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RESUMO DIREITO PENAL 2 AV2



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RESUMO DIREITO PENAL 2 AV2
MEDIDAS DE SEGURANÇA
	GÊNERO
	ESPÉCIE
	SANÇÃO PENAL
	PENA
	IMPUTÁVEL
	
	MEDIDA DE SEGURANÇA
	ININPUTÁVEL
	
	MEDIDA SOCIO-EDUCATIVA
	
Pena – A sanção penal é destinada aos IMPUTÁVEIS. 
Medidas de segurança e medida sócio-educativa – São as sanções penais reservadas aos INIMPUTÁVEIS (falta discernimento ou auto-determinação). 
Medidas de segurança - Se o sujeito tem retardamento mental ou alienação. 
Medidas sócio-educativas – Idade de 12 a 18 anos (adolescente) Ato infracional análogo a crime. Duração máxima de até 3 anos. 
O sujeito pode cumprir medida sócio – educativa até 21 anos. 
O Brasil adota o SISTEMA VICARIANTE (ou pena ou medida de segurança). 
	ESPÉCIES
	INTERNAÇÃO (CP)
	CUSTÓDIA
	
	TRATAMENTO AMBULATORIAL
	POSSIBILIDADE DE IR E VIR
O CP ESTABELECEU A REGRA DE INTERNAÇÃO.
Espécies de medidas de segurança:
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico o u, à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. 
Imposição da medida de segurança para inimputável:
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (Art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê -lo a tratamento ambulatorial. 
Prazo:
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. Perícia Médica 
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá se r repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. Desinternação ou Liberação Condicional 
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional de vendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. Caráter da medida de segurança – CURATIVA. 
FUNÇÃO PREVENTIVA ESPECIAL – Tenta-se aqui curar o alienado mental, a medida de segurança está sendo aplicada, baseada na periculosidade do agente (se é perigoso deve ser tratado). Inúmeros estudos comprovam que o tratamento ambulatorial vem sendo mais favorável, embora o art. 97 seja contrário. 
Duração mínima da medida de segurança – 1 a 3 anos. 
Através da perícia médica o juiz instaura durante a ação penal incidente de sanidade mental, ao ser constatada a imputabilidade pela perícia médica , o juiz instaura sentença absolutória denominada imprópria. Mesmo sendo absolvido, é aplicada medida de segurança ao condenado, por isso chama-se sentença absolutória imprópria. 
O prazo mínimo para a primeira perícia médica é de 1 a 3 anos (visa estabelecer se a pessoa continua perigosa ou não). A partir do 3 ano ou depois do prazo mínimo fixa do, caso não tenha sessado a periculosidade do agente a perícia se torna anual. 
Se não for constatada a periculosidade - Ar t. 97, § 1º (prazo). 
Art. 97, § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. Segundo os tribunais a medida de segurança do Art. 97, § 1º é inconstitucional, pois o Brasil proíbe pena de caráter perpétuo, então a duração máxima da medida de segurança será aquela que o sujeito receberia caso fosse imputável. 
Ex: pena máxima do furto – 4 a nos. Então, a pena da medida de segurança será de 4 anos. 
INUNPUTÁVEIS:
Art. 26, CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Redução de Pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços , se o agente, em virtude de pe rturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
O Parágrafo único do art. 26 trata dos semi - imputáveis. 
Semi – imputáveis – Aquele que tem parcial capacidade de entendimento ou auto determinação. A critério do juiz a pena pode ser substituída por uma medida de segurança. Ou o semi-imputável cumpre pena ou cumpre medida de segurança. 
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL A Superveniência é cumprida como semi-imputável SEMI-IMPUTÁVEL – CONDENADO – PENA- MEDIDA DE SEGURANÇA 
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do Art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA
As penas restritivas de direitos são sanções penais impostas em substituição à pena privativa de liberdade e consistem na supressão ou diminuição de um ou mais direitos do condenado.
São requisitos para a substituição:
a) Se o crime for doloso, pena imposta não superior a 4 anos e crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa. Com relação ao crime culposo, cabe a substituição, não importando a pena aplicada.
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
b) Não reincidência em crime doloso.
Art. 44, II - o réu não for reincidente em crime doloso;
Vale dizer, o artigo 44, 3º permite a substituição desde que não se trate de reincidência específica, sendo a medida recomendável.
Art. 44, 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c) A substituição deve ser suficiente para retribuir o crime e prevenir futura reincidência.
Art. 44, III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
CONCURSO DE CRIMES
CONCURSO MATERIAL (Art. 69 do CP):
Ocorre quando o agente, através de mais de uma conduta (ação ou omissão), pratica dois ou mais crimes, ainda que idênticos ou não. 
