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TRABALHO EM GRUPO – TG Aluno: JULIANE PIMENTEL DE ALMEIDA DIAS – RA: 1707444 POLO TAQUARAL 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 1. RESPOSTA À QUESTÃO PROPOSTA ............................................................... 2 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 6 1 INTRODUÇÃO O curso de Administração tem em sua matriz curricular a disciplina denominada ED – Estudos Disciplinares, que tem a finalidade de ampliar o conteúdo estudado ao longo do bimestre. O conteúdo do ED – Estudos Disciplinares do presente semestre visa ao conhecimento do modelo de mercado denominado Livre Comércio. 2 1. RESPOSTA À QUESTÃO PROPOSTA O que significa "livre comércio" entre países? O livre comércio entre países é um modelo de mercado regional, impulsionado pelos adeptos ao liberalismo, pois implica na menor interferência do Estado nas relações comerciais, do qual participam países vizinhos (que formam as zonas de livre comércio), em que há troca de pelo menos 80% dos bens comercializados entre os países-membros, criado com o objetivo de aumentar a relação comercial entre estes, e reduzir ou abolir as taxas alfandegárias - tarifárias e não tarifárias - na importação e exportação de bens e serviços, garantindo a liberdade de comércio e a concorrência. Os acordos entre os países podem ser regidos por eles mesmos ou pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Trata- se do segundo estágio para a criação de blocos econômicos. Taxas alfandegárias são tributos cobrados pelos governos de todos os países sobre produtos importados e exportados. A alfândega é uma repartição pública em que mercadorias exportadas e importadas são registradas. Os tributos cobrados são disciplinados por leis, decretos, instruções normativas, entre outros. (WIKIPÉDIA, 2017). A criação dos tratados de livre comércio se deu após a Segunda Guerra Mundial e se intensificou com a globalização, que provocou uma intensa dinâmica de aumento de capital. O livre comércio não pode ser confundido com uma união aduaneira: O que diferencia a união aduaneira com o livre-comércio, é que a união aduaneira substitui as tarifas alfandegárias nacionais e estabelece uma tarifa externa comum de todos os países. Já o livre-comércio, proporciona relação apenas entre os países signatários do tratado e respeita as políticas tarifáveis de cada país. (INFOESCOLA, 2017). Antes as zonas de livre comércio associavam apenas países com níveis de desenvolvimento similares. Hoje os níveis são diversos, numa mesma zona, porém tem uma base bilateral. A figura 1 na próxima página nos mostra, numa linha do tempo, a formação dos acordos de livre comércio, seus países e a abrangência deste modelo de mercado no mundo (continentes). 3 Figura 1 – Acordos de Livre Comércio e Seus Países Fonte: Próprio autor, 2017. 4 O regime de livre comércio provoca a queda dos custos dos produtos à medida que o mesmo leva a novos fluxos comerciais, porém este equilíbrio entre os países membros depende dos direitos de aduana de impostos aos Estados exteriores ao da zona em questão. Um exemplo é o da Espanha em 1986, quando aderiu ao CEE e foi obrigada a pagar mais caro por suas importações agrícolas. Um fator que garante essa diminuição no custo de produção é a economia de escala, que ocorre quando o mercado expande e mais países aderem àquela zona de livre comércio. Economia de escala é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos no processo, procurando como resultado baixos custos de produção e o incremento de bens e serviços. Ela ocorre quando a expansão da capacidade de produção de uma empresa ou indústria provoca um aumento na quantidade total produzida sem um aumento proporcional no custo de produção. Como resultado, o custo médio do produto tende a ser menor com o aumento da produção.. (WIKIPÉDIA, 2017). Outra vantagem é a da transparência do mercado que aumenta conforme aumenta a concorrência, reforçada pela integração regional provocada pela criação da zona de livre comércio. Além da transparência, a concorrência também gera vantagens ao consumidor, pois dificulta a exploração das empresas através de preços altos e produtos de baixa qualidade. O livre comércio gera também a especialização, que permite que todos possam desfrutar de um padrão de vida maior do que se cada um tivesse que produzir tudo sozinho, além de garantir acesso a uma variedade