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Biologia para Ciências Ambientais Organização, Tipologia Celular e Ambiente Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Garcia Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 5 • Introdução • Difusão simples • Transporte ativo • Padrão de organização celular e os grupos de seres vivos • Osmose • Sistema golgiense • Organização geral da célula • Difusão facilitada • Mitocôndrias • Cloroplasto Como método de estudo, você deverá realizar inicialmente as atividades de leitura, na sequência as atividades de fixação dos conteúdos (atividade de sistematização), as atividades de interação (fórum de discussão) e concluir esta Unidade com a avaliação. Explore todos os recursos do Blackboard. Não acumule dúvidas, participe, pergunte! Nesta Unidade daremos continuidade às informações que lhe ajudarão no entendimento de uma Ciência desafiadora e básica, a Biologia. Abordaremos os conhecimentos científicos que envolvem a tipologia celular, sua organização e funcionamento. Organização, Tipologia Celular e Ambiente 6 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Contextualização A compreensão dos fenômenos naturais é indispensável para responder às necessidades da sociedade moderna. A partir do século XVII, com a invenção e gradativo aprimoramento das técnicas de microscopia houve um avanço dos estudos científicos e desenvolvimento de novos rumos nas Ciências, especialmente como o aprimoramento da histologia, estudo dos tecidos e citologia, estudo das células. Nos dias atuais essas áreas abriram caminho para importantes avanços teóricos e práticos, além de um desenvolvimento extraordinário da Ciência aliada à tecnologia eletrônica e informática. A união e o desenvolvimento da Ciência com a tecnologia promovem resultados extraordinários em diversos setores produtivos, tais como a produção de alimentos (variedades vegetais mais produtivas); a fabricação de produtos para a indústria (nanotecnologia); o tratamento do lixo; a produção de novos remédios, como os novos antibióticos. Dessa forma, os estudos da Biologia celular aliados aos avanços tecnológicos visam garantir a sobrevivência dos seres vivos, assim como a preservação dos ambientes naturais e o uso de seus recursos de uma forma sustentável. 7 Introdução Em nossa conversa anterior abordamos um dos principais processos celulares à permanência e difusão da vida: a síntese proteica. Perceba a partir de agora a íntima relação entre o DNA, o RNA e as proteínas que possibilitam a manutenção da estrutura e funcionamento celular. Nesse processo destaca-se a intensa troca de informações químicas entre o núcleo celular e o ribossomo no citoplasma, organela na qual ocorre a síntese de proteínas. Ressalta-se também a importância dos ácidos nucleicos nesse processo: o DNA, que é o armazenador da informação química e coordenador do processo de síntese de proteínas; os tipos de RNA, tanto o RNA ribossômico (rRNA), como componente estrutural dos ribossomos; o RNA mensageiro (mRNA), que carrega a informação de um ou mais genes localizados no núcleo da célula até o ribossomo no citoplasma; o RNA transportador ou de transferência (tRNA); as moléculas adaptadoras que traduzem fielmente a informação química contida no mRNA em uma sequência de aminoácidos para formar a cadeia polipeptídica ou proteína. Dando continuidade aos nossos estudos, você verá nesta Unidade a célula como estrutura tridimensional e a presença de organelas que funcionam integradamente no trabalho celular. Por trabalho celular são detalhadas as capacidades das células que se alimentam, movem-se, respondem a estímulos, crescem e se dividem; independente do padrão de organização. O desenvolvimento do estudo das células esbarrava em um problema, o seu tamanho: a grande maioria das células é pequena demais para serem observadas a olho nu. Por esse motivo, as primeiras células foram devidamente observadas e descritas apenas a partir do século XVII, quando foi inventado e aperfeiçoado o microscópio óptico. Esse limite de resolução está relacionado ao comprimento de onda da luz. O uso de lentes especiais, como as dos microscópios ópticos e lunetas resolvem ou diminuem o problema; tanto na observação de objetos demasiadamente pequenos (como as células), ou algo significativamente grande e distante, caso dos planetas e estrelas. Os menores objetos que podemos distinguir (a partir do poder de resolução do olho humano) medem acima de 0,2mm, tamanho das maiores células. A maior parte dos tipos de células