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Bacia Hidrográfica do Estado de São Paulo – Alto Tietê

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Prévia do material em texto

Cláudio de Souza Soares 
RGM 130.922-6 
 
 
 
 
 
 
EXÉRCICIOS DOMICILIARES PARA COMPENSAÇÃO DE 
AUSÊNCIAS 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
20/12/2017 
 
 
 
 
 
 
Cláudio de Souza Soares 
RGM 130.922-6 
 
 
Trabalho sobre a BACIAS 
HIDROGRÁFICA DE SÃO 
PAULO – Alto Tietê, 
apresentado ao Professor 
Anderson Almeida Costa do 
Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Cruzeiro do Sul –
UNICSUL/SP, como exigência 
para compensação de faltas 
para aprovação na disciplina de 
Tópicos Especiais de 
Engenharia. 
 
SÃO PAULO 
20/12/2017 
2 
 
INTRODUÇÃO 
Em função da importância da bacia do Alto Tietê, dentro do Estado de São 
Paulo, sua conexão com bacias vizinhas como a do Piracicaba e da Baixada 
Santista, e a importância desse Estado dentro do país, já se pode antecipar o 
impacto que podem ter no ponto de vista social, econômico e ambiental, as 
ações que serão adotadas dentro desta bacia que, em última análise, visam 
permitir o uso de seus recursos hídricos de maneira sustentável. Por outro 
lado, pode-se esperar que esse Comitê e suas ações continuem sendo uma 
referência para o resto do país como foi no período desde que foi promulgada a 
Lei de São Paulo, que precedeu a Lei Federal de 1997. De fato, naquele 
período, as experiências vividas na Bacia do Alto Tietê em muito influíram na 
própria elaboração da lei federal e na constituição de outros comitês mesmo 
em outros Estados. Mas não somente os aspectos e experiências positivas 
contam para o longo aprendizado da gestão de bacias. Os problemas 
enfrentados e mesmo as perplexidades geradas ao longo desse processo 
dentro da bacia do Alto Tietê são lições úteis que podem ser aproveitadas. A 
busca de soluções para os problemas diagnosticados podem conduzir os 
diferentes grupos dentro das bacias a preconizarem soluções distintas para os 
mesmos assuntos e é normal que cada um queira ver seu ponto de vista 
prevalecer, gerando assim uma disputa as vezes bastante acirrada. Assim é 
que os conflitos existentes nas sub-bacias do Tietê são um claro reflexo da 
discussão em torno das várias alternativas para a solução dos problemas lá 
existentes, que podem ter vários tipos de solução, cada uma delas sendo 
defendida ardorosamente pelos vários grupos envolvidos. Essa aparente 
dificuldade gerencial, na realidade, pode ser decorrente do próprio processo de 
gestão que é muito democrático e participativo, não se constituindo 
necessariamente em um defeito institucional. 
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT) foi criado pela Lei 
Estadual nº. 7663/1991. A partir de 1997, foram criados seus cinco subcomitês: 
Alto Tietê-Cabeceiras; Cotia-Guarapiranga; Juqueri-Cantareira; Billings-
Tamanduateí; Pinheiros-Pirapora. O CBH-AT é um órgão colegiado vinculado 
ao estado de São Paulo, de caráter consultivo e deliberativo, de nível regional e 
3 
 
estratégico, que compõe o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos 
Hídricos - SIGRH. Um de seus objetivos é promover o gerenciamento 
descentralizado, participativo e integrado dos recursos hídricos, sem 
dissociação dos aspectos quantitativos e qualitativos, em sua área de 
atuação. É constituído por representantes dos três segmentos: estado, 
município e sociedade civil, com participação paritária, sendo 18 membros por 
segmento. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Área de drenagem: 5.868km². 
 População: 19.959.976 habitantes. 
Principais rios: Tietê, Pinheiros, Tamanduateí, Claro, Paraitinga, Jundiaí, 
Biritiba-Mirim e Taiaçupeba. 
 Principais reservatórios: Paraitinga, Ribeirão do Campo, Ponte Nova, 
Biritiba-Mirim, Jundiaí, Taiaçupeba, Bilings, Guarapiranga, Pirapora, 
Represas do Sistema Cantareira e Pedro Beicht. 
4 
 
