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Espirometria: Medição da Função Pulmonar

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Estágio de Clínica Médica – Pneumologia 
ESPIROMETRIA 
 
✓ Introdução 
● Spirare + Metrum 
● É a medida do ar que sai e entra nos pulmões 
● A função da espirometria é medir os fluxos e as 
capacidades pulmonares. 
● Espirômetro fixo X Espirômetro portátil 
● Pacientes se incomodam bastante após a realização da 
espirometria (exame desconfortável) → porque ficam com 
um bocal bem grande ocluindo a boca junto com um clipe 
nasal, tendo que inspirar e expirar várias vezes. 
 
● É um exame que exige: 
o Colaboração e completa compreensão do 
paciente 
o Equipamentos calibrados diariamente 
o Técnica padronizada 
o Equipe treinada 
● É um exame comparativo! 
o Comparativo do próprio paciente (exames 
anteriores e/ou exames futuros) 
o Comparativo do predito ideal para o paciente 
(base de dados de paciente com função pulmonar 
normal para sexo, idade e tamanho) 
✓ Indicações da espirometria 
● Sintomas respiratórios (ex. dispneia, tosse, sibilo) 
● Alterações em exames de imagem (ex. suspeita de 
fibrose pulmonar, excluída hipótese de infecção aguda) 
● Screening 
o Ex. se médico de metalúrgica (pó, metais duros) 
→ pacientes com alto risco de desenvolvimento de 
doença pulmonar. 
● Seguimento de doenças pulmonares (ex. asma, DPOC, 
fibrose) 
o Avaliação da evolução da função pulmonar 
● Pré-operatório (para pacientes que serão submetidos a 
cirurgias intratorácicas, pacientes que têm doença 
pulmonar, e pacientes que serão submetidos a cirurgias 
abdominais altas) 
o Permite predizer o risco do paciente (ex. risco de 
hipoxemia) 
● Realização do teste de broncoprovocação (quando 
suspeita de asma) 
o Faz inalação com irritativos para a via aérea (ex. 
metacolina), e em seguida faz uma prova de função 
pulmonar → repetido sucessivas vezes. 
✓ Volumes e capacidades pulmonares avaliados pela 
espirometria 
 
● Volume corrente = oscilação da linha de base em Vt → 
é obtido ao inspirar e expirar tranquilamente. 
● Volume de reserva inspiratório = é a reserva da 
inspiração (VRI) → quando sai de uma expiração tranquila 
e começa uma fase forçada de inspiração (inspira com a 
musculatura o máximo que o pulmão consegue insuflar) 
● Quando soma volume corrente + volume de reserva 
inspiratório = capacidade inspiratória. 
● Volume de reserva expiratória → Quando está em 
inspiração tranquila e esforço/esvazio todo o pulmão com 
a força toda, até que não dobre mais ar no pulmão 
● Quando soma volume de reserva expiratório + volume 
corrente + volume de reserva inspiratório = capacidade 
vital. 
o Se faz isso de forma lenta = capacidade vital 
lenta. 
o Se faz isso de forma forçada (inspira forte e 
expira forte) = capacidade vital forçada. 
▪ Principal medidor da espirometria. 
● Se expira todo o ar do pulmão, ainda assim permanece 
um pouco de ar nos pulmões = volume residual. 
o Cerca de 25% de toda a capacidade pulmonar 
total fica dentro do pulmão para manter o alvéolo 
aberto (para que não ocorra colabamento alveolar). 
● Quando soma todos os volumes = capacidade pulmonar 
total. 
o OBS.: espirometria não dá a capacidade 
pulmonar total e nem o volume residual → para 
medir isso é preciso fazer a pletismografia. 
✓ Curvas 
● FVC Fluxo X Volume 
 
o Paciente começa fazendo uma inspiração forçada 
(inspira muito e rápido) → a parte de baixo da curva 
é a inspiração 
o Logo em seguida, o paciente faz uma expiração 
forçada (solta o ar rápido e forte) → a parte de cima 
da curva é a expiração. 
o O 1º ponto necessário é ter o pico adequado, pois 
indica que o paciente usou a força necessária para 
soprar/expirar. 
o Também é necessário tem ausência de artefatos, 
que é avaliada pela curva “tranquila” descendente 
(uma linha descendente que ocorra de forma suave, 
sem nenhuma espícula, sem nenhum corte, sem 
nenhum sobressalto) 
▪ Significa que o paciente colaborou com o 
exame, não tossiu, não teve nenhuma 
interferência no exame. 
o Não pode ter um término abrupto → precisa ter 
um término suave 
o E a curva precisa ser fechada. 
● FCV Volume X Tempo 
 
