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Anatomia Funcional do Tronco Encefálico

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Anatomia Funcional do Tronco Encefálico
O que nos interessa agora é o interior do tronco encefálico: as fibras que compõe a sua parte interna, como elas se conectam e trabalham em conjunto. 
Vias ópticas; trato óptico termina no corpo geniculado lateral, por onde entram no tronco. Os colículos fazem a conjugação com os outros vernos cranianos; enxergamos e mechemos os olhos de modo conjugado. 
Nervos Cranianos
1º - olfatório
São vários nervos pequenos que atravessam a lâmina crivosa e conectam com o bulbo olfatório. No trato olfatório se divide em duas regiões: estria olfatória lateral, que vai para o sulco rinal (face inferior do lobo temporal; relacionado com a memória), e a estria medial vai para a região hipotalâmica (alterações da homeostase). 
A parte mais antiga de nosso encéfalo é o arquencéfalo, que se iniciou em volta do tronco cerebral através das estruturas mediais do lobo temporal: úncus, giro parahipocampal e hipocampo. A estria lateral do trato olfatório se conecta no hipocampo, uma das áreas onde se tem memória.
O olfato é uma das sensações primitivas e está ligado ao desenvolvimento desse feixe lateral; trato olfatório, estria olfatória lateral, e vai para a região para-hipocampal. Temos então um alocórtex. 
Já a estria medial se conecta com os núcleos hipotalâmicos supra-hipofisários. Nestes estão localizados o centro da sede, da fome, da saciedade, do prazer e regulação de temperatura. É na região supra-hipofisária que se inicia o gatilho do sistema nervoso simpático e parassimpático. 
Existem três areas nas quais o bulbo olfatório jogará seus receptores: córtex pré-frontal, a área hipotalâmica (principalmente amígdala) e hipocampo. Em cada uma dessas áreas, eles possuem uma função diferente. O córtex pré-frontal é uma das áreas do comportamento relacionado às emoções e comportamentos programados (essa área do córtex programa como devemos reagir e determinada situação). Ex: quando passamos em frente a uma churrascaria, com ou sem fome, temos vontade de entrar. Isso porque o córtex pré-frontal relaciona o cheiro à alimentação. O hipocampo traduz o cheiro como algo bom; prestável para comer. 
Assim, cama uma das áreas tem uma função diferente, e são ativadas pelas estrias laterais e mediais. A região olfatória não é apenas para sentir cheiros; está relacionada a alguns tipos de emoções, ou seja, está conectada ao sistema límbico. Está concetada com a região hipotalámica, onde se mantém o corpo funcionando; é o gatilho do sistema nervoso simpático e parassimpático; está relacionado à seletividade, se pode comer ou não. 
Nervo sensitivo. 
2º nervo – óptico
Retina: primeira região do nervo óptico que fica no final do globo ocular. Após ela, vem o nervo óptico em sim, num trajeto longo, um de cada lado. Ao se juntarem formam o quiasma, depois o trato óptico e, depois, o corpo geniculado lateral. Com o fim deste temos as radiações ópticas que vão jogar as informações da retina para a área visual primária (17). Cada área da retina projeta um campo visual. 
Amaurose bilateral -> ausência de visão. 
Estudar imagem ao lado. 
Alça de meyer: defeito de campmetria visual mais frequente.
Lesões no tracto óptico são iguais ao do corpo geniculado, pois todo o trato se ligo no corpo geniculado. 
Quando a radiação óptica está chegando à área 17, cada área da retina vai para uma parte específica do córtex. Causam lesões diferentes. Podem causar quadrantanopsia. Se secciona-se as fibras mais anteriores (logo após o corpo geniculado), perde-se os quadrantes inferiores.
O centro da visão se localiza no polo occipital. 
Nervo sensitivo.
3ª 4ª e 6º nervos
Quais são os três nervos da motilidade ocular? -> terceiro (oculomotor), quarto (troclear) e sexto (abducente). 
A origem aparente do terceiro nervo no tronco encefálico -> sulco medial do pedúnculo ou fossa interpeduncular.
O quarto nervo é o único nervo que possui origem na parte posterior do tronco, no sulco ponto-mesencefálico.
O sexto nervo tem origem no sulco bulbo-pontino. 
Esses três nervos trabalham juntos. Os olhos fazem movimentos conjugados. Cada um dos músculos da motilidade ocular é comandado por um nervo. O oculomotor controla o reto superior, reto inferior, medial e obliquo inferior; o troclear controla o reto lateral; e o abducente o obliquo superior. 
Se tivermos uma paralisia do abducente, no lado direito, o olho direito não conseguirá enxergar lateralmente, mas o outro olho consegue. Porém, se a lesão for no tronco encefálico, onde temos a conjugação dos dois nervos cranianos, os dois olhos serão defeituosos. 
