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Capítulo 6 Custos de produção

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Comportamento dos custos e da receita
No capítulo anterior, estivemos interessados no estudo da teoria da produção, da eficiência, tanto técnica como econômica. 
No presente capítulo, os esforços se concentrarão em estudar o comportamento dos custos e da receita e, assim, ver como a firma decide quanto produzir para atingir seu objetivo básico – a minimizar os custos e maximizar os resultados.
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Comportamento dos custos e da receita
Sabe-se que o lucro (L) corresponde à diferencia entre o valor da receita (R) e os custos (C) incorridos para produzir as mercadorias vendidas: L=R-C
A receita é a quantidade dos produtos vendidos vezes os respectivos preços de mercado. 
Os custos dependem não apenas das combinações dos fatores, como dos preços desses insumos. 
Portanto, a maximização dos lucros está em função dos preços dos produtos e dos insumos, que, por sua vez, dependem do tipo de concorrência existente no mercado. 
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Comportamento dos custos, da receita e dos lucros
Firmas com grande poder de barganha no mercado, como por exemplo, os monopólios, podem conseguir preços mais baixos para seus insumos e manipular os preços de seus produtos em beneficio próprio. 
O mesmo não ocorre com pequenas firmas sem poder de mercado.
Uma padaria, por exemplo, dificilmente vai poder cobrar mais pelo seu pão (controlada a qualidade) do que o preço de mercado. Nem vai poder comprar insumos com um desconto maior do que outras padarias obtêm.
Nesse caso, dizemos que a firma não tem poder de mercado.
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Comportamento dos custos, da receita e dos lucros
Do ponto de vista da concorrência existente no mercado, podem-se distinguir dois modelos básicos: 
a) O modelo de concorrência perfeita ou pura e 
b) O modelo de mercado de concorrência imperfeita.
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O modelo de concorrência perfeita ou pura se distingue pelas seguintes hipóteses: 
1. O mercado é atomizado, ou seja, é composto de um número grande de compradores e vendedores tão pequenos que nenhum deles pode isoladamente afetar o preço dos produtos. Para eles o preço é dado pelo mercado.
2. Os produtos são homogêneos e, portanto, o comprador é indiferente quanto à firma que fabricou o produto, de modo que o produto mais barato será o preferido.
3. Existe um perfeito fluxo de informações no mercado. Sabemos que essa hipótese geralmente é falsa em alguns casos. A ausência de informações completa pode gerar ineficiências porque os agentes podem não ser mais capazes de avaliar os custos e benefícios de suas ações. Exemplo: venta de um carro usado. 
4. Não existe barreiras para a livre mobilidade de compradores e compradores. 
Portanto, se a curva geral de demanda tem inclinação negativa, para uma firma em particular com um produto homogêneo num mercado de concorrência perfeita esta curva é horizontal.
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O modelo de mercado de concorrência imperfeita se distingue pelas seguintes características.
1. Diferenciação de produtos. 
Mesmo que o numero de vendedores seja grande, alguns produtores atingem certo grau de “monopólio” sobre o tipo de bem que produz, dado que tem características próprias, diferentes dos substitutos ofertados no mercado. 
Essa diferencia pode ser pela força da marca, qualidade, garantias, design, serviços pós-venda ou embalagem mais atraente etc. 
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Android
DragonflyBSD
eComStation
FreeBSD
FreeDOS
Haiku
Inferno (Sistema Operacional)
IOS
Linux (várias distribuições)
Mac OS X
MeeGo[6].
MenuetOS
Microsoft Windows (83,26%)
MINIX
NetBSD
OpenBSD
Solaris
Unix System V
Estimativa do uso de sistemas operacionais segundo uma amostra de computadores com acesso a Internet (sempre verificar atualização na fonte) (Fonte: W3counter).
Exemplos de Diferenciação de produtos: sistemas operacionais ativos
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O modelo de mercado de concorrência imperfeita se distingue também pelas :
2. Número limitado de vendedores e/ou compradores. 
Ocorre uma situação de monopólio (do grego mono = um polien = vender) quando existe apenas uma firma no mercado vendendo ou comprando (no caso de monopsônio) de determinado produto. 
No caso de um pequeno número de compradores ou vendedores diz-se temos um oligopólio ou oligopsônio. 
Os monopólio e oligopólio surge devido a características particulares de mercado, ou devido a regulamentação governamental.
