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Austrália Ciências Políticas

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FACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO
DIEGO RIBEIRO DE SOUZA
AUSTRÁLIA
São Paulo
2017
SUMÁRIO
1. 	INTRODUÇÃO.....................................................................................................	3
2.	SISTEMA POLÍTICO..........................................................................................	4
3.	ECONOMIA..........................................................................................................	8
4.	ARTIGO.................................................................................................................	11
5.	CONCLUSÃO........................................................................................................	13
6.	BIBLIOGRAFIA...................................................................................................	14
INTRODUÇÃO
			A Comunidade da Austrália foi formalmente criada em 1901, quando as seis colônias da Austrália concordaram com a Constituição Australiana, a criação de uma estrutura federativa e parlamentar. Sob esse sistema, os poderes são distribuídos entre o governo federal (a Commonwealth ou do governo australiano) e seis Estados e dois territórios. 
			A independência ocorreu em 1942, embora o soberano da Inglaterra (rei ou a rainha), continuasse sendo considerado o chefe de Estado formal. Somente em 1986 esses laços foram cortados.
			
SISTEMA POLÍTICO
			
			Uma das mais antigas democracias contínuas no mundo, a Commonwealth da Austrália foi criada em 1901 quando as ex-colônias britânicas, agora os seis estados da Federação concordaram. As práticas e princípios democráticos que marcaram os parlamentos da federação pré-colonial (como "um homem, um voto" e sufrágio feminino) foram aprovados pelo primeiro governo da Austrália federal.
			A Austrália é uma monarquia constitucional com divisão de poder federal. Uma monarquia constitucional é um tipo de regime político que reconhece um monarca eleito ou hereditário como chefe do Estado, mas onde uma constituição limita os poderes do monarca. O país tem um sistema político parlamentarista com a rainha Elizabeth II como a Rainha da Austrália, um papel que é diferente da sua posição como rainha nos outros reinos da Commonwealth. Como a rainha reside no Reino Unido, os poderes executivos investidos nela pela Constituição são normalmente exercidos pelos seus representantes na Austrália (o Governador-Geral, em nível federal e os governadores, em nível estadual), por convenção sobre os conselhos dos ministros da Rainha.
			A organização política ocorre da seguinte forma, a rainha Elizabeth da Grã-Bretanha (chefe de estado) é representada pelo governador geral australiano, general Quentin Bryce, que é nomeado por ela depois de aconselhada pelo primeiro-ministro. Ainda que as atribuições do governador geral costumem ser meramente simbólicas e cerimoniais, agindo sempre de acordo com a recomendação dos ministros e do governo, ele exerce um importante papel dentro da organização da política australiana. Cabe ao governador geral a escolha do primeiro-ministro se as eleições resultarem num parlamento onde nenhum partido consiga a maioria e nem a construção de uma coalizão. Também é seu dever demitir um primeiro-ministro ou demais ministros que tenham perdido a confiança do parlamento ou que tenham atuado ilegalmente. Além disso o governador geral tem o poder de recusar um pedido do primeiro ministro para dissolver o parlamento. Em essência, o papel político do governador geral como chefe de estado é proteger a constituição e facilitar o trabalho do parlamento e do governo.
			Basicamente, o Governo Australiano subdivide-se em três níveis:
			O Commonwealth (ou Governo Federal), conduzido pelo Primeiro Ministro: Responsável por assuntos de toda a nação tais como defesa, comércio, relações exteriores e telecomunicações. Governos dos estados (conduzidos por Premiers): Complementa as atividades do Commonwealth, especialmente nas áreas de ensino, bem-estar social e cumprimento da lei. E os governos locais (administrados por conselheiros eleitos localmente): Responsáveis por atividades municipais tais como o planejamento de cidades, regulamentos prediais e coleta de lixo.
			O governo emana de um Parlamento eleito por sufrágio universal. O Parlamento Federal é composto pelo Senado e pela Câmara dos Representantes. O actual primeiro-ministro é Malcolm Turnbull, líder do Partido Liberal da Austrália.