 Principais atividades econômicas: Maior polo econômico do país, 
centralizando a sede dos mais importantes complexos industriais, 
comerciais e financeiros do país. Abriga uma série de serviços 
sofisticados, definidos pela interdependência dos setores, que se 
integram e se complementam. O setor de serviços é o mais expressivo e 
mostra uma grande complementaridade com a indústria. Ressalta-se 
ainda o setor de transporte, de serviços técnicos às empresas, de saúde 
e de telecomunicações. 
 Unidades de Conservação: APA Cajamar, APA Haras de São Bernardo, 
APA Mata do Iguatemi, APA Parque e Fazendo do Carmo, APA 
Piracicaba e Juqueri-Mirim, APA Sistema Cantareira, APA Várzea do Rio 
Tietê, EE de Itapeti, PE Alberto Löfgren, PE da Cantareira, PE Chácara 
da Baronesa, PE Fontes do Ipiranga, PE Jaraguá, PE Juquery, PE 
Nascentes do Tietê, PE da Serra do Mar, RB Alto da Serra de 
Paranapiacaba, RPPN Voturuna V, RPPN Sítio Curucutu, RPPN Sítio 
Capuavinha, RPPN Sítio Ryan, RPPN Voturuna II, RPPN Paraíso e 
RPPN Mahayana. 
 
 
CABECEIRA DA BACIA DO ALTO TIETÊ 
A Bacia Hidrográfica do Alto Tietê Cabeceiras tem 1.889 km2 de área de 
drenagem e é constituída pelos rios Tietê (desde sua nascente até a divisa com 
Itaquaquecetuba), Claro, Paraitinga, Biritiba-mirim, Jundiaí e Taiaçupeba-mirim. 
Nessa Bacia estão presentes os reservatórios Ribeirão dos Campos, Ponte 
5 
 
Nova (no município de Salesópolis), Jundiaí (em Mogi das Cruzes), Taiaçupeba 
(na divisa de Mogi das Cruzes com Suzano), Biritiba (em Biritiba-Mirim) e 
Paraitinga (em Salesópolis). Os dois últimos são os mais recentemente 
concluídos. 
 
Sobrevoo no Sistema Alto Tietê. Foto: DAEE / Divulgação 
 
MUNICÍPIOS 
Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, 
Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da 
Rocha, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, 
Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, 
Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana do Parnaíba, 
Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da 
Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra. 
 
1 - CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO ALTO TIETÊ. 
Características Fisiográficas e Hidroclimáticas. A Bacia do Alto Tietê a 
montante da barragem de Pirapora abrange uma área de drenagem de 5.720 
km2, incluída a bacia integral do rio Pinheiros com as sub- bacias dos 
6 
 
reservatórios Billings e Guarapiranga. A bacia hidrográfica do Alto Tietê tem um 
comprimento de cerca de 130 km, e larguras variando entre menos de 10 até 
pouco mais do que 70 km. As linhas de drenagem apresentam nítida 
orientação segundo as direções E-W a ENE-WSW, ou direções ortogonais a 
estas, como conseqüência do forte controle estrutural exercido pelas rochas 
constituintes, conforme será referido no sub-item “Geologia da Bacia do Alto 
Tietê”, a seguir. Quanto às nascentes do rio Tietê, são tradicionalmente 
referidas a um local denominado “Nascentes do Tietê” localizado no município 
de Salesópolis, próximo à divisa com o município de Paraibuna. Esta 
localidade, porém abrange uma área constituída pelas ramificações de diversos 
pequenos contribuintes, tornando muito difícil a definição do talvegue principal 
do rio e assim seu verdadeiro ponto de origem. Há inclusive, conforme o 
mapeamento utilizado (I.G.G., I.G.C. ou I.B.G.E.), uma certa dispersão entre as 
várias nascentes indicadas por cada um deles. Adotando-se o critério de maior 
extensão do talvegue, que corresponde ao ponto mais distal da bacia, e da 
cota mais elevada, mencionase o ponto definido no mapeamento I.G.C. cujas 
coordenadas U.T.M.são N= 7.390.825 e E= 425.070, ponto este situado no 
entorno da cota 1.115 m. Esta nascente se situa a 230km de distância de 
Pirapora, extensão esta medidaao longo do talvegue intensamente meandrado 
do rio, conforme ainda se verifica no trecho a montante da Penha e além de 
Mogi das Cruzes. Análises cartográficas mais extensivas da hidrografia 
regional revelaram, porém que o ponto mais distal da bacia do AltoTietê está 
localizado, não no rio Tietê, mas no rio Paraitinga, afluente da margem direita 
do Tietê, que desemboca cerca de 11 km a jusante da barragem de Ponte 
Nova. Assim, de acordo com o critério de maior extensão de talvegue, as 
nascentes do rio Paraitinga é que se constituiriam, a rigor, nas verdadeiras 
nascentes do rio Tietê. Este ponto, situado a cerca de 243 km do mesmo 
marco inicial, Pirapora, e ao longo do mesmo talvegue meandrado, está 
também localizado no município de Salesópolis, mas na localidade “Bairro da 
Roseira”, a cerca de 1.300m ao sul das nascentes tradicionalmente referidas. 
Para fins de referência, este ponto possui as coordenadas U.T.M.: 
N=7.389.550; E= 424.600. Situa-se no entorno da cota 1.100m. A bacia do Alto 
Tietê constitui-se por uma vasta rede de tributários contabilizando-se no trecho 
7 
 
