................34 4.4 Análise Horizontal Encadeada x Anual .................................................................................................................36 4.5 Relação entre a Análise Vertical e Horizontal .....................................................................................................37 4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................41 4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................42 5 ANÁLISE ATRAVÉS DOS ÍNDICES ............................................................................................. 45 5.1 Conceito ...........................................................................................................................................................................45 5.2 Quantos Índices Podemos Calcular .......................................................................................................................46 5.3 Quadro de Resumo de Índices ................................................................................................................................46 5.4 Descrição dos Índices ..................................................................................................................................................47 5.5 Como Avaliar os Índices .............................................................................................................................................51 5.6 Elaboração do Relatório .............................................................................................................................................52 5.7 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................52 5.8 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................53 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 55 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 57 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................61 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 5 INTRODUÇÃO Olá futuro(a) administrador(a), Seja bem-vindo(a) ao nosso módulo de análise das demonstrações financeiras, neste material você encontrará informações básicas para elaboração de uma análise completa de uma empresa. Este conteúdo abordará desde o início da análise que consiste em conhecer as principais contas do balanço patrimonial, conhecendo seus grupos e subgrupos em ordem de liquidez até a finalização da análise através de índices financeiros e indicadores de performance. Como você sabe, muitas empresas utilizam a análise das demonstrações financeiras para comparar seu negócio aos demais concorrentes de mercado, portanto, é uma ferramenta de extrema importância para aqueles que desejam ingressar no ramo financeiro. Desejo a você um ótimo módulo e bons estudos durante este período. Espero que este conteúdo ajude você em sua vida tanto profissional quanto sua vida pessoal, muito sucesso a você caro(a) aluno(a). Fico à disposição para o que se fizer necessário. Um grande abraço e sucesso. Prof. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 7 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1 Olá caro(a) aluno(a), antes de iniciarmos o estudo da demonstração financeira e seus con- ceitos, precisamos conhecer a estrutura de um balanço. Por isso, a Análise das Demonstrações Fi- nanceiras vem ganhando força cada vez mais nas empresas, pois se trata de uma técnica que une os conceitos contábeis e financeiros. Independentemente do porte da empresa, é possível utilizar todos os conhecimentos e téc- nicas de análise de balanço, desde que, a empresa possua dados confiáveis e um registro contábil de suas movimentações. Conforme citado anteriormente toda em- presa pode aplicar este tipo de controle, basta apenas um bom conhecimento em contabilidade e finanças. 1.1 Balanço Patrimonial Conceito É muito importante para a análise saber que o Balanço Patrimonial é uma fotografia estática da empresa em 31 de dezembro de um determi- nado ano. Essa espécie de “fotografia” apresenta as contabilizações da empresa de acordo com as normas contábeis, que atualmente está são re- gidas pela Lei nº 11.638/07 (conhecida como Lei das SAs). Ao final do período de apuração (31/12), podemos identificar os saldos remanescentes para composição do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Ativo Caro(a) estudante, para simplificar a estru- tura do balanço, o ativo pode ser definido como os bens e direitos que uma empresa (pessoa jurí- dica) possui. Conforme orientação da Lei das SAs, a sua estrutura deve respeitar o grau de liquidez do maior para o menor, ou seja, as contas que po- dem ser transformadas em dinheiro mais rápido para a empresa devem constar primeiro no Ativo, posteriormente as contas com menor grau de li- quidez. Passivo Muita atenção caro(a) aluno(a), pois para compreender bem a estrutura do balanço deve- mos também conhecer as obrigações da empre- sa, que são apresentadas pelo Passivo. O passivo, podemos entender como as obrigações de uma empresa (pessoa jurídica), estes são valores que se encontram investidos no Ativo da empresa. Também classificamos o passivo pelo seu grau de liquidez, as dívidas que devem ser honradas pri- meiro (curto prazo) são apresentadas primeiro no lado do passivo. Patrimônio Líquido (PL) Por fim, mas não menos importante, temos o Patrimônio Líquido, que é o primeiro item que Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 8 1.2 Apresentação do Balanço temos na abertura da empresa, pois uma de suas contas, Capital Social, é apresentada como o di- nheiro do sócio na abertura da empresa. Todo va- lor contabilizado no Patrimônio Líquido pode ser reconhecido como sendo do sócio e proprietário da empresa. Apresentamos a seguir a estrutura do Ba- lanço Patrimonial das empresas brasileiras. O Ativo é indicado no lado esquerdo ou superior da demonstração; O Passivo é apresentado do lado direi- to ou inferior; O Patrimônio Líquido, que mostra a diferença entre a soma do Ativo e a do Passivo, mostrando por sua vez o inves- timento (capital) e o lucro (ou prejuízo) acumulado, também é apresentado do lado direito ou inferior somando ou subtraindo do Passivo. BALANÇO 1.3 A Importância do Balanço Ativo = Passivo – Patrimônio Líquido AtençãoAtenção O passivo representa todas as obrigações da em- presa, incluindo as dívidas com terceiros e pro- prietários. Muito bem futuro administrador(a), para obter dados através de verificação direta nos re- gistros é trabalhoso e inviável, mesmo em peque- nas empresas devido ao volume de lançamentos ocorridos diariamente. Pelas importantes informações de tendên- cia que podem ser extraídas de seus diversos gru- pos de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira da empresa. Daí a necessidade de resumo apresentando os dados de forma adequada, que permita o co- nhecimento da situação patrimonial e das varia- ções ocorridas durante determinado período. Essa tarefa é fácil com o uso do plano de contas, obedecendo aos critérios de realização e exigibilidade. A importância do Balanço consiste na visão: Das origens dos recursos; Das aplicações dos recursos; De quanto desses recursos são devidos a terceiros; Do grau de endividamento da empresa, da liquidez e da proporção do Capital Próprio; Outras análises, que serão estudadas mais adiante. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 9 Conteúdo do Balanço: Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Lucro/Prejuízo Acumulado Fonte: O autor. 1.4 Critérios de Classificação dos Elementos Patrimoniais Segundo Matarazzo (2007), no Brasil, as em- presas costumam utilizar um Plano de Contas que atenda a suas necessidades operacionais, portan- to não existe um padrão para as empresas. A Lei, apenas, disciplina de forma geral a função e a ordem dos vários grupos que com- põem o Ativo, Passivo e P. Líquido, como segue. 