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ANÁLISE DE CUSTOS vol 1

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APOSTILA DE 
ANÁLISE DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof Fabio Uchôas de Lima 
São Paulo – 2013 
 
Não é permitida a cópia ou reprodução, no todo ou em parte, sem o expresso consentimento 
deste autor com base na Lei 9.610/92. Contato: fulima@uol.com.br 
 
 
 
1. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como objetivos: 
a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de produtos 
vendidos, tudo ao final de um determinado período. 
 Estoques iniciais 
(+) Compras 
(-) Estoques finais 
(=) Custo das Mercadorias Vendidas 
 
b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e 
venda de seus produtos. 
 Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente 
artesanais, e consequentemente os únicos custos produtivos considerados eram o 
valor das matérias-primas consumidas e da mão de obra utilizada. 
 Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da 
concorrência e da crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de 
aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e controle das atividades empresariais. 
Além disso, as inúmeras possibilidades de utilização dos fatores de produção 
determinam uma variedade quase infinita no comportamento dos custos resultantes. 
É, então, imprescindível, para qualquer empresa ter um sistema de custos. É difícil 
tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o 
conhecimento dos custos do modo mais real possível. 
As informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde 
que devidamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta 
administrativa da mais alta relevância, transformam-se, gradativamente, num 
verdadeiro sistema de informações gerenciais. Essas informações constituem um 
subsídio básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o 
planejamento e controle das atividades empresariais. 
Em resumo, a Análise de Custos deve fornecer informações para: 
 A determinação dos custos dos fatores de produção; 
 A determinação dos custos de qualquer natureza; 
 A determinação dos custos dos setores de uma organização 
 A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da 
empresa; 
 A Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos 
ou solucionar problemas especiais; 
 O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, 
da capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho 
necessário para conserto, dos serviços de garantia dos produtos; 
 A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, 
quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios 
advindos da utilização do equipamento; 
 A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o 
cálculo dos estoques mínimos, do lote econômico de compra e da época de 
compra; 
 O estabelecimento dos orçamentos; 
 A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços. 
 
 
2. TERMINOLOGIA UTILIZADA 
a) GASTO - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de 
um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa 
de entrega de ativos (normalmente dinheiro). 
b) INVESTIMENTO - Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s). 
c) CUSTO - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços. É reconhecido no momento da utilização dos fatores de produção, 
para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Ex.: Matéria prima, 
energia elétrica. 
d) DESPESA - Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas. Ex.: Comissão de vendedor. 
e) DESEMBOLSO - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
f) PERDA - Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. 
Ex.: Gasto com mão de obra durante período de greve. 
 Material deteriorado por um defeito anormal no equipamento. 
 
3. CONCEITOS UTILIZADOS NA GESTÃO DE CUSTOS 
 
A) CUSTOS DIRETOS 
São os que podem ser apropriados aos produtos, de forma direta, sem rateio, 
segundo critérios objetivos de medição. 
 Ex.: Matéria-prima utilizada na produção de cada unidade de produto. 
 Mão de obra direta, proporcional a cada unidade de produto. 
 
B) CUSTOS INDIRETOS 
São aqueles que, pela dificuldade de uma medição objetiva, são incorporados 
aos produtos por meio de algum critério de rateio. 
 Ex.: Depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de diversos 
produtos. 
 Salários dos supervisores de produção. 
 Aluguel da fábrica 
 Limpeza e manutenção da fábrica 
 
C) CUSTOS FIXOS 
São custos cujo valor não varia proporcionalmente ao volume produzido. 
 Ex.: Aluguel 
 Seguro da fábrica 
 
D) CUSTOS VARIÁVEIS 
São custos que apresentam variação rigorosamente proporcional ao volume 
produzido. 
 Ex.: Matéria-prima 
 Embalagens 
 
4. ESQUEMA BÁSICO DA GESTÃO DE CUSTOS 
 1º Passo - A separação entre custos e despesas 
 2º Passo - A apropriação dos custos diretos 
 3º Passo - A apropriação (rateio) dos custos indiretos 
 
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS 
 
 
 Custos e Despesas incorridos num mesmo período só irão para Resultado 
desse período caso toda produção elaborada seja vendida e não haja estoques iniciais 
e finais. 
 