é, no mínimo, dez vezes menor do que isso, sem contar que as estruturas internas das células são ainda menores. No exemplo das células e suas estruturas, demasiadamente pequenas para serem medidas em centímetros ou milímetros, são utilizadas as unidades de medida dos micrômetros (cujo símbolo é μm) e nanômetros (cujo símbolo é nm). O micrômetro equivale a um milésimo do milímetro, enquanto o nanômetro corresponde a um milésimo do micrômetro, tal qual ilustrado abaixo: Padrão de organização celular e os grupos de seres vivos 8 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Na medida em que os microscópios foram aprimorados, mais componentes sofisticados foram incorporados e nos dias atuais sutilezas de detalhes podem ser visualizadas nos diferentes tipos de microscópios ópticos: microscópio de campo claro; microscópio de contraste de fase; microscópio de fluorescência; microscópio confocal de varredura a laser. Na década de 1930 os limites do microscópio óptico foram ultrapassados com o uso de feixes de elétrons nos microscópios eletrônicos. A microscopia eletrônica de varredura ou de transmissão possibilitou a visualização das estruturas intracelulares de tamanhos menores que 200nm. Como se acredita atualmente, as células evoluíram de um mesmo ancestral, no entanto, as células apresentam uma enorme variação entre si, no tamanho, aparência e função desenvolvida, embora possuam um metabolismo, conjunto de reações químicas básicas semelhantes. É importante que você compreenda o que esses avanços proporcionaram, para isso relembre que em pleno século XIX houve uma mudança radical e conceitual que influenciou todo o pensamento científico: a Teoria Celular, formulada nos trabalhos desenvolvidos na Alemanha por Matthias Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-1882), quando foi proposta a ideia de que todos os organismos vivos possuem a organização celular. Figura 1. Fonte: adaptado de Alberts (et al., 2011). Você Sabia ? 103 é a maneira com que os matemáticos escrevem as potências de 10, isto é, 103 (10 x 10 x 10) é igual a 1.000; da mesma forma, 106 é igual a 1.000.000 e assim por diante. 9 A célula é a unidade fundamental dos seres vivos, tanto para os organismos pluricelulares com mais de uma célula, ou organismos unicelulares com uma única célula. Assim, na Unidade anterior colocamos a importância da organização do núcleo celular, onde o material genético DNA é individualizado por uma membrana celular denominada de carioteca e essa de célula eucarionte. O outro tipo celular é denominado como célula procarionte, onde o material genético DNA encontra-se disperso no citoplasma. Relembre desses aspectos na Figura abaixo. Considerando essas duas características (o número de células e suas estruturas), pode-se propor uma classificação simples para os seres vivos em cinco reinos. Contudo, cabe aqui também mencionar que os vírus diferem de todos os outros seres vivos, pois não possuem a organização celular (tratando-se da exceção na Teoria Celular), dado que são seres acelulares. Esse é o principal motivo para os vírus serem todos parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, usam a estrutura celular de outros organismos para completar o seu ciclo de vida. Quadro 1 –Proposta resumida à classificação dos seres vivos. Reinos Número de células Tipo de célula Organismos Monera Unicelulares Procariontes Bactérias Protoctista Unicelulares ou pluricelulares Eucariontes Algas e protozoários Fungui Unicelulares ou pluricelulares Eucariontes Fungos Plantae Pluricelulares Eucariontes Plantas Animalia Pluricelulares Eucariontes Animais Figura 2 – Estrutura das células eucariontes e procariontes, sendo evidenciada a diferença da localização dos ácidos nucleicos – no núcleo das células eucariontes e no citoplasma das células procariontes. 10 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Com o auxílio da microscopia óptica pode-se descrever uma enorme variedade de tipos celulares e propor a Teoria Celular. Com certeza agora que você já está mais familiarizado com a célula, lembrará das estruturas ou características que podem ser descritas como comuns a todos os tipos celulares, como a membrana celular, mitocôndrias, ribossomos e outros. No entanto, lembre-se de que há vários tipos de células e – é claro que você sabe que – em muitas há exceções no tocante à presença de estruturas celulares que podem acabar caracterizando o tipo celular. Alguns exemplos curiosos como as hemácias que não possuem núcleo (anucleadas), nenhuma célula animal