maior de bens e serviços. A especialização gera a divisão do trabalho, que gera produtividade, que causa o aumento no padrão de vida da sociedade. Existe também a vantagem comparativa. Esta implica que um país ou indivíduo possa focar mais recursos naquilo que, relativamente, faz melhor que o restante. O comércio internacional não é determinado pelos custos absolutos de produção, mas pelos custos de oportunidade, dependentes de fatores relativos entre as nações. Como exemplo, podemos pensar em um advogado que sabe cozinhar muito bem. Ele pode, em termos absolutos, ser bem melhor na cozinha do que sua empregada, mas a empregada tem uma vantagem comparativa em relação ao advogado, posto que o custo de oportunidade dele é muito alto para ficar na cozinha. Ele pode focar no que tem vantagem relativa maior, e pagar pelos serviços da empregada, mesmo que essa seja menos eficiente que ele em termos absolutos. Essa é a lógica por trás dos benefícios do livre comércio internacional para as nações 5 menos desenvolvidas. Elas podem ser menos eficientes em termos absolutos em todos os setores, que ainda assim as trocas livres serão vantajosas para essas nações. (CONSTANTINO, 2015). Ocorrem, também, pelo livre comércio, as trocas de tecnologias que aumentam a produtividade. Acaba ocorrendo uma seleção natural das empresas mais produtivas em relação às empresas menos eficientes, que acabam sendo empurradas para fora do mercado. As barreiras protecionistas que existiriam sem o acordo de livre comércio entre tais países penalizariam o avanço da economia nacional, por dificultarem o acesso aos bens importados que assumem o papel de bens intermediários na produção de outros bens finais nas indústrias nacionais. E essa dificuldade levaria a escassez desses produtos, fazendo que seus preços fossem elevados. Quem pagaria por isso seria o consumidor, que sofreria uma transferência de sua renda para alguns poucos produtores. O livre comércio permite um tráfego infinitamente maior de idéias e invenções, possibilitando que empresas nacionais peguem carona nos investimentos de pesquisa e desenvolvimento de empresas internacionais. Nações com economias mais fechadas tendem a ficar paralisadas no tempo, à margem dos avanços mundiais. (...) O preço do açúcar nos Estados Unidos, por exemplo, é cerca de duas vezes maior que o preço internacional. Algo como um bilhão de dólares é gasto a mais por ano pelos consumidores, favorecendo os produtores. Esse dinheiro poderia estar sendo economizado, e sendo gasto em outros setores, onde o país fosse mais eficiente em termos relativos. (CONSTANTINO, 2015). Há uma defesa por parte dos opositores do livre comércio de que importações geram perdas de empregos. Porém este argumento cai por terra quando se toma consciência dos dois lados da moeda: "É impossível importar sem umacontrapartida, já que os produtos estrangeiros precisam ser pagos." (CONSTANTINO, 2015). A contrapartida da importação e da mínima perda de empregos gerada por ela é o ganho de empregos em outros setores mais eficientes e exportadores. 6 REFERÊNCIAS CÂMARA. Globalização e Integração. Disponível em <http://www.camara.leg.br/mercosul/blocos/introd.htm> Acesso em 24 de setembro de 2017. GAZETA DO POVO. O Livre Comércio: As Vantagens da Globalização. Disponível em <http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/historico-veja/o-livre- comercio-as-vantagens-da-globalizacao/> Acesso em 24 de setembro de 2017. INFO ESCOLA. Tratados de livre comércio. Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/tratados-de-livre-comercio/> Acesso em 24 de setembro de 2017. OS ACORDOS DE LIVRE COMÉRCIO: Uma nova estratégia econômica mundial. Disponível em <http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/viewFile/745/999> Acesso em 24 de setembro de 2017. SUA PESQUISA. Área de Livre Comércio. Disponível em <https://www.suapesquisa.com/economia/area_livre_comercio.htm> Acesso em 24 de setembro de 2017. SOCIAL. O contexto histórico e político. Disponível em <http://www.social.org.br/cartilhas/cartilha002/cartilha006.htm> Acesso em 24 de setembro de 2017. WIKIPÉDIA. Economia de Escala. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_escala> Acesso em 24 de setembro de 2017. WIKIPÉDIA. Livre Comércio. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Livre- com%C3%A9rcio> Acesso em 24 de setembro de 2017.
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