o É necessário assegurar que o paciente expirou o 
necessário ao longo do tempo para chegar na 
capacidade vital forçada. 
o A curva precisa ter um início abrupto 
o O mais importante é que a curva tenha uma 
duração no tempo = ou até > 6 segundos 
▪ Caso o paciente tenha alguma doença 
restritiva ou alguma coisa que prejudique a 
complacência pulmonar, e que ele não tolere 
6 segundos de expiração, o paciente precisa 
ter pelo menos um platô no último segundo 
◊ Indica que não tem mais ar para 
sair do pulmão. 
▪ Pacientes com doenças obstrutivas, que 
têm muito ar dentro do pulmão e que 
demora/tem muita dificuldade para sair todo 
o ar, não faz platô hora nenhuma, e passa de 
6 segundos → nesses casos é importante 
fazer um exame a partir de 10-15 segundos 
mesmo que não tenha o platô → para dar 
adequadamente o resultado da CVF. 
✓ Principais parâmetros da espirometria 
● Volumes pulmonares dinâmicos (quando faz a manobra 
forçada) 
o VEF1 (principalmente; volume expiratório 
forçado no 1º segundo), CVF (capacidade vital 
forçada) e VEF1/CVF (relação que mostra se existe 
ou não doenças obstrutivas). 
o VEF1: medida muito útil para doenças 
obstrutivas. 
o CVF: medida importante nas doenças restritivas. 
 
o Na curva volume X tempo: 
▪ Quando o paciente expira no 1º segundo, 
analisa-se o volume = VEF1 
▪ Quando acaba os 6 segundos, a medida do 
volume = CVF 
o Na curva fluxo X volume: 
▪ PFE (pico de fluxo expiratório): é o que 
depende do esforço do paciente para expirar. 
▪ Expira até chegar no VR (volume 
residual), e inspira até chegar no CPT 
(capacidade pulmonar total). 
◊ São medidas alcançadas apenas na 
pletismografia. 
● Fluxos pulmonares dinâmicos (manobra forçada) 
o PFE (pico de fluxo expiratório), FEF 25-75% 
o PFE: uma das principais medidas que necessitam 
do esforço do paciente. 
o Fluxos intermediários (75%, 50% e 25% do 
CVF): indica se há doença obstrutiva ou não. 
▪ Em pacientes com doenças obstrutivas, 
esses fluxos caem muito na curva. 
▪ Em doenças restritivas, esses fluxos são 
rápidos → a complacência pulmonar desses 
pacientes é muito pequena e esvazia 
rapidamente → fluxos aumentados. 
 
✓ Avaliação da espirometria em passos 
● 1º passo: Checar as curvas 
● 2º passo: Avaliar a relação VEF1/CVF pré 
broncodilatador 
 
o Relação mostra se o paciente tem distúrbio 
obstrutivo ou não 
▪ Relação baixa (< 0,7 ou < limite inferior 
da normalidade) = distúrbio obstrutivo. 
o Predito: é o valor ideal para sexo, altura e idade 
esperado para cada paciente. 
▪ Se tem o limite inferior da normalidade, 
sempre avaliar com base nele. Se não tem, 
usar o predito. 
 
o Se DVO (distúrbio ventilatório obstrutivo), pula 
o passo 3 e vai direto para o passo 4. 
o Se VEF1/CVF > LIN, está normal, portanto 
segue para o passo 3. 
● 3º passo: Avaliar isoladamente VEF1 e CVF pré-
broncodilatador. 
 
o DVI = distúrbio ventilatório inespecífico. 
o CVF < 50% é sugestivo de restrição (DVR = 
distúrbio ventilatório restritivo) 
● 4º passo: Se DVO (distúrbio ventilatório obstrutivo), 
olhar imediatamente a CVF 
 
o Tem DVO (< 0,7 ou < VEF1/CVF), e tem CVF 
<<< LIN → significa que tem CVF reduzido → 
laudo: distúrbio ventilatório obstrutivo com CVF 
reduzido. 
o CVF reduz porque pode ser que tenha distúrbio 
misto (restrição + obstrução); ou pode ser que tenha 
tanta hiperinsuflação (tanto aprisionamento de ar 
dentro do pulmão) que aquele volume residual 
aumenta, achatando o CVF. 
 