EXERCÍCIO 1 
A Indústria de Móveis Lar Mobile Ltda. realizou num determinado período os gastos a 
seguir relacionados. 
Classifique-os segundo os itens abaixo: 
Coluna A - Custo ( C ) ; Despesa ( D ) ou Investimento ( I ) 
Coluna B - Representa desembolso ? Sim ( S ) ou Não ( N ) 
Coluna C - Identifique os custos como: 
Matéria-prima ( MP ) ; Material secundário ( MS ) ; 
Material de embalagem ( ME ) ; Mão de obra ( MO ) ou 
Gastos Gerais de Fabricação ( GGF ). 
 
 
EXERCÍCIO 2 
Classifique os custos industriais abaixo relacionados, segundo as seguintes opções: 
Coluna A - Custo direto ( D ) ou Custo Indireto ( I ) 
Coluna B - Custo Fixo ( F ) ou Custo Variável ( V ) 
 
 
EXERCÍCIO 3 
São dadas as seguintes informações (em R$) da Empresa Fenomenal Ltda.: 
 
 
Pede-se: 
a) Os custos totais do período 
b) O custo por unidade produzida 
c) O resultado industrial (Lucro Bruto) 
d) O resultado do exercício (Lucro Líquido) 
e) O estoque final de produtos acabados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 4 
Apure o custo unitário da Salgadinhos DiFesta com base nas seguintes informações: 
Gastos: 
farinha de trigo 10.000 
margarina 2.000 
ovos 500 
queijo 1.500 
gás 180 
aluguel da administração 50.000 
salários pessoal da produção 250.000 
Conta de telefone da adm. 30.000 
Compra de um fogão industrial 130.000 
salários dos vendedores 200.000 
Quantidade Produzida no mês 1.000.000 un 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. MÉTODOS DE CUSTEIO 
 Existem diversos conceitos de sistemas de custeio, cada um com uma 
metodologia própria, com suas vantagens e desvantagens de aplicação, nos vamos 
estudar basicamente os Sistemas de Custeio por Absorção (fiscal) e Sistema de 
Custeio Direto ou Variável (gerencial). 
 Por sistema de custeio, podemos entender como sendo as formas de apuração 
de custos de um determinado produto. Dependendo do sistema de custeio adotado, 
teremos diferentes custos para um mesmo produto. Para melhor trabalhar com os 
métodos de custeio, énecessário que os custos sejam classificados conforme a 
seguir. 
5.1. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
5.1.1 Quanto a alocação dos Custos aos Produtos 
a) Custos Diretos - São aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado 
bem ou serviço. Ex.: Matéria prima, mão de obra direta. 
b) Custos Indiretos - São aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem 
ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-
obra direta. 
Ex.: Aluguel, depreciação, salário da supervisão. 
 
5.1.2 Quanto a sua dependência com o Volume de Produção ou de Venda 
a) Custos variáveis - São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume 
de produção ou venda. ex.: Matéria prima, MOD. 
 Características: - Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de 
produção, maiores serão os custos totais. 
 - Em termos unitários, os custos permanecem constantes. 
 
b) Custos fixos - São aqueles que independem do volume de produção ou venda. 
Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender 
bens ou serviços. 
Ex.: depreciação, aluguel. 
 Características: - Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de 
produção ou venda, menores serão os custos por unidade. 
 - Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou vendidas. 
 
 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV) 
TOTAIS 
 
VOLUME 
 
 
 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS (CDV) 
POR UNIDADE 
 
VOLUME 
 
 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS 
POR UNIDADE 
 
VOLUME 
 
 
 
 
 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS 
TOTAIS 
 
VOLUME 
 
 
 
6. DIFERENÇA BÁSICA ENTRE O SISTEMA DE CUSTOS DIRETO E POR ABSORÇÃO 
A diferença do sistema de custeio direto para o sistema de absorção, pode ser 
indicada em três aspectos: 
 
a) A classificação dos gastos gerais de fabricação entre fixos e variáveis; 
 
b) Uso de demonstrativos para refletir as relações de custo-volume-lucro; 
 
c) O reconhecimento dos custos fixos como custo do período. 
 
A diferença existe, basicamente, devido ao fato de que o sistema de absorção é 
primeiramente voltado para o aspecto contábil da medida dos custos, enquanto o 
custeio direto é mais utilizado para análise do comportamento dos custos. 
 
