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13/12/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
INTRODUÇÃO
O divórcio é uma das causas terminativas da sociedade conjugal, estando
previsto no artigo 1571 do Código Civil.
Contudo, até o advento da Emenda Constitucional n. 66 de 14 de julho de 2010,
o divórcio tinha por finalidade precípua extinguir o vínculo conjugal e possibilitar
novo casamento a cada um dos seus membros.
Esse fato ocorria, porque havia a previsão legal da separação judicial, a qual
estabelecia o final da sociedade conjugal e deixava para o divórcio o
rompimento do vínculo conjugal.
 
EMENDA CONSTITUCIONAL 66/2010
 
A Emenda Constitucional 66/2010 ou PEC do Divórcio estabeleceu uma nova
redação ao parágrafo 6º. do artigo 226 da Constituição Federal.
Assim, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio somente, retirando a
possibilidade de separação judicial.
A alteração foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família, tendo
após a sua aprovação eficácia imediata e direta.
Por decorrência algumas situações decorrem dessa nova ordem constitucional: a
uma, não existe mais a possibilidade do ingresso da ação de separação judicial;
a duas, algumas pessoas ainda possuem o estado civil de separadas
judicialmente; a três, não há que se falar em dissolução da sociedade
matrimonial.
 
 
 
DIVÓRCIO DIRETO
 
No passado, antes da extinção da ação de separação judicial, a separação
cindia-se em: separação judicial ou por mútuo consentimento.
Na hipótese de separação judicial, classificava-se em: separação sanção,
separação remédio ou separação falência.
Com o advento da Emenda Constitucional n. 66/2010 foi abolido o divórcio-
conversão ou indireto, remanescendo somente o instituto do divórcio direto,
sem o requisito temporal.
O divórcio atualmente classifica-se em:
- divórcio judicial litigioso;
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- divórcio judicial consensual;
- divórcio extrajudicial consensual.
 
Em todos estes somente é necessária a certidão de casamento ATUALIZADA
(emissão com menos de 30 dias da data de distribuição da ação de divórcio ou
assinatura da escritura pública).
As questões relativas a guarda, proteção dos filhos, alimentos, partilha de
bens, nome de família podem ser discutidas em separado, não prejudicando a
decretação do divórcio.
Mais importante ainda, é o fato de que não se discute mais a CULPA pelo fim do
casamento.
No que tange aos filhos, será prevalente o melhor interesse dos menores para
fixação de guarda e visitas e os alimentos serão fixados em conformidade com o
binômio necessidade e possibilidade.
A discussão sobre as questões periféricas impunha o retardo na decretação do
divórcio, especialmente quando são interpostos recursos às instâncias
superiores. Por tais motivos sugere-se que sejam distribuídas ações autônomas
para as matérias.
 
 
 
 
 
 
DO PROCEDIMENTO
 
O artigo 40 da Lei do Divórcio determina a utilização do procedimento previsto
no artigo 1120 e segs. do Código de Processo Civil ou ainda, artigo 731 e segs.
do CPC/2015.
Dessa forma, a petição além dos requisitos de ordem geral, deverá quando for o
caso demonstrar:
- valor da pensão do cônjuge que necessitar para a sua subsistência;
- partilha de bens da ser homologada na sentença.
A Emenda Constitucional 66/2010 suprimiu a necessidade de comprovação da
decorrência do lapso temporal de separação de fato , bem como a produção de
prova testemunhal em audiência de ratificação de decorrência do lapso
temporal.
No que se referem ao artigo 1124ª CPC/1973 ou artigo 733 CPC/2015, o
divórcio consensual por escritura pública continua em vigor.
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A sentença que homologa o divórcio consensual ou recusa a homologação do
acordo é definitiva. Cabe recurso de apelação voluntária.
O Ministério Público é legitimado a recorrer da sentença de homologação.
Se o cônjuge vir a falecer antes de transitada em julgada a sentença, o estado
civil do cônjuge sobrevivente é de viúvo, já que a ação de divórcio guarda
natureza personalíssima.
A Lei n. 11441/2007 estabeleceu a possibilidade do divórcio extrajudicial, para
tanto as partes devem ser maiores e capazes; acordes quanto aos termos do
divórcio e não tenha interesse de menores.
Se o divórcio direto foi requerido por só um dos cônjuges terá obrigatoriamente
o trâmite do procedimento ordinário ou de acordo com o CPC/2015
procedimento especial.
Não cabe ação reconvencional, pois não subsiste mais a questão da culpa. Por
esse motivo decreta-se o divórcio, e reserva a questão da partilha de bens para
a execução da sentença, conforme preleciona a Súmula 197 do STJ.
Em virtude da Emenda Constitucional n. 66/2010 ter extinguido o divórcio-
conversão, os cassais que se separaram judicialmente antes da sua vigência
não terão escolha: caso queiram se divorciar deverão realizar o divórcio direto,
seja ele consensual ou litigioso.
Não subsiste a restrição ao número de pedidos de divórcio e mantendo-se
íntegro o direito e os deveres dos pais em relação aos filhos.
A habilitação de novo casamento requer a apresentação da certidão de
casamento com registro da sentença de divórcio.
O vínculo matrimonial é desconstituído pela sentença transitada em julgado, e o
registro prevalece para os efeitos colaterais. O oficial do registro civil exigirá
prova do registro da sentença, no processo de habilitação, para fins
administrativos, ou seja, para evitar que, ao ser feito o registro do novo
casamento, ainda não conste dos livros de registro a notícia do anterior
divórcio. Evita-se o crime de bigamia.
Se houver necessidade, nas hipóteses de possível ameaça a integridade física
ou psíquica de um dos cônjuges ou sua prole, a possibilidade de a parte
requerer a separação de corpos e, posteriormente ingressar com ação de
divórcio litigioso.
 
