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Resenha CríticA História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil

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Medicina - Graduação
1° período
HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
Resenha crítica - Disciplina Saúde Coletiva 
 
RECIFE,15 de setembro de 2017
O texto “História das Políticas de Saúde no Brasil” tem como objetivo principal o esclarecimento dos contextos históricos, políticos, econômicos, educacionais e sociais que contribuíram, paulatinamente, para a edificação das diretrizes da saúde no território nacional. Tal escrito ressalta, em sua introdução, o surgimento das primeiras formas de saúde ( baseadas em ervas nativas, curandeiras, costumes indígenas) até as evoluções delas, seguindo os períodos de urbanização e mudanças nos sistemas de governo, evidenciando, a partir de tais explanações, que os problemas do sistema atual são pautados em empecilhos passados, erros administrativos (como, por exemplo, na histórica falta de investimentos no campo da saúde coletiva).
É importante compreender, de início, que durante significativa parte da história da saúde no Brasil o capital direcionado a ela foi distribuído de forma errônea, sob uma ótica capitalista, tendo representatividade, principalmente, em ocorrências de problemas de expressão nacional, como em epidemias. Com tal privilégio, os tratamentos necessários para a remediação de problemas regionais, endêmicos, que atuariam como futuras formas de prevenção, possibilitando a melhoria da qualidade de vida regional, ficaram em segundo plano. 
Nota-se, também, que houve uma série de investimentos nos grandes centros, intensificando o crescimento da assistência de saúde dos setores privados em detrimento dos ramos coletivos, resultando em um agravamento das desigualdades sociais (privilegiou-se uma medicina curativa em detrimento da preventiva, que economizaria capital atualmente). 
A estruturação dos sistemas de saúde no Brasil ocorreu a partir das exigências e necessidades populacionais: médicos, advogados, sanitaristas, jornalistas, operários etc lideraram “movimentos” de ações de promoção da saúde e prevenção, como, por exemplo, políticas de vacinação e reuniões para discutir as patologias que afligiam o território, mobilizando os mais diversos setores da sociedade, que necessitavam de mudanças, direitos trabalhistas (surgimento da previdência social e fundo que continha tratamentos médicos) e melhores condições de habitação e saúde. A partir disso, os setores de saúde foram sendo criados: Ministério da Educação/Saúde pública, departamento de endemias rurais (alto número de habitantes em área rural, sem saneamento e educação do campo). 
Embora muitas crises éticas, financeiras, sociais tenham ocorrido, além das tentativas de boicote aos avanços coletivos, o movimento em busca de uma melhor qualidade de vida sempre resistiu: em 1988 o SUS surge, de caráter construtivo/ cooperativo, defendendo a saúde como “direito de todos e dever do estado”, objetivando a melhoria coletiva. A partir dele, os setores de saúde sofreram alterações benéficas e vários índices populacionais foram melhorados.
Fica claro, portanto, que a saúde brasileira nasceu a partir de inúmeras lutas. Assim, a população deve intensificar sua participação em conferências, atentando aos processos administrativos executados pelos governantes, bem como fiscalizar os serviços prestados, como forma de garantir, desse modo, o crescimento e a melhoria desse tão ameaçado bem público. 
Querida professora, encontrei esse texto abaixo na internet (desconheço as origens e a profissão do autor) que me fez lembrar de muitas das ideias defendidas por você em sala. Então “tomei a liberdade” de acrescentar um “bônus” ao meu trabalho... Obrigada pelas contribuições diárias! =) 
Saúde Global
“Não há investimento, de fato, em saúde pública quando a reflexão dos gestores de saúde está em satisfazer a cadeia de hospitais e centros de recuperação em detrimento de políticas públicas sólidas de controle e prevenção dos aspectos sociais que condicionam o desencadeamento das enfermidades.
Em vez de investir maciçamente em hospitais para recuperação de fraturas e enfermidades, o mais sensato em ambientes escassos de recursos é investir em campanhas educacionais que limitem os riscos de acidentes e exposição ao agente causador da enfermidade. Estejam eles onde as práticas da observação nos fazem visualizar como fatores preocupantes: nas atividades esportivas, no trânsito, no ambiente laboral, no seio doméstico, nas zonas de risco e atividades desempenhadas por cidadãos fora do seu ciclo normal, condicionado as áreas recreativas e modismos de comportamento que possam afetar a integridade física dos organismos biológicos. Também, não há que investir maciçamente em procedimentos cirúrgicos, e sim, evitar que cidadãos cheguem ao ponto de ter que realizar tais procedimentos. Tornando os centros de consultas e hospitais existentes em redes preventivas de coleta de materiais sanguíneos, em que os cidadãos anualmente deveriam usar o sistema de saúde público para efetuar uma série de exames clínicos correspondentes a sua faixa etária de forma preventivamente.
Por que não premiar quem cuida de sua saúde preventivamente com incentivos fiscais? Por que não gerar metas para o cidadão realizar após sua consulta anual e ser incentivado também para atingir seu objetivo na consulta do próximo ano?
Prevenção é mais barato, menos traumatizante e mais humano como método eficaz de manutenção da vida.”
(Max Diniz Cruzeiro)

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