			O Senado é composto de 76 membros, com representação igual para todos os estados, como no Senado dos Estados Unidos. Um estado elege doze senadores, mas um território (como o Território do Norte ou o Território da Capital Australiana) pode eleger somente dois senadores. A Câmara dos Representantes, cujo modelo é a Câmara dos Comuns no Grã-Bretanha é composta de 148 membros. A representação dos estados nesta Câmara é determinada pelo tamanho da sua população, mas cada distrito eleitoral tem somente um membro.
			O Senado tem o poder de modificar os projetos de lei da Câmara dos Representantes, que inclui assuntos fiscais. Em 1975, houve uma crise constitucional, quando o Senado não aprovou o orçamento do governo trabalhista de Gough Whitlam. A paralisia legislativa resultou na demissão do primeiro-ministro pelo governador-geral, Sir John Kerr.
			Este ato controverso pelo representante da Rainha, contribuiu para o apoio crescente a favor da república, mas no referendo de 1999, houve divisões entre os republicanos sobre a questão da escolha do presidente, e no final acabou prevalecendo a rejeição da república como forma de governo.
			O governo federal está dividido em três ramos:
O legislativo: o Parlamento bicameral, composto pela Rainha (representada pelo Governador-Geral), o Senado e Câmara dos Representantes;
O executivo: o Conselho Executivo Federal, na prática, o Governador-G	eral como aconselhado pelo Primeiro-Ministro e os Ministros de Estado;
O judiciário: a Supremacia Corte da Austrália e de outros tribunais federais, cujos juízes são nomeados pelo Governador-Geral em pareceres do Conselho.
			A constituição escrita define as responsabilidades do governo australiano, que incluem relações exteriores e defesas, comércio e imigração. Governos dos Estados e Territórios serão responsáveis por todas as áreas não atribuídas ao governo australiano. Parlamentos estaduais estão sujeitos à Constituição Nacional, bem como suas próprias Constituições do Estado. Uma lei federal sobrepõe qualquer Estado/Território lei não se coaduna com ele.
			O sistema de governo é baseado na tradição liberal e democrática, que inclui a tolerância religiosa, liberdade de expressão e liberdade de associação. Suas instituições e práticas em conta os modelos britânico e norte-americano de governo, mas são exclusivamente brasileiros. O Parlamento australiano fica no centro do governo australiano. Trata-se da Rainha (representada pelo Governador-Geral) e duas Casas (Senado e Câmara dos Deputados). 
			O sistema eleitoral da Austrália utiliza voto preferencial em todas as eleições da câmara baixa com exceção da Tasmânia e do TCA, que juntamente com o Senado e a maioria das casas de estado superior combina-o com a representação proporcional em um sistema conhecido como voto único transferível. O voto é obrigatório para todos os cidadãos com dezoito anos ou mais registrados em cada jurisdição, assim como é o registro.
			Uma eleição geral nacional deve ser realizada dentro de três anos da primeira reunião do novo Parlamento federal. A vida média dos parlamentos é cerca de dois anos e meio. Na prática, as eleições gerais são realizadas quando o governador-geral concorda com a solicitação do primeiro-ministro, que escolhe a data da eleição.
			O partido do governo tem mudado a cada cinco anos, desde a federação em 1901, mas a duração de cada governo tem variado muito. O Partido Liberal liderou uma coalizão que esteve mais tempo no governo (23 anos/1949-1972). Antes da Segunda Guerra Mundial, vários governos duraram menos de umano, mas desde 1945 houve apenas sete mudanças de governo.
			Há dois grandes grupos políticos que costumam formar governo federal e dos estados: o Partido Trabalhista Australiano e a Coalizão, que é um agrupamento formal do Partido Liberal da Austrália e seu sócio minoritário, o Partido Nacional da Austrália. Membros independentes e vários pequenos partidos, incluindo os Verdes e os Democratas Australianos, alcançaram representação no parlamento australiano, principalmente em casas superiores.
			Embora o Primeiro-Ministro ser nomeado pelo Governador-Geral, na prática, o partido com apoio da maioria na Câmara dos Representantes forma o governo e seu líder se torna o Primeiro-Ministro. A última eleição federal foi realizada em 2007 e levou o Partido Trabalhista ao cargo com Kevin Rudd como Primeiro-Ministro. Após uma disputa interna, Julia Gillard se tornou a primeira mulher primeira-ministra em junho de 2010. Rudd voltou a ocupar o cargo de premiê em 2013. 