o Avaliar a diferença entre CVF (%) e VEF1 (%) 
→ 43 – 41 = 2. 
▪ Se > ou = 25 = Sugestivo de 
aprisionamento aéreo. 
▪ Se < ou = 12 = Distúrbio misto (obstrução 
+ restrição) 
▪ Se entre 12 e 25 = possivelmente é um 
aprisionamento aéreo, mas o ideal nesse 
caso é realizar uma pletismografia para 
fazer a medida correta de CPT e de VR. 
● 5º passo: Avaliar resposta(+ ou -) ao broncodilatador 
 
o Em todo paciente, faz uma espirometria antes da 
administração do broncodilatador, e uma 
espirometria ~20 mins após a administração do 
broncodilatador (geralmente salbutamol 400mg). 
o Sociedade Americana: 
 
▪ Ganho pós-BD de VEF1 de 200mL + 12% 
▪ Ganho pós-BD de CVF de 200mL + 12% 
▪ OBS.: o 12% somado aos 200 mL é em 
relação à variação do basal. 
▪ Nesse caso (espirometria acima), teve uma 
resposta broncodilatadora positiva (pelos 
critérios da ATS). 
o Sociedade Brasileira: 
 
▪ Ganho pós-BD de VEF1 de 200mL + 7% 
▪ Ganho pós-BD de CVF de 200mL + 7% 
▪ OBS.: o 7% somado aos 200 mL é em 
relação à variação do predito para o paciente 
(considerando sexo, idade e tamanho). 
▪ Nesse caso (espirometria acima), o 
paciente respondeu ao broncodilatador 
(pelos critérios da SBPT). 
✓ Distúrbio Ventilatório Obstrutivo 
● Curva 1 
 
● 1ª curva: paciente fez adequadamente a inspiração, fez 
pico adequado (azul), e fez curva de expiração sem 
artefatos (apesar de espículas discretas), curva fechada e 
sem término abrupto → característica de curva obstrutiva, 
porque os fluxos intermediários estão reduzidos. 
o Curva que lembra uma “cadeira de praia”. 
● 2ª curva (volume X tempo): paciente expira, vai 
soltando o ar, passa os 6 segundos, não faz platô, continua 
soltando ar. 
 
● Laudo da espirometria: 
o Relação VEF1/CVF < 0,7 = DVO (distúrbio 
ventilatório obstrutivo) 
o Avaliação direta do CVF → CVF normal (> 
80%) = distúrbio ventilatório obstrutivo. 
o Avaliação do VEF1: 
 
● Curva 2 
 
 
● Laudo da espirometria: 
o Relação VEF1/CVF > 0,7 = sem distúrbio 
ventilatório obstrutivo. 
o Avaliar VEF1 → VEF1 < 80% = VEF1 reduzido 
o Avaliar CVF → CVF < 80% = CVF reduzido 
o Redução proporcional de VEF1 e CVF → não 
tem distúrbio restritivo a princípio porque o CVF 
não está tão baixo (não está < 50%) 
o Redução proporcional mas que não é tão 
reduzido (não é < 50%) = distúrbio ventilatório 
inespecífico. 
✓ Distúrbio Ventilatório Inespecífico 
 
● Seguir com pletsmografia → Seguir com avaliação de 
VR e CPT para tentar identificar se é distúrbio obstrutivo 
ou restritivo. 
✓ Distúrbio Ventilatório Restritivo 
 
● Curva um pouco reduzida e muito reta → curva 
sugestiva de “chapéu de bruxa”. 
● Curva volume X tempo: alcança o platô muito antes de 
6 segundos. 
 
● Laudo da espirometria: 
o Relação VEF1/CVF > 0,7 = normal. 
o VEF1 < 80% = VEF1 reduzido 
o CVF < 80% = CVF muito reduzido (< 50%) → 
sugestivo de distúrbio ventilatório restritivo. 
o Precisa comprovar a restrição com a CPT 
reduzida! 
 
✓ Questão de prova 
 
 
 
● Letra D 
● Espirometria: 
o Curva fluxo X volume em cadeira de praia 
o Curva volume X tempo com muito tempo de 
expiração. 
o VEF1/CVF < LIN = DVO 
o VEF1 (26%) < 40% = DVO acentuado 
o CVF (1,28) < 1,94 (LIN) = DVO com redução de 
CVF 
o CVF – VEF1 = 25 → pensar em aprisionamento 
de ar.

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