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Resumo de transporte de proteínas: Retículo Endoplasmático, Complexo de Golgi e Núcleo. Conteúdo embasado no Livro THE CELL de ALBERTS, BRUCE et AL. Reticulo endoplasmático, Complexo de Golgi e Núcleo. Retículo endoplasmático Estrutura: Sua membrana constitui mais que a metade da membrana total de uma célula animal. É organizado por muitos túbulos ramificados e de vesículas achatadas que se estendem através do citosol. Os túbulos e vesículas interconectam-se e suas membranas são continuas com a membrana nuclear externa. O retículo e as membranas nucleares formam uma folha contínua que envolve o lúmen do retículo. No retículo endoplasmático rugoso há presença de ribossomos ligados a sua membrana. Porém, no reticulo endoplasmático liso não há ribossomos aderidos, diferenciando a função de cada um. Funções: Controle de enovelamento correto de proteínas Síntese de proteínas (RER) Glicosilação de proteínas Produção de lipídeos (REL) Participa no processo de desintoxicação do organismo(metabolismo de drogas). Captação e liberação de Ca++(REL) Complexo de golgi Estrutura : Possui uma estrutura grande e regular. Consiste em uma coleção de compartimentos achatados definidos por membranas, chamados de cisternas, que formam um número variado de pilhas. Em células animais, muitas pilhas estão ligadas por conexões tubulares entre cisternas correspondentes, formando um único complexo, normalmente localizado próximo ao núcleo celular. Função: Fosforilação de oligossacarídeos e proteínas lisossomais(cis). Remoção de manose (Cis). Remoção de manose e adição de GlcNac(cisterna medial). Adição de Gal (trans). Adição de NANA (trans). Sulfatação de tirosinas e carboidratos (Trans). Observação 1: A parte Cis está voltada para o Retículo e a Trans para a membrana plasmática. Núcleo Estrutura: Quem encerra o DNA e define o compartimento nuclear, é o envelope nuclear. Ele é composto por duas membranas concêntricas , que são penetradas por complexos de poros nuclear. Mesmo que suas membranas sejam contínuas, a composição destas são distintas. Membrana nuclear interna: Possui proteínas específicas, que agem como locais de ancoramento para a cromatina e para a lâmina nuclear, malha proteica que concede suporte estrutural à membrana. Membrana externa: Além de circundar a membrana interna, é contínua com a membrana do reticulo endoplasmático. Os complexos de poros nuclear perfuram o envolope nuclear e cada um possui um ou mais canais aquosos, que permitem a passagem de moléculas hidrossolúveis. TRANSPORTE PLASTÍDEOS PEROXISSOMOS NÚCLEO CITOSOL R.E. MITOCONDRIA ENDOSSOMO INICIAL EXTERIOR DA CÉLULA LISOSSOMOS ENDOSSOMO TARDIO VESÍCULAS SECRETORAS GOLGI LEGENDA: PORTÃO- Poro nuclear TRANSMEMBRANA VESICULAR Transporte Vesicular: 1-Formação de vesículas A formação se origina a partir da ligação de uma molécula selecionada ao receptor de carga, este por sua vez, se liga uma proteína adaptadora que está ligada a uma proteína de revestimento, começando assim, a evaginação da membrana. Em seguida ocorre o “estrangulamento “, através da proteína dinamina, o que proporciona a separação entre a vesícula e a membrana da qual se originou. No final do processo, a COAT é desfeita por ação das GTPases que “descascam” as proteínas adaptadoras, servindo apenas para a formação. 2- Proteína de revestimento (COAT) Ajudam na formação da vesícula, concentrando primeiramente, proteínas específicas de membrana, em uma região especializada da própria membrana, que então, origina a membrana vesicular. Assim, o revestimento modela a vesícula em formação, uma vez que as proteínas agregadas deformam a região da membrana. Tipos de Proteínas de revestimento: Clatrina+adaptina 1 - Origem : golgi -Destino: Lisossomos via endossomos Clatrina + adaptina 2 -Origem: Membrana Plasmática -Destino :Endossomos COP I -Origem: golgi -Destino: Retículo endoplasmático COP II -Origem: Retículo Endoplasmático -Destino: golgi Observação 2: Via anterógrada- R.E. -> Golgi Via retrógrada- Golgi -> R.E. Com isso, entende-se que a COP II participa da via anterógrada e a COP I da via retrógrada. Observação 3: No retículo, algumas proteínas não deveriam ser exportadas, e estas possuem um sinal de retenção. Este sinal é denominado KDEL, que é uma porção na sequência de aminoácidos que possuem uma ordem específica. Com isto, as proteínas que saíram sem que houvesse a necessidade, ou seja, erradamente, conseguem retonar ao retículo. Observação 4: Via constitutiva : Leva proteínas automaticamente para a membrana, sem controle específico. Via Regulada: Componentes específicos reconhecem um sinal que diz o destino das proteínas. Proteína Rab A proteína Rab é