A existência de monopólio depende da conservação de barreiras à entradas de firmas concorrentes. 
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Entre as diversas barreiras possíveis, podemos citar:
Barreiras legais. 
Alguns produtos só podem ser produzidos por uma empresa por determinação da lei. 
O caso mais comum é o das patentes. 
Para estimular o desenvolvimento de novas tecnologias a maioria das legislações permite que as empresas que fizeram invenções tenham o monopólio das mesmas durante determinado período. 
Esse situação é definida como Monopólio legal. 
Outras situações são chamadas monopólio coercivo. No Brasil, por exemplo, a exploração de petróleo era exclusivamente feita pela Petrobrás até 1997. 
A partir da Emenda Constitucional nº 9, de 1995, flexibilizou-se esse monopólio, admitindo que a União pode contratar empresas estatais ou privadas para realizar essas atividades econômicas objeto de monopólio (pesquisa, lavra, refino, importação exportação e transporte).
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Barreiras do fornecimento de matéria-prima. Por exemplo, a Alcoa detinha quase toda as minas de bauxita nos EUA, controlando grande parte da produção de alumínio.
Barreiras de escalas. Um monopólio pode surgir em decorrência da existência de rendimento crescente de escala para a produção de determinado produto. 
	A tecnologia existente exige que os investimentos necessários sejam muitos elevados. 
	Isto faz com o mercado inteiro possa ser abastecido por uma única firma com a maior produtividade possível. 
Esse tipo de concorrência é definida como monopólio natural e geralmente ocorre na industria básica, onde o volume de produção é tão grande que o mercado permite um pequeno número de empresa.
Industria siderúrgica, distribuição de energia elétrica, sistema de fornecimento de água são exemplos característicos de monopólios naturais.
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O modelo de mercado de concorrência imperfeita
No caso de concorrência imperfeita, as curvas de procuras para a firma monopolista se apresentam na sua forma tradicional, descendente da esquerda para a direita. 
O monopólio não se subordina aos preços ditados pelo mercado. 
Na hipótese de não haver qualquer restrição governamental, a firma mais importante frequentemente exerce a liderança, estabelecendo preços que maximizam seus interesses, e as demais tacitamente seguem sua estratégia. 
Isto não significa, todavia, que a empresa monopolista deve aumentar os seus preços infinitamente, já que o acréscimo destes possibilita o aumento da receita só até certo limite. 
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Receita total, receita média e receita marginal.
Tabela 1. Produção e receitas num mercado de concorrência perfeita. 
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Receita total, receita média e receita marginal (perfeitamente elástica).
Gráf2
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
		20		20
				20
				20
				20
				20
				20
				20
				20
Q
P=RMe=RMg
Gráfico 1. Curva de procura, Rme e RMg num Mecado de concorrência perfeita
Plan1
		
				0		0		20		20		40		0		40
		20		1		20		20		20		40		5		45				45		40		5
		20		2		40		20		20		40		9		49		4		24.5		20		4.5
		20		3		60		20		20		40		12		52		3		17.3333333333		13.3333333333		4
		20		4		80		20		20		40		14.8		54.8		2.8		13.7		10		3.7
		20		5		100		20		20		40		17.5		57.5		2.7		11.5		8		3.5
		20		6		120		20		20		40		22		62		4.5		10.3333333333		6.6666666667		3.6666666667
		20		7		140		20		20		40		30		70		8		10		5.7142857143		4.2857142857
		20		8		160		20		20		40		42		82		12		10.25		5		5.25
		20		9		180		20		20		40		58		98		16		10.8888888889		4.4444444444		6.4444444444
20		10		200		20		20		40		78		118		20		11.8		4		7.8
		20		11		220		20		20		40		102		142		24		12.9090909091		3.6363636364		9.2727272727
		20		12		240		20		20		40
		20		13		260		20		20		40
		20		14		280		20		20		40
		20		15		300		20		20		40
		20		16		320		20		20		40
		20		17		340		20		20		40
Plan1
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
				0
				0
				0
				0
				0
				0
				0
Q
P=PMe=PMg
Gráfico 1
Plan2
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
		0		0		0
Plan3
		0		100		60
		0.5		127.125		48.75		254.25
		1		149		39		149
		1.5		166.375		30.75		110.9166666667
		2		180		24		90
		2.5		190.625		18.75		76.25
		3		199		15		66.3333333333
		3.5		205.875		12.75		58.8214285714
		4		212		12		53
		4.5		218.125		12.75		48.4722222222
		5		225		15		45
		5.5		233.375		18.75		42.4318181818
		6		244		24		40.6666666667
		6.5		257.625		30.75		39.6346153846
		7		275		39		39.2857142857
		7.5		296.875		48.75		39.5833333333
		8		324		60		40.5
		8.5		357.125		72.75		42.0147058824
		9		397		87		44.1111111111
		9.5		444.375		102.75		46.7763157895
		10		500		120		50
		10.5		564.625		138.75		53.7738095238
		11		639		159		58.0909090909
		11.5		723.875		180.75		62.9456521739
		12		820		204		68.3333333333
Plan3
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
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		0
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		0		0
		
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Receita total, receita média e receita marginal.
