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Principais doenças e manejo na cultura da soja.

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARBARA PANATO MAIA 
 
 
 
 
 
FITOPATOLOGIA ESPECIAL 
DOENÇAS DO SOJA 
 
 
 
 
 
PATO BRANCO 
2017 
BARBARA PANATO MAIA 
 
 
 
 
 
 
 
FITOPATOLOGIA ESPECIAL 
DOENÇAS DO SOJA 
(Glycine max) 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial à 
aprovação na disciplina de Fitopatologia Especial, 
do Curso de Agronomia, da Universidade 
Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato 
Branco. Profº. Drº Idalmir Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATO BRANCO 
2017 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 
PRINCIPAIS DOENÇAS .......................................................................................................... 4 
Mofo branco – Sclerotinia sclerotiorum ............................................................................. 4 
Tombamento e Podridão de Phytophthora – Phytophthora sojae ................................ 4 
Tombamento e Mela ou requeima - Rhizoctonia solani .................................................. 5 
Podridão de carvão das raízes – Macrophomina phaseolina ........................................ 6 
Podridão vermelha da raiz ou Síndrome da morte súbita – Fusarium solani f. sp. 
glycines ................................................................................................................................... 7 
Seca da haste e da vagem ou Phomopsis da semente – Phomopsis spp. ................. 8 
Cancro da haste – Phomopsis phaseuli (assexuada) e Diaporthe phaseolorum 
(sexuada) ................................................................................................................................ 9 
Grupo V .................................................................................................................................... 10 
Crestamento bacteriano – Pseudomonas sevastanoi pv. glycinea............................. 10 
Pústula bacteriana – Xanthomonas axonopodis pv. glycines ...................................... 10 
Mancha olho-de-rã – Cercospora sojina ......................................................................... 11 
Mancha alvo – Corynespora cassiicola ........................................................................... 12 
Antracnose – Colletotrichum dematium var. truncata ................................................... 13 
Crestamento foliar de Cercospora e Mancha púrpura da semente – Cercospora 
kikuchii .................................................................................................................................. 13 
Mancha parda ou septoriose- Septoria glycines ............................................................ 14 
Grupo VI ............................................................................................................................... 14 
Oídio – Microsphaera difussa ........................................................................................... 14 
Míldio – Peronospora manshurica .................................................................................... 15 
Ferrugem asiática – Phakopsora pachyrhizi ................................................................... 15 
Viroses .................................................................................................................................. 16 
Mosaico comum da soja – Soyena mosaic vírus – SMV .............................................. 16 
Nematoides .......................................................................................................................... 16 
DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 17 
Manejo do solo .................................................................................................................... 18 
Calagem e adubação ......................................................................................................... 21 
Manejo integrado das doenças (MID) .............................................................................. 22 
 Tratamento de semente ..................................................................................................... 24 
Controle químico com o foco na ferrugem asiática ....................................................... 25 
REFERENCIAS ........................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O objetivo deste trabalho é trazer as principais doenças da soja e seus 
sintomas, além de elaborar um manejo integrado das mesmas para um plantio na 
cidade de Pato Branco – PR na safra 2017/18. 
PRINCIPAIS DOENÇAS 
Grupos I, II e IIII 
Mofo branco – Sclerotinia sclerotiorum 
 Os sintomas podem ocorrer em qualquer parte da planta e inicialmente são 
manchas de aspecto encharcado que evoluem para coloração castanho-claro e 
logo desenvolvem um micélio branco e denso, que se transforma em uma massa 
negra e rígida (escleródio). 
 
Figura 1. Formação de mofo branco e escleródios na planta. 
 
Tombamento e Podridão de Phytophthora – Phytophthora sojae 
 Dente os patógenos que causam tombamento, é a mais destrutiva. Provoca 
“damping-off” de pré ou pós emergência. Provoca podridão da semente e as 
plântulas que conseguem germinar apresentam os hipocótilos com aspecto 
encharcado, podendo adquirir coloração marrom. Caso a plântula chegue a 
estádio de folha primaria, apresenta a extremidade da raiz principal flácida e 
marrom. As plantas são encontradas esparsas ou em pequenos grupos, na linha 
de semeadura. 
 A podridão de Phytophora em plantas adultas provoca podridão das raízes 
e tem início com clorose de folhas e murcha. As folhas, após murcharem, secam 
e mantem-se presas à haste, voltadas para baixo. Além disso é possível observar 
na haste um apodrecimento de baixo para cima a partir da linha do solo. 
 
