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Fundações e Obras de Contenção Aula 7 – Obras de Contenções de taludes Profª Eng. Rosangela Oliveira Obras de estabilização de taludes Objetivos da aula: • Identificar os principais tipos de obras de contenção de taludes e encostas. • Reconhecer os tipos de drenagem aplicadas. Obras de estabilização de taludes Talude - qualquer superfície inclinada que limita um maciço de solo. - Podem ser naturais (encostas), ou artificiais (taludes de corte ou aterro). • Inclinação natural de taludes durante a execução de aterros é de 1/1 ou 45º (inclinação superior não garante a sua estabilidade. • Em escavações é normal que os taludes sejam de 45º. Em terrenos rochosos pode-se adotar valor superior. Os principais condicionantes para a estabilidade de um talude são: • a geologia (sua composição e estrutura); • a morfologia (declividade); • a hidrogeologia ( presença das águas superficiais e subterrâneas) As obras de estabilização de taludes estão divididas em dois grupos: • obras sem estruturas de contenção • obras com estruturas de contenção Contenção: elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões geradas com maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro. Muros: estruturas corridas de contenção constituídas de parede alvenaria, (concreto ou elementos especiais) vertical ou quase vertical, apoiada numa fundação rasa ou profunda. Cortinas: contenções ancoradas ou apoiadas com outras estruturas, caracterizadas pela pequena deslocabilidade. 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.1 - Estruturas de Contenção: Classificação e Definição Obras de estabilização de taludes 1. Obras sem estrutura de contenção – Quadro resumo dos tipos de obra utilizados na estabilização de massas de solo, segundo o IPT (1991). 1. Obras sem estrutura de contenção a. Retaludamento - NBR 11682 − Estabilidade de Encostas. É um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes para se conseguir uma estabilização do mesmo. 1. Obras sem estrutura de contenção Para talude de corte, de aterro e de encostas naturais, uma eficiente proteção e um sistema de drenagem superficiais, são essenciais para melhorar as condições de estabilidade, possibilitando o escoamento rápido à água da chuva, impedindo sua infiltração e erosão superficial. b. Drenagens: superficiais e subterrâneas b.1 – Superficiais - 1. Obras sem estrutura de contenção b.2 - Drenagens Subterrânea Trincheira drenante Ex: campo de futebol As trincheiras drenantes são feitas com drenos enterrados a pequena profundadade, usados para recolher a água que percola pelo maciço de solo e conduzi-la até pontos de captação. 1. Obras sem estrutura de contenção b.2 - Drenagens Subterrânea tipo trincheira drenante Obra: SP-461 é uma rodovia de pista simples, que interliga a cidade de Votuporanga à Nhandeara. Drenos Horizontais Profundos – DHP b. 2- Drenagens Subterrânea 1. Obras sem estrutura de contenção O DHP, tem por finalidade drenar a água do solo a fim de minimizar a carga que o solo exerce sobre o talude ou muro de contenção. • A perfuração do DHP é feita com inclinação aproximada de 5º de forma a propiciar a saída de água por gravidade; • É perfurado com diâmetro de 4 polegadas, na face dos taludes, com profundidades de 30 a 100 metros, em alguns casos chega a 200 metros. • São revestidos com tubos e filtros de PVC geomecânicos de 2 polegada Drenos Horizontais Profundos – DHP b. 2- Drenagens Subterrânea 1. Obras sem estrutura de contenção Ausência de Drenos: Efeito Drenos Horizontais Profundos – DHP b. 2- Drenagens Subterrânea 1. Obras sem estrutura de contenção Ausência de Drenos: efeito Drenagem de estruturas de contenção: Barbacãs b.2 - Drenagens Subterrânea 1. Obras sem estrutura de contenção Funcionalidade: Atua sobre o perfil das encostas de diferentes modos, favorecendo a fixação do solo, opondo-se a ao rastejo e erosão por escoamento superficial. c. Proteção superficial Cobertura vegetal: De uma forma geral, a vegetação protege o solo de vários efeitos climáticos e as raízes podem reforçar o solo, aumentando