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Receita total, receita média e receita marginal.
 
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Custos de produção
Do ponto de vista econômico pode-se considerar custo, todos os esforços feitos para produzir um determinado produto. 
Os custos correspondem às compensações que devem ser oferecidas aos proprietários dos fatores produtivos, a fim de que coloquem a disposição da empresa os serviços desses fatores. 
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Custos de produção
No curto prazo, os custos totais de produção (CT) são geralmente divididos em duas parcelas: Custos fixos (CF) e Custos variáveis (CV). Portanto CT=CF+CV.
Os custos variáveis são aqueles que variam em correspondência com as quantidades produzidas. Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de produção. 
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Custos fixos
Os custos fixos são aqueles que se mantêm constantes, independentemente das variações das quantidades produzidas, isto é, qualquer que seja o nível de utilização da capacidade produtiva da empresa. 
Como exemplo, podem ser citados os gastos com juros sobre empréstimos de longo prazo, contrato de aluguel, seguros, salários de mão-de-obra indireta (contador, administrativos, zelador, equipe de manutenção, etc.). 
Entre esses custos contemplam-se também os chamados custos de oportunidades que consideram, por exemplo, os melhores ganhos que se poderiam obter empregando-se o capital próprio em outras atividades. 
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Custo econômico & custo contábil
Nesse sentido é importante distinguir o custo econômico do custo contábil . 
Esse ultimo equivale a todos os pagamentos que faz uma empresa, a seus fornecedores, aos seus trabalhadores, ao fisco e a seus credores.
Por exemplo, se o capital for de terceiros, proveniente de empréstimos tomados junto ao setor financeiro, os juros constituem o custo desse capital. Ele é explicitado e portanto contabilizado como custo tanto por contadores como por economistas. 
Todavia, se o capital for próprio, proveniente dos sócios ou acionistas, o custo de oportunidade é um custo implícito, registrado como lucro na contabilidade e não como custo.
Portanto, o lucro econômico pode ser diferente do lucro contábil quando existem esses custos implícitos.
O lucro econômico igual a zero não significa que a firma não tem lucros contábeis.
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Custo social versus custo privado
Outra distinção importante e a de custo social versus custo privado. 
Os custos econômicos devem refletir “o que se gasta” para produzir uma unidade adicional, portanto estes devem também considerar as perdas que não necessariamente se transacionam nos mercados, como as externalidades negativas na produção.
Por exemplo, quando uma indústria polui o ar de determinada região , ela está impondo à população local um custo adicional que não é incorporado a seus custos de produção. 
Há também as externalidades positivas. Exemplo: as matas e florestas naturais preservada numa propriedade. Isto gera múltiplas externalidades positivas (benefícios externos), permitindo a reprodução sustentável dos recursos naturais úteis à sociedade no presente e no futuro. 
Estas terras são uma fonte não só de madeira, mas também do oxigênio que se respira, sumidouro de gás carbônico, protetora do solo e das águas, e mantenedora da diversidade biológica, fundamental à manutenção de um ecossistema equilibrado, mas não contabilizados pelo mercado.
Aqui, não entanto, vamos supor que todos os custos medidos são econômicos e que não existe distinção entre custo social e custo privado.
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A função de custo total pode ser representada graficamente como no Gráfico 3 ou refletir os dados da Tabela 3. Os dados dos custos no gráfico e na tabela geralmente representam uma função cúbica do tipo CT=a+b1Q-b2Q2+b3Q3 
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CT=40+6,14Q-1,2Q2+0,136Q3 
A curva de custo total mostra as despesas mínimas para um determinado nível de produção.