Figura 2. Sintomas da Podridão de Phytophthora. 
 
Tombamento e Mela ou requeima - Rhizoctonia solani 
 Provoca “damping-off” de pré ou pós emergência. O sintoma é uma 
podridão seca, castanho-avermelhada, provocando um estrangulamento na 
planta e consequentemente o tombamento. A mela é uma doença importante no 
Nordeste do país e provoca uma seca rápida de coloração castanha nas folhas, 
hastes ou vagens. Os sintomas são observados em reboleira. 
 
Figura 3. Sintomas em reboleira. 
 
 
Figura 4. Planta infectada por Rhizoctonia solani. 
 
 
Figura 4. Planta infectada por Rhizoctonia solani. 
Podridão de carvão das raízes – Macrophomina phaseolina 
 É uma doença importante em épocas de déficit hídrico, quando isso ocorre 
no plantio, o patógeno infecta a semente e provoca escurecimento das radículas. 
Em caso do déficit hídrico após o florescimento, a planta fica clorótica e seca, 
tornando-se marrom, aderida aos pecíolos. A diagnose pode ser feita arrancando 
uma planta e observando que as raízes destacam-se fácil e apresentam 
internamente coloração cinza com pontinhos negros (microesclerócios). 
 
Figura 5. Sintoma observado na lavoura. 
 
 Figura 6. Sintoma nas raízes Macrophomina phaseolina. 
 
Podridão vermelha da raiz ou Síndrome da morte súbita – Fusarium solani f. 
sp. glycines 
 Nas raízes forma uma mancha avermelhada, mais visível na raiz principal, 
logo abaixo do nível do solo. A mancha expande-se, circunda a raiz, passa da 
coloração avermelhada para vermelho-arroxeada,e finalmente, negra. 
Internamente (lenho) fica de coloração castanho-claro, estendendo-se a vários cm 
acima do nível do solo. Em alta umidade forma-se um anel vermelho na base da 
haste, com formação de micélio bege e apresenta folhas carijó. As raízes 
secundárias degradam rapidamente, ficando apenas a raiz principal. O córtex da 
raiz principal destaca-se com facilidade expondo o lenho branco. 
 
Figura 6. Sintoma nas raízes da podridão vermelha. 
 
Seca da haste e da vagem ou Phomopsis da semente – Phomopsis spp. 
 As vagens infectadas ficam chochas ou apodrecem, adquirindo coloração 
esbranquiçada a bege, podendo apresentar pontinhos negros lineares, as 
sementes destas vagens ficam enrugadas, sem brilho e rachadas no tegumento, 
sendo cobertas por micélio esbranquiçado a bege. As sementes infectadas 
superficialmente, quando semeadas, não consegue abrir os cotilédones e plântula 
morre. 
 
Figura 7. Sintomas na haste, vagem e sementes. 
 
Cancro da haste – Phomopsis phaseuli (assexuada) e Diaporthe phaseolorum 
(sexuada) 
 Nas hastes os sintomas começam com pequenos pontos negros que 
evoluem para manchas alongadas a elípticas que mudam da coloração negra, 
para castanho-avermelhada. Essas manchas ficam castanho-claro, com bordas 
castanho-avermelhadas e formam grande lesões alongadas, aprofundadas, 
geralmente apenas de um lado (cancro), além da formação de folhas “carijó”. Em 
casos severos ocorre quebra da haste e acamamento. As plantas mortas 
prematuramente ficam com as folhas pendentes ao longo da haste. 
 Para diagnose observa-se a coloração de medula necrosada, que varia de 
castanho-avermelhada, em planta ainda verde, a castanho-claro a arroxeada, em 
haste já seca, estendendo-se, nos dois sentidos, muito além dos limites dos 
cancros. Além destas características produz picnídios na fase assexuada e 
peritécios na fase sexuada. 
 
Figura 8. Cancros nas hastes de soja. 
Grupo V 
Crestamento bacteriano – Pseudomonas sevastanoi pv. glycinea 
 Os sintomas aparecem principalmente na folha, mas pode ocorrer em 
hastes, pecíolos e vagens. Nas folhas surgem na face superior pequenas 
manchas, translúcidas com halo verde-amarelo. Estas manchas necrosam e ficam 
com contorno quase angulares, coalescendo e formando áreas necrosadas entre 
as nervuras secundarias. Na face inferior as manchas são quase negras e 
apresentando nas horas úmidas da manhã, uma película brilhante formada pelo 
exsudato da bactéria. Caso ocorra infecção severa nos estádios jovens, as folhas 
ficam enrugadas. 
 