a resistência do sistema solo/raiz. 1. Obras sem estrutura de contenção Exemplo: Vetiver o Grampo Verde - Raiz profunda, densa e resistente 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.1 - Estruturas de Contenção: São estruturas que fornecem suporte aos maciços de terra e evitam o escorregamento causado pelo seu peso próprio (empuxo de terra e água) ou por carregamentos externos. Classificação pela transitoriedade da contenção: • Provisória: são aquelas de caráter transitório, sendo preferencialmente removidas quando cessada sua necessidade. • Definitiva: técnicas que só são economicamente recomendáveis em contenções definitivas e caracterizam-se por: - não permitirem o reaproveitamento dos componentes e materiais utilizados e - resultarem em contenções mais robustas ou pesadas. 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.2.1- Estruturas de Contenção: Provisória - Exemplos a. Contenções com perfis cravados e de madeira; 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.2.1- Estruturas de Contenção: Provisória - Exemplos Perfis metálicos b. Contenções com perfis metálicos justapostos Contenção para obra dos pilares de ponte - Hae Seo Rgand Bridge / Coréia (estacas prancha tipo AS500) 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.2.1- Estruturas de Contenção: Provisória - Exemplos a. Contenções com perfis/estrutura metálica; 2.2 _ Obras Permanentes Obras com Estrutura de Contenção Classificação: – Quadro resumo dos tipos de obra utilizados na estabilização de massas de solo, segundo o IPT (1991). Critérios para escolha do tipo de estrutura de contenção A solução a ser adotada levará em conta as particularidades de cada obra, atendendo aos critérios de segurança, economia e prazos. • altura da estrutura; • cargas atuantes; • natureza e características do solo a ser arrimado; • natureza e características do solo de fundação; • condições do NA local; • espaço disponível para construção; • equipamentos e mão de obra disponíveis; • experiência e prática das equipes; • especificações técnicas especiais; • análise de custos. 2. Obras com Estrutura de Contenção Os mais comuns tipos de contenção são os muros de arrimo. Quanto ao seu funcionamento estrutural, os muros de arrimo podem ser: a. Muros de Gravidade b. Muros de flexão a. Muros de gravidade - construídos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus, etc. • São estruturas corridas que se opõem aos empuxos horizontais pelo peso próprio, ou seja, dependem basicamente de seu peso para manter a estabilidade; • Suas dimensões são de tal ordem que não se desenvolvem tensões de tração em nenhuma seção. • Geralmente, são utilizados para conter desníveis inferiores a cerca de 5m. 2. Obras com Estrutura de Contenção 2. Obras com Estrutura de Contenção Muro A função do muro de arrimo é substituir a terra que foi removida para a feitura de um platô 2.1.1 - Muro ou alvenaria de pedra seca –tipo de alvenaria rudimentar que dispensa o uso de argamassa ou material ligante. • A resistência do sistema resulta do embricamento (Interlocking) de pedras arrumadas manualmente. • usa-se pedras, em geral, achatadas de diversos tamanhos, sobrepostas e com espaços vazios preenchidos por lascas da mesma pedra. • precisa ter espessura considerável para garantir a sua estabilidade. • ainda é usado em muros de arrimo devido a sua permeabilidade. 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.1 Tipos de muros de arrimo 2.1.1- Muroou alvenaria de pedra seca Aplicação: contenção de taludes de pequena altura, entre 1,5 m e 2,0 m Vantagens: facilidade de construção, baixo custo e capacidade autodrenante. Desvantagens: a estabilidade interna do muro requer que os blocos tenham dimensões aprox. regulares, o que reduz o atrito entre as pedras. Cuidados: a base do muro deve ter espessura mínima de 0,5 m e estar apoiada em plano horizontal inferior ao do terreno a ser protegido para reduzir o risco de ruptura por deslizamento no contato muro-fundação. 