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Os Regimes Políticos (Maurice Duverger)
Os Partidos Políticos (Maurice Duverger)
Sociologia dos Partidos Políticos (Michels) 
Maurice Duverger - pensador político e sociólogo francês do séc XX; liberal democrata.
Enquanto defensor da democracia, o autor afirmava que as autocracias padecem de legitimação, apoiando no irracional e, muitas vezes, supondo uma concepção religiosa do poder.
Regime político: teoria que decorre sobre a relação entre governantes e governados; forma assumida da distinção entre governantes e governados.
Três abordagens: Quem escolhe os governantes? Como eles são escolhidos? Como eles agem?
O valor de um regime depende do valor dos homens que o compõem, logo o processo de seleção desses homens é uma base essencial.
Processos democráticos (os governados participam do processo de escolha dos governantes / eleições diretas – gerais, livres, francas).
Processos autocráticos (os governados não participam do processo de escolha dos governantes).
Entre eles: processos mistos (eleições indiretas).
Regime autocrático: Critérios de instauração baseadas no auto nomeação ou na hereditariedade; repousam no irracional (justificativa divina do governante possuir), e são colocados, segundo o autor, na situação de ausentes de consenso e adesão social.
Conquista do poder (revolução/golpe de Estado/pronunciamento)
Herança (forma mais difundida)
Cooptação (designação do governante futuro pelo governante em função)
Sorteio (designação dos magistrados)
Nomeação por outro governante
Regime democrático: Sob o mecanismo de eleições francas e diretas, o povo que decide quem serão seus governantes. Deixando de lado a democracia direta, passou-se a defender as democracias representativas, que admitiam transformações significativas: sufrágio universal e o surgimento de partidos políticos (que facilitavam uma união de interesses dos grupos sociais).
Evolução: Democracia restrita (votação e candidatura de parte da sociedade) Democracia direta (poder de decisão da assembleia dos cidadãos) Democracia representativa.
Regime misto: Sobreposição de estruturas e características democráticas às estruturas e características autocráticas, em um período de transição.
Justaposição, combinação, fusão.
Estrutura dos Órgãos de Governo: Assembleias - estrutura de Governo que tende a ser democrática composta por um conjunto de governantes que foram escolhidos pelos governados, ou órgãos constituídos por um só homem.
A estrutura interna dos governos é complexa e diversificada frente às novas atribuições das nações modernas. Ela dita a ordenação técnica e política dos governos.
Monocrático (real, ditatorial, presidencialista)
Diretorial (coletivo e igualitário)
Dualista (autonomia e coletividade)
As técnicas de limitação dos governantes visam o controle de seus poderes. São elas: 
Enfraquecer o governante
Empoderar os governados
Federalismo
Partidos flexíveis e rígidos ≠ partidos democráticos e autocráticos: os últimos termos aplicam-se para designar uma estrutura interna dos partidos, e não as doutrinas que defendem.
A nomenclatura “partido” é utilizada para os vários agrupamentos políticos que visam conquistar e exercer o poder [clãs, facções, clubes, etc.].
A divisão dos poderes, até então, era algo totalmente recusada por alguns autores (exemplo de Rousseau, que defendia o poder uno, que expressa a vontade geral).
A ideia de partido e a organização política são datadas a partir do século XIX, e só passaram a ser teoricamente defendidos quando a ideia de pluralismo de ideias e interesses foi aceita. Foi preciso que o pluralismo fosse exercitado na prática para então ser aceito e aí postulado, teorizado.
Duverger afirma que até 1850, nenhum país com exceção dos EUA possuía organizações partidárias. Encontravam-se tendências de opiniões. Em 1950, estes funcionavam em grande parte das nações civilizadas.
Desenvolvimento dos partidos: associado ao da democracia, isto é, à extensão do sufrágio popular e das prerrogativas parlamentares. Quanto mais as assembléias políticas vêem-se desenvolver suas funções e sua independência, tanto mais os seus membros se ressentem da necessidade de se agruparem por afinidades, a fim de agirem de comum acordo; quanto mais o direito de voto se estende e se multiplica, tanto mais se torna necessário enquadrar os eleitores por comitês capazes de tornar conhecidos os candidatos e de canalizar os sufrágios em sua direção. O nascimento dos partidos encontra-se ligado, portanto, ao dos grupos parlamentares e dos comitês eleitorais.