Figura 9. Sintomas na folha e detalhe da exsudação da bactéria. 
 
Pústula bacteriana – Xanthomonas axonopodis pv. glycines 
 Os sintomas aparecem principalmente na folha, mas pode ocorrer em 
hastes, pecíolos e vagens. Nas folhas inicia-se por pequenas manchas verde-
amarelada, nunca de aparência translúcida e com centro elevado de cor amarelo-
palha, que se tornam necróticas, com estreito halo amarelo, podendo alargar com 
o tempo. As manchas são irregulares e que podem coalescer, deixando a folha 
quase toda necrosada. 
 O crestamento bacteriano e a pústula bacteriana podem ser confundidos. 
Para diferencia-las nos estádios iniciais, olha-se a presença de uma pequena 
elevação de cor esbranquiçada (pústula), no centro da mancha, na face inferior 
da folha. Outra forma de diferenciar é pela coloração das lesões, a mancha da 
pústula bacteriana é parda, com contornos arredondados e não apresenta brilho, 
já a mancha de crestamento bacteriano é pardo-escura a negra, de contornos 
angulares e com brilho na face inferior. 
 
Figura 10. Sintomas na folha e detalhe das pústulas. 
 
 
Mancha olho-de-rã – Cercospora sojina 
 Os sintomas nas folhas inicialmente são pequenos pontos ou manchas de 
encharcamento, evoluindo para lesões aproximadamente circulares, de coloração 
castanho-claro no centro, na face superior, e cinza, na face inferior, com bordos 
castanho-avermelhados. As lesões variam entre 1 e 5 mm de diâmetro, podendo 
coalescer e formar áreas grande e irregulares, levando a queda prematura da 
folha. Nas hastes e nas vagens provoca aspecto encharcado, evoluindo para 
manchas circulares castanho-escuro nas vagens e mancha elípticas ou 
alongadas, com centro cinza a castanho-claro, com bordas castanho-
avermelhadas, na haste. A semente apresenta rachadura no tegumento e 
manchas pardas a cinza de tamanhos variados. 
 Para diagnose pode-se examinar as lesões na face inferior com uma lupa 
e observar presença de conídios hialinos e conidióforos de coloração negra. 
 
Figura 11. Sintoma típico da mancha olho-de-rã. 
 
Mancha alvo – Corynespora cassiicola 
 Os sintomas surgem nas folhas com lesões que se iniciam por pontuações 
pardas, com halo amarelado, evoluindo para grandes manchas circulares, 
castanho-claro a castanho-escuro, atingindo até 2 cm. As manchas apresentam 
uma pontuação no centro e anéis concêntricos de coloração mais escura. Em 
cultivares suscetíveis podem sofrer severa desfolha, com manchas na haste e nas 
vagens. 
 Em alguns casos pode provocar podridão radicular sendo observada com 
mais frequência em semeadura direta. Plantas infectadas aparecem ao acaso 
com amarelecimento das folhas e maturação prematura, as raízes ficam 
castanho-claro. Após a morte das plantas, em solo úmido, a raiz fica coberta por 
uma camada negra de conidióforos e conídios. 
 
Figura 12. Sintoma típico da mancha alvo. 
 
Antracnose – Colletotrichum dematium var. truncata 
 É uma doença que ataca qualquer parte aérea da planta e em qualquer 
estádio de desenvolvimento. Plântulas originadas de semente infectada 
apresentam necrose dos cotilédones, que pode se estender para o hipocótilo, 
causando o tombamento. Pode provocar a queda total das vagens e as vagens 
infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho-escuro à negra e 
ficam retorcidas. As sementes apresentam manchas escuras e deprimidas. Em 
alta umidade forma pontuações negras sobre as lesões. 
 
Figura 13. Sintomas de antracnose em soja. 
 
Crestamento foliar de Cercospora e Mancha púrpura da semente – 
Cercospora kikuchii 
 É uma doença que pode ocorre junto com a mancha parda, por isso são 
consideradas como um complexo de doenças de final de ciclo (DFC). O patógeno 
pode afetar todas as partes da planta. 
 As folhas infectadas apresentam pontuações escuras, castanho-
avermelhadas, que coalescem e formam grandes manchas escuras que resultam 
em severo crestamento e desfolha prematura. Nas vagens provoca pontuações 
vermelhas que se tornam manchas castanho-avermelhadas, as sementes 
oriundas destas vagens apresentam mancha púrpura no tegumento. Nas hastes, 
causa manchas vermelhas, geralmente superficiais, limitadas ao córtex. 
 