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CT=40+6,14Q-1,2Q2+0,136Q3 
A interseção da curva CT com o eixo vertical corresponde ao custo com o qual tem-se que arcar mesmo que não haja produção alguma, ou seja, o custo fixo. 
Se subtrairmos da curva de custo total a curva de custo fixo obtemos a curva de custo variável. 
Pelo fato de o custo fixo ser constante, a distância vertical entre as curvas de custo total e de custo variável é sempre $40. 
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O formato da curva de CV é determinada pela curva de Produto Total (PT).
	A Figura a seguir apresenta a função de produto total (PT). Para derivar a curva de CV é necessário redesenhar a curva de PT indicando o produto no eixo horizontal e o trabalho (L) no eixo vertical. Ambas as figuras representam a mesma relação entre fatores de produção e produto. 
	Supõe-se em seguida que a empresa paga por cada unidade de fator variável um dado preço (p). A curva de produto total é transformada numa curva de custo multiplicando L no eixo vertical pela taxa salarial (p). A curva de custo na Figura 3 é chamada de custo variável (CV) porque estabelece uma relação entre o nível de produção e o custo com o montante de fatores variáveis necessários para produzir tal nível de produção. 
O formato da curva CV está sistematicamente relacionado com o formato da função de produção de período curto. 
Portanto, o CV primeiro cresce a ritmos decrescentes à medida que unidades adicionais de fatores são utilizadas. 
Porém além do ponto de inflexão, (início dos rendimentos decrescentes), os acréscimos de produto em termos de fator variável são cada vez menores, e os custos variáveis totais começam a crescer a um ritmo cada vez mais rápido. 
O ritmo de crescimento da curva de CVT é o resultado das características de produtividade marginal crescente e decrescente. 
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Então, numa primeira fase, o aumento do custo total é decresce à medida que aumenta a produção. 
Isso acontece porque estamos na fase de rendimentos crescentes, decorrente de:
 uma melhor especialização do trabalho, 
utilização mais eficiente dos equipamentos, 
aprimoramento da organização, aproveitamento de subprodutos. 
Portanto,
esse trecho côncavo corresponde ao trecho converso da curva de produção total que analisamos nas aulas anteriores.
Numa segunda fase, no trecho convexo, após o ponto de inflexão, o aumento do custo total é crescente, já que corresponde à fase côncava da curva de produção total.
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 O custo marginal (CMg), relacionado à produtividade marginal, corresponde ao aumento de custo total decorrente da produção de uma unidade adicional: CMg=(CT)/(Q). Usando a linguagem de cálculo, o custo marginal representa a inclinação da curva de CT em cada ponto ou sua derivada primeira. 
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 O custo médio é CT/Q=Cme, que nos estágios iniciais, declina e, após atingir um mínimo, aumenta. 
 O custo fixo médio CFMe é decrescente e tende a zero, já que se diluem a medida que aumenta a produção. 
 O custo variável médio CVMe se apresenta na tradicional forma de U, devido ao comportamento da função produção.
É interessante observar, que no segmento ascendente, a curva CMg corta a curva de CMe. 
Neste ponto, temos o mínimo dos custos médios, ou seja, o custo unitário mínimo. 
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Pode-se observar que à medida em que a curva de custo médio declina (ou seja, a firma apresenta economias de escala), de modo que a sua derivada é negativa (∂Cme*/∂y < 0), o custo marginal é menor que o custo médio (Cmg* < Cme*). 
Quando a curva de custo médio atinge seu mínimo, o que significa que sua derivada é nula (∂Cme*/∂y = 0), o custo marginal é exatamente igual ao custo médio (Cmg* = Cme*).
Finalmente, quando o custo médio cresce (ou seja, a firma experimenta
deseconomias de escala), significando que sua derivada é positiva (∂Cme*/∂y > 0), o custo marginal é maior que o custo médio (Cmg* > Cme*). 
É importante ressaltar que o conceito de economias ou deseconomias de
escala tem a ver com a função de custo, enquanto que o conceito de
retornos de escala – quais podem ser crescentes, constantes ou decrescentes – tem a ver com a função de produção no longo prazo. 