2. Obras com Estrutura de Contenção 2.1 Tipos de muros de arrimo 2.1.2- Muro de pedra argamassada Os vazios são preenchidos com argamassa de cimento e areia. • As blocos utilizados podem ter dimensões variadas. • A argamassa provoca uma maior rigidez no muro, porém elimina a sua capacidade drenante, assim, é necessário implementar os dispositivos de drenagem, tais como dreno de areia ou geossintético no tardoz e tubos barbacãs para alívio de poro-pressões na estrutura de contenção. Aplicação: contenção de taludes de até 3 m. Vantagens: facilidade de construção e baixo custo Cuidados: essencial implantação de drenagem por barbacãs. 2.1.3 - Muro de concreto ciclópico São em geral economicamente viáveis apenas quando a altura não é superior a de 4 metros. • A sessão transversal é usualmente trapezoidal, com largura da base da ordem de 50% da altura do muro. • Para muros com face frontal plana e vertical, recomenda-se uma inclinação para trás de pelo cerca de 2 graus com a vertical, de modo a evitar a sensação ótica de uma inclinação para a frente (tombamento). Aplicação: contenção de taludes superiores a 3 m. Vantagens: facilidade de construção e baixo custo em alturas reduzidas. Cuidados: execução de sistema de drenagem com barbacãs e dreno de areia. Pode-se realizar a drenagem na face posterior (tardoz) do muro, através de uma manta de material geossintético, com a água recolhida através de tubos de drenagem. das de2.1.4- Muro de arrimo celular de peças pré- moldadas (crib-wall) • São estruturas formadas por elementos pré-moldados de concreto armado, madeira ou aço, que são montados no local, em forma de “fogueiras” justapostas e interligadas longitudinalmente; • O espaço interno é preenchido com material granular graúdo. • São estruturas capazes de se acomodar a recalques das fundações e funcionam como muros de gravidade. • São usados em taludes cortados ou aterros, geralmente em obras rodoviárias. • É uma estrutura de contenção considerada de baixo custo, em que as peças mais usadas são as pré-fabricadas de concreto armado. das de2.1.4 - Muro de arrimo celular de peças pré- moldadas (crib-wall) Crib-wall em madeiraCrib-wall em pré moldados de concreto das de2.1.4 - Muro de arrimo celular de peças pré- moldadas (crib-wall) Crib-wall em madeira Entre os módulos e as peças, costuma-se plantar vegetações. . 2.1.5 - Muro de arrimo de gabiões Constituídos por gaiolas metálicas construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção. São preenchidas com pedras de mão (granulometria no mínimo 1,5 vez maior que a abertura da malha). Estes colocados superpostos, formam paredes verticais, capazes de suportar grandes deformações e proporcionar boa drenagem do solo arrimado. Aplicação: Na regularização de córregos, proteção de margens de cursos d’água e saneamento de fundo de vales, muros de contenção, controle de erosão e obras de emergência. • As dimensões usuais dos gabiões são: comprimento de 2m e seção transversal quadrada com 1m. 2.1.5 -Muro de arrimo de gabiões tipo caixa (mais comum) Vantagens: rapidez de construção, elevada permeabilidade, grande flexibilidade e aceitação de deslocamentos e deformações. Cuidados: regularização e nivelamento do terreno de fundação, boa arrumação das pedras e colocação de elemento de transição entre os gabiões e o material a ser contido. Em áreas urbanas, sujeitas a vandalismo, deve-se proteger com a face externa com argamassa* 2.1.5.1 - Muro de arrimo de gabiões: tipos Os tipos mais comuns são: a. Gabiões-caixa (visto anteriormente) b. Gabiões manta ou colchão c. Gabiões-saco. b. Gabiões manta ou Colchão: Estruturas retangulares de grandes dimensões e pequena espessura. Aplicações: Canalizações trapezoidais, Barragens de solo, Escadas dissipadoras, Plataformas de deformação. c. Gabiões-saco: São fornecidos em panos, para seu fechamento, cada peça em suas bordas, provém de arame entrelaçado em seus gomos para agilizar o seu fechamento. Muito utilizados na presença de água e solos de baixo suporte. Aplicações: Obras emergenciais, Defesas costeiras, Marinas, Piers, proteções de margens, etc. 2.1.5.1 - Muro de arrimo de gabiões: tipos 2.1.6 - Muro de arrimo de solo-cimento ensacado ou Rip-Rap