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Diagnóstico Clínico/Semiologia. 03/10/2014 JURAMENTO “Prometo no exercício da profissão de Cirurgião Dentista ser sempre fiel aos deveres da honra, da lei e da ciência. Que meus olhos sejam discretos e a minha boca sempre muda ante os segredos que me revelarem. Tudo farei pela saúde e pela vida daqueles que me foram confiados. Juro que nunca me prevalecerei da profissão para corromper os costumes ou desmerecer a Odontologia.” A Odontologia, no passado, era técnica e artesanal. Em 1920, após a conceituação de infecção focal, chamou a atenção da Odontologia para as interrelações entre as doenças buco-dentais e sistêmicas, iniciou-se o seu despertar científico. Hipócrates (médico dentista do ano 400 AC. orientava seus pacientes quanto à utilização de dentifrícios(preocupação com doenças dos dentes e das gengivas). Ele e seus discípulos criaram as bases do exame clínico: 1 - Relato ordenado dos sintomas 2 - dos antecedentes pessoais e familiares 3 - e das condições de vida do paciente. 2000 anos depois FREUD CONSEGUE DESNUDAR as raízes dos relatos feitos pelos pacientes, descobrindo fenômenos psicológicos de grande importância na relação médico-paciente e reforçando o valor da ANAMNESE (ANÁ= trazer de volta, recordar; MNESE= memória) na prática médica HISTÓRICO NO TEMPO E NO ESPAÇO 1957 – Disciplina de Propedêutica Clínica – ministrada em cada uma das disciplinas clínicas. 1960 - Disciplinas específicas do ensino da Estomatologia foram incorporadas aos currículos de nossas faculdades com denominações diversas: Propedêutica Clínica, Diagnóstico Bucal, Semiologia, Medicina Bucal. 1963 – Disciplina de Diagnóstico Bucal dava seus primeiros passos, sendo ministrada pela primeira vez(pioneira no Brasil) na 1ª Cadeira de Clínicas Odontológicas – Prof. Cervantes Jardim. 1970 – Reforma curricular da FOUSP, criando a disciplina autônoma de Diagnóstico Bucal, cujo primeiro responsável foi o Prof. Dr. Antônio Tommasi. 1972 – Foi fundada a Sociedade Brasileira de Estomatologia. 1974 – O Conselho Federal de Educação tornou obrigatória sua presença, fazendo parte do curriculum mínimo em todas as faculdades brasileiras. 1992 – O Conselho Federal de Odontologia reconhece a Estomatologia como especialidade odontológica, conforme resolução 181/92 Burket (1958) consagra esse despertar quando diz que é de responsabilidade do cirurgião-dentista o estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento dos seguintes itens: Doenças dos tecidos mineralizados e não-mineralizados dos dentes. Doenças dos tecidos de suporte e proteção dos dentes. Doenças limitadas aos lábios, língua, mucosa bucal e glândulas salivares. Lesões bucais e dos órgãos contidos na boca como parte dos estados mórbidos generalizados. É uma disciplina nova no contexto da Odontologia no Brasil. Sendo a primeira disciplina clínica, o acadêmico terá o seu primeiro contato com o paciente portador de determinada queixa. Nesse momento, deverá transformar-se em um verdadeiro detetive à caça de um criminoso (doença), O trabalho conjunto com outros profissionais da área de saúde, destacando o médico em várias de suas especialidades, é de grande importância quando formos tratar de manifestações bucais de doenças sistêmicas. As lesões bucais são de responsabilidade diagnóstica do estomatologista,e na grande maioria dos casos, o tratamento é local, é, obviamente, a manutenção da higidez bucal. Exemplificando, o CD tem a obrigação de diagnosticar o câncer bucal e de participar da equipe multidisciplinar, sempre liderado por um médico oncologista, no tratamento do paciente e de sua reabilitação. Em outras doenças da boca, de caráter crônico ou agudo, poderá ele atuar sistêmica e localmente, procurando sempre o bem estar do doente. METODOLOGIA CLÍNICA I – ANAMNESE 1 – IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 2 – QUEIXA PRINCIPAL OU ESTÍMULO IATROTÓPICO 3 – HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 4 – HISTÓRIA ODONTO ESTOMATOLÓGICA 5 – HISTÓRIA MÉDICA (TRATAMENTO MÉDICO ATUAL E HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA) 