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MEUS DIREITOS E DEVERES P E S S O A S E M S I T U A Ç Ã O D E R U A T A M B É M É C I D A D Ã O POPULAÇÃO EM SITUÇÃO DE RUA É PROBLEMA MEU? “... – Por que não buscas um trabalho? (...) – Todo mundo pode encontrar um trabalho. Provavelmente pede dinheiro para gastar em drogas”. - Meu amigo estava falando com a voz crítica da tribo, havia concluído que aquele homem deveria ter feito algo mal em algum momento de sua vida ou não haveria se convertido em um mendigo. Tinha que ser “mal”, porque era culpado de fracassar em sua própria sobrevivência básica. Esta posição tão taxativa, no fundo revelava os medos profundamente arraigados que tinha meu amigo sobre sua própria sobrevivência. O que é que nos faz fugir de uma pessoa com fome ou maltrapilha? (...) Às vezes olhamos para o outro lado porque tememos que as circunstâncias dessa pessoa visitem-nos também a nós... Esta idéia de que não há suficiente para todos está profundamente arraigada na psique humana coletiva e freqüentemente influi de maneira inconsciente sobre nossas escolhas e decisões. Trecho do livro “El Poder invisible em acción” de Caroline Myss. Pg 71e 72. Tradução livre para o português. É um grupo heterogêneo, que tem em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular. 1- QUEM SÃO ESSAS PESSOA ? Existem causas variadas, como: abandono familiar ou falta da família, situação econômica, alcoolismo, dependência química, desemprego, desajuste social e problemas psicológicos. 2 -POR QUE ESTÃO NA RUA ? Destituídos dos seus direitos, eles resistem à exclusão e lutam pela sobrevivência cotidiana. Estão dentro da cidade, mas a cidade não os enxerga. São invisíveis em meio à população. É como se houvesse uma parede invisível, separando duas cidades. Uma, onde tudo é possível. Outra, onde tudo é negado: proteção, privacidade, água, alimentação, aconchego, banho. Sofrem o preconceito e as consequências das políticas “higienizadoras”, que têm como objetivo “limpar” a cidade, expulsando os moradores de rua de todos os lugares. 3 -COMO VIVEM? A declaração universal dos Direitos Humanos garante que todos devem ser reconhecidos e protegidos por lei, sem discriminação. No Brasil, esses direitos, mesmo aqueles que não tem moradia, estão assegurados na Constituição Federal, lei que está acima de todas as outras. 4 -ELES TEM DIREITOS? Qualquer morador de rua que sofrer ameaça ou prejuízo a algum direito poderá, gratuitamente, pedir na Justiça a punição dos responsáveis. Ninguém pode ser ameaçado de prisão ou ser preso ilegalmente. Todos devem ser tratados com respeito (artigo 5º). Se houver abuso de poder ou ilegalidade, qualquer pessoa poderá requerer o pedido de habeas corpus para o juiz de Direito, gratuitamente, sem necessidade de um advogado como mediador. O habeas corpus é um pedido feito ao juiz para que ele conceda liberdade ao preso. As pessoas têm o direito de ficar nos espaços públicos e são livres para estar nesses locais, não podendo ser desrespeitadas no seu direito de ir, vir e permanecer. As autoridades devem respeitar as leis. 5 -O QUE DEVEM FAZER SE PASSAREM POR UMA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA? Para um centro de triagem, abrigo social onde ele seria inserido em oficinas de trabalho para ressocialização do mesmo. 6 -E PARA ONDE LEVAR UM MORADOR EM SITUAÇÃO DE RUA ? Atualmente o Município de São José/SC não possui dados técnicos oficiais de levantamento/ mapeamento, um diagnóstico sócioterritorial da população em situação de rua a nível local. 7 -QUANTAS PESSOAS EXISTEM EM SITUAÇÃO DE RUA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ/SC? Oferece Abordagem Social, CAPS AD, CAPS I e II, CENTRO POP, 02 casas de acolhimento por meio de convenio, 02 Comunidades terapêuticas por meio de convenio, CRAS, CREAS e por fim Serviço Social nas Unidades Básicas de Saúde UBS. 8 -QUAIS AS ORGANIZAÇÕES QUE COMPÕEM O TECIDO SOCIAL DESTE TERRITÓRIO ? É um serviço oferecido pela Assistência Social, que está prevista a oferta pública de uma rede continuada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social mediante articulação entre todas as unidades de provisão do SUAS, a qual é denominada rede socioassistencial. 