possui cloroplastos e assim por diante. Porém, todos os tipos celulares possuem um limite, ou seja, é possível definir um espaço intracelular (dentro da célula) e um espaço extracelular (fora da célula). Todas as células possuem uma membrana celular que define e separa o meio intracelular onde é encontrado o citoplasma, do meio extracelular. Em 1972 foi proposto pelos pesquisadores americanos Singer e Nicolson o modelo estrutural do mosaico fluido para a membrana. Esse modelo lipoproteico de membrana facilita a compreensão da entrada e saída de substâncias na célula. A estrutura das membranas é constituída por duas camadas de lipídeos das classes dos fosfolipídios, mais esteróis e colesterol com proteínas inseridas e com algumas moléculas de carboidratos na superfície da membrana, formando o glicocalix. Os fosfolipídios, que formam a membrana, distribuem-se de maneira a formar uma bicamada, com a parte hidrofílica de sua molécula voltada para o meio aquoso, extracelular ou citoplasmático e a parte hidrofóbica voltada para o interior da membrana. Existem regiões pouco fluidas na bicamada lipídica, onde são encontradas moléculas de colesterol. Nesse modelo encontramos moléculas de proteínas inseridas na bicamada, conferindo certa especificidade à membrana, as membranas são fluidas devido a mobilidade constante dos lipídeos, realizando principalmente movimentos de rotação e translocação. A membrana plasmática funciona como uma barreira, individualizando o ambiente intracelular. No entanto, durante toda a sua vida há uma interação entre as células e entre essas com o meio externo, seja na absorção do oxigênio de que necessitam para a respiração celular e consequente liberação do gás carbônico, seja na obtenção de íons e moléculas maiores, como a glicose e outros açúcares. Organização geral da célula Figura 3 – Modelo do mosaico fluido da membrana, diferentes proteínas se inserem entre os lipídeos da bicamada. 11 A passagem de moléculas através da membrana obedece a certos critérios e independem do tipo de célula ou da atividade que essa exerça, estando vinculados à natureza lipídica da membrana. Chamamos esses critérios de permeabilidade seletiva da membrana. A “seleção” das moléculas que atravessam a bicamada está relacionada com seu tamanho, polaridade e carga, além da natureza lipídica da membrana. A bicamada lipídica é apolar, dessa forma as moléculas apolares possuirão mais facilidade para atravessar a bicamada do que moléculas polares. Em síntese, quanto menor a molécula, mais facilmente atravessará a bicamada lipídica. As moléculas do gás carbônico (CO2) e do oxigênio (O2) são exemplos de moléculas pequenas, apolares e sem carga, de modo que atravessam a membrana celular com certa facilidade. Outro fator que exerce influência na passagem de substâncias pela membrana é a concentração. Para melhor entender esse fato, observe o que ocorre em parte no ciclo do O2: as moléculas de oxigênio atravessarão a membrana para o meio intracelular apenas enquanto a concentração de oxigênio no meio intracelular for menor que no meio extracelular. Isso explica porque as plantas na célula vegetal que produzem O2 (processo de fotossíntese) dentro de suas células liberam-no para a atmosfera, enquanto as células animais, que consomem oxigênio, absorvem- no do meio extracelular. A troca de gases entre os seres vivos e o meio ambiente é realizada sempre pelo processo de difusão simples, obedecendo a diferença de concentração. As plantas consomem O2 durante a noite pelo processo de respiração e produzem O2 pelo processo de fotossíntese (dependente de luz) durante boa parte do dia, quando o excedente da produção de O2 é lançado ao meio ambiente. Já os animais consomem continuamente O2 e expiram CO2. Figura 4. Figura 5 – Animal consumindo O2 e liberando CO2, que é absorvido pelas plantas. Fonte: Thinkstock/Getty Images 12 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Dessa forma, ressalta-se que a permeabilidade seletiva da bicamada lipídica depende das características físico-químicas das substâncias. O transporte de substâncias pela membrana pode ocorrer de forma passiva, sem gasto de energia, onde os quatro fatores discutidos até aqui exercem grande influência no processo. Veja a seguir mais um pouco sobre esses processos: a difusão simples, osmose e difusão facilitada. É o processo que há pouco descrito: a passagem de substâncias através da bicamada lipídica de um meio de maior concentração para um meio de menor concentração, denominado difusão simples. Ocorre