1.5 Classificação do Ativo Segundo Matarazzo (2007), podemos clas- sificar o Ativo em três grandes grupos: Ativo Cir- culante, Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo) e Ativo Permanente, os quais são apresen- tados em ordem decrescente do grau de liquidez (realização), de acordo com a Lei das SAs. Saiba maisSaiba mais No ativo circulante encontram-se as contas com maior liquidez da empresa. Dentro do ativo circu- lante, encontramos subgrupos que também respei- tam a ordem de liquidez ou de realização. Ativo Circulante Segundo Silva (1998), o ativo circulante compreende as disponibilidades, os direitos rea- lizáveis no exercício social subsequente e as apli- cações de recursos em despesas do exercício se- guinte. Todas as contas de grande rotação são apre- sentadas no Balanço como ativo circulante. Dessa maneira, todas as contas de liquidez imediata, ou que se convertem em dinheiro em curto prazo, serão classificadas nesse grupo. Considera-se curto prazo todos os valores cujos vencimentos ocorrerão até o final do exercí- cio seguinte ao encerramento do balanço, ou do ciclo operacional da empresa, no caso deste ser superior a um ano (exercício social). O ativo circulante, por sua vez, divide-se nos seguintes subgrupos: Disponível; Aplicações Financeiras; Valores a Receber a Curto Prazo ou Rea- lizável a C. Prazo; Estoques. Análise das Demonstrações FinanceirasUnisa | Educação a Distância | www.unisa.br 10 Disponível De acordo com Silva (1998), o subgrupo dis- ponível inclui as contas com maior grau de liqui- dez do ativo, constituído pelas disponibilidades imediatas, como dinheiro em caixa e cheques re- cebidos e não depositados. Também fazem parte do disponível da con- ta bancos conta movimento (para pagamentos em cheques), títulos e aplicações financeiras de liqui- dez imediata. Aplicações Financeiras Segundo Silva (1995), as aplicações finan- ceiras referem-se a aplicações em títulos e valo- res mobiliários resgatáveis a curto prazo. Essas aplicações normalmente são realizadas mediante a utilização de excessos temporários de caixa e representam uma forma de resguardar o poder de compra da moeda em ambiente inflacionário. As aplicações podem ser feitas em títulos públi- cos, letras de câmbio, certificados de depósitos bancários, debêntures e outros ativos. Podemos classificar neste subgrupo do circulante, também, obras de arte, terrenos, investimentos em ações, quando estes são de caráter transitório e cuja cir- cularização aconteça até, no máximo, o final do exercício seguinte (conceito de curto prazo). Valores a Receber a Curto Prazo Discrimina, segundo Silva (1998), todos os valores recebíveis a curto prazo de propriedade da empresa, como clientes e os valores a receber provenientes das demais transações da empresa. Do montante das duplicatas a ser recebi- das de Clientes, parte podem ser descon- tadas em instituições financeiras e isso aparecerá como (-) Duplicatas Desconta- das. Que aparecerá subtraindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes). Parte das duplicatas a receber, podem dei- xar de ser recebidas por vários motivos (concordatas, falências, etc.), em função disto a empresa pode provisionar parte do valor como perdas prováveis, quan- do aparecerá no ‘ativo realizável’ como (-) Provisão para devedores Duvidosos, sub- traindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes). (SILVA, 1998, p. 45). Estoques O estoque, podemos classificar como itens para elaboração, em processo ou transformado em produtos destinados para venda, estes itens são operacionais, ou seja, fazem parte da opera- ção da empresa para compor o estoque, entre as contas que podemos identificar no subgrupo es- toque, podemos destacar: Matéria-prima; Materiais de consumo; Mercadorias para revenda; Produtos Acabados (indústria); Produtos em Elaboração etc. Ativo Não Circulante O ativo não circulante é a soma do realizável a longo prazo e o permanente. Realizável Longo Prazo A contabilização neste grupo de conta pode ser definida como todos os diretos de re- cebimentos de valores que superam o exercício subsequente (superior a um ano). DicionárioDicionário Entende-se por longo prazo todos os valores a vencer acima do período de 365 dias, ou seja, um ano. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 11 Ativo Permanente Segundo Matarazzo (2007), o ativo perma- nente representa o último grupo do ativo, ele possui o menor grau de liquidez. Conforme sua nomenclatura, são recursos aplicados em bens ou direitos não destinados à comercialização, ou seja, à circulação econômica, permanecendo na empresa. O ativo permanente é dividido em três subgrupos: investimentos, imobilizado e intangível. Investimentos Segundo Matarazzo (2007), trata-se de um subgrupo que se caracteriza pelos vários direitos de suas contas, sua particularidade em relação aos outros grupos está que ele não se destina à manutenção da atividade da empresa ou a nego- ciações. 1.6 Classificação do Passivo Imobilizado Muito bem, o Ativo Imobilizado refere-se a bens tangíveis destinados à operação da empresa ou suporte à operação da empresa. Para identificarmos um item como Ativo Imobilizado, ele deve respeitar ou possuir pelo menos quatro características: Destinado à operação da empresa; Não são destinados à venda; Sua vida útil deve ser superior a um ano; Possuir relevância em seu valor, o qual é definido de acordo com cada empresa. PASSIVO CIRCULANTE Refere-se às obrigações de curto prazo, ou seja, obrigações que deverão ser liquidadas den- tro do exercício social seguinte ao encerramento do balanço. O passivo circulante também pode ser dividido em vários subgrupos, como: Fornecedores Fique atento(a), pois a conta de fornecedo- res é todos os valores financiados por terceiros, desde matéria-prima até valores financiados pelo próprio fornecedor na compra de máquinas e equipamentos para a operação da empresa. Salários e encargos sociais Futuro(a) administrador(a), são contabiliza- dos os salários que são pagos no mês subsequen- te à prestação de serviço pelo colaborador, nesta conta estão incluídos os valores de FGTS, INSS e 13º salário. Impostos e taxas Atenção a esta conta no balanço, pois nela podemos contabilizar neste subgrupo os tributos como: ICMS a recolher, IPI, ISS, PIS, IRRF, entre ou- tros impostos. Empréstimos e Financiamentos Neste subgrupo contabilizamos todos os valores adquiridos através de instituições finan- ceiras (Bancos) em moeda nacional. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 12 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO O exigível a longo prazo também pode con- ter vários subgrupos, ele vai respeitar a particula- ridade e a necessidade de cada empresa, no Pas- sivo Exigível a Longo Prazo podemos encontrar: Empréstimos e Financiamentos Caro(a) aluno(a), o empréstimo e o finan- ciamento respeitam a mesma natureza da conta anterior, mas, além dos empréstimos, os financia- mentos adquiridos podem ser através de leasing, FINAME, entre outros. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Líquido representa todos os valores que são pertencentes aos sócios da em- presa, estes valores ficam contabilizados, pois seus donos não reclamam o reembolso de suas aplicações na empresa. AtençãoAtenção Todo balanço patrimonial possui uma data base; tome cuidado para não confundir um balanço patrimonial anual e analisar comparando com um balanço patrimonial trimestral. O PL é representado através: Dos investimentos dos proprietários na sociedade; De valores recebidos como doação e subvenções para investimentos; Das reservas oriundas de lucros; Das reservas provenientes de reavalia- ção de Ativos. Modelo de Balanço Patrimonial Comparativo: Companhia EXEMPLO S/A CNPJ nº 00.000.000/000-00 Balanço Patrimonial Em 31.12.X2 Em R$ mil ATIVO 20X2 20X1 ( 1 ) ATIVO CIRCULANTE • Disponível • Aplicações Financeiras • Valores Realizáveis a Curto Prazo • Estoques • Despesas Antecipadas ( 2 ) ATIVO NÃO CIRCULANTE (3+4) ( 3 ) ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO • Valores a Receber • Títulos e Valores Mobiliários • Empréstimos Compulsórios • Depósitos Judiciais • Incentivos Fiscais ( 4 ) ATIVO PERMANENTE Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 13 • INVESTIMENTOS • ATIVO IMOBILIZADO • ATIVO INTANGÍVEL TOTAL DO ATIVO (1+2) PASSIVO 20X2 20X1 ( 1 ) PASSIVO CIRCULANTE • Salários e Encargos a Pagar • Fornecedores • Empréstimos • Dividendos Propostos a Pagar ( 2 ) PASSIVO NÃO CIRCULANTE ( 3 ) PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO • Empréstimos • Impostos Parcelados a Pagar ( 4 ) PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Capital Social • Reservas de Capital • Reservas de Reavaliação • Reservas de Lucros • Lucro ou Prejuízo Acumulado TOTAL DO PASSIVO (1+2+4) Fonte: Equipe de professores da USP. OPORTUNIDADE DO BALANÇO Obrigatório pelo menos uma vez a cada ano; Atualmente, devido às necessidades de informações cada vez mais atualizadas e precisas, o ideal é que se emita um balanço a cada mês, ou quantosforem necessários para auxiliar no processo de tomada de decisões. COMO SE LEVANTA O BALANÇO Muito bem, caro(a) aluno(a), chegou a hora do levantamento das informações do balanço, para isso devemos seguir os seguintes itens: Levantamento de Balancete de Verifica- ção do razão do último mês ou período; Ajuste das contas; Encerramento das contas de Receitas e Despesas; Elaboração das Demonstrações Finan- ceiras e das Notas Explicativas. Primeira Etapa: Balancete de Verificação Demonstrativo para verificação da igual- dade do resultado entre os saldos credores e devedores das contas do razão contábil, por isso chama-se Balancete de Verificação, ou apenas Ba- lancete. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 14 Exemplo: Cia. Exemplo S/A Balancete de Verificação em 31-07-X1 Contas Saldos Devedores Credores Caixa Despesas Diversas Estoques Terrenos Móveis e Utensílios Fornecedores Capital 60.000 9.000 78.000 31.000 50.000 - - 228.000 - - - - - 58.000 170.000 228.000 Fonte: Equipe de professores da USP. O levantamento do Balancete de Verificação do razão é o ponto de partida no encerramento do Balanço e consiste na verificação da exatidão matemática dos saldos das contas. Tal verificação abrange todas as contas (ati- vo, passivo e resultado). Caso haja divergência nos saldos será feito o que se chama de concilia- ção das contas para o devido ajuste. Segunda Etapa: Ajuste das Contas A escrituração contábil respeita a conven- ção contábil. Segundo Iudícibus (1998), o ajuste das con- tas é um dos trabalhos mais importantes do le- vantamento do balanço, através da análise das demonstrações financeiras podemos verificar a real Situação Patrimonial e do Resultado da em- presa. Terceira Etapa: Encerramento das Contas de Resultado Do ponto de vista contábil, as contas divi- dem-se em dois grupos: As Contas Patrimoniais (ativo, passivo e PL); As Contas de Resultados (despesas e re- ceitas). As patrimoniais aparecem no Balanço sem- pre com seus saldos, de maneira cumulativa, ou seja, não são encerradas no processo de levanta- mento do balanço. As de resultado são encerradas a cada fe- chamento de exercício social, iniciando com saldo “Zero” no período seguinte, ou seja, seus saldos são transferidos através de lançamentos contábeis para a conta de Apuração de Resulta- do (Resultado do Exercício), cujo saldo (diferença despesas x receitas) é transferido para a conta Lu- cro/Prejuízo Acumulado, que é mostrada no ba- lanço como indicadora da variação patrimonial no decorrer da vida da empresa. A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados re- presenta o único elo entre as contas do Balanço e as do Resultado do Exercício. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 15 1.7 Demonstração do Resultado do Exercício 1.8 Estrutura da Demonstração de Resultado Conforme a Lei das Sociedades Anônimas Elaborada simultaneamente com o ba- lanço patrimonial, constitui-se em relató- rio sucinto das operações realizadas pela empresa em determinado período de tempo. Desta demonstração extrai-se um dos valores mais importantes às pessoas nela interessadas: o resultado líquido do período, lucro ou prejuízo. (MATARAZZO, 2007, p. 69). Segundo Matarazzo (2007), o lucro (ou pre- juízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos na empresa no período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja, inde- pendentemente de que tenham sido esses valo- res pagos ou recebidos. O objetivo da contabilidade, com a DRE juntamente com o balanço, é mostrar a situação patrimonial e econômico-financeira da empresa. A demonstração do Resultado do Exercício mostra como a empresa se comportou em termos de Receitas e Despesas, durante certo período de tempo, em geral de um ano. Na demonstração deve constar o período de tempo considerado. A seguir apresentamos as principais contas pela ordem da demonstração do resultado do exercício de acordo com Matarazzo (2007). RECEITA BRUTA DE VENDAS OU RECEITA OPE- RACIONAL BRUTA Refere-se ao valor nominal total das vendas de bens ou dos serviços prestados pela empresa, no exercício social considerado, antes de qual- quer dedução. É importante dizer também que estas receitas são registradas quando da realiza- ção da venda, independentemente da mesma ter sido recebida ou de quando irá ocorrer seu venci- mento, procedimento este conhecido como regi- me de competência. (-) DEDUÇÕES SOBRE VENDAS Da receita bruta, devem ser deduzidos di- versos valores que não pertencem à empresa, tais como impostos sobre vendas (ICMS, IPI, ISS etc.), descontos e abatimentos sobre vendas, e as devoluções sobre vendas ou vendas canceladas. Com isso, obtém-se o total da Receita Líquida de Vendas e Serviços ou a Receita Operacional Líqui- da de Vendas e Serviços. Descontos sobre vendas e abatimentos sobre vendas Caro(a) aluno(a), embora possa parecer que sejam sinônimos, descontos são diferentes de abatimentos. Temos um desconto sobre vendas quando o vendedor concede no momento da ne- gociação do objeto comercializado devido a mé- ritos do comprador (cliente), ou seja, por este ser pontual, comprar uma quantidade regular etc. A este tipo de desconto, podemos chamar ainda de desconto comercial. O abatimento sobre vendas difere de desconto devido à ocorrência deste se dar por anormalidade em relação ao bem ou ser- viço entregue, no caso de um bem estar avariado e uma devolução ser inviável economicamente, negocia-se um abatimento sobre a venda. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 16 Devolução sobre vendas ou vendas cancelas Podemos entender com sendo devolução quando esta ocorrer apenas parcialmente sobre a venda efetuada, devido parte desta estar em desacordo com as especificações do cliente ou mesmo apresentar algum tipo de anormalida- de. Já as vendas canceladas, podemos entender como sendo aquelas onde a devolução for total, por estar totalmente em desacordo com as espe- cificações do cliente. Impostos sobre vendas Podemos definir como sendo aqueles valo- res que transitam temporariamente pelo dispo- nível, mas que não pertencem à empresa por se tratar de tributos que incidem sobre as vendas e serviços prestados e que por isso devem ser re- passados aos cofres públicos. (=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS OU RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA É a diferença entre a receita bruta e a soma das deduções sobre as vendas. Resumindo: Brutas: total do faturamento, antes das deduções (descontos, abatimentos, de- voluções e impostos), a fórmula para chegar ao faturamento bruto é volume vezes preço. Líquidas: resultante da subtração dos impostos a elas relacionadas, e também das devoluções e abatimentos sobre vendas. (-) CUSTO DAS MERCADORIAS, PRODUTOS OU SERVIÇOS VENDIDOS Mostra o valor do custo das mercadorias, produtos ou serviços vendidos. Representa todos os custos incorridos pela empresa em seu proces- so comercial (compra/venda), de fabricação em se tratando de uma indústria, ou de serviços no caso de uma prestadora de serviços. Esses valores são normalmente apurados pelo custo histórico de aquisição ou de produção. Em relação a pro- dutos fabricados, estes custos referem-se à maté- ria-prima, mão de obra, e outros custos indiretos de fabricação, para efeito de empresa comercial estes custos referem-se aos de aquisição da mer- cadoria vendida. (=) LUCRO BRUTO É a diferença entre receita líquida de vendas e o custo das vendas. (±) DESPESAS OPERACIONAIS ou RESULTADO OPERACIONAL São aquelas necessárias para o normal de- senvolvimento das operações que constituem o objetivoda empresa. É a soma dos gastos com despesas comerciais, administrativas, tributárias e encargos financeiros líquidos (diferença entre receitas e despesas financeiras). As despesas ope- racionais são deduzidas do lucro bruto, dando o lucro ou resultado operacional. (±) OUTROS RESULTADOS (DESPESAS/RECEI- TAS) OPERACIONAIS Compõem-se de itens que nem sempre se enquadram no conceito correto de operacional, ou seja, não são provenientes das atividades fins da empresa. Nesse grupo podem estar incluídos, entre outros, dividendos recebidos de investi- mentos societários avaliados pelo método de custo corrigido, variações nos investimentos ava- liados através da equivalência patrimonial, receita de vendas de sucatas etc. As perdas por eventua- lidades, como enchentes, incêndios sem que haja cobertura de seguros, também são consideradas como resultado não operacional. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 17 (=) LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL Ao lucro operacional são adicionadas ou- tras receitas ou deduzidas outras despesas não operacionais, chegando-se ao lucro líquido antes do imposto de renda (LAIR). Sobre esse valor é provisionado o imposto de renda para o período, chegando-se ao lucro líquido disponível. (±) RESULTADOS (DESPESAS/RECEITAS) NÃO OPERACIONAIS Normalmente são classificados como não sendo operacionais, aquelas perdas ou ganhos oriundos de alienação (vendas), ou baixas de bens do ativo permanente. (=) LUCRO/PREJUIZO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES Este pode ser definido como o resultado econômico obtido pela empresa através de suas atividades operacionais e não operacionais. So- mente depois de apurado o resultado econômico é que a empresa apura e provisiona os impostos e as participações. (-) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SO- CIAL SOBRE O LUCRO Depois de apurado este valor, a empresa apura o que chamamos de resultado tributável ou lucro real para efeito de apropriação do impos- to de renda e da contribuição social sobre o lucro. (-) PARTICIPAÇÕES Compreendem as participações estatutá- rias que representam parcelas dos lucros destina- das a empregados, diretores, debenturistas etc. (-) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO O lucro ou prejuízo líquido do exercício é obtido após as deduções de participações e con- tribuições do lucro remanescente, depois de de- duzida a provisão do imposto de renda. O lucro ou prejuízo líquido é transferido para o Patrimônio Líquido, mais especificamente para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Jun- to com as outras demonstrações contábeis apura- das no exercício é apresentado à assembleia geral ordinária dos acionistas da empresa proposta de destinação a ser dada ao lucro líquido do exercí- cio. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 18 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO MODELO GENÉRICO RECEITA BRUTA DE VENDAS Vendas Nacionais Vendas Estrangeiras (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Impostos sobre vendas Abatimentos sobre Vendas Devoluções sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS (-) CUSTO DAS VENDAS (CMV – CPV OU CSV) (=) RESULTADO BRUTO ou LUCRO BRUTO (±) DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Fretes sobre vendas Propaganda e publicidade Outras Despesas Gerais e Administrativas Salários e encargos Alugueis Depreciação Seguros Outras Encargos Financeiros Líquidos Despesas Financeiras Receitas Financeiras Outras Despesas e Receitas Operacionais Ganhos de Participações Perdas de Participações (=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL (-) RESULTADO NÃO OPERACIONAL Ganho não Operacional Perda não Operacional (=) RESULTADO ANTES DO IMP. DE RENDA (-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (=) LUCRO APÓS O IMPOSTO DE RENDA (-) PARTICIPAÇÕES E PROVISÕES Participações nos lucros p/empregados (=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO LUCRO OU PREJUÍZO POR AÇÃO Fonte: Equipe de professores da USP. OUTRAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E AS NOTAS EXPLICATIVAS A elaboração das demonstrações citadas e mais as notas explicativas representam a últi- ma etapa do levantamento do balanço e conse- quentemente da sequência dos procedimentos contábeis. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 19 1.9 Problemas Contábeis diversos DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS De acordo com Matarazzo (2007), essa de- monstração retrata as movimentações ocorridas na conta patrimonial de “Lucros ou Prejuízos Acu- mulados”, é legalmente obrigatória para pratica- mente todas as sociedades. Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados conforme a Lei Saldo inicial da conta “Lucros/Prejuízos Acumulados” (final exercício anterior) (±) Ajustes de exercícios anteriores (+) Reversões de Reservas (±) Lucro/Prejuízo líquido do Exercício (-) Transferência para Reservas (-) Dividendos propostos (-) Parcela dos Lucros Incorporada ao Capital (+) Saldo final da conta “Lucros /Prejuízos Acumulados” Fonte: Equipe de professores da USP. EXPLICAÇÕES ADICIONAIS: Ajustes de exercícios anteriores: re- fere-se às mutações havidas em decor- rência de alterações do critério contá- bil adotado pela empresa, ou a erros e omissões cometidos em exercícios an- teriores, os quais irão alterar a estrutura final de seu patrimônio líquido. Reversões de reservas: são as parcelas do lucro líquido de exercícios anteriores que foram destinadas à constituição de reservas, reconvertidas totais ou parcialmente, no momento em que não existir mais razão para sua manutenção. Basicamente tais reversões processam- se sobre as reservas de lucros, existindo, porém, exceções. VALORES A RECEBER Na composição dos “valores a receber a cur- to prazo” são discriminados todos os valores rece- bíveis a curto prazo, de propriedade da empresa. Consideram-se recebíveis ou realizáveis as vendas a prazo (de produtos, mercadorias ou ser- viços) a clientes e os valores a receber provenien- tes das demais transações efetuadas pela empre- sa. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 20 DEVEDORES DUVIDOSOS e INSOLVÁVEIS Os diversos valores a receber são avaliados por seu valor de realização, ou seja, pelo montan- te que a empresa espera auferir quando do rece- bimento. O que se quer mostrar aqui é a possibilida- de da ocorrência de prejuízos, em virtude de de- vedores não liquidarem seus compromissos com a empresa. Quando se torna comprovada a real impos- sibilidade da quitação de suas dívidas, são esses devedores considerados pela contabilidade de- vedores insolváveis. Segundo Matarazzo (2007), o Balanço mos- tra a existência de duplicatas a receber no valor global. A prática comercial indica que é comum o aparecimento de devedores insolváveis, de modo que se pode prever o aparecimento de algum prejuízo. Dessa forma, baseando-nos na premissa de que o Balanço deve retratar a situação patri- monial com o máximo de fidelidade possível, os títulos (duplicatas e outros documentos) a rece- ber deveriam aparecer no Balanço com saldo cor- respondente ao montante líquido que provavel- mente serão recebidos. De acordo com Matarazzo (2007), da conta Resultado dever ser debitada todas as despesas e perdas relativas ao período. A perda decorren- te de débitos insolváveis deve, portanto, pesar negativamente no resultado desse exercício. Em função disso, devemos concluir que tanto o Ba- lanço quanto a Demonstração de Resultados se- rão incorretos, a menos que neles estejam previs- tas as possíveis e prováveis perdas relacionadas a terceiros. Na prática, por ocasião do levantamento do Balanço, deduz-se de Duplicatas a Receber um montante estimado de perdas com clientesduvi- dosos. Este montante também é deduzido como despesa do exercício e aparece como uma despe- sa de vendas na Demonstração de Resultados do Exercício. FORMAS DE PROVISÃO PARA DEVODORES DUVIDOSOS Segundo Iudícibus (1997), os prejuízos fu- turos não podem ser previstos com precisão, por isso a legislação do IR dispõe que o valor consi- derado dedutível como provisão para perda será aquele que for suficiente para absorver as perdas que provavelmente ocorrerão no recebimento dos créditos de direito existentes no final de cada exercício. A lei permite também que se constitua pro- visão para devedores duvidosos da seguinte ma- neira: a) Análise individual de devedores. Os débitos vencidos e os pertencentes a pessoas que estejam com dificuldade fi- nanceira são somados e adotados para constituição da provisão; b) Aplicação de um percentual sobre os valores a receber no fim do ano, ma- neira esta utilizada pela grande maioria das empresas. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 21 Exemplo: DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO DA PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (retrospecto histórico) EXERCÍCIOS Duplicatas a ReceberSaldo em 31-12 Perda efetiva- mente observada % Ano 1 $ 380.000 $ 15.200 4,00 Ano 2 $ 460.000 $ 18.000 3,91 Ano 3 $ 500.000 $ 15.000 3,00 TOTAL $ 1.340.000 $ 48.200 3,60 Fonte: Equipe de professores da USP. Supondo que no ano de fechamento o va- lor de Duplicatas a receber seja de $ 480.000, o percentual (%) de provisão para perdas poderá ser 3,6% (média dos últimos três anos), ou seja, $ 17.280. Débito: Devedores Duvidosos Crédito: Provisão p/Devedores Duvidosos Estimativa de perdas com devedores duvidosos $ 17.280 Observação: O saldo da conta Devedores Duvidosos, da mesma forma que outra conta de despesas, deve ser transferido para re- sultado do exercício. O saldo da conta Provisão para devedo- res duvidosos aparecerá no ativo redu- zindo a conta de duplicatas a receber com sinal negativo (-). Exemplo no Balanço: Duplicatas a Receber...................