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MIV 27 - Fisiologia e Provas de Função Pulmonar

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Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 
Professora: Fabricio e Gerlânia. 
PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR 
MEDcel + Aula do MIV + Slides de Monitoria + Protocolo de interpretação de espirometria 
 
São variáveis importantes na avalição de doenças pulmonares, principalmente na discussão da asma e do DPOC. O teste 
mais utilizado é a Espirometria, mas há ainda o Pico de fluxo expiratório, Pletilismografia e Difusão de CO. 
Espirometria 
A espirometria mede a quantidade de ar que o indivíduo respira numa manobra forçada. É preciso lembrar de coisas 
simples da fisiologia respiratória para não se perder na hora de estudar espirometria. 
A capacidade pulmonar total está representada em amarela, quando a 
gente pede para um indivíduo respirar normalmente a gente vai 
observar o volume corrente. Quando a gente faz o exame, pede pro 
individeo respirar profundamente para encher o máximo que ele 
conseguir e depois pedir para colocar tudo para fora, isso é a 
espirometria, o volume de ar todo que o individuo conseguiu colocar 
para fora, depois ele volta a respirar normalmente dentro do volume 
corrente. Quando ele enche o pulmão todo ele atinge o Volume de 
Reserva Respiratório, que é o máximo de ar que cabe no pulmão. E 
quando ele eliminou o ar ele eliminou tudo que ele poderia, mas não eliminou todo o ar do pulmão, ainda resto o Volume 
Residual, já que todo o ar que tem no pulmão é a capacidade pulmonar total. 
Analisando a espirometria a gente vai buscar sempre três variáveis Capacidade Vital Forçada (CVF), Volume expiratório 
forçado no 1º segundo (VEF1), e a relação entre o 
𝑉𝐸𝐹1
𝐶𝑉𝐹
. 
 Capacidade Vital (CV): é o máximo de ar que o invíduo põe para fora durante o exame; Representa o maior volume 
de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração; 
 Volume Residual (VR): representa o volume de ar que permanece no pulmão após uma expiração máxima; 
 Capacidade Pulmonar total: Soma da CV + VR; O volume de gás nos pulmões após a inspiração máxima. 
 Capacidade residual funcional: é a quantidade de ar que nãos e usa normalmente, é o volume de reserva 
respiratória. 
 Capacidade Residual funcional (CRF): é o volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração 
usual, em volume corrente. 
 Volume expiratório forçado no tempo (VEDt): representa o volume de ar exalado num tempo especificado durante 
a manobra de CVF, por exemplo VEF1 é o volume exalado no primeiro segundo da manobra de CVF. 
Durante o exame o indivíduo coloca o ar com força para fora, a maior parte da CV tem que ser eliminada no primeiro 
segundo VEF1, geralmente ele elimina cerca de 80% da CVF, se ele eliminar menos deve ter doença. Na prática para não 
ser tão rigoroso é admitido que a relação 
𝑉𝐸𝐹1
𝐶𝑉𝐹
> 70%, menor que isso o ar está saindo muito lentamente. 
Sabendo disso a gente ai usar a espirometria para diferenciar dois tipos de paciente de um lado o paciene que expira 
lentamente, um paciente com DPOC, do outro o individuo que tem o pulmão pequenininho, encolhido, com fibrose, ele 
não põe ar para dentro do pulmão e também não vai colocar ar para fora. 
Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 
Paciente com Distúrbio Obstrutivo vs Paciente com Possível Distúrbio Restritivo 
Porque “possível distúrbio restritivo”? Porque a espirometria não tem a 
capacidade de bater o martelo e dizer que o individuo tem o Distúrbio 
Ventilatório Restritivo. Só pode fazer isso com a avaliação do volume 
residual. Então, como diferenciar? 
O paciente com DPOC o fluxo de ar é lento, já o cara com doença 
fibrosante o cara bota pouco ar para fora. Ou seja, o VEF1 do paciente 
com DPOC é menor do que o esperado, porque ele tem obstrução a 
passagemd o ar, broncoespasmo. A relação 
𝑉𝐸𝐹1
𝐶𝑉𝐹
< 70%, encontroi isso 
é OBSTRUÇÃO (Asma, DPOC, Bronqueolite...). 
O paciente com restrição ele tem o pulmão pequenininho, ele bota 
pouco ar pra dentro e elimina pouco ar para fora, mas a velocidade de saido do ar é boa. Ele elimina uma boa quantidade 
de ar no primeiro segundo porque ele não tem obstrução, não tem limitação da passagem do ar, muitas vezes o pulmão 
ajuda a saida do ar, ele volta logo a posição de repulso. A relação 
𝑉𝐸𝐹1
𝐶𝑉𝐹
 é normal, mas em contrapatida tudo fica baixo 
(CVF, VR, VEF1). 
Depois disso você da a bombinha de broncodilatador (BD) e somente o paciente com obstrução melhora os 
parametros espirométricos, a restrição não melhora. Para saber se a resposta é satisfatória tem que haver uma ∆≥
𝟐𝟎𝟎𝒎𝒍 𝒐𝒖 𝟕%. O ideal é que varie os dois parametros. 
Se houver resposta ao BD muito pravavel ser asma, DPOC as vezes pode reagir ao BD 
 
 
Pico de Fluxo Expiratório 
Ele dá uma variável só, que é a máxima aceleração de ar que o paciente consegue ter. Esse aparelho não dá diagnóstico 
de nenhuma doença, ele só é interessante para acompanhamento do paciente. Como por exemplo avaliar a melhora de 
uma paciente que tem uma crise de asma. 
Pletismografia 
Ele faz meio que o exame dentro de uma cabine e por meio de cálculos intuitivos (Tá certo Jean Grey, sente ali vá) e a 
gente consegue calcular o volume torácico do paciente, ou seja a capacidade pulmonar total. Isso pode de fato dar o 
diagnóstico de Distúrbio Restritivo. 
Fisiologia e Testes de Função Pulmonar| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 
Quantifica exatamente o grau de restrição do paciente 
Capacidade de Difusão de CO 
É o teste que melhor avalia a troca gasosa alveolar, a unidade alveolocapilar do paciente. 
Qual o princípio desse teste? O princípio é romântico (Até o CO ta namorando e nós nada, 
Cries in soltero’s language), o CO tem elevada afinidade pela hemoglobina, ele adere e não 
solta mais. Então, o que isso tem haver? A gente faz o indivíduo inalar CO, se o alvéolo 
estiver bom, se a membrana alveolocapilar estiver boa, se tudo tiver direitinho; esse CO 
vai encontrar a hemácia, vai se ligar a hemoglobina e não vai soltar mais nunca. Ou seja, A 
gente vai dar 100 moléculas de CO pro indivíduo ele vai reter as 100 no organismo e não 
vai voltar quase nenhuma, no máximo ele volta 10-20% das moléculas de CO. Se ele colocar 
mais que isso para fora é sinal que há algum problema na via respiratória, no alvéolo ou no 
interstício. E esse parâmetro se altera antes que espirometria, ou seja, ele é ótimo para alterações precoces. E só existe 
duas situações que ele não se altera asma e na hemorragia alveolar. Sabe por que? 
Hemorragia alveolar: O sangue que ta no capilar vai pro alvéolo o que facilita a difusão do CO para o sangue. 
Asma: A asma é inflamação, vai haver neovascularização, ou seja muito sangue na mucosa, vai haver mais difusão de CO. 
 Slides da Monitoria – By Gilmar

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