 
 
6.1 SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de 
forma direta e indireta, obtidos através de rateios. 
O método combina custos fixos e variáveis em uma mesma taxa composta. Ao mesmo 
tempo se decide a respeito da capacidade, volume e ao nível de atividade afim de 
recuperar todos os custos e despesas de um certo período de tempo. 
O método é falho em muitas circunstâncias, como instrumento gerencial de tomada de 
decisão, porque tem como premissa básica os rateios dos chamados custos fixos, 
que, apesar de se apresentarem de forma lógica, poderão levar a alocações arbitrárias 
e até enganosas. 
Conceito Fiscal: - Dec. lei 1598/77 - art. 13, a,b,c,d,e. 
Define o custo de produção a ser considerado pelas empresas 
industriais. 
A legislação deixa clara a sua opção pelo sistema de custeio 
integral ou absorção, na medida em que, relaciona como 
integrantes dos produtos, além dos custos diretos também os 
indiretos. 
 
6.2.1. Vantagens custeio por absorção 
a) Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente 
aceitos, principalmente aos fundamentos do regime de competência. 
b) É aceito para fins de relatórios externos. 
c) Alocação de todos os custos pode melhorar a utilização dos recursos escassos de 
uma empresa reduzindo consumos excessivos. 
 
 6.2.2. Desvantagens custos por absorção 
 
a) Nos processos de rateios é possível perder de vista determinados custos 
controláveis do período e as áreas funcionais às quais eles se aplicam. 
b) Lucros dependem não somente do volume de vendas, variando de acordo com o 
volume de produção do período e com as quantidades de produtos elaborados no 
período anterior. 
c) Alocações dos custos fixos indiretos podem distorcer análises para fins gerenciais. 
 
Em resumo: 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO: consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles 
fixos ou variáveis) à produção do período. os gastos não fabris (despesas) são 
excluídos. 
A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação 
é importante porque as despesas são contabilizadas imediatamente contra o resultado 
do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão 
idêntico tratamento. os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos 
acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques destes 
produtos. 
O custeio por absorção é o único aceito pela auditoria externa, porque atende aos 
princípios contábeis da realização da receita, da competência e da confrontação. 
É o único aceito pelo imposto de renda. 
 
Princípio da Realização da Receita: ocorre a realização da receita quando da 
transferência do bem ou serviço vendido para terceiros. 
Princípio da Confrontação: as despesas devem ser reconhecidas à medida que são 
realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou indiretamente). 
Princípio da Competência : as despesas e receitas devem ser reconhecidas nos 
períodos a que competirem,ou seja, no período em que ocorrer o seu fato gerador. 
 
 
6.3 SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO, VARIÁVEL OU MARGINAL 
Sistema de custeio direto que é utilizado pelas empresas no auxílio a tomada de 
decisões, tem como premissa básica, conhecer qual é margem de contribuição que 
cada produto contribui para cobrir os gastos fixos da empresa e gerar lucro. 
 
6.3.1 Margem de Contribuição 
Margem de Contribuição pode ser definida como sendo a diferença entre a Receita e 
o Custo e despesa variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente 
traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode 
ser imputado sem erro. 
Outras denominações: Contribuição para o lucro; Contribuição para o custos fixo; 
Saldo Marginal; Receita Marginal; Lucro Marginal, etc. 
 
MC = PREÇO DE VENDA - CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS 
 
Objetivos: 
- Ajuda a Administração na decisão que produtos merecem maior esforço de venda; 
- Auxilia os Administradores a decidir sobre linha de produção a ser abandonada, ou 
recuperação do produto; 
- Auxilia na avaliação de alternativas que se criam em relação à redução de preços, 
descontos, campanhas publicitárias, prêmios sobre vendas, etc. 
- Identifica o valor com o qual cada produto contribui na amortização dos gastos fixos e 
formação do lucro. 
Este método só admite na determinação do custo dos produtos a apropriação dos 
custos variáveis, isto é, inclui os custos primários e os custos indiretos variáveis, 
sendo os custos indiretos fixos são registrados como gastos do período em que o 
produto é fabricado. 
 