$ 480.000 (-) Provisão p/Dev. Duvidosos.. $ 17.280 $ 462.720 DESCONTO DE DUPLICATAS A RECEBER A empresa, depois de realizadas as vendas e emitidas as Duplicatas a Receber, podem adotar três atitudes: Ficar com a mesma até que seja quitada pelo devedor (cliente); Endossar e enviar ao Banco, para que este proceda a cobrança; Endossar, enviar ao Banco, transferindo ao mesmo sua propriedade, recebendo em troca o valor do título, deduzidas as despesas incidentes sobre a operação, a isso se dá o nome de “Desconto de Du- plicatas”. Segundo Iudícibus (1998), a contabilização das duplicatas a receber deve ser da seguinte for- ma: Diversos a Duplicatas Descontadas Pelo desconto das duplicatas nºs. .... no Banco ... como segue: Bancos Cta. Movimento Valor creditado........................................$ 18.000 Juros e Descontos a Vencer (conta do ativo) Valor dos juros a ser cobrado no recebimento da duplic........................$ 1.400 Despesas Bancárias Comissão e IOF cobrados pelo Banco $ 600 $ 20.000 Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 22 Vejam agora que o valor que a empresa tem real- mente a receber, no Balanço, é: Duplicatas a Receber ...................................$ 50.000 (-) Duplicatas Descontadas .....$ 20.000 $ 30.000 ATIVO IMOBILIZADO O ativo imobilizado é parte integrante do ativo permanente da empresa. Ele compreende os bens e direitos que tenham por objeto à manu- tenção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. O imobilizado é representado por bens tan- gíveis e intangíveis, tendo as seguintes caracterís- ticas básicas: 1. Sua utilização na empresa; 2. Não esteja destinada à venda; 3. Vida útil superior a um ano; 4. Relevância de valor. Iudícibus (1998) afirma que o tipo de Ativo Imobilizado pode variar de acordo com a ativida- de operacional de cada empresa. É importante observar que um bem pode ser classificado como imobilizado ou como estoque, dependendo apenas de seu propósito. Numa revendedora de veículos, por exemplo, os carros destinados à venda representam estoques (mercadorias), enquanto os veículos que fazem parte da frota de uso da revendedora constituem imobilizado. Os itens componentes do ativo imobiliza- do são avaliados pelo custo de aquisição, mais os gastos necessários à colocação dos mesmos em condição de funcionamento. Tais valores eram antes da Lei nº 4.249/95 corrigidos monetaria- mente para fins de atualização devido ao efeito da inflação, porém essa Lei extinguiu tal correção. Entre os itens que habitualmente compõem o ativo imobilizado destacam-se: Imóveis e Terrenos; Máquinas e Equipamentos; Veículos, acessórios e semoventes; Móveis e Utensílios; Instalações; Imobilizações em Andamento; etc. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO Os bens do imobilizado sofrem deprecia- ção, amortização e exaustão, em fase de sua expectativa de vida útil, ou seja, de duração. Os itens de depreciações, amor- tizações e exaustões aparecem como re- dutoras de imobilizado. Apenas os bens tangíveis, que estão sujeitos ao desgaste ou deterioração, pelo uso ou pelo trans- correr do tempo, devem ser depreciados. (MATARAZZO, 2007, p. 62). Fique atento caro(a) estudante, pois atual- mente existem algumas formas para depreciação, de acordo com a estratégia da empresa ela pode variar os seus critérios. Pelo princípio contábil de consistência, a empresa deverá manter durante a vida útil do bem o mesmo critério de depreciação que adotou desde o início, porém, na eventuali- dade de mudança, deverá explicar a ocorrência em nota explicativa. Iudícibus (1998) apresenta os principais mé- todos de depreciação, entre eles temos: 1. Método da linha reta: é o método mais utilizado, com base em uma expectati- va de vida útil do bem é estabelecido um percentual anual fixo para depre- Saiba maisSaiba mais A depreciação é usada apenas para ativos tangíveis, como mesa, cadeira, máquinas etc., enquanto que a amortização é usada para bens intangíveis, como software. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 23 ciação. Supondo, por exemplo, que determinado bem como veículo tenha uma vida útil de cinco anos, sua taxa de depreciação será de 20% ao ano. 2. Método da taxa constante: é aplicada um taxa constante de depreciação sobre o valor residual, isto é, sobre o custo mais a depreciação acumulada. Observe que, enquanto o método da linha reta mantém uma taxa constante sobre o valor base, este aplica o percen- tual sobre o valor residual, fazendo que a depreciação seja maior nos primeiros anos de vida do bem. 3. Método da soma dos dígitos: por esse método também é suposto que a depreciação é maior nos primeiros anos de vida do bem, sendo a taxa de aplicada uma fração cujo denomina- dor é a soma dos algarismos (dígitos) sequenciais correspondentes aos anos de vida útil do bem. Exemplo: para um computador com cinco anos de vida útil estimada, teríamos a soma dos números sequenciais de 1 a 5 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15), resultando no denominador igual a 15. O nu- merador é composto pelos períodos de vida res- tantes no início da cada período, isto é, para um veículo com vida prevista de cinco anos, no início do primeiro ano seu restante de vida útil seria de cinco anos, no início do segundo ano, seu perío- do de vida restante seria de quatro anos, isto é, o segundo ano que está iniciando, mais três anos. Exemplo: ANO 1 2 3 4 5 TAXA 5/15 4/15 3/15 2/15 1/15 Fonte: Equipe de professores da USP. Observa-se que a soma das frações relativasa cinco anos é igual a um, isto é, corresponde a 100%, que é a totalidade do valor do bem a ser depreciado. 4. Método das unidades produzidas ou processadas: este método leva em consideração a capacidade esti- mada de unidades a serem produzidas ou processadas durante a vida útil do bem. Portanto, a depreciação referente a determinado período é representada por um número decorrente da divisão do número de unidades produzidas durante o período de vida útil do bem. Critério análogo pode ser adotado quando a capacidade produtiva é esti- mada em horas de trabalho, em vez de unidades produzidas. A Lei das Sociedades por Ações trata dos critérios de avaliação do ativo imobilizado das empresas, destacando que a diminuição do valor dos elementos do ativo imobilizado será registra- da periodicamente nas contas de: a) Depreciação: quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. b) Amortização: quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos de proprieda- de industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens utilizados por prazo legal ou con- tratualmente limitados. c) Exaustão: quando corresponder à perda do valor decorrente de sua ex- ploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. A legislação determina regras para depre- ciação, baseadas em taxas determinadas pela Se- cretaria da Receita Federal, como os exemplos a seguir: Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 24 Tipo de imobilizado Taxa dedepreciação Vida útil estimada Prédios e construções 04% 25 anos Máquinas e equipamentos 10% 10 anos Veículos 20% 05 anos Móveis e Utensílios 10% 10 anos Instalações em geral 10% 10 anos Ferramentas (alicates, facas etc.) 20% 05 anos Microcomputadores 20% 05 anos Fonte: Equipe de professores da USP. Há diversas taxas para diversos tipos de ati- vos, os quais constam do Regulamento do Impos- to de Renda. Cabe ressaltar que as taxas estabele- cidas pela Receita Federal são taxas máximas. Se a empresa utilizar taxas acima das con- vencionais, caberá a ela provar ao fisco, através de laudos do Instituto Nacional de Tecnologia, que usou taxas cientificamente adequadas em face da expectativa de vida útil do bem. A legislação permite que as taxas sejam ajustadas em função do número de turnos em que a empresa opere. Caso a empresa opere em mais de um turno (8 horas de trabalho), poderá aplicar as taxas como segue: Turnos de 8 horas Multiplicador p/ as taxas habituais Um turno 1,0 Dois Turnos 1,5 Três Turnos 2,0 Fonte: Equipe de professores da USP. Ao tratamento mencionado, dá-se o nome de depreciação acelerada. É importante desta- car que os terrenos não estão sujeitos a deprecia- ção por não sofrerem desgaste pelo uso ou pela ação do tempo. Quanto à amortização, de modo geral, são aplicadas sobre os intangíveis como marcas e pa- tentes, ou sobre benefícios em propriedade de terceiros. A exaustão, por outro lado, é utilizada no caso de florestas e de jazidas de minérios, por exemplo. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 25 1.10 Resumo do Capítulo 1.11 Atividades Propostas Caro(a) aluno(a), chegamos ao final deste capítulo, no qual abordamos a importância das contas e o estudo do agrupamento do balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício. No ativo encontramos todos os bens e direitos da empresa e ele é subdividido em ativo circulante e ativo não circulante. Por sua vez, o passivo é dividido em passivo circulante e passivo não circulante, este compõe o total do capital de terceiro e para finalizar o patrimônio líquido que compõe o capital próprio. A demonstração de resultado, estudamos que são todas as contas de receitas, custos e despesas estão localizadas nestes demonstrativos e devemos classificá-las conforme a natureza de cada lança- mento. 