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MODELAGEM DE UM EDIFÍCIO EM ALVENARIA 
ESTRUTURAL NO TQS 
Prof° Jean Marie Dèsir 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil 
Diego Guimarães 
Luciano Melchiors Martin 
Disciplina de Análise de Alvenaria Estrutural 
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OBJETIVOS 
•Modular uma edificação para ser projetada em alvenaria 
estrutural; 
•Lançar essa edificação no software TQS, no módulo 
CAD/Alvest; 
•Verificar os resultados obtidos pelo programa, 
considerando blocos de concreto de acordo com a NBR 
10837/89, para averiguar a necessidade de utilizar 
alvenaria armada; 
•Comparar com o resultado do projeto de paredes 
selecionadas utilizando blocos cerâmicos, conforme a nova 
norma NBR 15812/10. 
As edificações em alvenaria estrutural devem ser 
moduladas de acordo com a família de blocos que se 
pretenda utilizar. Essa característica demanda 
interação entre os profissionais envolvidos no projeto 
e impossibilita improvisações em canteiro 
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MODULAÇÃO DO EDIFÍCIO NO 
AUTOCAD 
CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO 
• Composto de 8 pavimentos (térreo + 7 tipos), 
com pé-direito de 2,70 m 
• Inicialmente projetado para ser lançado em 
concreto armado, foi adaptado (modulado) 
para ser lançado em alvenaria estrutural 
• Possui um eixo de simetria no eixo Y global 
• Adoção da família de blocos com módulo 
M = 15 cm 
Planta baixa do edifício antes da modulação 
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Cortes do edifício 
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Lançamento de grid com espaçamento de 15 cm no Autocad 
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MODULAÇÃO DO EDIFÍCIO 
A extensão de arquivos do TQS é dwg, porém é um dwg diferente do Auto 
Cad. Este arquivo deve ser salvo no formato dxf. 
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Este arquivo deve ser importado para dentro do tqs. 
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CRIAÇÃO DO EDIFICIO NO TQS 
• O CAD/Alvest é um módulo do TQS no qual o usuário entra com 
informações geométricas e de carregamentos e o programa faz a 
análise de esforços atuantes e apresenta o desenho das elevações das 
paredes 
• O CAD/Alvest é um programa de verificação, onde o usuário entra 
com o valor de fp pretendido e o software calcula o fp das 
subestruturas selecionadas 
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• Salienta-se que o programa é destinado para alvenaria não-armada, 
sendo que as armaduras presentes são apenas construtivas 
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Na tela inicial deve ser marcada a guia de Alvenaria estrutural. 
Para criar o novo edifício 
CRIAÇÃO DE UM NOVO EDIFÍCIO NO TQS 
Na guia gerais deve ser selecionada a opcão Alvenaria estrutural 
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Em pavimentos deve ser definido o tipo de pavimento, número de pisos e 
o pé direito. Clicando em acima e abaixo se insere os outros pavimentos. 
Corte Esquemático gerado pelo TQS 
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Em cargas deve-se ser inseridas todas as determinações de vento que 
são dispostas de acordo com a NBR 6123. 
O TQS calcula os coeficientes de 
Arrasto do Vento , segundo a NBR 
6123, de acordo com as dimensões 
do edifício. 
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Em Alvenaria deve ser marcado desenho 
Deve ser acrescentado um novo fabricante e os dados de fabricantes. 
Juntas, pé direito e graute, se define as propriedades destes elementos 
Na guia paredes e elevação: definição do número de fiadas e altura da laje 
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Critérios de Projeto. 