6.3.2. Vantagens do Sistema de Custeio Direto 
 
a) O impacto dos custos fixos nos resultados é salientado porque o total dos custos 
aparece no demonstrativo de resultados 
b) O sistema de custeio direto constitui o conceito dos gastos pelo regime de caixa, 
necessário para produzir os bens. Pelo regime de caixa, as despesas são 
reconhecidas como resultado quando ocorrem. 
c) Os custos de manufatura e os demonstrativos de resultados pelo sistema de custeio 
direto, refletem uma melhor apresentação do que pelo sistema de absorção. 
d) O sistema de custeio direto adapta-se melhor aos instrumentos de controle da 
organização, tais como, o custo-padrão e os orçamentos; 
e) As informações para análise das relações entre custo-volume-lucrosão obtidas 
mais facilmente do que no sistema de custo por absorção. 
 
6.3.3. Desvantagens do Sistema de Custeio Direto 
 
a) Dificuldade serão encontradas na separação entre custos fixos e custos variáveis; 
b) Os custos de manufatura não são determinados no processo de custo de produção, 
requerendo alocações suplementares quando estudos de preço a longo prazo são 
realizados; 
c) A legislação brasileira do imposto de renda não permite a sua utilização. 
A principal vantagem do custeio direto é que ele é uma ferramenta importante para 
análise de custos apesar de ser algo desvantajoso para a elaboração de relatórios 
dirigidos a terceiros como, por exemplo, acionistas. 
Em resumo: 
Custeio Variável: só são apropriados à produção os custos variáveis. Os custos fixos 
são contabilizados diretamente à debito de conta de resultados( juntamente com as 
despesas) sob a alegação fundamentada de que estes ocorrerão independentemente 
do volume de produção da empresa. 
Custeio Padrão: os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo (ou 
real), mas sim por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão),podem ser 
utilizados quer a empresa adote o custeio por absorção, quer o custeio variável. 
 
EXEMPLO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
A indústria de sapatos Show-Lé Ltda tem os seguintes gastos para produzir cada par 
de sapatos: 
Custos de Produção R$ 
Matérias-primas 20,00 
Mão de obra 16,00 
Outros custos de fabricação 12,00 
Total dos custos 48,00 
 
Durante determinado mês do ano, ela produziu 1.500 pares de sapatos ao custo 
unitário, conforme o quadro, de R$ 48,00. Durante o mesmo mês, vendeu 1.200 pares 
de sapatos ao preço de venda unitária de R$ 72,00. As despesas operacionais do mês 
totalizaram R$ 12.600,00, e a demonstração do resultado do exercício ficou assim: 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$ 
Receita de Vendas: 1.200 pares x R$ 72,00 cada 86.400,00 
( - ) Custo dos Produtos Vendidos: 1.200 pares x R$ 48,00 cada (56.700,00) 
= Lucro bruto 28.800,00 
( - ) Despesas Operacionais (12.600,00) 
= Lucro líquido 16.200,00 
 
Restaram 300 pares de sapatos nos estoques de produtos acabados, totalizando: 
300 unidades x R$ 48,00 = R$ 14.400,00 
 
Algumas observações podem ser feitas acerca deste exemplo: 
a) os custos de produção foram distribuídos parte para os produtos vendidos e 
parte para os produtos que ficaram em estoques (1.200 pares vendidos e 300 
pares em estoques); 
b) as despesas operacionais do mês totalizaram R$ 12.600,00 e foram 
descarregadas na sua totalidade para uma venda de 1.200 pares ao invés de 
serem distribuídas para uma produção de 1.500 pares. Ou seja, as unidades 
que ficaram em estoques para serem vendidas no futuro (300 pares) não 
receberam nenhuma carga de despesas operacionais. 
 
Quais são as desvantagens no uso do custeio por absorção? 
 
 os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou 
daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que 
oscilações (dentro de certos limites) ocorram no volume de produção; 
 por não se relacionarem com este ou aquele produto, ou esta ou aquela 
unidade, são quase sempre distribuídos (os custos fixos) à base de critérios de 
rateio, quase sempre com grande grau de arbitrariedade; 
 o custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção, pior do que 
tudo isso, o custo de um produto pode variar em função da alteração de 
volume de outro produto, o que se traduz num modelo totalmente inadequado 
para fins de tomada de decisão. 
 