quase uma centena. Vários deles se destacam não apenas pela magnitude de 
suas áreas de drenagem e pelos caudais que geram, com grandes prejuízos às 
atividades urbanas, mas também pela importância que representam, seja nos 
aspectos históricos da região, seja por sediar importantes projetos de 
engenharia nas áreas energética, de abastecimento e hidráulica. Destacam-se, 
com base nas amplitudes das áreas de drenagem, no sentido de montante 
para jusante: Na margem direita: rios Paraitinga, Baquirivu-Guaçu, Cabuçu de 
Cima e Juqueri. Na margem esquerda: rios Claro, Biritiba-Mirim, Jundiaí, 
Taiaçupeba-Açu, Aricanduva, Tamanduatei, Pinheiros, Cotia e São João do 
Barueri. 
 
SISTEMA ALTO TIETÊ 
 
8 
 
 
INDICE PLUVIOMÉTRICO 
No gráfico abaixo você pode acompanhar o volume armazenado e a 
pluviometria (chuva) diária no sistemas Alto Tietê no ano de 2015. 
 
9 
 
REGIÃO DO ALTO TIETÊ 
 
Arujá 
Emancipou-se de Santa Isabel em 18 de fevereiro de 1959. 52% de seu 
território é considerado área de proteção de mananciais. Na cidade 
a preservação ambiental é bastante acentuada e visível, como em todos 
municípios limítrofes da região metropolitana. É conhecida como "Cidade 
Natureza". Está em processo de industrialização, em parte devido a 
proximidade de Guarulhos, que detém um dos dez maiores parques industriais 
do país. O município encontra-se na microregião de Guarulhos. 
Biritiba Mirim 
Biritiba Mirim, em tupi-guarani, significa lugar pequeno onde nascem muitos 
biris. Se emancipou de Mogi das Cruzes em 1963. A cidade é servida 
amplamente por diversos rios, incluindo o Tietê. Apresenta alto grau de mata 
nativa da Mata Atlântica. É um dos "pulmões" da Grande São Paulo. Destaque 
para presença de imigrantes japoneses, vindo a partir de 1929 que até hoje, 
atuam no ramo hortifrutigranjeiro. 
10 
 