6 – ANTECEDENTES HEREDITÁRIOS FAMILIAR: parentes próximos FAMILIAL: seres e pessoas que convivem com o doente 7 – HÁBITOS: higiênicos e viciosos. II – EXAME FÍSICO OU EXAME OBJETIVO: EXTRA ORAL E INTRA ORAL 1 – GERAL 2 – LOCO-REGIONAL: EXTRA ORAL: palpação ganglionar, movimentos mandibulares. INTRA ORAL: lábios, sulco vestibular, mucosa alveolar, gengiva inserida, marginal e interdental; rebordo alveolar, mucosa jugal, soalho bucal, língua: dorso, ventre, borda lateral, ápice; palato: duro e mole; faringe: porção visível; pilares amigdalianos, loja amigdaliana, tonsilas palatinas, dentes III - EXAMES COMPLEMENTARES DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO TRATAMENTO ACOMPANHAMENTO OU PROSERVAÇÃO O QUE É SEMIOLOGIA? Semeion (do grego) = SINAL + Logos = ESTUDO, CIÊNCIA Ciência que estuda os sinais e sintomas Semiologia é a arte e ciência do diagnóstico.(Grispan) Arte: capacidade de por uma idéia em prática, a partir do domínio de uma faculdade. Ciência: conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio. SEMIOLOGIA: “ É o tratado ou estudo dos métodos de exame clínico (Metodologia Clinica). Perquire os sinais e sintomas da doença, discute seu mecanismo e valor, coordena e sistematiza todos os elementos para construir o diagnóstico e como conseqüência deduzir o prognóstico”. (1983) Vieira Romeiro IMPORTÂNCIA DA SEMIOLOGIA “A importância da Semiologia e o seu ensino no Curso de Odontologia está diretamente relacionado à importância do Exame Clínico, posto que a Semiologia é o estudo dos métodos para a realização do exame clínico que pesquisa os sintomas e os sinais da doença através da observação clínica. E os objetivos da observação clínica são o diagnóstico e o prognóstico, necessários para o adequado planejamento terapêutico. Sinais são objetivos. Elementos clínicos que o profissional pode perceber por meio de seus sentidos naturais – edema, ulceração, coloração anormal, odor do hálito cetônico, P.A., temperatura, exames complementares, etc. sintomas são subjetivos. Não podem ser percebidos pelos sentidos naturais do profissional, e deverão ser relatados pelo paciente – dor, ansiedade, alucinação, medo, mal estar, etc. Sinais e sintomas patognomônicos: exclusivos de uma determinada doença, por si só já caracterizam uma doença. GUNA-papila invertida. Síndrome: sinais e sintomas que definem doenças produzidas por causas diversas. Sífilis congênita – “Tríade de Hutchinson”: queratose intersticial, surdez bilateral e dentes com alterações típicas. Sintomatologia e ou quadro clínico: sinais e sintomas em uma certa doença. Síndrome febril: astenia, taquisfigmia, oligúria, cefaléia, delírio, hipertermia, sudorese. Obs: Evidências reunidas como sinais e sintomas clínicos de uma doença podem ser entendidos como Indícios, critérios e entidades diagnósticas. Entidade Diagnóstico: um sinal ou um sintoma que por si só leva ao diagnóstico da doença – é o elemento patognomônico – dente de Hutchinson (sífilis congênita) papila invertida (GUNA), bolsa periodontal (periodontite). (Sinal ou sintoma patognomônico). Indícios Diagnósticos: todo e qualquer sinal ou sintoma clínico ou laboratorial que constitui um desvio do normal: dor, sangramento, febre, leucocitose. Por si só não constitui um elemento para caracterizar um estado mórbido. ( Sintomatologia). Critério Diagnóstico: composto de indícios diagnósticos – é um conjunto de sinais e sintomas clínicos ou laboratoriais, que quando aparecem conjuntamente Diagnóstico: série de comparações entre o que o CD colhe da observação e o que ele sabe da patologia Sinais são objetivos. Elementos clínicos que o profissional pode perceber por meio de seus sentidos naturais – edema, ulceração, coloração anormal, odor do hálito cetônico, P.A., temperatura, exames complementares, etc. sintomas são subjetivos.Não podem ser percebidos pelos sentidos naturais do profissional, e deverão ser relatados pelo paciente – dor, ansiedade, alucinação, medo, mal estar, etc. Sinais e sintomas patognomônicos: exclusivos de uma determinada doença, por si só já caracterizam uma doença. Síndrome: sinais e sintomas