Esses dois conceitos estão intimamente relacionados
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O equilíbrio da firma em curto prazo
Partindo da hipótese da maximização dos lucros, segue-se que a firma ampliará sua produção sempre que isso permita aumentar os lucros da empresa. Para tomar essa decisão a firma precisa computar:
qual o aumento de receita decorrente do aumento da produção, ou seja, qual a receita marginal (RMg) da última unidade produzida e
qual o aumento de custo necessário para a produção dessa nova unidade, ou seja, qual o custo marginal (CMg) da última unidade. 
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O equilíbrio da firma em curto prazo
Se a receita marginal for maior que o custo marginal (RMg>CMg) a produção dessa unidade adicional propiciará um aumento dos lucros.
Será sempre compensador expandir a produção, enquanto a RMg for superior ao CMg. 
Em contrário, se RMg<CMg, cada unidade adicional produzida diminui os lucros ou aumento o prejuízo. 
Nesta hipótese, o lógico será reduzir a produção.
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O equilíbrio da firma em curto prazo
Nestas condições, o ponto de equilíbrio ou ponto ótimo da firma, que propiciará lucros máximos, será aquele em que a receita marginal é igual ao custo marginal (RMg=CMg). 
Porém, pode acontecer que a curva de custo marginal tenha a forma de U; inicialmente seja decrescente, atinja um mínimo e aumente para os níveis de produção mais altos. 
Neste caso, podemos ter dois ponto de igualdade entre RMg e CMg. 
Obviamente o segundo ponto, no segmento ascendente, é o ponto ótimo, uma vez que corresponde a uma quantidade maior de produção e lucro. 
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O Gráfico, em consonância com os dados da Tabela, mostra que o ponto de equilíbrio em condições de competição perfeita seria alcançado ao nível de produção entre 9 e 10 unidades, quando P=CMg=RMg=20. 
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O Gráfico, em consonância com os dados da Tabela, mostra que o ponto de equilíbrio em condições de competição perfeita seria alcançado ao nível de produção entre 9 e 10 unidades, quando P=CMg=RMg=20. 
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Para melhor ilustrar essa observação, consideremos os Gráficos 6 e 7 que reproduzem os dados da Tabela 4. 
Vemos que se a empresa nada produze seu prejuízo será igual ao seu custo fixo. 
Na medida que aumenta a produção o prejuízo se reduz, anulando-se no ponto em que o custo total se iguala à receita total. A partir daí, a empresa passa a obter lucros em escala crescente, até atingir um máximo. Esse máximo coincide com o ponto em que RMg=CMg. 
Depois desse nível de maximização, os aumentos da produção deixam de ser compensadores, já que os lucros começam a declinar e a empresa poderá voltar a incorrer em prejuízo. 
Gráf2
		-40
		-25
		-9
		8
		25.2
		42.5
		58
		70
		78
		82
		82
		78
		74.48
		57.37
		32.52
		-0.85
Quantidades produzidas
Lucro - Prejuízo
Gráfico 6
Plan1
		0		40		40								CT=40+6,14Q-1,2Q2+0,136Q3
		1		45.07		45
		2		48.52		49
		3		51.13		52
		4		53.68		54.8
		5		56.95		57.5
		6		61.72		62
		7		68.77		70
		8		78.88		82
		9		92.83		98
		10		111.4		118
		11		135.37		142
		12		165.52		163.3333333333		125.52
		13		202.63		185.3333333333		162.63
		14		247.48		206.8888888889		207.48
		15		300.85		228.5555555556		260.85
		16		363.52		250.2222222222		323.52
		17		436.27		271.8888888889		396.27
		18		519.88				479.88
		19		615.13				575.13
		20		722.8				682.8
Plan2
				0		0				40		0		40								-40
		20		1		20		20		40		5		45		45		5		5		-25
		20		2		40		20		40		9		49		24.5		4.5		4		-9
		20		3		60		20		40		12		52		17.33		4		3		8
		20		4		80		20		40		14.8		54.8		13.7		3.7		2.8		25.2
		20		5		100		20		40		17.5		57.5		11.5		3.5		2.7		42.5
		20		6		120		20		40		22		62		10.33		3.66		4.5		58