ECONOMIA
			A Austrália tem uma economia de livre mercado com elevado PIB per capita e baixa taxa de pobreza. O dólar australiano é a moeda oficial da nação e também da Ilha Christmas, Ilhas Cocos (Keeling) e Ilha Norfolk, bem como dos independentes Estados-ilhas do Pacífico Kiribati, Nauru e Tuvalu. Após a fusão de 2006 da Australian Stock Exchange e da Sydney Futures Exchange, a Australian Securities Exchange está agora entre as dez maiores bolsas de valores do mundo.
			Durante quase um século (até as primeiras décadas do séc. XX), vigorou no país o free banking (sistema bancário sem regulamentações), quando era permitido aos bancos particulares, a emissão de moeda privada. Em terceiro lugar no Índice de Liberdade Econômica (2010), a Austrália é a décima terceira maior economia do mundo e tem o décimo segundo maior PIB per capita, maior que o do Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Japão, e em par com o dos Estados Unidos. O país foi classificado em segundo lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2016 das Nações Unidas, em primeiro lugar no Índice de Prosperidade de 2008 da Legatum e em sexto lugar no Índice de Qualidade de Vida da The Economist de 2005. Todas as grandes cidades da Austrália estão em boa classificação de habitabilidade nas pesquisas comparativas mundiais. Melbourne atingiu o segundo lugar na lista "Cidades Mais Habitáveis do Mundo" de 2008 da revista The Economist, seguida de Perth, Adelaide e Sydney, em quarto, sétimo e nono lugar, respectivamente. 
			Apesar de ser um país considerado jovem, a Austrália está entre as maiores economias do mundo. O setor industrial australiano intensificou-se somente a partir do final da Segunda Guerra Mundial, no entanto, o desenvolvimento industrial não aconteceu em todo território nacional. O parque industrial se concentrou, especialmente, aos arredores de Sidney e de Melbourne. Para o ingresso efetivo no processo de industrialização das capitais dos estados de Nova Gales do Sul e Vitória, vários fatores foram determinantes, dentre eles: a) riqueza de recursos minerais em seu subsolo, os quais são as bases para a indústria, uma vez que se transformam em matéria-prima. Além de minérios fósseis, elementos usados para a geração de energia: força que movimenta as máquinas das indústrias. Ambos foram importantes para a origem da indústria siderúrgica no país; b) elevada produção agropecuária, que favoreceu o surgimento de indústrias relacionadas aos agronegócios, como as agroindústrias; c) Inserção de capitais estrangeiras no país, tendo em vista que muitos apostavam na Austrália como uma boa alternativa de investimentos, especialmente, as transnacionais.
			O setor agrário da Austrália desempenha um importante papel para a economia do país. Uma das atividades agropecuárias de maior destaque neste país está ligada a criação de ovinos e, por essa razão, o país é o maior produtor de lã do mundo. A agricultura australiana é bastante modernizada, concentrada especialmente no sudeste do país. Os principais produtos agrícolas da Austrália são cereais, cana-de-açúcar e frutas.
			O país em questão integra um importante bloco econômico, a Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico). Os países que mais mantêm relações comerciais com o continente australiano são: Japão, Coréia do Sul e Estados Unidos. Após a inserção da Austrália na Apec, o mesmo passou a investir capitais em países que integram os chamados Tigres Asiáticos, entre outras nacionalidades asiáticas com potencial econômico.
			Dentre alguns de seus dados econômicos baseados no ano de 2015, pode-se mencionar:
PIB (nominal): US$ 1,223 trilhão 
PIB per capita: US$ 51.830 
Taxa de crescimento do PIB: 2,5%  
Composição do PIB por setor da economia: serviços (67,4%), indústria (28,9%) e agricultura (3,7%) - 
Força de trabalho (2015): 12,5 milhões de trabalhadores ativos 
Taxa de desemprego: 5,9 % 
Investimentos: 29,5% do PIB 
População abaixo da linha de pobreza: 0,1% 
Dívida Pública: 36,83% do PIB 
Dívida Externa: US$ 1,39 trilhão 
Taxa de Inflação: 1,7% 
Taxa de crescimento da produção industrial: 2,7%
Principais parceiros econômicos (exportação): China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Índia. 