Ferraz de Vasconcelos 
O nome da cidade deriva do engenheiro José Ferraz de Vasconcelos. É uma 
homenagem póstuma ao profissional da Central do Brasil que ajudou a 
implantar a estação de trem do município. Foi um dos "berços" da uva Itália no 
Brasil. Sua emancipação política-administrativa de Poá ocorreu em 1954. 
Guararema 
Eleva a condição de cidade em 1906, Guararema tem um clima considerado 
por muitos como ótimo, muitas belezas naturais, e arquitetura histórica. Tudo 
isso confere à Guararema vocação turística. Um dos destaques da cidade é 
a Pedra Montada, no Parque Municipal da cidade. 
Itaquaquecetuba 
É uma das cidades mais populosas do Brasil, mais precisamente a 63ª. Pela 
cidade passa o Trópico de Capricórnio. A cidade possui forte vocação 
industrial, por causa de sua localização geográfica, por onde passam rodovias 
como a SP-56, SP-66 e rodovia Ayrton Senna e a proximidade com outros 
grandes centros urbanos como a capital e Guarulhos. É município desde 1953, 
quando se emancipou de Mogi das Cruzes. Destaque também para o Parque 
Ecológico do Tietêno qual divide com os dois municípios citados anteriormente. 
Mogi das Cruzes 
É a cidade mais populosa do Alto Tietê, 15ª de São Paulo. Recebeu e recebe 
forte influência japonesa. No últimos anos teve um crescimento econômico 
acentuado, com a chegada de novas empresas. Mogi das Cruzes alternou 
pobreza e progresso, como passagem e pouso de viajantes e é hoje centro 
administrativo do Alto Tietê. Suzano, Poá, Ferraz e Itaquá foram seus distritos 
no passado. Destaque para o "cinturão verde", que concentra a maior produção 
de hortifrutigranjeiros do país, as universidades UMC e UBC, setor de comércio 
e serviços dinâmicos e grande parque industrial. Hoje rivaliza com Suzano no 
qual foi seu bairro. Contém um Shopping de médio porte que contém sete salas 
de cinema. 
11 
 
Poá 
Emancipou-se de Mogi das Cruzes em 1949. É uma das estâncias do estado 
de São Paulo. Da Fonte Áurea é retirada a Água Mineral Poá, que é 
comercializada em todo o país e que é considerada a mais radioativa água 
mineral do Brasil. Recebeu o título de estância hidromineral em 1970 e 
posteriormente, 1978, de estância turística. É um dos municípios com menor 
território no estado, mesmo assim possui vantagem geográfica por estar 
localizado bem ao centro do Alto Tietê em relação à Capital. A exposição de 
flores Expoá, e a forte vocação econômica para serviços, com mais de 20.000 
empresas do tipo instaladas na cidade, atraídas por uma das menores 
alíquotas de ISS do estado, 2%. 
 
 TRECHO DO RIO TIETÊ EM POÁ 
Salesópolis 
A natureza deu a Salesópolis a nascente do Rio Tietê. A maior parte do 
território do município é protegido por leis de proteção ambiental. Ali não são 
permitidas indústrias. Por ter tantas qualidades naturais foi classificada também 
como estância turística. O nome da cidade, que se emancipou em 1857, é uma 
homenagem ao presidente Campos Sales. Pela região passava a Rota do Sal, 
traficado para burlar o monopólio real e havia movimentado comércio de índios 
e escravos negros. A localização "dentro" da Serra do Mar -, o clima, suas 
belezas naturais, seu manancial de águas fazem de Salesópolis um pólo 
turístico de inestimável valor. 
Santa Isabel 
12 
 
Santa Isabel foi sendo formada indiretamente pela corrida do ouro, no século 
XVIII. A cidade possui vocação agrícola, pecuária e avícola. Possui uma 
população flutuante 15.000 habitantes nos feriados e fins de semana, atraídas 
por chácaras e sítios da zona rural da cidade, que oferecem as belezas 
naturais da cidade. O município encontra-se na microregião de Guarulhos. Por 
se tratar de uma cidade que tem mais de 80% de seu território em áreas de 
preservação de mananciais, quase não possui indústrias, por outro lado, seu 
potencial turístico é muito vasto. Lá nasce o Rio Jaguari, rio que nomeia a 
represa que corta além da cidade, as cidades de Igaratá e Jacareí. 
Suzano 
O nome da cidade também é uma homenagem a um engenheiro da Central do 
Brasil, Joaquim Suzano Brandão, que trouxe melhorias para a estação de trem 
da cidade. Se emancipou de Mogi das Cruzes em 1949. A cidade possui 
grandes indústrias, entre elas a multinacional Suzano Papel e Celulose, que 
divulga o nome da cidade no Brasil e no exterior, além de responder sozinha 
por 45% da arrecadação de ICMS da cidade. Destaque também para o esporte 
no município - como o time do Ecus - e o cultivo de flores. Tem o segundo 
maior PIB per capita do Alto Tietê. 
 