		20		7		140		20		40		30		70		10		4.28		8		70
		20		8		160		20		40		42		82		10.25		5.25		12		78
		20		9		180		20		40		58		98		10.88		6.44		16		82
		20		10		200		20		40		78		118		11.8		7.8		20		82
		20		11		220		20		40		102		142		12.9		9.27		24		78
		20		12		240		20		40		125.52		165.52		13.7933333333		10.46		23.52		74.48
		20		13		260		20		40		162.63		202.63		15.5869230769		12.51		37.11		57.37
		20		14		280		20		40		207.48		247.48		17.6771428571		14.82		44.85		32.52
		20		15		300		20		40		260.85		300.85		20.0566666667		17.39		53.37		-0.85
		20		16		320		20		40		323.52		363.52		22.72		20.22		62.67		-43.52
		20		17		340		20		40		396.27		436.27		25.6629411765		23.31		72.75		-96.27
Plan2
		0
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Quantidades produzidas
Lucro - Prejuízo
Gráfico 6
Plan3
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Quantidades
Custo e Receitas
Gráfico 5
		
Gráf4
		0		40
		20		45
		40		49
		60		52
		80		54.8
		100		57.5
		120		62
		140		70
		160		82
		180		98
		200		118
		220		142
		240		165.52
		260		202.63
		280		247.48
		300		300.85
		320		363.52
		340		436.27
RT
CT
Quantidades
Custo e Receitas
Gráfico 7
Plan1
		0		40		40								CT=40+6,14Q-1,2Q2+0,136Q3
		1		45.07		45
		2		48.52		49
		3		51.13		52
		4		53.68		54.8
		5		56.95		57.5
		6		61.72		62
		7		68.77		70
		8		78.88		82
		9		92.83		98
		10		111.4		118
		11		135.37		142
		12		165.52		163.3333333333		125.52
		13		202.63		185.3333333333		162.63
		14		247.48		206.8888888889		207.48
		15		300.85		228.5555555556		260.85
		16		363.52		250.2222222222		323.52
		17		436.27		271.8888888889		396.27
		18		519.88				479.88
		19		615.13				575.13
		20		722.8				682.8
Plan2
				0		0				40		0		40								-40
		20		1		20		20		40		5		45		45		5		5		-25
		20		2		40		20		40		9		49		24.5		4.5		4		-9
		20		3		60		20		40
12		52		17.33		4		3		8
		20		4		80		20		40		14.8		54.8		13.7		3.7		2.8		25.2
		20		5		100		20		40		17.5		57.5		11.5		3.5		2.7		42.5
		20		6		120		20		40		22		62		10.33		3.66		4.5		58
		20		7		140		20		40		30		70		10		4.28		8		70
		20		8		160		20		40		42		82		10.25		5.25		12		78
		20		9		180		20		40		58		98		10.88		6.44		16		82
		20		10		200		20		40		78		118		11.8		7.8		20		82
		20		11		220		20		40		102		142		12.9		9.27		24		78
		20		12		240		20		40		125.52		165.52		13.7933333333		10.46		23.52		74.48
		20		13		260		20		40		162.63		202.63		15.5869230769		12.51		37.11		57.37
		20		14		280		20		40		207.48		247.48		17.6771428571		14.82		44.85		32.52
		20		15		300		20		40		260.85		300.85		20.0566666667		17.39		53.37		-0.85
		20		16		320		20		40		323.52		363.52		22.72		20.22		62.67		-43.52
		20		17		340		20		40		396.27		436.27		25.6629411765		23.31		72.75		-96.27
Plan2
		0
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Quantidades produzidas
Lucro - Prejuízo
Gráfico 6
Plan3
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Quantidades
Custo e Receitas
Gráfico 7
		
*
Na Tabela 5 encontra-se o exemplo numérico representativo da situação de uma empresa monopolista a curto prazo. A estrutura de custo é a mesma do exemplo anterior. A maximização dos lucros dá-se no intervalo compreendido entre 8 e 7 unidades. 
*
O Gráfico 8, que ilustra os dados da Tabela 5, mostra que o ponto de equilíbrio em condições de competição imperfeita seria alcançado ao nível de produção de 7,5 unidades, quando CMg=RMg=12. 
A linha continua levantada desse ponto Q=7,5 até a curva de procura identifica o preço de equilíbrio. 
Isso significa que ao preço de $ 27, a empresa está disposta a ofertar 7,5 unidades do produto considerado, porque essa é a combinação de preço, quantidade e custo que lhe assegura o lucro máximo.
*
 Monopólio
O monopólio, como se verifica, maximiza os lucros quando o preço pago pelo consumidor é bem maior do que o custo marginal correspondente, enquanto na concorrência perfeita, o preço e o custo marginal tendem a ser iguais. 