responsável pela especificidade do alvo, ela fica ligada a vesícula e posteriormente se liga a proteínas efetoras de Rab, o que permite um contato entre a vesícula e a membrana destino. Este reconhecimento entre as proteínas efetoras e a Rab, inicia o processo de ancoragem da vesícula na membrana destino. Proteínas SNARE Existem dois tipos: V- SNARE: Proteína presente na vesícula. T-SNARE: Proteína presente na membrana destino. A proteína V-SNARE interage com a proteína T-SNARE, proporcionando a ancoragem. Esta interação das proteínas SNARE, aproxima a vesícula da membrana destino, expulsando água dessa região, tendo como resultado a fusão vesicular. Transporte Transmenbranar entre citosol e reticulo endoplasmático: Como o esquema de transporte mostra, os transportes feito entre o retículo e o golgi, são realizados por transporte vesicular e com base no que já foi dito, a proteína de revestimento irá depender de qual via está sendo realizada, podendo ser: anterógrada ou retrógrada. Porém, há o transporte entre o citosol e o reticulo endoplasmático, que de forma diferente do transporte entre o reticulo e o golgi, é realizado por transporte transmembranar, e como esta importação de proteínas para o reticulo, em células de mamíferos, ocorre antes da síntese completa da cadeia polipeptídica, este transporte se caracteriza por ser um transporte cotraducional. É importante mencionar que a proteína precisa estar desenovelada para que este transporte ocorra. E como o transporte ocorre? No processo existem: SRP (partícula reconhecedora de sinal) Sequência-sinal Ribossomo Translocador Cadeia polipeptídica desenovelada Peptidase sinal (clivagem) Processo: A SRP se ligará à sequência sinal exposta do reticulo endoplasmático e ao ribossomo no citosol, o que induzirá uma pausa na tradução. O receptor de SRP na membrana do retículo, liga-se ao complexo SRP- Ribossomo e o direciona ao translocador, que se encontra na membrana do reticulo. A SRP então é liberada, deixando a sequência sinal e o ribossomo ligado ao translocador na membrana do reticulo, permitindo que o translocador insira a cadeia polipeptídica na membrana, e as transfira para dentro do retículo. A sequência sinal é clivada pela peptidase sinal( se encontra na face luminal da membrana) durante a translocação, fazendo com que a sequência sinal seja liberada e degradada. Quando o ribossomo se solta do translocador, o translocador se fecha, mantendo a barreira de permeabilidade da membrana do Reticulo endoplasmático. Observação 5: As chaperonas se ligam as cadeias recém translocadas e servem para permitir que haja a formação e o enovelamento correto das proteínas e só se “desligam” quando o processo acaba. Transporte de moléculas entre o núcleo e o citosol Ao iniciar o transporte nuclear, grande parte dos sinais de localização nuclear deve ser reconhecidos por receptores de importação nuclear. Esses receptores são proteínas citosólicas solúveis que se unem tanto a sinais de localização nuclear na proteína a ser transportada, quanto a proteínas do complexo poro nuclear. Carioferinas, são receptores de transporte nuclear,importina e exportinas, regulados pela Ran e para que haja o transporte é necessário obter energia por meio da hidrólise de GTP. A ran é uma proteína GTPase monomérica, que pode existir em dois estados conformacionais, dependo se a ligação está sendo feita com GDP ou GTP. A transformação conformacional entre os dois estados é desencadeada por duas proteínas reguladoras de ran específicas: Ran GAP- proteína ativadora de GTPase citosólica,que ativa a hidrólise de GTP, e assim converte Ran GTP em Ran GDP. Ran GEF- fator de troca de guanina, que promove a conversão de Ran-GDP em Ran- GTP e se encontra dentro no núcleo. Importação: No citosol, para que haja a ligação do receptor à sua carga, é necessário que a RanGDP esteja ligada ao receptor. Logo, quando o receptor está ligado a sua carga estará ligado também a RanGDP, que ao entrar no núcleo, sofrerá a ação da Ran GEF, promovendo a conversão de Ran GDP em Ran GTP, e esta faz com que o receptor libere a sua carga no interior do núcleo. Ao voltar ao citosol, a Ran GTP, sofre ação da Ran GAP, que promove a hidrólise de GTP, transformando a RanGTP em RanGDP. Exportação: Na exportação, ao invés da Ran GTP ligada ao receptor, proporcionar a liberação da carga no interior do núcleo, faz com que haja a ligação da carga ao seu receptor no interior do núcleo. E quando este receptor ligado a carga e a Ran GTP chegam ao citosol, sofrem a ação da RanGAP que ativa a hidrólise de GTP, fazendo a conversão para Ran GDP e assim permitir que o receptor libere a sua carga no citosol.
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