Principais parceiros econômicos (importação): China, Estados Unidos, Japão, Cingapura e Tailândia.  
Exportações: US$ 184,4 bilhões 
Importações: US$ 208,4 bilhões 
Saldo da balança comercial: deficit de US$ 24 bilhões 
ARTIGO
			No contexto internacional, a Austrália mantém uma política externa prospera e de longo prazo. No que se refere ao compromisso internacional, o Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália elencam três seguimentos, quais sejam: (i) o fortalecimento das relações com os Estados Unidos; (ii) participação ativa nas instituições de governança global, incluindo Nações Unidas e a Organização Mundial de Comércio; (iii) o engajamento diplomático e econômico na dinâmica e diversificada região Ásia-Pacífico.
			A comunidade Australiana por diversas vezes encontrou dificuldades para se tornar parte que integra a “vizinhança” do sudeste asiático. A base racial européia da sua população, assim como suas tradições culturais ocidentais, a diferenciavam dos outros países da região (LAMARCA, 2003). 
			Em concordância com o Departamento das Relações Exteriores e Comércio, os principais objetivos da política australiana são:
Minorizar o risco de atentados terroristas, tráfico de drogas, da proliferação de armas com poder de destruição em massa e lavagem de dinheiro;
Contribuir para uma eficiente resposta para alterações climáticas e a pobreza mundial;
Dispor aos cidadãos australianos serviços consulares de alta qualidade, inclusive em momentos de crises;
Projetar uma imagem positiva da Austrália como uma sociedade tolerante, aberta, justa, igualitária e atraente como parceira internacional nas áreas da educação, pesquisa e inovação.
			 (MANUAL COMO EXPORTAR, 2002)
			O compromisso da Austrália com os objetivos apresentados, é notável. Ratificando o protocolo de Kyoto em 2007, a Austrália demonstrou sua intenção de contribuir para a solução de um dos maiores desafios da atualidade – o aquecimento global.
			A Austrália possui fortes relações econômicas, políticas, sociais e culturais com os EUA e Canadá. Com relação à Europa, o país está construindo uma parceria para lidar com assuntos climáticos, comércio internacional, segurança e o desenvolvimento do país. 
CONCLUSÃO
			Há 26 anos a Austrália detém o privilégio de estar livre de uma recessão, sendo o único país desenvolvido que só cresce desde o começo dos anos 90.
			Desde a origem da comunidade Australiana, o país tem se desenvolvido de forma ininterrupta, criando o questionamento de cada Estado ao redor do mundo de como tal feito, foi possível.
			O sucesso do país tem como reformas estruturais feitas nas décadas de 1980 e 1990, quando barreiras alfandegárias ruíram e o controle do câmbio foi extinto. O dólar flutuante funcionou como um amortecedor contra turbulências externas, a inflaçãofoi estabilizada perto da meta de 2% a 3% ao ano e as contas do governo foram arrumadas. Assim, quando a crise financeira global aconteceu, a Austrália vinha de mais de uma década de superávit das contas públicas e sua dívida tinha sido, em grande parte, eliminada. Um fator que ajudou foi a forte demanda da China por commodities, o que impulsionou a mineração na Austrália, criou empregos e sustentou aumentos dos salários. Em 2013, a renda das famílias havia aumentado 13% mais do que teria sem a bonança.
			Não só economicamente, como politicamente, a Austrália se manteve estável graças à adoção de seu sistema político republicano.
			
BIBLIOGRAFIA
https://edusystemaustralia.wordpress.com/politica-e-actualidade/
Acesso em: 27/09/2017
LAMARCA, Carlos. 2003.
http://geografia-oceania.blogspot.com.br/2011/05/aspectos-politicos-da-australia.html
Acesso em: 27/09/2017
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/detalhe/a-australia-e-os-seus-26-anos-de-crescimento-economico
Acesso em: 27/09/2017
https://portaloceania.com/au-life-govern-port.htm
Acesso em: 27/09/2017

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