sempre a favor do gradiente eletroquímico e de concentração: os íons se movem através dos canais iônicos, sempre saindo do compartimento onde sua concentração esteja maior para o compartimento onde seja menor. O O2 do ar atmosférico entra na corrente circulatória por difusão simples, nas células vermelhas do sangue (hemácias), onde se combina com o pigmento hemoglobina e é transportado às demais regiões do corpo. Em contrapartida, o CO2 é excretado do plasma sanguíneo pela artéria pulmonar, essa que conduz o CO2 para os alvéolos pulmonares por difusão simples de onde o CO2 é retirado do organismo pela expiração. No caso de a molécula transportada ser a água, recebe o nome especial de osmose. Na osmose a água, que é o solvente universal, acaba se movimentando no sentido inverso da difusão simples. A água então atravessa a membrana sempre no sentido do meio hipertônico, ou seja, o meio de maior concentração de solutos. A osmose pode ser observada em um experimento simples, que você pode executar em sua casa ou, quem sabe, reunir os colegas no polo da Universidade e aplicar em conjunto: Difusão simples Figura 6 - Processo de hematose. Osmose 13 Quadro 2 – Experimento. Material: • Folhas de alface; • Sal de cozinha; • Prato fundo; • Pano de prato. Procedimento: Coloque uma boa quantia de sal em quatro ou cinco folhas de alface e cubra com o pano de prato. Espere por duas horas. Discussão dos resultados: Após esse tempo você encontrará “água” que, por osmose, saiu das células das folhas de alface para o prato. Em contrapartida, o sal. por difusão simples, foi parar nas células das folhas de alface. Há proteínas presentes na membrana celular de todas as células, que se destacam por exercer uma função especial: permitir a passagem de algumas moléculas que não são capazes de atravessar a bicamada lipídica. São denominadas proteínas transportadoras que atravessam a bicamada lipídica de um lado ao outro. Quandouma substância se desloca nas mesmas condições da difusão simples, mas com o auxílio dessas proteínas, o processo é denominado difusão facilitada. É importante lembrar que essas proteínas são específicas para um tipo de molécula, isto é, um transportador de glicose não transportará a frutose. Para melhor compreender a dinâmica das células, faz-se necessário entender outro conceito: o transporte ativo. Em um organismo onde as células, ao longo de um determinado período, realizaram apenas o transporte passivo, a distribuição de íons dos meios intracelulares e extracelulares tenderá a ser idêntica e cessará. Então como garantir a ocorrência do transporte passivo? O transporte ativo entra em ação, de modo que uma substância é transportada por um carreador contra o seu gradiente eletroquímico, ou seja, do compartimento onde está em menor concentração para um de maior concentração com gasto energético por parte da célula. Esse processo mantém um desequilíbrio dinâmico entre os meios e o funcionamento celular. Difusão facilitada Transporte ativo 14 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Veja o seguinte exemplo para melhor entender a importância desse processo: Em uma célula em repouso a quantidade de sódio intracelular é de dez a trinta vezes menor do que no meio extracelular, enquanto a quantidade de potássio é cerca de trinta vezes maior no meio intracelular que no meio extracelular. A diferença na distribuição de íons entre os lados intra e extracelular da membrana cria um potencial de membrana onde o interior é negativo em relação ao exterior. Quando ocorre o fluxo de sódio para o interior das células e o citoplasma é invadido por íons, ocorrerá uma despolarização da membrana. Essa despolarização sinaliza uma alteração no estado funcional da célula como, por exemplo, uma contração muscular. Após o entendimento dos processos que ocorrem nas membranas, veja a seguir o complexo membranoso presente no citoplasma celular. As diversas estruturas membranosas denominadas de organelas presentes no citoplasma das células, principalmente na célula eucariótica, que é mais complexa e que desempenha funções específicas, garantindo o metabolismo celular. Nesse processo são destacadas as seguintes estruturas: Retículo endoplasmático Maior sistema de membranas da célula, formando bolsas assimétricas, verdadeiros labirintos em forma de tubos no interior celular. A presença do retículo favorece o suporte mecânico à célula juntamente com microtúbulos e microfilamentos. São reconhecidas duas regiões: o Retículo Endoplasmático Liso (REL) e o Retículo Endoplasmático Rugoso (RER). Retículo Endoplasmático Liso (REL) Dependendo do tipo celular há a presença de enzimas que participam da síntese de triglicerídeos, fosfolipídios e esteroides. Essas estruturas membranosas também participam da neutralização de substância tóxicas, tais como drogas e venenos, além de ocorrer o transporte de substâncias no interior da célula. Nas células vegetais, onde os grandes vacúolos podem ser considerados uma porção dilatada do retículo, ocorre o armazenamento de sustâncias. Figura 7 – Retículo endoplasmático liso em hepatócito, célula do fígado. 