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Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Professora: Fabricio e Gerlânia. PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR MEDcel + Aula do MIV + Slides de Monitoria + Protocolo de interpretação de espirometria São variáveis importantes na avalição de doenças pulmonares, principalmente na discussão da asma e do DPOC. O teste mais utilizado é a Espirometria, mas há ainda o Pico de fluxo expiratório, Pletilismografia e Difusão de CO. Espirometria A espirometria mede a quantidade de ar que o indivíduo respira numa manobra forçada. É preciso lembrar de coisas simples da fisiologia respiratória para não se perder na hora de estudar espirometria. A capacidade pulmonar total está representada em amarela, quando a gente pede para um indivíduo respirar normalmente a gente vai observar o volume corrente. Quando a gente faz o exame, pede pro individeo respirar profundamente para encher o máximo que ele conseguir e depois pedir para colocar tudo para fora, isso é a espirometria, o volume de ar todo que o individuo conseguiu colocar para fora, depois ele volta a respirar normalmente dentro do volume corrente. Quando ele enche o pulmão todo ele atinge o Volume de Reserva Respiratório, que é o máximo de ar que cabe no pulmão. E quando ele eliminou o ar ele eliminou tudo que ele poderia, mas não eliminou todo o ar do pulmão, ainda resto o Volume Residual, já que todo o ar que tem no pulmão é a capacidade pulmonar total. Analisando a espirometria a gente vai buscar sempre três variáveis Capacidade Vital Forçada (CVF), Volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1), e a relação entre o 𝑉𝐸𝐹1 𝐶𝑉𝐹 . Capacidade Vital (CV): é o máximo de ar que o invíduo põe para fora durante o exame; Representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração; Volume Residual (VR): representa o volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima; Capacidade Pulmonar total: Soma da CV + VR; O volume de gás nos pulmões após a inspiração máxima. Capacidade residual funcional: é a quantidade de ar que nãos e usa normalmente, é o volume de reserva respiratória. Capacidade Residual funcional (CRF): é o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração usual, em volume corrente. Volume expiratório forçado no tempo (VEDt): representa o volume de ar exalado num tempo especificado durante a manobra de CVF, por exemplo VEF1 é o volume exalado no primeiro segundo da manobra de CVF. Durante o exame o indivíduo coloca o ar com força para fora, a maior parte da CV tem que ser eliminada no primeiro segundo VEF1, geralmente ele elimina cerca de 80% da CVF, se ele eliminar menos deve ter doença. Na prática para não ser tão rigoroso é admitido que a relação 𝑉𝐸𝐹1 𝐶𝑉𝐹 > 70%, menor que isso o ar está saindo muito lentamente. Sabendo disso a gente ai usar a espirometria para diferenciar dois tipos de paciente de um lado o paciene que expira lentamente, um paciente com DPOC, do outro o individuo que tem o pulmão pequenininho, encolhido, com fibrose, ele não põe ar para dentro do pulmão e também não vai colocar ar para fora. Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Paciente com Distúrbio Obstrutivo vs Paciente com Possível Distúrbio Restritivo Porque “possível distúrbio restritivo”? Porque a espirometria não tem a capacidade de bater o martelo e dizer que o individuo tem o Distúrbio Ventilatório Restritivo. Só pode fazer isso com a avaliação do volume residual. Então, como diferenciar? O paciente com DPOC o fluxo de ar é lento, já o cara com doença fibrosante o cara bota pouco ar para fora. Ou seja, o VEF1 do paciente com DPOC é menor do que o esperado, porque ele tem obstrução a passagemd o ar, broncoespasmo. A relação 𝑉𝐸𝐹1 𝐶𝑉𝐹 < 70%, encontroi isso é OBSTRUÇÃO (Asma, DPOC, Bronqueolite...). O paciente com restrição ele tem o pulmão pequenininho, ele bota pouco ar pra dentro e elimina pouco ar para fora, mas a velocidade de saido do ar é boa. Ele elimina uma boa quantidade de ar no primeiro segundo porque ele não tem obstrução, não tem limitação da passagem do ar, muitas vezes o pulmão ajuda a saida do ar, ele volta logo a posição de repulso. A relação 𝑉𝐸𝐹1 𝐶𝑉𝐹 é normal, mas em contrapatida tudo fica baixo (CVF, VR, VEF1). Depois disso você da a bombinha de broncodilatador (BD) e somente o paciente com obstrução melhora os parametros espirométricos, a restrição não melhora. Para saber se a resposta é satisfatória tem que haver uma ∆≥ 𝟐𝟎𝟎𝒎𝒍 𝒐𝒖 𝟕%. O ideal é que varie os dois parametros. Se houver resposta ao BD muito pravavel ser asma, DPOC as vezes pode reagir ao BD Pico de Fluxo Expiratório Ele dá uma variável só, que é a máxima aceleração de ar que o paciente consegue ter. Esse aparelho não dá diagnóstico de nenhuma doença, ele só é interessante para acompanhamento do paciente. Como por exemplo avaliar a melhora de uma paciente que tem uma crise de asma. Pletismografia Ele faz meio que o exame dentro de uma cabine e por meio de cálculos intuitivos (Tá certo Jean Grey, sente ali vá) e a gente consegue calcular o volume torácico do paciente, ou seja a capacidade pulmonar total. Isso pode de fato dar o diagnóstico de Distúrbio Restritivo. Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Quantifica exatamente o grau de restrição do paciente Capacidade de Difusão de CO É o teste que melhor avalia a troca gasosa alveolar, a unidade alveolocapilar do paciente. Qual o princípio desse teste? O princípio é romântico (Até o CO ta namorando e nós nada, Cries in soltero’s language), o CO tem elevada afinidade pela hemoglobina, ele adere e não solta mais. Então, o que isso tem haver? A gente faz o indivíduo inalar CO, se o alvéolo estiver bom, se a membrana alveolocapilar estiver boa, se tudo tiver direitinho; esse CO vai encontrar a hemácia, vai se ligar a hemoglobina e não vai soltar mais nunca. Ou seja, A gente vai dar 100 moléculas de CO pro indivíduo ele vai reter as 100 no organismo e não vai voltar quase nenhuma, no máximo ele volta 10-20% das moléculas de CO. Se ele colocar mais que isso para fora é sinal que há algum problema na via respiratória, no alvéolo ou no interstício. E esse parâmetro se altera antes que espirometria, ou seja, ele é ótimo para alterações precoces. E só existe duas situações que ele não se altera asma e na hemorragia alveolar. Sabe por que? Hemorragia alveolar: O sangue que ta no capilar vai pro alvéolo o que facilita a difusão do CO para o sangue. Asma: A asma é inflamação, vai haver neovascularização, ou seja muito sangue na mucosa, vai haver mais difusão de CO. Slides da Monitoria – By Gilmar
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