O numero de fiadas e a altura da laje são dependes do pé-direito do 
edifício 
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Na guia desenhos, armaduras e grautes 
Na guia cintas, definir a bitola da armadura das cintas bem como as 
fiadas onde estão localizadas 
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No final o programa irá pedir se deseja salvar os dados 
Deve-se definir as portas e janelas 
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Edição das dimensões dos blocos de janelas e 
portas 
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EDIÇÃO GRÁFICA DO PROJETO 
Após a criação da árvore do edifício, deve-se inserir o desenho 
arquitetônico como plano de fundo para a colocação dos blocos 
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Seleciona-se o pavimento desejado na árvore à esquerda e abre-se o 
editor gráfico clicando no botão superior direito 
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A tela do Editor Gráfico aberta 
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Para misturar o desenho arquitetônico no editor do TQS 
Seleciona-se o comando misturar e depois se escolhe o arquivo com 
extensão .dxf 
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Barra de blocos 
Barra de paredes 
Barra de lajes 
Barras de atalho do editor gráfico 
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Barra de subestruturas 
Barra de armaduras construtivas 
Barras de atalho do editor gráfico 
Primeiramente deve-se escolher o tipo de bloco no ícone: inteiro, meio 
bloco, bloco e meio, etc. 
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Deve-se definir o ângulo de inserção do bloco através do comando 
ângulo atual 
Colocação dos blocos na planta 
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Deve-se inserir o bloco com o ícone 
Apertando F2 pode-se escolher a aresta que deseja-se inserir o bloco, 
acionando a tecla f pode-se escolher o lugar onde se deseja o bloco 
Deve-se ter o cuidado com as juntas prumos. A próxima etapa é a 
inserção das janelas e portas. 
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No ícone portas deve se definir a porta que se deve utilizar 
Deve-se definir o ângulo atual, e inserir a porta atual 
Deve-se inserir a janela seguindo, os mesmos passos utilizados na 
inserção das portas 
A próxima etapa é definir as cercas de paredes, utilizando a sequência de 
comandos a seguir: 
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Definição das cercas de paredes 
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Deve-se ter o cuidado na hora da definição de paredes, pois o programa 
pode se perder nesse procedimento. Deve-se ter o cuidado de dentro da 
cerca da parede para evitar superposições entre as paredes. 
Paredes são elementos que irão receber as cargas da laje. Quando são 
definidas as paredes devem ser feitas com cuidado pois o programa irá 
colocar as linhas de cargas. 
A amarração das paredes é realizado com o englobamento de pelo um 
bloco transversal ao eixo da parede considerada 
O contorno fechado pelas linhas de carga delimita a região onde há a 
transferência das cargas das lajes 
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O nome da parede deve ser acrescido dentro da região em que foi 
delimitada a parede. 
Definição das subestruturas 
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As subestruturas são a maneira como o programa distribui as tensões 
nas paredes. 
Há 3 tipos de subestruturas: para cargas verticais e solicitações nas 
direções X e Y 
Elas devem ser inseridas com o seguinte procedimento: 
Subestruturas, cerca/ subestrutura. 
DEFINIÇÃO DAS SUBESTRUTURAS 
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Deve-se determinar o conjunto de paredes nos quais a carga vertical irá se 
distribuir 
O nome da subestrutura deve ser acrescido dentro da região que foi delimitada a 
subestrutura. 
Definição das subestruturas verticais 
Nas regiões onde há juntas prumo, deve-se separar as subestruturas verticais, 
pois não há transferência de esforços nesses locais 
Definição das subestruturas em X e Y 
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As subestruturas em X são os elementos que vão absorver as tensões 
provenientes do vento na direção X, o mesmo acontecendo em Y. 
Lembrando que o eixo X e eixo Y estão definidos abaixo: 
Elas devem ser inseridas com o seguinte procedimento: 
Subestruturas, cerca/ subestrutura. 
 
x 
y 
Definição das Lajes 
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Deve-se acionar o editor de lajes que se encontra: 
O TQS separa as cargas em permanentes e acidentais. 
Deve-se observar que o peso próprio das estruturas é estabelecido 
automaticamente com base no peso específico dos materiais. 
A carga acidental deve ser especificada de acordo com o prescrito pela 
NBR 6120. 
 
Definição das Lajes 
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Nesta janela pode-se definir as propriedades da laje inserida 
As cargas de lajes podem ser alteradas neste ícone 
Verificação de Erros 
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Depois de lançados todos os blocos, as paredes, as subestruturas 
verticais, em X, em Y e as lajes, deve ser realizada a verificação dos erros.Desta forma verifica-se se existem inconsistências no lançamento da 
estrutura. 