Ex: Agente A rouba uma moto, em seguida usa a moto pra furtar uma pessoa, em seguida estupra uma mulher no caminho. Neste exemplo, há três condutas e três crimes diferentes (Rouo, Furto e estupro).
Concurso material heterogêneo – Crimes diferentes.
Concurso material Homogenêos – Crimes idênticos
Consequência : Juiz faz somatória das penas.
CONCURSO FORMAL (Art. 70 do CP):
Ocorre quando o agente mediante uma só conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes, ainda que idênticos ou não. 
Perfeito: exasperação de 1/6 a ½ (aplicação da pena)
Imperfeito: (Dolo+dolo) Cumulo material, soma-se as penas. (Aplicação da pena)
Homogeneo: Crimes iguais/idênticos
Heterogeneo: Crimes diferentes/diversos
CRIME CONTINUADO (Art. 71 do CP)
"Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições do tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a penade um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Ex: O agente vai numa farmácia e assalta a mesma quatro vezes durante uma semana.
APLICAÇÃO DA PENA:
SISTEMA TRIFÁSICO:
1ª Fase: Circunstâncias judiciais, fixação da pena base. Juiz toma como base a penas simples ou qualificada, ou seja, se furto é de 1 a 4 anos, essa vai ser a base pra ele aplicar na primeira fase.
São circunstancias judiciais:
- Culpabilidade – Antecedentes – Conduta social – Personalidade do agente
2ª Fase: Circunstâncias legais agravantes e atenuantes. (Pena provisória)
Atenuante da menoridade relativa e senilidade:
- Quando o agente comete o fato sendo menor de idade ou for maior de 70 anos
Agravante da reincidência e atenuante da confissão espontânea:
- Agravante da reincidência, está no mesmo nível da atenuante da confissão, ou seja, se o réu for reincidente, mas confessar o crime, o juiz compensa uma pela outra, não aumenta e nem diminui.
3ª Fase: Aumento e diminuição (Majorantes e minorantes) (Pena definitiva)
EX: No dia 30 de maio de 2013 Epitácio praticou o crime de roubo previsto no Art 157 do Cp na modalidade tentada e em concurso de pessoas conforme art 29. Ocorre que Epitácio possui uma condenação por homicídio de 1º de junho de 1995 cujo transito em julgado se deu em 30 de abril de 2000 com cumprimento da pena em 30 de março de 2010. Com base nos sistema trifásico, elabore o calculo da pena de Epitácio explicando cada uma das fases.
Resposta: 
1ª Fase: O juiz irá se valer das circunstâncias judiciais, de acordo com Art 59. Aplicando a pena base / Crime de roubo.
2ª Fase: O juiz irá analizar as atenuantes e agravantes. Aplicando assim a pena provisória.
3ª Fase: Aumento e diminuição de pena (Majorantes e Minorantes). Aplica-se a pena Definitiva.
Minorantes: Igual a fase tentada
Majorantes: Concurso de pessoas
SURSIS – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
Definição: Suspende a execução da pena, mesmo sendo condenado.
OBS: Primeiro tenta-se aplicar pena restritiva de direito, dentro dos parâmetros do artigo 77, caso não seja possível aplica-se o SURSI.
Requisitos :
- Pena: até dois anos
- Não reincidência – doloso
- Circunstâncias judiciais  favoráveis
São quatro tipos de SURSIS:
- Simples: quando o indivíduo cumpriu todas as condições acima; não reparou o dano.
- Especial: perfeito; já reparou os danos; é uma exceção; não deve quase nada ao Estado.
- Etário: 70 anos ou mais
- Humanitário: tem doença grave.
**No etário e no humanitário a pena pode ser de até 4 anos.
	Espécies
	Características
	Período de Prova
	Simples
	Não reparou o dano/ No 1º ano presta serviço a comunidade ou limitação aos finais de semana
	2 a 4 anos
	Especial
	Reparação dos danos/ Condições estabelecidas pelo juiz
	2 a 4 anos
	Etário
	70 anos ou mais/ até 4 anos
	4 a 6 anos
	Humanitário
	Até 4 anos/ doença grave
	4 a 6 anos
**Comparecer mensalmente ao Juiz informando suas atividades. Não freqüentar bares, restaurante, prostíbulos, casas de jogos, etc.**Período de Prova – prazo pelo qual o indivíduo deve passar por isso.
Perde o benefício se for condenado por crime doloso enquanto estava no gozo do sursi; ou  caso não assinar a lista de freqüência. A perda do benefício vai ser decidida caso a caso quando for condenado por crime culposo. Passado o período de prova, a pena será declarada extinta. No livramento condicional preso e depois recebe o benefício – sursis
Requisitos:
Pena: CULPOSO; PRIMÁRIO; 1/3
           REINCIDENTE DOLOSO ½
           HEDIONDO 2/3
REPARAR O DANO: - BOM COMPORTAMENTO; CAPACIDADE DE SUSTER-SE E NÃO VOLTAR A DELINQUIR ( Mas, quem garante que não vai voltar a fazer isso?)
Condições: LEGAIS: TRABALHAR; COMPARECIMENTO MENSAL.
                   JUDICIAIS: NÃO MUDAR-SE; RECOLHIMENTO NOTURNO; NÃO FREQUENTAR DETERMINADOS LUGARES.
Período de Prova: Por todo o restante da pena
Obs: Perde o benefício se for condenado por crime doloso.
	REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
	REVOGAÇÃO FACULTATIVA
	CONDENAÇÃO
	NÃO CUMPRIR CONDIÇÕES
	ANTES
	