15 Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) São constituídos por membranas que formam lâminas achatadas e dispostas paralelamente com ribossomos aderidos. Os ribossomos são organelas que constituem o sítio da síntese de proteínas. Assim, o RER atua principalmente na produção de proteínas celulares que serão utilizadas fora da célula. Suas cavidades podem estar dilatadas de acordo com o estado funcional da célula. O RER também é o responsável pela síntese das proteínas especiais (enzimas) que formarão os lisossomos, organelas que possuem as enzimas que fazem a digestão intracelular e das proteínas que estão presentes na membrana celular. Atua na síntese de carboidrato, modifica e seleciona proteínas feitas no RER e metaboliza lipídios vindos do REL. Essa rede de sáculos achatados atua na secreção celular, expulsão de substâncias produzidas por uma célula e que serão utilizadas em outras partes do organismo, formação do acrossomo em espermatozoides, formação de lisossomos e peroxissoma (digestão intracelular), secreção de muco e síntese de polissacarídeos. Observe a face cis (de formação) e face trans (de maturação) do Golgi, Sáculos de Golgi (GS), RE rugoso (rER), RE liso (sER), peroxissoma (p) ao microscópio eletrônico de transmissão na seguinte figura: Figura 8 – RER ao microscópio eletrônico de transmissão. Figura 9 – Representação tridimensional do RER. Sistema golgiense Figura 10 – Aparelho de Golgi durante absorção de gordura em hepatócito. 16 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente São organelas esféricas ou alongadas com tamanho de 0,5 a 1μm de largura e até 10μm de comprimento. Estão divididas em duas regiões: as cristas mitocondriais e a matriz mitocondrial densa. Presença de enzimas, filamentos de DNA e ribossomos. Constitui o sítio da respiração aeróbica, fonte de energia à célula e da síntese de hormônios esteroides a partir do colesterol. As células que estão relacionadas aos processos que envolvem maior custo de energia no desempenho de suas funções geralmente apresentam um maior número de mitocôndrias. Por apresentarem DNA essas organelas também possuem um mecanismo de autorreprodução. Observe na Figura acima a dupla membrana, cristas, matriz com grânulos elétron-densos e RER nas suas proximidades. Figura 11 – Representação esquemática ilustrando a síntese de enzimas no retículo endoplasmático rugoso, o transporte dessas enzimas via vesícula de transporte para o complexo de Golgi e a formação dos lisossomas na atuação da digestão intracelular. Mitocôndrias Figura 12 – Mitocôndria ao microscópio eletrônico de transmissão. 17 Os cloroplastos podem apresentar uma variação em sua forma, mas a maioria é formada por uma membrana lipoproteica dupla envolvendo uma região interna: o estroma, formado por uma matriz densa onde é verificada a presença de DNA próprio e bolsas membranosas empilhadas, os tilacóides; onde é constatada a presença do pigmento clorofila. Constitui o sítio do processo de fotossíntese nas células vegetais. Cloroplasto Figura 13 – Mitocôndria, microscopia eletrônica de transmissão. 18 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Material Complementar MANGINI, J. Pesquisa detecta bactérias e fungos em 62,5% de passarinhos traficados. 7 ago. 2014. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/19558>. Acesso em: 17 ago. 2014. TOLEDO, K. Cientistas exploram microbiota de formigas em busca de novos fármacos. 11 jul. 2014. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/19406>. Acesso em: 17 ago. 2014. 19 Referências ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia celular. 3. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia. v. 1. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2009. LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 1995. 20 Unidade: Organização, Tipologia Celular e Ambiente Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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