que definem doenças produzidas por causas diversas. Sintomatologia e quadro clínico: sinais e sintomas em uma certa doença. em um paciente, caracterizam determinada doença (Síndrome). Síndrome: sinais e sintomas que definem doenças produzidas por causas diversas. Sintomatologia e quadro clínico: sinais e sintomas em uma certa doença. Diagnóstico Diferencial, Hipóteses Diagnósticas ou Diagnóstico de Trabalho: é um exercício de probabilidades. Usa-se todos os dados até aqui obtidos, para chegar ao diagnóstico diferencial, que é uma elencagem hierarquizada , ou seja, da maior para a menor probabilidade das possibilidades de diagnóstico final. Exames Complementares: Nenhum exame que não sirva para elucidar um diagnóstico e, a partir daí, tratar o paciente deve ser pedido. O diagnóstico final auxiliam e ampliam os sentidos do profissional, mas não fornecerão o diagnóstico final. Diagnóstico Final: É a identificação da doença que o paciente possui, através de série de comparações entre o que o CD colhe da observação clínica e o que ele sabe da patologia. É dado pelo profissional e não pelos exames complementares. Prognóstico: Depende do diagnóstico final, depende do dano anatômico e funcional, efetividade dos recursos terapêuticos disponíveis, estado geral do paciente e das suas condições psicológicas. Tratamento: Varia de acordo com o diagnóstico final encontrado. Específico: atua direto na etiologia. Ex. penicilina para o tratamento da sífilis. Inespecífico: indireto. Ex. corticóides para edema pós-operatório. De suporte: quando procuramos melhorar as condições gerais para o combate mais efetivo da doença. Ex. vitaminas para o subnutrido, hidratação para o desidratado. Empírico: Não temos dados que comprovem sua efetividade. Ex. antibiótico sem cultura e antibiograma. De escolha: quando baseado nesses exames. Placebo: substância falsa, sem atividade terapêutica, se assemelha a comprimido, cápsula, drágea Teste terapêutico: temos o diagnóstico clínico, tentamos tratar com uma droga específica, sem nenhum exame complementar. OBS> Qualquer que seja a modalidade, fará parte de um conjunto que podemos chamar de planejamento terapêutico. ACOMPANHAMENTO OU PROSERVAÇÃO: Todo tratamento deve sofrer um seguimento para vigiar os resultados. Algumas doenças correm o risco de recorrência e, assim o exame clínico deve ser repetido de tempos em tempos. A periodicidade dependerá da doença e dos mesmos fatores citados no prognóstico. Estado geral e/ou das doenças sistêmicas que o paciente possui. Ex. Podemos decidir que os problemas periodontais devam ser revisados a cada semestre, e poderemos mudar esse prazo frente a um paciente diabético ou um que não tenha aderido às instruções de higiene. Importância: é fundamental para a identificação da patologia e o sucesso profissional do CD, que se inicia na determinação do correto diagnóstico, base de toda intervenção terapêutica.(Exame Clínico). Objetivos: Estudar os sinais e os sintomas das doenças. Finalidades: sistematizar todos os dados para construir o diagnóstico e deduzir o prognóstico. a Semiologia é composta por três partes: Semiotécnica: técnica da pesquisa dos sinais e sintomas e se resolve na arte de explorar(coleta dos dados básicos). Propedêutica clínica – (propedêutica= introdução, ciência preliminar) absorve os dados colhidos pela semiotécnica, os quais, após analisados e criticados no seu valor intrínsico, servem para especificar o diagnóstico, presumir o prognóstico e tratamento. Semiogênese: estuda os mecanismos formadores dos sinais e sintomas em seus mínimos detalhes (etiofisiopatogenia). Paciente M.B.S., 57 anos, sexo feminino, leucoderma, viúva, artista plástica, residente em Itatiaia, compareceu à Clínica de Semiologia do UniFOA relatando: “tem umas bolinhas que apareceram no canto da minha boca principalmente antes de vernissage, que ardem e coçam, depois ficaram uma feridinhas. Antes de aparecerem o local fica meio anestesiado”. Com auxílio da anamnese e do Exame Clínico através dos processos de exploração clínica inspeção e palpação, o CD concluiu, na coleta dos sinais e sintomas tratar-se