O mesmo ocorre com o músculo reto medial. Quando um contrai, o outro deve relaxar para se conseguir acompanhar o movimento. Quando temos uma alteração em um dos nervos cranianos, só e um dos olhos, aquele olho sai da motilidade ocular. Quando temos uma alteração do tronco encefálico, os dois olhos perdem a motilidade ocular. Esses movimentos se juntam na região dos colículos superiores.
Devemos saber o que cada um dos músculos faz em relação ao globo ocular de modo primário e secundário. Modo primário -> quando só aquele músculo está contraído; modo secundário -> qunado o músuclo está contraído em conjunto dos outros. 
Se só o obliquo superior trabalhar, há inciclodução; rotação do globo ocular para dentro e para baixo. O reto superior e inferior, obliquo superior e inferior trabalham juntos. Na prática acontece de modo secundário, pois o músculo nunca trabalha sozinho. 
Quiasma, trato, corpo geniculado, colículo. Ao redor dos colículos temos o fascículo longitudinal medial, que junta os nervos da motilidade ocular intrínseca e extrínseca na linha média. O colículo é como se fosse a parte superior de um trato que desce todo o tronco cerebral, juntando o núcleo do terceiro, quarto e sexto nervo craniano. Se fizermos uma lesão no colículo de um dos lados, perdemos a motilidade de todos os nervos cranianos daquele lado, já que estavam todos juntos em uma única estrutura. Se a lesão no colículo dos dois lados, perdemos toda a motilidade ocular extrínseca, mas a intrínseca fica mantida. 
Para enxergarmos um objeto, precisamos do nervo óptico. Através dos colículos superiores fazemos conexão com os corpos geniculados laterais. Então o trato óptico emite radiações que vão para os colículos e ativam a motilidade ocular de acordo com a percepção de luz. 
Estes três nervos são puramente motores. 
5º nervo – trigêmeo
Nervo misto
Função motora: mastigação
Função sensitiva: sensibilidade do terço superior da face através do ramo oftálmico (raíz V1); terço médio pelo ramo maxilar (raíz V2)e terço inferior pelo ramo mandibular (raíz V3). 
O ramo superior é o sensitivo e o inferior é o motor. Todos saem juntos do tronco. No seio cavernoso formam o gânglio digástrico ou trigeminal. Daí separa em três regiões: superior, inferior e média. O ramo motor acompanha o V3. As fibras sensitivas são homolaterais. 
Sempre que sentimos algo em nosso rosto, temos uma resposta motora. Quem faz a motricidade da face é o nervo facial. A conexão do nervo trigemio no tronco cerebral é o nervo fácil; então o quinto nervo se conceta com o nervo facial dentro do tronco através do núcleo motor e núcleo sensitivo. Este é bem comprido: começa no mesencéfalo, passa pela ponte e vai até o final do (bulbo?). 
Quando mastigamos começamos um processo salivatório. Quem comanda as glândulas salivares é o glosso faríngeo e o fácil. Temos conecções do nervo facial, glossofaríngeo e trigemio. 
6º nervo - facial
Não é todo contralateral. Contém fibras homolaterais e contralaterais. 
Velho – paralisia periférica. 
Velha – lesão central. Contralaterais lesadas. 
7º e 8º nervo
O oitavo nervo, vestíbulo coclear, possui duas funções: vestibular e coclear. A primeira é a função do equilíbrio; e a segunda da audição. Possui a mesma origem, no tronco encefálico, do nervo facial. Mas quando o vestibulococlear entra na região mastoidea se divide formando um ramo anterior e um posterior. O anterior é responsável pela audição, e o posteriorpelo equilíbrio. Existe um fascículo para juntá-lo com o cerebelo. Na região lateral do tronco existe o fascículo longitudinal lateral, que junta a região dos colículos superiores com os núcleos vestibulares, pedúnculo cerebelar médio e cerebelo. Porque dos colículos? -> quando estamos de olhos abertos temos um referencial do horizonte; sabemos nossa localização; percepção consciente. Quando fechamos os nossos olhos, o referencial de espaço passa a ser a força que é aplicada nos pés, ou seja, a força da gravidade; percepção inconsciente. Para juntar essas duas percepções, precisamos desse fascículo. 
Os próximos nervos não serão vistos agora. São todos nervos bulbares que fazem a motricidade da língua exceto o vago, que possui função simpática e parassimpática. Não participam diretamente do que estamos estudando agora.
Devemos guardar quais nervos são sensitivos, motores e mistos.
Os núcleos dos nervos cranianos são todos interligados. Ex: corpo geniculado lateral se conecta com o colículo superior, que forma um trato que desce por todo o tronco cerebral e possui conexão com todos os nevos sensitivos, inclusive o vestíbulo coclear. Quando movimentamos a cabeça, o olho deve acompanhar.

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