1. O que você entende por ativo? Mencione os grupos que compõem o ativo. 2. Dê o conceito de ativo circulante e mencione pelo menos duas contas que podem compor cada um dos principais subgrupos que o compõe. 3. Quando uma aplicação financeira pode ser considerada uma disponibilidade? 4. O que você entende por provisão para devedores duvidosos? Como é constituída uma provi- são para devedores duvidosos? 5. Conceitue o realizável a longo prazo e mencione alguns itens que possam compor esse grupo. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 27 INTRODUÇÃO À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS2 Saiba maisSaiba mais As empresas com capital aberto são obrigadas a pu- blicar suas demonstrações financeiras a cada 3 me- ses, com isso é fácil fazer uma análise comparativa dessas empresas. Caro(a) aluno(a) neste momento vamos compreender um pouco sobre a leitura e inter- pretação das análises de balanço. A análise compreende o estudo das rela- ções entre elementos patrimoniais, econômicos e financeiros contidos nas demonstrações financei- ras geradas na contabilidade. O objetivo da análise compreende a indica- ção de informações numéricas, preferencialmen- te, de mais de dois períodos regulares (exemplo: 1999, 2000 e 2001), de modo a auxiliar ou instru- mentar os dirigentes/administradores, clientes, acionistas, proprietários, instituições financeiras, fornecedores, investidores, governo etc., em suas decisões. Isso justifica a grande importância da maté- ria no programa dos principais cursos voltados à gestão empresarial, como Administração, Econo- mia, Ciências Contábeis etc. Os insumos básicos do processo de análi- se de balanços são os relatórios contábeis gerados periodicamente pelas empresas. Entre os relatórios gerados pela contabi- lidade, estão aqueles ditos obrigatórios que são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos por demonstrações contábeis ou demonstra- ções financeiras. Obrigatórios são aque- les definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos como ‘demons- trações contábeis’ ou ‘demonstrações financeiras’. A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social (12 meses) toda empresa 2.1 Insumos Básicos da Análise de Balanço deve apurar, com base nos fatos registra- dos pela contabilidade, as seguintes de- monstrações contábeis: • Balanço Patrimonial; • Demonstração do Resultado do Exer- cício – DRE; • Demonstração dos Lucros ou Preju- ízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; • Demonstração das Origens e Aplica- ções de Recursos. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 150). Atualmente, nota-se crescente demanda de profissionais que reúnam condições de interpre- tar e mensurar dados através dos demonstrativos contábeis e que possam, da mesma maneira, efe- tuar uma análise voltada para seus aspectos eco- nômicos e financeiros. AtençãoAtenção Fique atento ao analisar o balanço, pois as contas sempre são apresentadas em ordem de liquidez. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 28 Caro(a) estudante, a introdução da análise das demonstrações financeiras passa por algumas eta- pas, entre elas a definição dos anos de análises, por exemplo: definimos o ano base de nossa análise sen- do, por exemplo, 20x1 e comparamos com outros anos passando para 20x2, 20x3, 20x4 e quantos anos achar necessários para verificar o comportamento da empresa ao longo dos anos. 2.2 Resumo do Capítulo 1. A Provisão para Devedores Duvidosos no Balanço é considerada como a) Acréscimo de Patrimônio Líquido. b) Dedução de Ativo Permanente. c) Acréscimode Passivo Circulante. d) Dedução de Contas a Receber de Clientes. 2. A Depreciação Acumulada é: a) Uma Reserva. b) Uma provisão somada às demais contas do P. Líquido. c) Uma conta retificadora de Ativo Permanente. d) Um fundo para reposição de máquinas. 3. Duplicatas descontadas no balanço padronizado: a) Fazem parte do Passivo Circulante Operacional. b) Devem ser deduzidas de contas a Receber. c) Não precisam figurar no Balanço. d) São incluídas no Passivo Circulante Financeiro. 4. Vendas Líquidas representam: a) As vendas totais da empresa. b) As vendas totais menos devoluções. c) As vendas totais menos as despesas de vendas. d) As vendas totais menos impostos e menos devoluções e abatimentos s/vendas. 5. Que características devem ter um bom relatório de Análise de balanços? 2.3 Atividades Propostas Saiba maisSaiba mais A ordem de liquidez é denominada pelo tempo que a conta pode ser transformada em recursos financeiros para a empresa, ou seja, quanto mais rápido a conta é transformada em recursos para a empresa, maior é a liquidez dela. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 29 OBJETIVO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS3 A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis forneci- das pela empresa, a posição econômico- -financeira atual, as causas que deter- minaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se in- formações sobre a posição passada, pre- sente e futura (projetada) de uma empre- sa. (MATARAZZO, 2007, p. 40). Chegamos a um momento muito impor- tante em nosso módulo, falaremos agora sobre a análise de balanços. A análise de balanços é considerada por alguns autores como “uma arte”, pois, apesar das técnicas desenvolvidas, não há um critério ou me- todologia formal de análise válido nas diferentes situações e aceito unanimemente pelos analis- tas. Dessa forma, torna-se impossível estabelecer uma sequência metodológica ou instrumental científico capaz de fornecer diagnósticos sempre precisos da empresa (ASSAF NETO, 2001). Isso faz com que os indicadores de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise, além do conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do analista. Isso quer dizer que na prática dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa, isso se deve à experiência e co- nhecimento que cada um apresenta no momen- to em que seus conhecimentos são colocados em prática para análise da empresa. Todo analista ou gestor que trabalha com algum tipo de análise financeira, principalmente os contadores, sabe que as demonstrações finan- ceiras geradas no departamento de contabilida- de trazem um volume muito grande de dados. O Contador A função básica do contador é compilar os dados decorrentes das operações da empresa mediante os registros contá- beis. E suas matérias-primas, são os fa- tos de significado econômico-financeiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as demonstrações financeiras. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 27). O Analista O analista de balanços por sua vez pre- ocupa-se com as demonstrações finan- ceiras, que necessitam ser transformadas em informações, que permitam concluir 3.1 O Início da Análise se a empresa merece ou não crédito, se é lucrativa, se possui dívidas acima de sua capacidade, se vem evoluindo ou regre- dindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 27). A Linguagem O resultado da análise de balanços é de- monstrado através de relatórios escritos em linguagem descomplicada, com uso de gráficos representativos como auxilia- res, objetivando simplificar as conclusões mais complexas. Devem ser elaborados como se fossem destinados a leigos mes- mo que não o sejam. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 28). Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 30 Caro(a) aluno(a), preste muita atenção, pois a análise das demonstrações financeiras deve ser mais sucinta e não deve apresentar tantos dados soltos e isolados no relatório gerencial, as infor- mações mais relevantes são: O grau de endividamento da empresa encontra-se em nível razoável em relação ao ramo de atividade; entretanto, vem crescendo de maneira indesejável, pois há dois anos podia ser considerado bom. A composição do endividamento mostra um perfil de dívida insatisfatório devido à excessiva participação das obrigações de curto prazo. Já a liquidez da empresa pode ser considerada boa. (MATARAZZO, 2007, p. 19). Apresentamos a seguir alguns tipos de in- formações relevantes que a análise deve conter: Situação financeira; Situação econômica; 3.2 Relatório de Análise Desempenho; Eficiência na utilização dos recursos; Pontos fracos e fortes; Tendências e perspectivas; Quadro evolutivo; Adequação das fontes às aplicações de recursos; Causas das alterações na situação finan- ceira; Causas das alterações na rentabilidade; Evidência de erros da administração; Providências que deveriam ser tomadas e não foram; Avaliação de alternativas econômico- -financeiras futuras. Futuro(a) administrador(a) chegamos aos grupos de interesses, esse tipo de análise desper- ta vários interessados nestas informações, entre seus principais podemos listar: Diretores e sócios; Clientes; Fornecedores; Instituições financeiras (instituições de crédito, bancos, corretoras de valores etc.) Governo. 