CURIOSIDADES 
Qualidade da água 
Na Bacia do AltoTietê Cabeceiras, a degradação da qualidade da água dos 
reservatórios que compõem o Sistema Produtor Alto Tietê (que contribui com 
12% do total necessário à Região Metropolitana, fornecendo cerca de 10 m3 de 
água por segundo) está mais associada ao manejo hidráulico, que contempla 
transposições de água entre represas, causando um impacto negativo 
cumulativo nos corpos receptores. As elevadas vazões nos túneis e canais de 
interligação entre as represas carreiam grandes cargas de nitrogênio e fósforo. 
Em razão disso, alerta Suzana Sendacz, é comum o intenso desenvolvimento 
13 
 
de cianobactérias (microrganismos com potencial para produzir toxinas) ou o 
crescimento excessivo de plantas aquáticas, como o aguapé e a alface-d’água, 
principalmente no reservatório Biritiba-mirim, o que encarece o tratamento da 
água que será disponibilizada a, aproximadamente, 3,5 milhões de pessoas 
diariamente. 
 
ÁREA 
De acordo com o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - 
DEPRN, dados de 1997, a bacia do Alto Tietê, com área de 5.985 km2, possui 
205.610 ha de área ocupada por vegetação nativa, cerca de 34% do total. 
Não há dados atuais disponíveis que constatem a evolução desses índices. 
 
DECLIVIDADE 
Quanto às declividades, o rio Tietê apresenta sucessões e intercalações de 
trechos com características torrenciais assim como de planícies. Dentre os 
trechos com características de leito torrencial destacam-se os 15 km iniciais 
das cabeceiras tradicionais, com declividades variando, conforme o sub-trecho, 
entre 7 e pouco mais de 40m/km. Também na porção de jusante da bacia, a 
partir do desemboque do rio Cotia, já no município de Santana de Parnaíba, 
ocorrem sub-trechos torrenciais, com declividades compreendidas entre 1,5 e 5 
m/km, fato este, porém mascarado pelos lagos das barragens Edgard de 
Souza e Pirapora. Quanto aos demais trechos, predominam as características 
de cursos de planície, com baixas declividades. Destaque-se o trecho situado a 
montante da barragem da Penha, até além de Mogi das Cruzes, cuja 
declividade, computada ao longo do curso meandrado do rio, com 124.300m de 
extensão, é de apenas 9 cm/km. Também em São Paulo, no trecho 
compreendido entre a barragem da Penha e o Cebolão, a declividade é baixa, 
com pouco mais de 25 cm/km. A bacia do rio Tietê abrange diversos 
municípios citando-se, de jusante para montante: Pirapora do Bom Jesus, 
14 
 
Santana do Parnaíba, Barueri, Cotia, Jandira, Carapicuíba, Osasco, São Paulo, 
todos os municípios do ABC, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Poá, Suzano, Mogi 
das Cruzes, Biritiba Mirim, Salesópolis e Paraibuna. 
 
TIPO DE SOLO 
Usos indevidos do solo da região do Alto Tietê /Cabeceiras 
Desmatamento 
A supressão de mata ciliar - que protege as margens dos rios, lagos e 
nascentes - provoca sérios problemas de assoreamento dos corpos d´água, 
carregamento de materiais e resíduos que comprometem a qualidade das 
águas. Nas áreas de nascentes e cabeceiras, o desmatamento acarreta o 
progressivo desaparecimento do manancial. 
De acordo com o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - 
DEPRN, dados de 1997, a bacia do Alto Tietê, com área de 5.985 km2, possui 
205.610 ha de área ocupada por vegetação nativa, cerca de 34% do total. 
Não há dados atuais disponíveis que constatem a evolução desses índices. 
A presença de formações florestais preservadas nesta região está relacionada 
às áreas com a topografia acidentada que dificultam sua ocupação. A 
recuperação florestal deve ser entendida como um conjunto de ações 
destinadas a incentivar a implantação de florestas de forma a promover o 
equilíbrio ambiental, a utilização sustentável dos recursos naturais e 
especialmente, proteger os mananciais.Essa proteção contribuiria para reduzir 
os problemas de assoreamento, de aporte de esgotos, resíduos urbanos, rurais 
e industriais, agrotóxicos e outros patógenos, que poderiam provocar as 
conseqüências já conhecidas: turbidez, contaminação tóxica e biológica, 
aumento da DBO, eutrofização e poluição em geral. A implantação e a 
conservação de florestas ciliares amplia as possibilidades de utilização dos 
recursos hídricos superficiais, para usos nobres, como abastecimento público. 
15 
 