O ícone abaixo verifica os erros e a consistência do pavimento 
Este ícone verifica a listagem dos erros e é utilizado depois ícone anterior 
 
Verificação de Erros 
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A verificação dos erros nas lajes é realizada clicando-se neste ícone, esta 
verificação analisa a consistência das lajes 
Os erros deve ser corrigidos um a um e reprocessados, pois desta forma 
torna-se mais rápido o processamento. 
Este ícone ativa e desativa a visualização de: paredes, janelas, portas, 
subestruturas, blocos, etc... 
Análise geral de todo o procedimento 
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Processamento Global da estrutura 
Após a verificação da consistência por pavimento, é realizado o 
processamento global da estrutura. 
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Processamento Global da estrutura 
O programa classifica os erros apresentados em: avisos, leves e 
graves. Usualmente, só os erros graves impedem a análise da 
edificação 
Nesta etapa o programa verifica se as tensões atuantes são inferiores 
às admissíveis, transfere as cargas para os pavimentos inferiores e 
produz os desenhos de paredes em elevação. 
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Processamento Global da estrutura 
O programa utiliza dois critérios para verificar a estabilidade global: 
gama z e alfa simplificado 
O Alvest também analisa se o edifício passa na análise de estabilidade 
global 
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Visualização de Resultados 
Os resultados gerados pelo programa podem ser verificados de duas 
maneiras: desenhos e listagens. Esses arquivos estão localizados na 
árvore do pavimento. 
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PROJETO ANALISADO 
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Projeto Analisado 
O projeto foi concebido em alvenarias de blocos de concreto, uma vez 
que essa é a premissa requerida pelo CAD/Alvest. 
Portanto, o dimensionamento segue os critérios definidos pela NBR 
10837 para alvenaria não armada. 
Após uma revisão na bibliografia, estimou-se uma eficiência entre 
resistências de prisma e bloco de 0,8 
Devido às elevadas tensões de compressão a que as paredes são 
solicitadas, decidiu-se adotar um bloco de concreto com fb=18 MPa, 
resultando em fp=14,4 MPa 
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Projeto Analisado 
Utilizando uma relação de resistência argamassa/bloco de 0,7, resulta 
em uma argamassa de 12,6 MPa. 
Com isso, deve-se usar, conforme a NBR 10837, os seguintes valores 
para as tensões admissíveis de tração e cisalhamento. 
A seguir são apresentadas imagens das etapas de lançamento do 
edifício 
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Lançamento dos blocos do edifício 
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Lançamento de portas e janelas do edifício 
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Lançamento das paredes do edifício 
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Lançamento das linhas de cargas do edifício 
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Lançamento das subestruturas verticais do edifício 
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Lançamento das subestruturas na direção X 
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Lançamento das subestruturas na direção Y 
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Todas as lajes lançadas no prédio 
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PROCESSAMENTO 
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Processamento 
Após o processamento global da estrutura, verificou-se que algumas 
paredes que não passavam ao esforço de tração e cisalhamento, 
principalmente na região sob a caixa da água, onde havia poucas 
paredes transversais de contraventamento. 
Para solucionar esse problema, optou-se por adicionar paredes sob a 
laje do reservatório, a fim de distribuir melhor as tensões atuantes e 
também aumentar o contraventamento do edifício. 
Outro procedimento adotado para aumentar a rigidez do edifício foi o 
grauteamento de alguns blocos na região sob a caixa da água, criando 
uma região com maior rigidez. Esse processo de grauteamento 
também foi utilizado nas poucas paredes que não passavam à 
compressão. 
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Mudança na planta baixa com adição de paredes. Notar 
o grauteamento em vermelho 
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Processamento 
Com as mudanças implementadas, as paredes da edificação passaram 
pelas verificações prescritas pela NBR 10837, considerando uma 
resistência de prisma de 14,40 MPa. 
Verificou-se também a estabilidade global do edifício, através do 
parâmetro alfa, sendo também aprovado neste quesito 
A seguir mostra-se um trecho de listagem com valores de fp de 
paredes, onde todos eles estão abaixo de 1440 tf/m² 
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Verificação da estabilidade global - alfa 
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Exemplo de desenho de elevação de parede 
Par 76 térreo (mais solicitada) – Armaduras construtivas 
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Desenho 3-D do edifício

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