9 -O QUE É REDE DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAL ? Média complexidade : Serviço especializado de abordagem social - composta por equipe técnica alocada no Centro de Referência Especializada de Assistencial (CREAS). Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua - Unidade de Acesso centro de referência especializado para população em situação de rua (CENTRO POP). Alta complexidade: Atualmente a prefeitura do município mantem convenio com duas casas de acolhida e duas comunidades terapêuticas. 10 -QUAIS SÃO OS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS EM SÃO JOSE/SC? Encaminhar espontaneamente a pessoa em situação de rua para o Centro Pop, acolhimento e inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais. 12 -O QUE O SERVIÇO PODE FAZER? É um serviço prestado pela Secretaria de Assistência Social. A equipe busca identificar a violação de direitos (como a pessoa em situação de rua) e oferece a sua entrada na rede de serviços socioassistencial. 13 -O QUE É SERVIÇOS DE ABORDAGEM SOCIAL? È Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. 14 -O QUE É CENTRO POP? Assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetos de vida. Visa através de uma equipe interdisciplinar (assistentes sociais e psicólogos) prestar atendimento, encaminhamento e acompanhamento de usuários que frequentam o Centro POP, disponibilizando alimentação ( café da manhã, almoço e lanche) e higiene pessoal. 15 -QUAIS OS SERVIÇOS OFERECIDOS NO CENTRO POP DE SÃO JOSE/SC? As politicas publicas dentro do Município vem sendo trabalhadas com o centro pop que faz o mapeamento das pessoas assim como as suas necessidades e os encaminha se preciso para alguns serviços ofertados em forma de rede, no caso temos duas casas de acolhimentos a onde a população de rua pode buscar uma moradia de até 6 meses para poder ter um lugar para dormir e se quiser prosseguir procurando emprego. Ainda tem mais dois espaços terapêuticos para acompanhar e tratar pessoas que estão fazendo uso de drogas. 16 -QUAIS SÃO AS POLITICAS DE RUA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSE/SC? As Politicas Publicas são ações em conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação do órgão publico e/ou privado visando sempre o bem estar da sociedade ou de um grupo especifico. O Controle Social aparece da forma a solucionar problemas vividas pelas pessoas, sendo essa forma que a pessoa entrara em contato com os serviços públicos ou vise e versa para assim articular um dialogo para que possa ser estabilizar por exemplo: Um Dormitório, as refeições diárias. 17 -O QUE SÃO POLITICAS PUBLICAS, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL? Desde 2013, a partir do Decreto Municipal 11.624 o ICOM integra o Comitê de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua de Florianópolis com o objetivo de acompanhar e monitorar o desenvolvimento da Política Municipal para a População em Situação de Rua, a partir do que está preconizado no Decreto Federal 7.053/2009 que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua. 18 -EXISTE COMITÊ INTERSETORIAL DE COMPANHAMENTO EM SÃO JOSE/SC? COMO PARTICIPAR? O Sistema publico de atendimento à população em situação de rua, esta distribuído entre toda Grande Florianopolitanos, contando com equipes de:Abordagem Social, Casas de Acolhimento do município de Florianópolis, Casa de Passagem, Centro POP, Consultório na Rua, equipes CAPS, CRAS, CREAS E USB. 19 -COMO ESTÁ ORGANIZADO O SISTEMA PUBLICO DE ATENDIMENTO À POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM NOSSO TERRITÓRIO? 20 -O QUE SÃO DIREITOS BÁSICOS ROMPIDOS? DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM DAS NAÇÕES UNIDAS 1. Todos Nascemos Livres e Iguais. Nascemos todos l ivres. Todos temos os nossos pensamentos e ideias. Deveríamos ser todos tratados da mesma maneira. 2. Não Discrimine. Estes direitos são de todos, independentemente das nossas diferenças. 3. O Direito à Vida. Todos temos o direito à vida, e a viver em l iberdade e segurança. 4. Nenhuma Escravatura. Ninguém tem o direito de nos escravizar. Não podemos fazer de ninguém nosso escravo. 5. Nenhuma Tortura. Ninguém tem o direito de nos magoar ou de nos torturar. 6. Você Tem Direitos Onde Quer que Vá. Eu sou uma pessoa igual a si! 7. Somos Todos Iguais Perante a Lei . A lei é igual para todos. Deve tratar-nos com justiça. 8. Os Direitos Humanos são Protegidos por Lei . Todos podemos pedir ajuda da lei quando formos tratados com injustiça. 