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* RELAÇÕES HÍDRICAS, REPRODUÇÃO SEXUADA E ASSEXUADA. ESTRUTURAS DE IMPORTÂNCIA PARA A IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA MOVIMENTO DE ÁGUA E SOLUTOS NAS BRIÓFITAS (POIQUILOHIDRIA, LEPTÓIDES E HIDRÓIDES, ETC.) ESTRUTURAS REPRODUTIVAS FENOLOGIA - DESENVOLVIMENTO DE GAMETÂNGIOS E ESPORÓFITO ESTRUTURAS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA CÉLULAS ESPECIAIS DOS FILÍDIOS ESTRUTURAS AUXILIARES CONTRA A DESSECAÇÃO * Hidróides = células alongadas, mortas na maturidade, sem perfurações e espessamentos secundários da parede. Leptóides = células alongadas, de extremidades ligeiramente oblíquas, conectadas por plasmodesmatas; na maturidade o núcleo degenera. Estereídeos = células alongadas, de paredes espessadas, encontradas em grupos, na costa ou no caulídio de alguns musgos. * Endohídrico - Polytrichum, Mnium, Bryum, Marchantiales, etc. Geralmente têm superfície com cutícula repelente à água, que reduz a sua habilidade de absorver água pelos filídios ou talo. Muitas dessas briófitas possuem células condutoras, embora não lignificadas, os hidróides e os leptóides, contidas em um feixe central. RELAÇÕES HÍDRICAS: PADRÕES DE CONDUÇÃO NAS BRIÓFITAS * Mixohídrico – em geral, briófitas de pequeno porte, muitos musgos acrocárpicos, etc. Apresentam simultaneamente hidratação endo- e ectohídrica. Ectohídrico – Sphagnum, Andreaea, todos os musgos pleurocárpicos, alguns musgos acrocárpicos e a maioria das hepáticas folhosas. Toda a superfície externa da planta absorve água, em geral, muito rapidamente quando em contato com a umidade. Apresentam uma ampla superfície em relação ao seu volume, devido a numerosos filídios e, frequentemente, a estruturas, tais como parafilia, tomento, etc. Quadro comparativo da eficiência da condução interna em musgos após 24 h em 70% UR. Condução medida em gr H2O/gr peso seco; % da condução interna em relação ao total. * Plantas poiquilohídricas * Estruturas reprodutivas: gametângios - anterídios e arquegônios * Fenologia – estuda os eventos de crescimento e reprodutivo, geralmente relacionados ao clima e a estações do ano. Estudos clássicos para briófitas têm, incluído a arquitetura de ramificação, tempo de crescimento dos órgãos vegetativos, iniciação gametangial, tempo de fertilização, duração do desenvolvimento do esporófito e tempo de liberação do esporo (Stark 2002). Sistema de Greene (1960): fases de desenvolvimento Gametângios = J = juvenil, I = imaturo, M = maduro, D = deiscente, W = = arquegônio ou anterídio ressecado, SV = ventre intumescido, ECP =caliptra jovem no periquécio; LCP = caliptra tardia no periquécio, ECI = caliptra intacta, LCI = caliptra intacta tardia, EOI = opérculo jovem intacto, LOI = opérculo tardio intacto, OF = opérculo caído, EF = cápsula vazia. * Estruturas reprodutivas: cápsula - deiscência transversal longitudinal * Takakia ceratophylla Deiscência da cápsula em musgos Sphagnum * Musgos Bryopsida Deiscência da cápsula de musgos * Algumas briófitas têm cápsulas desprovidas de opérculo. Nestas, a dispersão dos esporos se dá após a desintegração da parede da cápsula. Riccia * Estruturas auxiliares da dispersão dos esporos Peristômio Elatérios Pseudo elatérios * ESPOROS a grande maioria espécies produz esporos; para muitas espécies o esporo é a única estrutura de sobrevivência por longos períodos de estresse; poucas espécies raramente produzem esporos, ou têm esporo desconhecido. A parede do esporo maduro é formada por 2 camadas: a exina, mais externa e resistente a acetólise, forma-se no esporo jovem, contem lamelas e placas de esporopolenina, que protege contra a dessecação e danos mecânicos; a intina, mais interna, constituída de pectina e calose. * Nº de esporos por cápsula * DISTÂNCIA MÁXIMA DE DISPERSÃO DOS ESPOROS Ácaro (Tetranychus sp.) alimentando-se de gema do musgo Octoblepharum albidum. A seta indica o local de retirada da gema. * Germinação dos esporos – Inicialmente o esporo embebe água, intumesce, a parede rompe e o tubo germinativo surge. Além da água há requerimento de luz e energia. Nas briófitas ocorre dois tipos de germinação: a endospórica (intracapsular) e a exospórica (externa à cápsula). ( Protonema jovem * Protonema adulto Protonema com broto PROTONEMA – Nas hepáticas, particularmente nas Marchantiophyta, antóceros e em Sphagnopsida, Anthocerotophyta, o protonema é taloso. Nas Bryophyta o protonema é sempre filamentoso. Em algumas espécies o protonema é persistente. Protonema de Sphagnum . Fonte: M. Minahan & N. Salazar Allen. Protonema do musgo Physcomitrella patens * Filídios de hepáticas * Filídios de hepáticas Células dos filídios de hepáticas * Filídios de musgos * Células alares diferenciadas * Mecanismos básicos de PROPAGAÇÃO VEGETATIVA em briófitas: 1. Formação de múltiplos gametóforos a partir do protonema do esporo 2. Queda de partes velhas do gametófito 3. Desenvolvimento de múltiplos ramos a partir de rizomas e estolões 4. Desenvolvimento de gametóforos a partir de rizóides 5. Regeneração de fragmentos 6. Produção de "propágulos" especializados * Propágulo – diásporo que tem célula apical e pode crescer diretamente em um caulídio folhoso ou talo sem passar pelo estágio protonemal. Propágulos nas margens dos filídios de Achrophyllum dentatum (photo: Bill & Nancy Malcolm) * Ramos decíduos de Campylopus pilifer. Separação das partes velhas do gametófito; as partes jovens continuam a se desenvolver de forma independente. Filídio caduco de Lejeunea maxonii com regenerante. Leucolejeunea caducifolia Rectolejeunea flagelliformis * Gema - estrutura vegetativa uni- ou pluricelular, de forma variada, que posteriormente se diferencia em célula apical, passa por uma fase protonemal e forma o gametófito folhoso ou taloso. * Adaptações Estruturais relacionadas à condução e à retenção de água: Tomento – grupo denso de rizóides retêm e conduzem grande quantidade de água por capilaridade. Mucilagem – secretada por células especializadas; parece desempenhar papel importante na proteção de tecidos e células. Parafílias e paráfises – absorvem por capilaridade * Células alares – musgos Estruturas filiformes – refletem a radiação solar, reduzindo a energia de absorção, temperatura e evaporação Lóbulos e Órgãos de estocagem – tendem a serem mais desenvolvidos em briófitas de ambientes expostos, que de ambientes úmidos Papilas – têm função controvertida na hidratação; estas estruturas são mais comuns em briófitas de habitats secos. * Costa – assemelha-se em aparência e função à “nervura” das plantas vasculares. O habitat parece desempenhar um papel no seu desenvolvimento, embora a predisposição está geneticamente determinada. A costa de algumas espécies pode ser mais curta, mais fina e, mesmo, desaparecer em submersão a água. Lamelas – facilitam à capilaridade e provêm espaços mortos que podem reduzir a perda de água. Estereídeos – células de paredes espessadas, de protoplasma vivo; encontradas no caulídio e na costa (em um ou 2 lados); parecem desempenhar função contra à dessecação. Cutícula – embora cera seja rara em briófitas, várias espécies de musgos parecem ter algum tipo de cobertura cuticular. Estrutura da parede celular – musgos de habitats secos tendem a ter paredes celulares mais espessadas. Leucocistos, Cancelinas, Teníolas – são células hialinas, que acumulam água; ocorrem em numerosos musgos xerófitos (Sphagnum, Hedwigia. Octoblepharum, etc.). * Principais injúrias com a dessecação Cloroplasto – sofre mudanças estruturais: tornam-se menores, mais esféricos e com estrutura interna menos definida. Há colapso na estrutura lamelar, com os tilacóides tornando-se dispersos, grânulos de amido são perdidos. Mitocôndrias – deformam-se, diminuindo de tamanho e se arredondando. Núcleo – parece ser menos atingido pela dessecação, permanecendo com o tamanho normal. Vacúolos – formam vesículas menores. * Hormônios - Classes dos reguladores de crescimento nas briófitas. * Nutrientes As briófitas têm os mesmos requerimentos de nutrientes que as traqueófitas, embora, geralmente, em concentrações mais baixas. Fontes de nutrientes solo, precipitação, poeira, água corrente e serrapilheira; que variam em importância de acordo com o substrato de colonização. As necessidades diferem conforme a idade da estrutura, etc., p. ex.: N, P e K são encontrados em maiores proporções em filídios e ramos jovens em relação às partes mais velhas; pois a translocação ocorre nesse sentido. N e P são essenciais para a fabricação de proteínas e DNA. K é necessário no ATP para a manutenção da energia e para a atividade das enzimas do citoplasma. Mg é necessário para a clorofila e a ativação de várias enzimas. Ca atua como um mensageiro; ele não é facilmente translocado e se acumula nas partes mais velhas da planta. N pode ser encontrado na natureza, entretanto na forma gasosa - N2 - não pode ser utilizado pelas plantas e deve ser convertido em formas assimiláveis: amônia, nitrito (geralmente é tóxico), nitrato e formas orgânicas, p. ex.: áminoácidos e uréia.
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