de herpes labial, causado pelo herpes simples. Identifique no texto: a semiotécnica, semiogênese, clínica propedêutica A infecção pelo vírus herpes simples (HSV) é o tipo mais comum em humanos. A infecão oral é causada principalmente pelo HSV-1. O diagnóstico é feito através de sinais e sintomas clínicos, porém a citologia esfoliativa pode ser últil em alguns casos. O tratamento em pacientes imunocompetentes é paliativo e sintomático. A doença é autolimitante, resolvendo espontaneamente em 10 a 14 dias Após resolução da infecção primária oral, o HSV migra através de nervos sensitivos até o gânglio trigêmeo, permanecendo em estado de latência, sendo reativado por estímulos como luz solar raios UV), febre, trauma, imunossupressão intercorrente ou infecção, e é transportado em sentido inverso, podendo infectar as células epiteliais e causar uma infecção secundária ou recorrente. Há um período prodrômico caracterizado por sintoma de “queimação”, dormência ou prurido. Após 24-48 horas, ocorre a erupção de vesículas, localizadas geralmente nas regiões labial e perilabial. As lesões se rompem, formando crostas em aproximadamente 1 a 2 dias, e a cura ocorre em 7 a 10 dias em pacientes imunocompetentes. Lesões intra-orais são raras, quando ocorrem, limitam-se à mucosa queratinizada(mucosa aderida ao periósteo, gengiva inserida e mucosa de palato duro), diferenciando-se da estomatite aftosa, a qual afeta mucosa não-queratinizada(mucosa labial, ventre da língua e mucosa jugal). O diagnóstico da infecção recorrente é baseado nos sintomas e sinais do paciente, assim como em relato de acometimento prévio de lesões pelo HSV. Em imunocompetentes, a regressão das lesões é espontânea apesar das recidivas constantes. Terapêutica: aciclovir, valaciclovir. Pesquisa na página131 a 132 da bibliografia básica: MARCUCCI, Gilberto. Fundamentos de Odontologia - ESTOMATOLOGIA. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Sinais são objetivos. Elementos clínicos que o profissional pode perceber por meio de seus sentidos naturais – edema, ulceração, coloração anormal, odor do hálito cetônico, P.A., temperatura, exames complementares, etc. sintomas são subjetivos. Não podem ser percebidos pelos sentidos naturais do profissional, e deverão ser relatados pelo paciente – dor, ansiedade, alucinação, medo, mal estar, etc. Sinais e sintomas patognomônicos: exclusivos de uma determinada doença, por si só já caracterizam uma doença. Síndrome: sinais e sintomas que definem doenças produzidas por causas diversas. Sintomatologia e quadro clínico: sinais e sintomas em uma certa doença. Diagnóstico: série de comparações entre o que o CD colhe da observação e o que ele sabe da patologia. Sinais são objetivos. Elementos clínicos que o profissional pode perceber por meio de seus sentidos naturais – edema, ulceração, coloração anormal, odor do hálito cetônico, P.A., temperatura, exames complementares, etc. Sintomas são subjetivos. Não podem ser percebidos pelos sentidos naturais do profissional, e deverão ser relatados pelo paciente – dor, ansiedade, alucinação, medo, mal estar, etc. Sinais e sintomas patognomônicos: exclusivos de uma determinada doença, por si só já caracterizam uma doença. GUNA-papila invertida. Síndrome: sinais e sintomas que definem doenças produzidas por causas diversas. Sífilis congênita – “Tríade de Hutchinson”: queratose intersticial, surdez bilateral e dentes com alterações típicas. Sintomatologia e quadro clínico: sinais e sintomas em uma certa doença. Síndrome febril:astenia, taquisfigmia, oligúria, cefaléia, delírio, hipertermia, sudorese. Obs: Evidências reunidas como sinais e sintomas clínicos de uma doença podem ser entendidos como Indícios, critérios e entidades diagnósticas. Entidade Diagnóstico: um sinal ou um sintoma que por si só leva ao diagnóstico da doença – é o elemento patognomônico – dente de Hutchinson (sífilis congênita) papila invertida (GUNA), bolsa periodontal (periodontite). (Sinal ou sintoma patognomônico). Indícios Diagnósticos: todo e qualquer sinal ou sintoma clínico ou laboratorial que constitui um desvio do normal: dor, sangramento, febre, leucocitose. Por si só não constitui um elemento para caracterizar um estado mórbido. ( Sintomatologia). Critério Diagnóstico: composto de indícios diagnósticos – é um conjunto de sinais e sintomas clínicos ou laboratoriais, que quando aparecem conjuntamente em um paciente, caracterizam determinada doença (Síndrome) A Odontologia, no passado, era técnica e artesanal. Em 1920, após a conceituação de infecção focal, chamou a atenção da Odontologia para as interrelações entre as doenças buco-dentais e sistêmicas, iniciou-se o seu despertar científico. Burket (1958) consagra esse despertar quando diz que é de responsabilidade do cirurgião-dentista o estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento dos seguintes itens: Doenças dos tecidos mineralizados e não-mineralizados dos dentes. Doenças dos tecidos de suporte e proteção dos dentes. Doenças limitadas aos lábios, língua, mucosa bucal e glândulas salivares. Lesões bucais e dos órgãos contidos na boca como parte dos estados mórbidos generalizados. É uma disciplina nova no contexto da Odontologia no Brasil. Como vimos, é uma disciplina jovem, mas de grande importância na formação do cirurgião-dentista, pois constitui o elo de ligação entre o ciclo básico, com fulcro na Patologia Bucal, e o ciclo clínico, com fulcro no paciente para diagnóstico e tratamento das doenças que ocorrem na área de atuação do CD. O trabalho conjunto com outros profissionais da área de saúde, destacando o médico em várias de suas especialidades, é de grande importância quando formos tratar de manifestações bucais de doenças sistêmicas. As lesões bucais são de responsabilidade diagnóstica do estomatologista,e na grande maioria dos casos, o tratamento é local, é, obviamente, a manutenção da higidez bucal. Exemplificando, o CD tem a obrigação de diagnosticar o câncer bucal e de participar da equipe multidisciplinar, sempre liderado por um médico oncologista, no tratamento do paciente e de sua reabilitação. Em outras doenças da boca, de caráter crônico ou agudo, poderá ele atuar sistêmica e localmente, procurando sempre o bem estar do doente. Sendo a primeira disciplina clínica, o acadêmico terá o seu primeiro contato com o paciente portador de determinada queixa. Nesse momento, deverá transformar-se em um verdadeiro detetive à caça de um criminoso (doença), procurando indícios obtidos através dos sintomas pela anamnese e dos sinais observados durante o exame físico, formulando então hipóteses diagnósticas para através das provas obtidas, solicitar os exames complementares necessários para chegar ao diagnóstico final (criminoso) e, em seguida, eleger a terapêutica efetiva (condenação). Para que tal fato ocorra, o acadêmico terá que valorizar os indícios coletados através dos sinais e sintomas e basear-se nos conhecimentos anteriores obtidos nas disciplinas básicas com fecho na Patologia Bucal e Estomatologia. Hipócrates (médico dentista do ano 400 AC. orientava seus pacientes quanto à utilização de dentifrícios(preocupação com doenças dos dentes e das gengivas). Ele e seus discípulos criaram as bases do exame clínico: 1 - Relato ordenado dos sintomas 2 - dos antecedentes pessoais e familiares 3 - e das condições de vida do paciente. 2000 anos depois FREUD CONSEGUE DESNUDAR as raízes dos relatos feitos pelos pacientes, descobrindo fenômenos psicológicos de grande importância na relação médico-paciente e reforçando o valor da ANAMNESE (ANÁ= trazer de volta, recordar; MNESE= memória) na prática médica Trindade Joana da Silveira Igrejas Lopes- trindadeigrejaslopes@yahoo.com.br Alcemar Gasparini Netto - gasparininetto@uol.com.br. “A educação odontológica é um processo contínuo que visa a formação de profissionais capazes de manter ou restaurar o estado de saúde da cavidade bucal.” INICIA COM O APRENDIZADO DA SEMIOLOGIA O ensino da Semiologia Odontológica se constitui no estudo dos métodos de exame clínico ou metodologia clínica, que permite o reconhecimento e coleta dos sinais e sintomas objetivos das alterações encontradas no campo buco-maxilo-facial.
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