O Estado de São Paulo vem criando dispositivos legais para uma política de 
proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse 
regional, assim como, desenvolvendo um conjunto de ações efetivas de 
recuperação florestal através da participação de diversos setores da 
administração estadual como a Secretaria da Agricultura e a Secretaria de 
Meio Ambiente, sendo órgão executor o Instituto Florestal de São Paulo. 
Dentre as ações mais recentes está o Programa Municipal de Recuperação e 
Conservação de Mananciais, que visa à participação mais efetiva das 
administrações municipais na recuperação dos mananciais, e já mostra seus 
primeiros frutos com a implementação de um projeto piloto desenvolvido 
pela Fundação Florestal no município de São Pedro, onde o plantio de espécies 
vegetais nativas conta com a participação de associações de proprietários 
rurais, empresas e entidades comerciais locais, assim como a administração 
municipal. 
Outro programa em andamento, no qual o principal componente é a 
implantação de tecnologias mais eficientes de utilização do solo, é o Programa 
de Recuperação de Microbacias, gerenciado pela Secretaria de Agricultura. 
Impactos 
A devastação florestal pela qual passou o Estado reduzindo sua cobertura 
vegetal para cerca de 4%, trouxe conseqüências como a redução dos 
mananciais de abastecimento público, a diminuição da biodiversidade, a 
erosão, o crescimento dos custos de produção da propriedade rural e a 
destruição da paisagem. 
Erosão 
A floresta amortece o impacto das gotas de chuva propiciando a infiltração 
mais lenta da água no solo. Isso reduz o escorrimento superficial e, 
conseqüentemente, diminui o processo erosivo e os riscos de deslizamentos de 
encostas. Por outro lado, a infiltração da água no solo, favorece a recarga do 
lençol subterrâneo que abastece as nascentes. 
16 
 
Alterações nos ecossistemas 
A água que deixa de infiltrar-se no solo desprotegido escorre pela superfície, 
arrasta terra, matéria orgânica e agroquímicos, que poluem a água, assoreiam 
rios e represas, comprometem os mananciais de abastecimento público e 
provocam enchentes. Outra possível conseqüência é a alteração das suas 
características físico-químicas, a exemplo do aumento da turbidez da água, o 
que pode afetar a ictiofauna (micro e macro fauna de corpos d'água). A 
vegetação também interfere no microclima e no clima de uma região, 
dependendo de sua menor ou maior extensão, respectivamente. Funcionam 
como reguladoras climáticas, minimizando os extremos de temperaturas, ou 
seja, evitando a ocorrência tanto de temperaturas muito elevadas, quanto muito 
baixas. Contribuem também para a formação de nuvens, por meio da liberação 
de vapor d'água para a atmosfera, pela transpiração das folhas. 
 
COBERTURA VEGETAL 
Vegetação remanescente: Apresenta 1.773km² de vegetação natural 
remanescente, que ocupa aproximadamente 30% da área da UGRHI. A 
categoria de maior ocorrência é a Floresta Ombrófila Densa. 
Remanescentes de vegetação 
Na Região Metropolitana de São Paulo o índice médio de cobertura de 
vegetação natural é cerca de 28% do total da sua área. Mesmo este índice 
sendo alto, pois a média de cobertura florestal na região da Mata Atlântica no 
Brasil é cerca de 8% (no início da década de 90), a vegetação concentra-se ao 
norte (ao longo da Serra da Cantareira) e ao Sul (aolongo da Serra do Mar). 
O mapa de remanescentes de Mata Atlântica para os municípios do SPAT é 
mostrado a seguir. Vale ressaltar que a área na cor amarela do mapa, que 
corresponde aos municípios do estudo, era originalmente recoberta, 
totalmente, por Mata Atlântica. 
 
 
 
17 
 
Uso do Solo da Bacia do Alto Tietê 
Fonte: Instituto Geociências USP - LIG 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
13 – BIBLIOGRAFIA 
http://www.sigrh.sp.gov.br/ 
http://www.infobibos.com/Artigos/2007_3/Tiete/index.htm 
Comitê de Bacia Hidrográfica 
ANA (Agência nacional das Águas) 
SigRH (Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do 
Estado de São Paulo)

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