Parte do princípio de que a mistura do cimento e do solo cria um material de melhores características, com maior resistência ao cisalhamento. • O solocimento costuma ser acondicionado em sacos de aniagem ou geossintéticos para facilitar a construção do muro. • Quando a mistura de solo-cimento se solidifica, os sacos deixam de ser necessários em termos estruturais para a obra de contenção. Aplicação: geralmente utilizado para obturação das erosões muros de contenção, proteção superficial de taludes e de margens de cursos d’água, principalmente em obras emergenciais localizadas em áreas urbanas. Vantagens: facilidade e rapidez de execução, grande flexibilidade e baixo custo. Cuidados: seleção criteriosa do solo a ser utilizado na mistura. Rip-Rap para proteção de Talude e obturação de erosão 2.1.6 - Muro de arrimo de solo-cimento ensacado ou Rip-Rap 2.1.7 - Muro de arrimo de Pneus Construídos a partir do lançamento de camadas horizontais de pneus, amarrados entre si com corda ou arame e preenchidos com solo compactado ou concreto. A utilização de pneus usados em obras geotécnicas apresenta-se como uma solução que combina a elevada resistência mecânica do material com o baixo custo, comparativamente aos materiais convencionais. Limitados a alturas inferiores a 5m e à disponibilidade de espaço para a construção de uma base com largura da ordem de 40 a 60% da altura do muro. 2.1.7 - Muros de arrimo com Pneus Cuidados: por ser uma estrutura flexível, as deformações horizontais e verticais podem ser superiores às usuais em muros de peso de alvenaria ou concreto. Assim sendo, não se recomenda sua construção para contenção de terrenos que sirvam de suporte a obras civis pouco deformáveis (estruturas de fundações ou ferrovias). A face externa do muro deve ser revestida, para evitar não só o carreamento ou erosão do solo de enchimento dos pneus, como também o vandalismo ou a possibilidade de incêndios. O revestimento deve ser resistente e flexível, ter boa aparência e ser de fácil construção. As principais opções de revestimento do muro são alvenaria em blocos de concreto, concreto projetado sobre tela metálica, placas pré-moldadas ou vegetação. 2.1.8 – Interação entre sistemas b. Muros de flexão – usualmente executados em concreto armado, com ou sem contrafortes e com ou sem tirantes. Podem empregar vigas de enrijecimento, no caso de maiores alturas. • Geralmente são aplicados em aterros ou reaterro, pois necessitam de peso extra. • O muro de flexão conta com uma laje de fundo e outra vertical. • São estruturas mais esbeltas com seção transversal em forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão. 2. Obras com Estrutura de Contenção • A laje da base apresenta, em geral, largura entre 50 e 70% da altura do muro. • Tornam-se antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 metros.b. Muros de flexão. 2. Obras com Estrutura de Contenção Técnica de contenção de taludes feita por meio da execução de chumbadores, concreto projetado e drenagem. - Os chumbadores promovem a estabilização geral do maciço; - o concreto projetado dá estabilidade local ao paramento e - a drenagem age em ambos os casos. Pode ser aplicada em: - maciços a serem cortados cuja geometria resultante não é estável - taludes existentes que não tenham estabilidade satisfatória e - taludes rompidos. O sucesso do solo grampeado depende: • da qualidade das investigações geotécnicas • do acompanhamento e avaliação de desempenho da obra. Obs: Não existe norma específica da ABNT para a execução de solo grampeado. 2.2 – Obras de Contençõs Especiais 2.2.1 – Solo grampeado 2.2 – Obras de Contençõs Especiais 2.2.1 – Solo grampeado 2.2 – Obras de Contençõs Especiais 2.2.1 – solo grampeado Não são todos os solos que são adequados à tecnologia de grampeamento: - é uma técnica que deve ser aplicada em solos com uma fração argilosa significante, de modo a que a coesão do solo seja igual ou superior a 10 kPa. Mas deve-se observar que: - Em solo argilosos cujo grau de saturação pode variar ao longo do tempo, resultando numa diminuição do atrito solo x grampo e ainda, em um aumento da tensão horizontal (empuxo hidrostático), a solução em solo grampeado não é recomendada. -As situações onde os deslocamentos permitidos pelo solo grampeado possam causar algum dano às estruturas adjacentes devem ser avaliadas com muito cuidado. 