3.3 Grupos de Interesse Saiba maisSaiba mais As demonstrações financeiras são utilizadas tam- bém por investidores para decisão de aplicação ou compra de ações de determinada empresa. AtençãoAtenção A qualidade de um relatório depende muito do conhecimento do analista, quanto maior esse conhecimento, mais completo será o material publicado. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 31 Os grupos de interesses são os acionistas, clientes, fornecedores e principalmente bancos, todos estes grupos têm grande interesse na posição econômico-financeira da empresa, este interesse se deve principalmente ao endividamento da empresa. Vale ressaltar que as informações corretas contribuem para a tomada de decisão na hora da con- cessão de crédito, seja ele pelo banco ou pelo fornecedor. A importância de uma boa análise ajuda a rápida tomada de decisão, a qual os administradores precisam em momentos de análise de resultados para elaborar os próximos passos da empresa. 3.4 Resumo do Capítulo 3.5 Atividades Propostas 1. Todo início de análise passa por três etapas básicas, descreva detalhadamente estas três eta- pas detalhando a importância de cada uma delas. 2. Descreva quais os tipos de informações podemos extrair de um balanço patrimonial e uma demonstração do resultado do exercício fazendo uma análise de balanço. 3. Quem são os grupos de interesses nas informações contábeis das empresas? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 33 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL4 Caro(a) aluno(a), este tipo de análise deve sempre ser utilizada em conjunto, pois as análises verti- cal e horizontal são complementares. Vale ressaltar que estas são técnicas muito usadas em diversas empresas dos mais diversos seg- mentos. 4.1 Vertical Também chamada por análise por coefi- cientes, é aquela através da qual se com- para cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Eviden- cia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto. (MATARA- ZZO, 2007, p. 249). Conceito É um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo, ou seja, o primeiro propósito da análisevertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a determinado referencial. (MATARAZZO, 2007, p. 250). Caro(a) aluno(a), de um modo geral, pode- mos ver que a AV apresenta o quanto representa cada conta em relação ao valor total do conjunto. No balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação ao ativo total e ao passivo total, den- tro de suas respectivas naturezas. Através desse tipo de análise, pode-se co- nhecer pormenores das demonstrações financei- ras que escapam à análise genérica através dos índices. O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculados em relação a ele. No caso do Balanço, podemos saber qual o percentual do ativo circulante em relação ao ativo total, ou ainda a relação percentual entre o dispo- nível e ativo total, como o exemplo a seguir. Saiba maisSaiba mais A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas como “Análise por Coeficientes”, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a porcentagem de participação de cada elemento no conjunto. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 34 Exemplo: % do disponível em relação ao ativo total At. Total: 2.726.178 = 100 Disponível: 34.665 = x x = 34.665 x 100 = 1,27% 2.726.178 A porcentagem encontrada corresponde ao percentual de participação do disponível em rela- ção ao volume do Ativo Total. É evidente que nos casos referentes ao DRE, calcula-se o percentual de cada conta em relação às vendas, onde o valor das vendas é igualado a 100. Exemplo: x = 10.860 x 100 = 0,23% 4.793.123 O principal objetivo da Análise Vertical é mostrar a importância de cada conta na demonstração financeira a que pertence. A Análise Vertical pode ser feita em qualquer Balanço Patrimonial e esta alcança sua plenitude quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício. A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode ser resultado do aumento indesejado de alguns itens de despesa, o que é facilmente verificado através da análise vertical. 4.2 Objetivo da Análise Vertical Também denominada por alguns analis- tas como análise por índices, tem por fi- nalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do ano. Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas que compõe a demons- tração analisada. (MATARAZZO, 2007, p. 251). Conceito É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo 4.3 Horizontal de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices. (MATARAZZO, 2007, p. 251). De acordo com Matarazzo (2007), o objeti- vo da Análise Horizontal é a verificação da evo- lução do Balanço Patrimonial ou DRE em relação aos anos anteriores. Saiba maisSaiba mais A Análise Horizontal tem esse nome por conta da análise pela sua evolução; é a análise em linha. AtençãoAtenção Caro(a) aluno(a), fique atento, pois a Análise Hori- zontal, também denominada por alguns analistas como “Análise por meio de números-índices”, tem por finalidade evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do tempo. Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 35 Matarazzo (2007) afirma que os índices ex- traídos da análise horizontal representam a evo- lução de cada conta no decorrer do tempo, e mostram os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências. A análise é feita geralmente de no mínimo três exercícios. Podemos concluir, segundo Matarazzo (2007), que esse tipo de análise auxilia o acom- panhamento do desempenho gerencial de cada uma das contas que compõem a demonstração financeira analisada, destacando as evidenciadas em cada uma delas, sejam de evolução ou retra- ção. Através da AH, o analista poderá verificar a evolução normal desta conta e compará-la com a evolução das demais contas da Demonstração e concluir sobre o comportamento da mesma du- rante o período. Enquanto a Análise Vertical é feita pela comparação de cada elemento do conjunto em relação ao total, em um mesmo período, a Análi- se Horizontal compara a evolução dos valores de cada conta das demonstrações em análise ao lon- go de vários períodos. O analista não pode desprezar em sua aná- lise a influência da inflação, que pode concorrer para um crescimento ou redução dos valores em análise. A Análise Horizontal é feita por meio de nú- meros-índices. Na elaboração dos percentuais para cada cálculo a análise horizontal usa a técnica dos números índices em que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a 100. O mecanismo consiste em escolher um exercício – geralmente o mais antigo como base, atribuindo aos seus valores o percentual 100 e, a partir desse exercício, calcular os demais valores dos outros exercícios por meio da regra de três, sempre em relação ao primeiro. REPETINDO Através da regra de três obtém-se os va- lores dos anos seguintes; A variação é o que exceder a 100 ou o que faltar para 100. Exemplo: Suponhamos que a Demonstração do Re- sultado do Exercício de uma determinada empre- sa apresente os seguintes valores da Receita Ope- racional Líquida: Exercício de x1 = 4.280.000 Exercício de x2 = 8.200.000 Exercício de x3 = 9.680.000 Escolhendo o exercício de x1 como base, faremos: Cálculo de índice para o exercício de x2; R$ 4.280.000 = 100% R$ 8.200.000 = x logo x = 8.200.00 x 100 = 191,59% Cálculo do índice para o exercício de x3 R$ 4.280.000 = 100% R$ 9.680.000 = x logo x = 9.680.000 x 100 = 226,17% Para fins de Análise Horizontal, podemos elaborar uma tabela com base nos dados apura- dos. Veja: Saiba maisSaiba mais Número-índice é uma operação estatística, utilizada pela análise de Balanços, que consiste em substituir os valores constantes das contas de cada exercício por um número percentual que facilita a compara- ção entre eles. 4.280.000 4.280.000 Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 36 Demonstração de resultado do exercício da empresa exemplo S/A. CONTAS X1 X2 X3 Receita Operacio- nal Líquida 100% 191,59 226,17 Para Matarazzo (2007), a interpretação do cálculo é: Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal se usa a técnica dos números-índices, onde no 1º ano todos os valores são considera- dos iguais a 100. Através da regra de três obtém-se os va- lores dos anos seguintes (índices). A variação é o que exceder 100 ou o que faltar para 100. De posse da tabela devidamente elaborada, basta analisar a evolução ou a retração de cada conta em relação ao exercício escolhido como base. A análise pode ser feita inicialmente com- parando-se os índices obtidos em cada ano sem- pre em relação ao ano-base. Pode ser feita espe- cificamente em cada item e depois em conjunto, possibilitando verificar a influência de cada item um sobre o outro. A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em re- lação a um ano-base – quando será de- nominada Análise Horizontal encadeada – ou em relação ao ano anterior – quan- do será denominada Análise Horizontal Anual. (MATARAZZO, 2007, p. 253). Suponha que uma conta Estoques de determina- da empresa tenha a seguinte evolução: 20X1 20X2 20X3 20X4 Clientes 2.890.143 1.156.058 1.926.764 2.890.143 Fonte: O autor. A análise horizontalencadeada apresenta os se- guintes cálculos: 4.4 Análise Horizontal Encadeada x Anual 20X1 20X2 20X3 20X4 Clientes 100% 40% 67% 100% Fonte: O autor. X2 Þ (1.156.058 x 100) / 2.890.143 = 40% X3 Þ (1.926.764 x 100) / 2.890.143 = 67% X4 Þ (2.890.143 x 100) / 2.890.143 = 100% Após análise podemos concluir que a em- presa teve uma redução de estoques em 20X2; tal redução passou a representar 40% dos estoques iniciais. Em 20X3 os clientes subiram para o nível de 67% dos iniciais e em 20X4 voltaram exata- mente ao nível inicial. A análise horizontal anual mostra os seguin- tes números (observe que neste processo em cada ano só aparece o percentual de variação em relação ao ano anterior). 20X2 20X3 20X4 Clientes -60% +66% +50% Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 37 X2 Þ 40 – 100 = -60% X3 Þ [(1.926.764 x 100) / 1.156.058] – 100 = 66% X4 Þ [(2.890.143 x 100) / 1.926.764] – 100 = 50% Como conclusão destes cálculos, podemos dizer que a empresa sofreu uma redução de 60% no seu estoque no 1º ano e apresentou aumento de 66 e 50% respectivamente, nos dois seguintes. Isso sugere que a redução inicial teria sido inteiramente compensada em 20X3 e ainda teria havido um aumento dos estoques em 20X4, o que não corresponde à realidade. Ou seja, a redução de 60% de 20X2 foi cal- culada sobre uma base muito maior do que a base usada para o crescimento em 20X3 e 20X4. Caro(a) aluno(a), recomendamos que estes dois tipos de análise sejam usados em conjunto. Não se deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal, pois determinado item, mes- mo apresentando variação de 1.000%, por exem- plo, pode continuar sendo irrelevante dentro da demonstração financeira a que pertence. É desejável que as conclusões baseadas na análise Vertical sejam completadas pelas da aná- lise Horizontal. Na DRE, pequenos percentuais podem ser significativos, visto que o lucro líquido costuma representar também percentuais pequenos em relação às vendas em análise vertical, porém em uma análise horizontal pode representar varia- ções de grandes proporções. Relação entre Análise Vertical/Horizontal e Análise através de Índices. A análise através de índices Financeiros é genérica; relaciona grandes itens das Demons- trações Financeiras e permite dar uma avaliação à empresa. A análise Vertical/Horizontal desce a um ní- vel de detalhes que não permite essa visão ampla da empresa, mas possibilita localizar pontos es- pecíficos de falhas, problemas e características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação. 4.5 Relação entre a Análise Vertical e Horizontal Objetivos da Análise Vertical/Horizontal: Análise Vertical: Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores e permitir inferir se há itens fora das pro- porções normais. (MATARAZZO, 2007, p. 26). Análise Horizontal: Mostrar a evolução de cada conta das De- monstrações. Financeiras e, pela compa- ração entre si, permitir conclusões sobre a evolução da empresa. Em sentido espe- cífico, destacam-se os seguintes objeti- vos da análise Vertical/Horizontal conjun- tamente. (MATARAZZO, 2007, p. 26). Indicar a estrutura de ativo e passivo, bem como suas modificações. Analisar em detalhes o desempenho da empresa. Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 38 ANÁLISE VERTICAL A seguir apresentamos um estudo de caso para fixação do conteúdo sobre a análise vertical. BALANÇO DA CIA. FUTURISTA S/A. Ativo/Passivo 20X1 AV 20X2 AV 20X3 AV Ativo Circulante 100.000 17,8 110.000 16,1 95.000 13,0 Real. A L. Prazo 160.000 28,6 184.000 26,9 192.000 26,2 Ativo Permanente 300.000 53,6 390.000 57,0 445.000 60,8 TOTAL 560.000 100,0 684.000 100,0 732.000 100,0 Passivo Circulante 70.000 12,5 90.300 13,2 106.400 14,5 Exig. A L. Prazo 150.000 26,8 200.000 29,2 235.000 32,1 Patrimônio Líquido 340.000 60,7 393.700 57,6 390.600 53,4 DRE DA CIA. FUTURISTA S/A 20X1 AV 20X2 AV 20X3 AV Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0 (-) Custos (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8 (=) Lucro Bruto 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2 (-) Desp. Operacion (139.500) 16,8 (190.000) 15,1 (277.500) 13,5 (-) Desp. Financeiras (88.000) 10,6 (140.000) 11,1 (186.000) 9,1 (=) Resultado Oper 78.333 9,4 89.500 7,1 (8.100) -0,4 (-) Prov. Imp. Renda (31.333) 3,8 (35.800) 2,8 - - (-) Resultado Líquido 47.000 5,6 53.700 4,3 (8.100) -0,4 INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DO BALANÇO PELA ANÁLISE VERTICAL: Os investimentos de curto prazo sofreram pequenas reduções no período, passando de 17,8% do total do ativo em X1, para 13,0% para X3. Ativo Circulante 100.000 17,8 110.000 16,1 95.000 13,0 Em contrapartida, de forma desequilibrada, as dívidas de curto prazo (representadas pelo pas- sivo circulante) apresentaram uma participação maior ao longo dos períodos. Em X1, 12,5% do total dos financiamentos da empresa eram representados por passivo circulante, subindo para 14,5% em X3. Passivo Circulante 70.000 12,5 90.300 13,2 106.400 14,5 Fabrizio Scavassa Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 39 Essa situação, conforme se comentou, produziu uma redução da liquidez da empresa que deve administrar um volume maior de dívidas vencíveis a curto prazo sem apresentar um incremen- to correspondente em seus ativos circulantes. Situação semelhante também pode ser verifica- da em relação ao Realizável a Longo Prazo X Exigível a Longo Prazo: Real. A L. Prazo 160.000 28,6 184.000 26,9 192.000 26,2 Exig. A L. Prazo 150.000 26,8 200.000 29,2 235.000 32,1 O único grupo patrimonial que proporcionalmente cresceu ao longo dos anos foi o ativo perma- nente: Ativo Permanente 300.000 53,6 390.000 57,0 445.000 60,8 Os demais grupos de contas do Ativo sofreram decréscimos do exercício X1 ao X3. A maior preocupação por investimentos produtivos pode ser derivada do crescimento dos níveis de vendas da empresa, tendo atingido 51,8% em X2 em relação a X1 e 62,7 em X3 em relação a X2, con- forme quadro da DRE. Da mesma forma, observa-se que em X1 60,7% dos ativos da empresa eram financiados por capital próprio. Em X3, esse percentual caiu para 53,4%, significando que a empresa deve a terceiros os outros 46,6% (100%-53,4) de seus ativos. Na verdade a empresa, conforme se comentou, não produziu melhores níveis de capitalização no período (> participação de capital próprio), diminuindo inclusive a participação do Patrimônio Líquido. Patrimônio Líquido 340.000 60,7 393.700 57,6 390.600 53,4 Através da Demonstração de Resultados, confirma-se a necessidade de um volume maior de recei- tas de vendas para cobrir os custos. Em X1, 63,2% das vendas eram destinadas a reporem os custos in- corridos, elevando-se para 66,7 em X2 e 77,8% em X3. Como consequência, reduz-se a parte das vendas que representa o lucro bruto. Vejam: Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0 (-) Custos (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8 (=) Lucro Bruto 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2 Nos exercícios de X1 e X2, apesar de ter apresentado um lucro líquido crescente em valores absolu- tos, houve uma redução proporcional às vendas. Vejam: (-) Resultado Líquido 47.000 5,6 53.700 4,3 (8.100) -0,4 Ou seja, em X1, 94,4% da receita de vendas foram para cobrir os custos e despesas, no exercício seguinte esse percentual foi de 96,7% e em X3 a empresa utilizou toda a sua receita e mais 0,4 do P.L (representado por prejuízo). Análise das Demonstrações Financeiras Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 40 ANÁLISE HORIZONTAL Visando
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