	DEPOIS
	
OBS: Somente poderá conceder o livramento da execução penal , o juiz da execução penal.
Rein. Doloso(cond 20 anos) ____________liv.cond_____periodo de prova ( 10 anos) --------------- perto dos 10, aos 9 anos é condenado por crime doloso : foi cometido antes ou depois do livramento condicional?
DEPOIS: 10 ANOS PRESO
ANTES: NÃO QUEBRA RELAÇÃO DE CONFIANÇA; PODE DESCONTAR O PERÍODO EM QUE PASSOU NO LIVRAMENTO
Extinção da pena: ao fim do período de prova!
CRIME – ABSOLVE OU CONDENA
CRIME – CONDENA: CALCULO DA PENA – ESTABELECE O REGIME PRISIONAL – VERIFICA RESTRITIVA DE DIREITO – CASO NÃO, VERIFICA SURSIS, CASO NÃO, PRISÃO , AÍ TEM-SE A POSSIBILIDADE DE LIVRAMENTE CONDICIONAL.
Perdão judicial (Art. 121, § 5º, CP)
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o magistrado poderá deixar de aplicar a pena se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
Não se aplica ao homicídio doloso, apenas ao culposo. Ocorre quando a imposição da pena privativa de liberdade não surte efeito; isto é, perde a sua finalidade. Exemplo: o pai que, acidentalmente, esquece seu filho, de tenra idade, no interior do veículo e este morre razão do calor. Perceba que este pai cumprirá ad eternum a reprimenda. É a punição pelo destino. A verdadeira pena será olhar o retrato que tem com seu filho. 
A doutrina e jurisprudência se inclinam no sentido de tratar-se de direito púbico subjetivo do acusado. Preenchidos os requisitos, não há discricionariedade para apreciar a conveniência e oportunidade. O perdão judicial será concedido. 
A natureza jurídica deste instituto - perdão judicial - é, conforme Súmula 18 do STJ, declaratória de extinção de punibilidade. Significa que se o agente praticar outro delito, não será considerado reincidente