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ANDRESSA BORGES DOS SANTOS
RP NO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA 
RESENHA CRÍTICA 
Relações públicas no modo de produção capitalista da autora Cicilia Peruzzo, tem um lado totalmente de esquerda; ocorre muito a citação de Marx e trabalha em cima do materialismo histórico. O livro mostra um relações públicas que uma empresa possui, mais de esquerda. Quando uma empresa promove o funcionário do mês, concursos promovendo o funcionário, e tudo mais. não necessariamente a empresa está preocupada com o funcionário, pelo contrário, de acordo com Peruzzo(1986) a empresa está preocupada com o lucro que irá ganhar; quer que o funcionário gere lucro a empresa. Quando o relações públicas é colocado neste contexto, pelo contrário de como ele deveria atuar proporcionando a comunicação da empresa com teu público e com os funcionários da empresa. A questão se desenvolve para a parte da educação, cultura, status. Coloca na cabeça do funcionário, faz com que o proletário acredite que trabalhado para o capital ele conseguirá a sua renda, o fruto do seu trabalho mesmo com toda a alienação que roda em torno do proletariado.
 É no início do século XX que as Relações Públicas começam a adquirir forma em países capitalistas avançados. Mas a atividade só vai começar a se estruturar nos anos seguintes à Primeira Guerra Mundial. Na produção social da sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral. Segundo Peruzzo (1986, p. 95) ‘’estado e sociedade civil se constituem reciprocamente. Ou seja, o Estado se constitui ao mesmo tempo em que se constitui a sociedade civil.” ‘’O que define a sociedade civil são os marcos das relações sociais de produção e, como podemos depreender acima, K. Marx e F. Engels associam a ideia de sociedade civil à ideia de revolução burguesa.” (p.97). As relações sociais estão organizadas, em última instância, pelo termo jurídico, seja na escola, na fábrica, na igreja, no sindicato, na família, etc., e no conjunto da sociedade pela constituição e leis, decretos, portarias. Na medida em que se desenvolve a sociedade burguesa, ‘’desenvolve-se todo o conjunto de leis, regulamentos, etc.” (p. 98)
 O que se observa é que todas as raízes das relações públicas estão diretamente ligadas ao crescimento do capitalismo, o que praticamente torna a profissão uma espécie de filha desse modo de produção. Para adaptar os interesses públicos e privados e também maquiar as diferenças sociais que o capitalismo traz consigo é que a profissão se tornou de utilidade fundamental.
 
Para a dominação, a classe dominante se arma de muitos meios. Serve-se dos organismos da sociedade civil, do Estado e suas múltiplas manifestações, como também da ideologia na busca do consenso. Neste contexto estão as Relações Públicas, pois participam do processo educativo de todas as camadas sociais em torno dos ideais burgueses.
 Peruzzo (1986, p.100)
 
 Um outro aspecto é que as Relações Públicas se desenvolvem juntamente com os meios de comunicação de massa. Ambos se relacionam com o processo de informação, formação da opinião pública e do consenso numa sociedade dinâmica e democrática. “O modo de produção capitalista é por excelência um modo de produção de mercadorias. Na produção de mercadorias entram em relação ao capital e o trabalho, ou os possuidores do dinheiro e os possuidores da força de trabalho. E é a transformação do dinheiro em capital (ou seja: o dinheiro começa a se reproduzir) que marca o capitalismo”. “Por força de trabalho ou capacidade de trabalho, compreende-se o conjunto das faculdades física e mentais do ser humano, as quais ele põe em ação toda vez que produz valores-de-uso de qualquer espécie.” (…) “Uma das nuances do Relações públicas burguesas se constitui nas relações entre os possuidores do capital e os possuidores da força de trabalho que entram em relação para produção de mercadoria (…) Mas o que é mercadoria?
 A mercadoria é algo que por suas propriedades satisfaz necessidades. A utilidade da mercadoria faz dela valor e valor-de-uso para o consumidor. Enquanto o valor-de-troca se realiza, o valor-de-uso é negado, este só vai se realizar no ato do consumo. Na mercadoria as características do trabalho humano são encobertas, e aparecem como sendo características materiais e propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho. Com essa dissimulação, os produtos do trabalho se tornam mercadorias, coisas sociais. A forma mercadoria e a relação de valor entre os produtos do trabalho (que caracteriza esta forma) não tem a ver com a natureza física desses produtos, nem com as relações materiais dela decorrentes. Portanto, uma relação social definida, estabelecida entre os homens, fantasmagoricamente assume a forma de relação entre coisas. Isto é o fetichismo da mercadoria, analisado por K. Marx. O fetichismo da mercadoria decorre do caráter social próprio do trabalho que produz mercadorias. (…) portanto, as relações entre as pessoas aparecem como materiais, e entre coisas como relações sociais. Segundo Peruzzo (1986), “ o que determina o valor de uma mercadoria é o trabalho social nela cristalizado. Portanto, em última instância, o que se troca é o trabalho social cristalizado nestas mercadorias”. Então, a produção da mais valia ocorre na esfera da produção e se origina de um excedente quantitativo de trabalho, da duração prolongada da jornada de trabalho. A estre processo K. Marx chama de mais valia absoluta. Porém a mais-valia não é produzida só pelo prolongamento da jornada de trabalho. Ela se realiza também quando se inverte menor quantidade de trabalho socialmente necessário na produção de uma da quantidade de mercadorias. É a mais valia relativa. Esta decorre do aumento da produtividade do trabalho.
 As instituições que utilizam as Relações Públicas visando a harmonia social, utilizam também dos meios de comunicação de massa para divulgar informações a fim de fazer chegar sua mensagem junto aos públicos e a opinião pública; já que os meios de comunicação de massa possibilitam atingir milhares e milhares de pessoas. Desse modo, as Relações Públicas passaram a ser um fator importante na informação pública e na persuasão da massa. A partir disso, cabe ao Relações Públicas não só o dever de se conformar com a opinião pública, mas também a responsabilidade e a oportunidade de moderá-la e guiá-la. Hoje, mais do que nunca, torna-se necessário dar ampla explicação às clientelas, a fim de obter a sua boa vontade ou de diminuir sua hostilidade. E assim, na luta de armas sutis para preservar as condições de reprodução do modo capitalista, a persuasão tornou-se um ingrediente importante no processo de comunicação, sobretudo na prática das Relações Públicas. 
 Portanto, a relação pública tem um grande potencial de envolver as mentes das pessoas, sempre “mostrando as virtudes” dos atos de quem está a serviço. Elas utilizam os veículos de comunicação de massa para divulgar as notícias. As “relações com imprensa” recebem um tratamento especial por parte do RP, já que ter influência com a mídia é importante para obter e divulgar notícias, evitar críticas… O “operário padrão” é criado pela classe dominante, que estabelece um padrão de operário desejado pela burguesia; submetendo, cada vez mais, a força de trabalho aos interesses do capital. 
Os RPs participam das relações sociais procurando promover a harmonia entre as classes dentro do sistema. Asações dos rps são contínuas e permanentes, e são utilizadas também, nos momentos de crise.
Referências 
 
PERUZZO, Cicilia Krohling. Relações Públicas no modo de produção capitalista. São Paulo: Cortez, 1982. 132p.

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