Assim, no monopólio, comparativamente com a concorrência perfeita, o preço que proporciona o máximo lucro não é o que conduz ao resultado social mais desejável.
O monopólio cobra mais e restringe a produção para maximizar seus resultados. 
*
Curvas de ofertas da firma na competição imperfeita e perfeita
Gráf2
		40		0.5		5.042		0.5		42		38		0.5
		1		40		4.148		42		1		1		38
		36		1.5		3.458		1.5		38		34		1.5
		2		38		2.972		40		2		2		36
		32		2.5		2.69		2.5		34		30		2.5
		3		36		2.612		38		3		3		34
		28		3.5		2.738		3.5		30		26		3.5
		4		34		3.068		36		4		4		32
		24		4.5		3.602		4.5		26		22		4.5
		5		32		4.34		34		5		5		30
		20		5.5		5.282		5.5		22		18		5.5
		6		30		6.428		32		6		6		28
		16		6.5		7.778		6.5		18		14		6.5
		7		28		9.332		30		7		7		26
		12		7.5		11.09		7.5		14		10		7.5
		8		26		13.052		28		8		8		24
		8		8.5		15.218		8.5		10		6		8.5
		9		24		17.588		26		9		9		22
		4		9.5		20.162		9.5		6		2		9.5
		10		22		22.94		24		10		10		20
		0		10.5		25.922		10.5		2		10.5		10.5
		11		20		29.108		22		11		11		18
RMg1
Rme1 e D1
CMg
RMe2 e D2
RMg2
RMg3
RMe3 e D3
Quantidade
Curva de oferta em concorrencia imperfeita
Plan1
				Quantidade		Receita Total		Receita Marginal		Receita Média		Preço
				(Q)		RT=P*Q		RMg=RTn-RTn-1		PMe=RT/Q=P		(P)				P		RT		RMg		P		RT		RMg
				0.5				40						5.042						42						38
				1		40				40		40		4.148		42		42				38		38
				1.5				36						3.458						38						34
				2		76				38		38		2.972		40		80				36		72
				2.5				32						2.69						34						30
				3		108				36		36		2.612		38		114				34		102
				3.5				28						2.738						30						26
				4		136				34		34		3.068		36		144				32		128
				4.5				24						3.602						26						22
				5		160				32		32		4.34		34		170				30		150
				5.5				20						5.282						22						18
				6		180				30		30		6.428		32		192				28		168
				6.5				16						7.778						18						14
				7		196				28		28		9.332		30		210				26		182
				7.5				12						11.09						14						10
				8		208				26		26		13.052		28		224				24		192
				8.5				8						15.218						10						6
				9		216				24		24		17.588		26		234				22		198
				9.5				4						20.162						6						2
				10		220				22		22		22.94		24		240				20		200
				10.5				0						25.922						2
				11		220				20		20		29.108		22		242				18		198
Plan1
		
Curva de demanda e receita média
Receita marginal
CMg
Quantidades
Gráfico 8. Ponto de equilíbrio em concorrencia imperfeita
Plan2
		
RMg1
Rme1 e D1
CMg
RMe2 e D2
RMg2
RMg3
RMe3 e D3
Quantidade
Curva de oferta em concorrencia imperfeita
Plan3
		Quantidade (Q)		CF		CV		CT=CV+CF		CMe		CFMe		CVMe		CMg
		0		40		0		40
		0.5		40												5
		1		40		5		45		45		40		5
		1.5		40												4
		2		40		9		49		24,5		20		4,5
		2.5		40												3
		3		40		12		52		17,33		13,33		4
		3.5		40												2,8
		4		40		14,8		54,8		13,7		10		3,7
		4.5		40												2,7
		5		40		17,5		57,5		11,5		8		3,5
		5.5		40												4,5
		6		40		22		62		10,33		6,66		3,66
		6.5		40												8
		7		40		30		70		10		5,71		4,28
		7.5		40												12
		8		40		42		82		10,25		5		5,25
		8.5		40												16
		9		40		58		98		10,88		4,44		6,44
		9.5		40												20
		10		40		78		118		11,8		4		7,8
		10.5		40												24
		11		40		102		142		12,90		3,63		9,27
		Quantidade (Q)		CF		CT=CV+CF		CV		CMe		CFMe		CVMe		CMg		RMg
		0		40		40		0								6.14		20
		0.5		40		42.787		2.787		85.574				5.574		5.042		20
		1		40		45.076		5.076		45.076		40		5.076		4.148		20
		1.5		40		46.969		6.969		31.3126666667		26.6666666667		4.646		3.458		20