Criação de grupos parlamentares
Surgimento de comitês eleitorais
Ligação permanente entre esses elementos
Partidos políticos parlamentares e eleitorais
Partidos políticos de criação externa
Existem uma função e razões ideológicas, mas também questões geográficas envoltas dos partidos.
A corrupção está inscrita na estrutura dos regimes políticos, inclusive dos democráticos.
É exatamente por conta dessa figura da corrupção que se figura a disciplina partidária, ou seja, punições aplicadas aos políticos caso descumpram requisitos dos partidos.
Partidos externos: aqueles que foram criados por fatores externos, como sindicatos, por exemplo, (não vem de comitês eleitorais = origem interna)
Possuem sua origem fora dos comitês eleitorais, por isso são considerados externos.
	PARTIDOS EXTERNOS
	PARTIDOS ELEITORAIS E PARLAMENTARES
	(+) centralizados
	(-) centralizados
	Nascem na cúpula
	Nascem na base
	Os comitês eleitorais nascem de uma cúpula pré-existente
	Comitês eleitorais pré-existentes criam organismo central para organizar sua atividade
	(+) coerentes
	(-) coerentes
	(+) disciplinados
	(-) disciplinados
	Influência limitada do grupo parlamentar – vontade de submete-os à vontade de um comitê diretor independente dele.
	Influência preponderante do grupo parlamentar.
	A disputa eleitoral é um dos elementos de ação do partido, apesar de possuir um papel muito importante
	A disputa eleitoral é o objetivo central, em torno do qual o partido se organiza
	(+) mais comuns em países com sistema partidário desenvolvido
	(+) comuns em locais onde não há um sistema partidário em funcionamento
Robert Michels – sociólogo pioneiro da análise sociológica dos fenómenos oligárquicos no interior das formações políticas.
Os partidos, apesar de proclamarem em seus programas que promovem a democracia, internamente são pouco democráticos. Em sua obra “Sociologia dos Partidos Políticos”, Michels busca compreender porque isso ocorre, reforçando a ideia de que na medida em que o Estado se aproxima do poder, ele se parece com o Estado que queria transformar.
Qual o fator que determina, portanto, que os partidos se afastem de seus ideais iniciais e se transformem naquilo que contestavam?
Ideal prático da democracia é o autogoverno e, para isso, é necessário haver organização. A organização é considerada a condição absoluta da luta política conduzida pelas massas, pois revela o único meio de criar uma vontade coletiva, ela se torna uma arma na luta contra os fortes.
A organização fundamenta-se na igualdade absoluta, porém segundo Michels a impossibilidade de reunir indivíduos, além da falta de interesse dos cidadãos, tende aos afastar do epicentro das decisões políticas e cria a necessidade de representantes. Em sua origem, o chefe é apenas o servidor da massa, mas pouco a pouco exige-se então um conjunto de aptidões especiais. Essa especialização técnica cria uma elite operária, pois separa cada vez mais os dirigentes das massas.
Poder da decisão que é gradativamente retirado das massas.
A organização é uma tendência à oligarquia: ao mesmo tempo em que o mecanismo de organização fornece uma estrutura sólida, tem o efeito de dividir todo partido em uma minoria dirigente e uma maioria dirigida. 
A necessidade de serem dirigidos é muito forte entre as massas.
Michels reduz a participação popular afirmando que ao votar se faz um ato soberano e ao mesmo tempo renuncia-se a soberania,pois terminadas as eleições termina também o poder dos eleitos sobre os eleitores. Representar, na prática democrática significa aceitar como vontade da massa o que não passa de vontade individual.
A organização deixa de ser um meio e se torna um fim, não há para ele luta de princípios, há apenas uma luta de concorrência pelo poder. 
Michels conclui então que a massa nunca é soberana, a não ser de forma abstrata. A democracia para ele é um ideal que não pode ser real.
Análise do burocratismo de tendências centralizadoras e descentralizadoras.
Centralizadoras: Nos grandes partidos nacionais há uma tentativa de centralização partidária, para que as questões de ordem internacional se esvaiam com as especializações, mas não é absoluta.
Descentralizadoras: Estratégia das minorias. Tem como efeito a formação de oligarquias de menor extensão que exercem poderes nos seus limites de ação.
*Enquanto que a palavra de ordem das maiorias é a centralização; a das minorias é a autonomia.

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