9. Nenhuma Detenção Injusta. Ninguém tem o direito de nos prender sem uma razão vál ida, de nos manter lá, ou de nos mandar embora do nosso país. 10. O Direito a Julgamento. Se formos julgados, o julgamento deve ser públ ico. A pessoa que nos julga não deve ser influenciada por outras pessoas. 11. Estamos Sempre Inocentes até Prova em Contrário. Ninguém deveria ser acusado por fazer algo até que esteja provado. Quando as pessoas dizem que fizemos uma coisa errada temos o direito de provar que não é verdade. 12. O Direito à Privacidade. Ninguém deveria tentar ferir o nosso bom nome. Ninguém tem o direito de entrar na nossa casa, abrir as nossas cartas ou incomodar- nos ou à nossa famíl ia sem uma boa razão. 13. Liberdade para Locomover Todos temos o direito de ir aonde quisermos dentro do nosso próprio país e de viajar para onde quisermos. . 14. O Direito de Procurar um Lugar Seguro para Viver. Se tivermos medo de ser maltratados no nosso país, temos o direito de fugir para outro país para estarmos seguros 15. Direito a uma Nacionalidade. Todos temos o direito de pertencer a um país. 16. Casamento e Família. Todos os adultos têm o direito a casar e a terem uma família se quiserem. Os homens e as mulheres têm os mesmos direitos quando estão casados ou separados. 17. O Direito às Suas Próprias Coisas. Todos temos o direito a termos as nossas próprias coisas ou de as partilhar. Ninguém nos deveria tirar as nossas coisas sem uma boa razão. 18. Liberdade de Pensamento. Todos temos o direito de acreditar naquilo que queremos, a ter uma religião ou a mudar de religião se quisermos. 19. Liberdade de Expressão. Todos temos o direito de decidir por nós mesmos, de pensarmos o que quisermos, de dizer o que pensamos, e de partilhar as nossas ideias com outras pessoas. 20. O Direito de se Reunir Publicamente. Todos temos o direito de nos reunir com os nossos amigos e trabalhar em conjunto em paz para defender os nossos direitos. Ninguém nos pode forçar a juntar-mo-nos a um grupo se não o quisermos fazer. 21. O Direito à Democracia. Todos temos o direito de participar no governo do nosso país. Todos os adultos devem ter o direito de escolher os seus próprios líderes. 22. Segurança Social. Todos temos o direito a uma casa, medicamentos, educação, a dinheiro suficiente para viver e a assistência médica se estivermos velhos ou doentes. 23. Direitos do Trabalhador. Todos os adultos têm o direito a um emprego, a um salário justo pelo seu trabalho e a inscrever-se num sindicato. 24. O Direito à Diversão. Todos temos o direito a descansar do trabalho e a relaxar. 25. Comida e Abrigo para Todos. Todos temos o direito a ter uma boa vida. As mães, as crianças, os idosos, os desempregados ou os deficientes e todas as pessoas têm o direito a receber cuidados. 26. O Direito à Educação. A educação é um direito. A escola primária deveria ser gratuita. Devemos aprender coisas sobre as Nações Unidas e a conviver com os outros. Os nossos pais podem escolher o que devemos aprender. 27. Direitos de Autor. Os direitos de autor é uma lei especial que protege as criações artísticas e a escrita; os outros não podem fazer cópias sem autorização. Todos temos o direito à nossa forma de vida e a gozar as coisas boas que a arte, a ciência e o conhecimento trazem. 28. Um Mundo Justo e Livre. Deve existir ordem para que todos possamos gozar os direitos e as l iberdades no nosso país e em todo o mundo. 29. Responsabi l idade. Temos o dever para com as outras pessoas e devemos proteger os seus direitos e l iberdades. 30. Ninguém Pode Tirar-lhe os seus Direitos Humanos. Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. FERNANDO PESSOA PARTICIPAÇÃO SOCIAL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MORADORES EM SITUAÇÃO DE RUA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ/SC ANA PAULA MACHADO DA SILVA DAYANA DO AMARAL JANAÍNA BOGADO DE OLIVEIRA LANG TAMIRES LOPES MARTINS CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA CURSO DE PSICOLOGIA ESTÁGIO I EM PSICOLOGIA Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro Universitário Estácio de Santa Catarina à disciplina de Estágio I em Psicologia, ministrada pelo Profº. Rodrigo Diaz Soler de Vivar. SÃO JOSÉ/ SC Novembro - 2017
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