		2		40		48.568		8.568		24.284		20		4.284		2.972		20
		2.5		40		49.975		9.975		19.99		16		3.99		2.69		20
		3		40		51.292		11.292		17.0973333333		13.3333333333		3.764		2.612		20
		3.5		40		52.621		12.621		15.0345714286		11.4285714286		3.606		2.738		20
		4		40		54.064		14.064		13.516		10		3.516		3.068		20
		4.5		40		55.723		15.723		12.3828888889		8.8888888889		3.494		3.602		20
		5		40		57.7		17.7		11.54		8		3.54		4.34		20
		5.5		40		60.097		20.097		10.9267272727		7.2727272727		3.654		5.282		20
		6		40		63.016		23.016		10.5026666667		6.6666666667		3.836		6.428		20
		6.5		40		66.559		26.559		10.2398461538		6.1538461538		4.086		7.778		20
		7		40		70.828		30.828		10.1182857143		5.7142857143		4.404		9.332		20
		7.5		40		75.925		35.925		10.1233333333		5.3333333333		4.79		11.09		20
		8		40		81.952		41.952		10.244		5		5.244		13.052		20
		8.5		40		89.011		49.011		10.4718823529		4.7058823529		5.766		15.218		20
		9		40		97.204		57.204		10.8004444444		4.4444444444		6.356		17.588		20
		9.5		40		106.633		66.633		11.2245263158		4.2105263158		7.014		20.162		20
		10		40		117.4		77.4		11.74		4		7.74		22.94		20
		10.5		40		129.607		89.607		12.3435238095		3.8095238095		8.534		25.922		20
		11		40		143.356		103.356		13.0323636364		3.6363636364		9.396		29.108		20
		
CMe
CFMe
CVMe
CMg
RMg
Quantidade
Gráfico 4. Custos: CMe, CFMe, CVMe e CMg
*
Curva da oferta da firma em concorrência perfeita 
Aqui a curva de procura D1 corresponde também à curva de receita marginal dado que RMg= P e na sua interseção com a curva do custo marginal (CMg) define o ponto de equilíbrio da firma: o ponto A, onde P=20 e Q=9,5. 
Se admitirmos o deslocamento dessa curva de procura para D2, e D3 teremos os novos pontos de equilíbrio B e C.
*
Curva da oferta
da firma em concorrência perfeita 
	Observe que, nos pontos A e B, o preço de equilíbrio está acima do custo médio ou unitário. Estes são, portanto, pontos ótimos que asseguram lucros extraordinários (máximos).
	No ponto C, porém, o preço é exatamente igual ao custo médio. Não há lucro nem prejuízo, mas não podemos esquecer que o custo de oportunidade está incluído nos custos. 
	Esse é o ponto ótimo particular: o ponto de nivelamento ou break even. 
*
Curva da oferta da firma em concorrência perfeita 
	No ponto D, a firma está tendo prejuízo porque o preço é inferior ao custo médio ou unitário. Todavia, enquanto o preço for superior ao custo variável médio, haverá uma sobra para cobrir parte dos custos fixos e, por isso, compensa continuar produzindo. Embora não se tenha lucros, está-se minimizando o prejuízo, já que não produzindo a perda seria maior.
Isso já não ocorre no ponto E. Aqui o preço não cobre o custo variável médio e a solução é o encerramento das atividades da empresa. Este é um ponto de fechamento ou shut down. 
*
Exemplo: problema de maximização de lucros de
uma firma com tecnologia Cobb-Douglas. 
*
Exercício
Suponha que você seja um administrador de uma fábrica de relógios de pulso que opera em um mercado competitivo. Seu custo de produção é expresso pela equação: C=25+Q-Q2 +(1/3)Q3, onde Q é o nível de produção e 25 – o custo fixo.
Se o preço dos relógios for $50, quantos relógios você deverá produzir para maximizar o lucro?
Qual será o nível de lucro?
Represente num gráfico a Curva de oferta da firma e nela o ponto de fechamento ou shut down e os segmentos que correspondem ao Prejuízo mínimo e aos Lucros máximos.
*
Exercício
nível de produção que maximiza o lucro= 8,071

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