EXEMPLO DE CUSTEIO VARIÁVEL 
Neste método, segundo Eliseu Martins (1988), só são alocados aos produtos 
os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do 
período, indo diretamente para o resultado. Para os estoques só vão, como 
consequência, os custos variáveis. 
Só são apropriados à produção os custos variáveis, quer diretos ou indiretos. 
Os custos fixos são alocados diretamente com as despesas sob a alegação de que 
estes ocorrerão independentes do volume de produção da empresa. 
Se a empresa produzir ou não, os custos fixos ocorrem da mesma forma, 
produzindo mais ou menos unidades, eles também ocorrerão da mesma forma. 
Exemplo: despesas com aluguel. 
Portanto, os custos fixos não são considerados como custos de produção e sim 
como despesas para este critério de rateio. 
Por este método, os custos dos produtos vendidos e os estoques finais de 
produtos em elaboração e os produtos acabados só conterão custos variáveis. 
Outra diferença deste método de custeio variável em relação ao custeio por 
absorção, esta de natureza formal, reside na maneira de apresentar a demonstração 
dos resultados. No custeio variável a diferença entre vendas líquidas e a soma de 
custo de produtos vendidos (que só contém custos variáveis) e despesas variáveis é 
denominada margem de contribuição. 
Deduzindo as despesas fixas e os custos fixos da margem de contribuição, 
obtém-se o lucro operacional líquido. 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$ 
Vendas líquidas 8.000,00 
(-) Custo dos Produtos Vendidos (3.800,00) 
(-) Despesas variáveis (1.000,00) 
(=) Margem de contribuição 3.200,00 
(-) Custos fixos (1.100,00) 
(-) Despesas fixas (800,00) 
(=) Lucro líquido 1.300,00 
 
Quais são as VANTAGENS do método de custeio variável? 
 impede que os aumentos de produção que não correspondam ao aumento de 
venda distorçam os resultados; 
 é uma ferramenta melhor para a tomada de decisão dos administradores. O 
uso do custeio por absorção pode induzir a decisões errôneas sobre a 
produção. A alocação dos custos indiretos de fabricação pode sofrer 
subjetividade; 
 o lucro líquido não é afetado por mudanças de aumento ou diminuição de 
inventários de mercadorias; 
 os dados necessários para a análise das relações custo-volume-lucro são 
rapidamente obtidos do sistema de informação contábil; 
 é mais fácil para os gerentes industriais entenderem o custeamento dos 
produtos sob o custeio variável (custeio direto), pois os dados são próximos da 
fábrica e de sua responsabilidade, possibilitando a correta avaliação de 
desempenho setorial; 
 o custeamento variável (direto) possibilita mais clareza no planejamento do 
lucro e na tomada de decisão; 
 oferece condições para os gestores avaliarem os impactos de redução ou 
aumento de custos nos resultados da entidade; 
 permite a obtenção do ponto de equilíbrio. 
As principais DESVANTAGENS do uso do método de custeio variável são: 
 dificuldade de separar efetivamente alguns custos (se fixos ou se variáveis); 
 custeio variável não é aceito pela Legislação do Imposto de Renda, pois fere 
os princípios contábeis geralmente aceitos. 
EXERCÍCIO 5 
Com as informações apresentadas no quadro a seguir, realize as atividades 
propostas: 
 calcule o custo unitário de produção do mês, utilizando o método do custeio por 
absorção e do custeio variável; 
 faça a demonstração do resultado do exercício, utilizando o método do custeio 
por absorção e do custeio variável. 
Quadro: Gastos e Volume de Produção do Mês 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 6 
Determinada indústria produziu e vendeu 4.000 unidades do seu produto a um preço 
de R$ 60,00 por unidade. O custo unitário de produção é de R$ 35,00. Sabendo que 
as suas despesas operacionais foram de R$ 40.000,00, responda, utilizando o método 
do custeio por absorção, qual foi o lucro dessa indústria?REFERÊNCIAS: 
 
CUNHA, Adriano Sérgio da Análise de custos: livro didático / Adriano Sérgio da Cunha 
; design instrucional Viviani Poyer. – 2. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2007. 
HORNGREN, Charles T., DATAR, Srkant M. & FOSTER, George. Contabilidade de 
custos – volume 2, 11o edição, Pearson, 2010. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1988 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos – livro de exercícios. 9a ed., 5º tiragem, 
São Paulo: Atlas, 2009. 
MOTA, António Gustavo da. Noções de contabilidade de custos. (Apostila) Cacoal 
(RO) 2002.

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