DOS JULGADOS
Família. Separação Judicial. Superveniência da Emenda Constitucional n.
66/2010. Tribunal Julgador TJMG. Numeração Única: 0643791-84.2010.8.13.0000 
Com a Emenda Constitucional nº 66/10, para a extinção do vinculo conjugal não
mais se discute sobre separação, sanção ou falência. Portanto, considerando a
norma inserta no artigo 462 do Código de Processo Civil, para a decretação da
separação, não há mais necessidade dos requisitos tempo ou culpa, sob pena
de rematada incoerência na medida em que, se para o divórcio, que extingue o
vínculo conjugal, não há qualquer requisito, com muito mais razão não se pode
exigir qualquer requisito para a separação. V.V.P. (…) (TJMG, Apelação Cível nº
1.0079.08.405935-5/001, Rel Des. Bitencourt Marcondes, Rel p.
AcórdãoFernando Botelho, 8ª Câmara Cível, public. 11/05/2011)
13/12/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
Inteiro Teor:
EMENTA: FAMÍLIA – SEPARAÇÃO JUDICIAL – RESTABELECIMENTO DA SOCIEDADE
CONJUGAL – SUPERVENIÊNCIA DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 66/2010 –
POSSIBILIDADE – EFEITOS JURÍDICOS ADSTRITOS SOMENTE ÀS SEPARAÇÕES
JUDICIAIS REQUERIDAS POSTERIORMENTE À SUA ENTRADA EM VIGOR –
APLICAÇÃO, AO CASO CONCRETO, DO DISPOSTO NO ART.46 DA LEI 6.515/77 –
PROVIMENTO DO RECURSO. – A despeito da Emenda Constitucional nº 66/2010
ter efetivamente retirado o instituto da separação judicial do mundo jurídico, os
efeitos jurídicos daquelas separações ocorridas anteriormente à entrada em
vigor da referida Emenda subsistem. – Os efeitos jurídicos, de fato e de direito,
da separação judicial, devidamentehomologados e concretizados de acordo com
a legislação vigente à sua época continuarão regidos pela decisão judicial
anterior, baseada, repita-se, na Lei então em vigor.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CÍVEL N° 1.0313.06.205550-1/001 – COMARCA DE
IPATINGA – AGRAVANTE(S): M.S.O.M.V. E OUTRO(A)(S) – RELATOR: EXMO. SR.
DES. GERALDO AUGUSTO
ACÓRDÃO 
Vistos etc., acorda, em Turma, a 1ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais, sob a Presidência do Desembargador EDUARDO
ANDRADE, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata dos
julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, EM DAR
PROVIMENTO AO RECURSO. 
Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2011.
 O SR. DES. GERALDO AUGUSTO:
VOTO 
Conhece-se do recurso, presentes os requisitos à sua admissibilidade. 
Agrava-se da decisão que, nos autos da ação de separação judicial entre os
próprios agravantes, indeferiu o pedido de restabelecimento da união conjugal
(fl.40-TJ).
Argumentam em breve resumo, os agravantes, que, após três meses da
separação judicial, reataram os laços afetivos, constituíram novamente família,
permanecendo estáveis até a presente data; que não mais pretendem
permanecer separados judicialmente, requerendo, então, com fulcro no art. 46
da Lei 6.515/77, desconstituir a respeitável decisão que formalizou a separação
judicial; que a Emenda Constitucional 66/2010 não retroage para atingir fatos
passados, ocorridos antes do início de sua vigência, possuindo eficácia “ex
nunc”, desde agora; que o entendimento de que não existe o restabelecimento
da sociedade conjugal viola o princípio constitucional da preservação da família
e do casamento, além de gerar grave insegurança jurídica; e, por fim, que a
alteração da norma constitucional não teria o condão de modificar uma situação
jurídica perfeitamente consolidada segundo as regras vigentes ao tempo de sua
constituição. Requer, portanto, o provimento do recurso para homologar o
restabelecimento da sociedade conjugal, expedindo-se mandado ao Cartório
competente e o retorno da agravante ao nome de casada (fls.02/08-TJ).
 
AC 70003044567 DIVÓRCIO CONSENSUAL. PROVA TESTEMUNHAL. Ante a
afirmativa dos cônjuges de estarem separados de fato há dois anos,
desnecessária declaração ou ouvida de testemunhas, pois não há motivo para
emprestar maior credibilidade à palavra de terceiros do que à das próprias
partes. AUDIÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. Dispensável a realização da audiência de
ratificação quando nada há a ser estipulado, seja sobre filhos, alimentos ou
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partilha de bens. Basta a assertiva da inicial da livre intenção das partes para
que seja chancelado o divórcio, uma vez que alegam eles a separação já
perdura por mais de dois anos. Apelo desprovido.
AI 70002300192 DIVÓRCIO CONSENSUAL. COMPARECIMENTO DA PARTE.
DISPENSABILIDADE. A ausência justificada da parte à audiência inaugural, na
ação de divórcio consensual, por residir ela no exterior, não inviabiliza o
prosseguimento da demanda. Agravo provido.
 
Bibliografia
 
GONÇALVES, Carlos Roberto – Direito Civil Brasileiro. Vol. 6, ed. Saraiva, São
Paulo - 2012.
PEREIRA, Rodrigo da Cunha – Divórcio: teoria e prática. Ed. Saraiva, São Paulo –
2013.
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