2.2 – Obras de Contençõs Especiais 2.2.1 – Solo grampeado 2.2.1 – Solo grampeado • Método patenteado, desenvolvido na França. A execução, deve contar com supervisão da empresa que detém a patente no Brasil. • Pode vencer alturas de até 20 m e conta com três componentes principais: o solo, as armaduras e a "pele“. • O solo envolve as armaduras e deve ser compactado conforme avança o aterro. • As armaduras são, na verdade, fitas metálicas lineares e flexíveis; necessitam de proteção à corrosão e são fixadas às "peles" por parafusos. • A "pele", ou face externa, é geralmente vertical e pode ser constituída de escamas metálicas ou placas de concreto armado. 2.2 – Obras de Contenções Especiais 2.2.2 – Terra Armada, solo armado ou solo reforçado 2.2 – Obras de Contenções Especiais 2.2.2 – Terra Armada, solo armado ou solo reforçado 2.2 – Obras de Contenções Especiais 2.2.2 – Terra Armada, solo armado ou solo reforçado • Utiliza tirantes protendidos e chumbadores para dar sustentação ao terreno. • Os tirantes ou chumbadores têm que ficar fora da zona de movimentação. Senão, a estrutura é carregada em caso de deslizamento. • Com as cortinas atirantadas é possível vencer qualquer altura e situação. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.3- Cortina atirantada • É um dos métodos mais modernos de contenção. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.3- Cortina atirantada 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.3- Cortina atirantada Método indicado para terrenos onde o solo da região próxima à contenção se mostra não coesivo ou com capacidade de carga não adequada ao carregamento de projeto. Desvantagens: • o alto custo, seguido da demora para a execução. A execução é feita por etapas. Somente a primeira linha é escavada. Em seguida, são feitas a perfuração e a inserção dos tirantes, que são chumbados em nichos no fundo do orifício. • O ponto crítico dessas estruturas é a barra de aço, que deve ser protegida com argamassa ou nata de cimento a fim de evitar corrosão e consecutivo rompimento do tirante ou chumbador. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.3 - Cortina atirantada 2.2 Obras de contenção especiais: 2.5 – Parede diafragma Método para estabilização de contenções e divisas. O sistema é composto de painéis de concreto armado, pré-fabricados ou moldados in loco. Escavada com o auxílio de um clamshell, que funciona como contenção em uma escavação. 1. Executada em painéis (lamelas) de concreto armado moldado “in loco”; 2. Podem ser sucessivas ou alternadas; 3. Largura de 2,50 a 3,20 m; 4. Espessuras variando de 30 cm a 1,20 m; 5. Podem absorver cargas distribuídas ou concentradas; 6. A qualidade depende da mureta guia e do acompanhamento por professional habilitado. 7. Podem ser ou não atirantadas. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.5 – Parede diafragma 2.2 Obras de contenção especiais: 2.5 – Parede diafragma Painel pré-moldado Parede moldada in loco 2.2 Obras de contenção especiais: 2.5 – Parede diafragma Esse tipo de contenção não apresenta restrições e pode ser opção em qualquer tipo de obra. As paredes diafragma são utilizadas na escavação, quando se pretende alcançar profundidades geralmente abaixo do nível do lençol freático e com agilidade executiva. Vantagens: • a capacidade de absorver esforços significativos de empuxo de solo e empuxo hidrostático; • o acabamento final próximo do ideal. OBS: Paredes diafragma não têm norma técnica publicada pela ABNT Geossintéticos: • Materiais sintéticos fabricados à base de polímeros e utilizados em obras geotécnicas, em associação com solos, rochas ou qualquer outro material de construção. • Os geossintéticos têm sido utilizados em substituição aos materiais de construção tradicionais e como reforço dos materiais natural. • O reforço de aterro com geossintéticos é apropriado a material terroso tipicamente granular não coesivo, variando de areia siltosa a pedregulho. • A face externa do aterro reforçado deve ser revestido para proteção contra os raios ultravioletas do geossintético de reforço. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 - Aterro reforçado com geossintéticos Principais tipos de Geossintéticos: 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 - Aterro reforçado com geossintéticos Tipos destacados: a. Geotêxteis b. Geogrelhas Função principal: reforço O uso desta técnica é destinada a 3 funções básicas: 1. alívio de empuxos em muros de arrimo; 2. estabilização de corpos de aterro com taludes íngremes (“muro de terra”); 3. recuperação de encostas e cortes rompidos, até com o material deslizado. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 - Aterro reforçado com geossintéticos 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 a- Aterro reforçado com GEOTEXTIL Produto têxtil bidimensional, permeável, cujas propriedades mecânicas e hidráulicas permitem que desempenhe várias funções numa obra geotécnica. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 a- Aterro reforçado com GEOTEXTIL No Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), para a execução de um canal de macrodrenagem, utilizou-se uma combinação de manta geotêxtil associada a um sistema de confinamento celular (geocélula de polietileno de alta densidade) preenchido com brita. A manta geotêxtil não tecida 100% poliéster foi instalada entre o solo base e as geogrelhas, atuando como elemento separador e filtro. Bolsa de geossintético: São bolsas ou tubos de geotêxtil em polipropileno de alta resistência. Aplicações mais comuns: controle de erosão ou à contenção de processos de ruptura superficial de taludes. Nesses casos, as bolsas são preenchidas com solo ou argamassa bombeada. Há também utilizações em obras de contenção para evitar escorregamentos e inundações. As fôrmas preenchidas transformam-se em grandes blocos. Aplicação: canalização de córregos, contenção de taludes, proteção de margens, barragens e controle de erosão. Vantagens: rapidez de execução e versatilidade Ler mais: http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/31/geobags-para-recuperacao- ambiental-acondicionamento-de-material-em-bolsas-296600-1.aspx2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 a- Aterro reforçado com GEOTEXTIL Revitalização da margem esquerda do Rio Balsas, na cidade de Balsas (MA) 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 a- Aterro reforçado com GEOTEXTIL: Bolsa de geossintético 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA • Atualmente, dentre os geossintéticos mais utilizados para reforço estão as geogrelhas. Estas são formadas por elementos resistentes à tração e integralmente conectado. • Tem função predominante de reforço, cujas aberturas permitem a interação do meio em que estão confinadas, constituído por elementos resistentes à tração. • A configuração das geogrelhas pode variar de acordo com a função e o processo de fabricação. • Cada geogrelha possui uma geometria e uma resistência à tração que a caracteriza. • Podem ser fabricadas a partir de metais, normalmente aço, ou, a partir de polímeros. 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA Esquema executivo Tipos de Geogrelhas 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA Aspecto da face externa do talude com a geogrelha ainda sem proteção superficial contra a radiação ultravioleta (cobertura vegetal ou outra). 2.2 Obras de contenção especiais: 2.2.4 b - Aterro reforçado com GEOGRELHA Relação de documentos padronizados NBR 5629 - Execução de tirantes ancorados no terreno. NBR 6497 - Levantamento Geotécnico. NBR 8044 - Projeto Geotécnico. NBR 8964 - Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado, para gabiões. NBR 9285 - Microancoragem. NBR 9286 - Terra Armada. NBR 9288 - Emprego de Terrenos Reforçados. NBR 11682- Estabilidade de Taludes. NBR 12553- Geossintéticos - Terminologia. Obrigada!
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