Figura 14. Sintomas do crestamento foliar e da mancha púrpura em sementes. 
 
Mancha parda ou septoriose- Septoria glycines 
 Os sintomas podem surgir em plântulas oriundas de sementes 
contaminadas, apresentando pequenas manchas de contornos angulares, 
castanho-avermelhadas nas folhas unifolioladas. Em condições favoráveis a 
doença atinge os primeiros trifólios e causa desfolha em plantas de até 35-40 dias, 
depois a plantas se recuperam. Um novo surto da doença ocorre ao final do 
enchimento das vagens, após o estádio R6. Em plantas já desenvolvida, nas 
folhas surgem pontuações pardas, que evoluem e formam manchas com halos 
amarelos, de coloração parda na página superior e rosada na página inferior, de 
1 a 2 mm. Em casos severos provoca desfolha e maturação prematura. 
 Por estar presente geralmente com o crestamento foliar, uma forma de 
diferencia-las é observar se o amarelecimento natural das folhasé rapidamente 
substituído por pequenas manchas pardas ou crestamento castanho-claro, 
seguida de desfolha prematura, isso é provocado pela mancha parda (Septoria 
glycines). Quando a coloração das folhas muda rapidamente de verde para 
castanho-escuro ou castanho-avermelhado é possível dizer que é o crestamento 
foliar (Cercospora kikuchii). 
 
Figura 15. Sintoma foliar da mancha parda. 
 
 
Grupo VI 
Oídio – Microsphaera difussa 
 Nas folhas surge com uma fina camada de micélio e esporos (conídios) 
pulverulentos do fungo, que pode recobrir toda a folha. Com o progresso a folha 
pode ficar castanho acinzentada. Quando surgem nas hastes e nos pecíolos o 
micélio fica de coloração branca a bege, contrastando com a epiderme da planta, 
que adquire coloração de arroxeada a negra. Em alguns casos provoca 
rachaduras e cicatrizes superficiais e provoca desfolha. 
 
Figura 16. Oídio em soja. 
Míldio – Peronospora manshurica 
 Nas folhas forma manchas de tom verde-claro a amarelo-claro na face 
superior. Na superfície inferior da folha, apresenta esporulação cotonosa de 
coloração cinza a purpura-clara. 
 
Figura 17. Míldio em soja. 
 
Ferrugem asiática – Phakopsora pachyrhizi 
 É uma das principais doenças da cultura e pode ocorrer em qualquer 
estádio da planta. Os primeiros sintomas da ferrugem se iniciam pelo terço inferior 
ou médio da planta e aparecem como minúsculas pontuações mais escuras que 
o tecido sadio da folha. No início da infecção, a folha permanece verde, 
dificultando a identificação quando a lavoura é observada de forma 
superficial. Com o progresso forma pequenas pústulas na face inferior, brilhantes 
e da cor do tecido, que quando rompidas ficam de coloração castanho-escuro. O 
tecido foliar abaixo das pústulas torna-se marrom, após alguns dias, e é delimitado 
pelas nervuras, podendo ser encontradas de uma a seis pústulas por mancha. 
 
Figura 18. Ferrugem asiática em soja. 
Viroses 
Mosaico comum da soja – Soyena mosaic vírus – SMV 
 O vírus é transmitido por diversos pulgões e semente, além de sobreviver 
em algumas variedades de feijão e em planta daninha (Cassia occidentalis). 
Provoca encarquilhamento, deformação, com algumas bolhas e com áreas verde-
claras e verde-escuras distribuídas irregularmente sobre a folha. Em alguns casos 
provoca lesões escuras nas vagens. 
 
Figura 19. Sintoma do mosaico em comparação com uma planta sadia. 
Nematoides 
 A cultura da soja pode ser afetada por inúmeros tipos de nematoides, sendo 
o nematoide de cisto (Heterodera sp.) e nematoide de galhas (Meloidogyne sp.) 
os principais. De forma geral provocam plantas mal desenvolvidas em reboleiras. 
No caso do nematoide de cisto (Heterodera sp.) observa pontos brancos ou 
amarelados nas raízes e com auxílio de uma lupa de bolso pode-se ver as fêmeas 
em forma de um limão, juntamente com uma massa gelatinosa. O nematoide de 
galhas (Meloidogyne sp.) provoca galhas que são difíceis de se destacarem da 
raiz, diferente dos nódulos de B. japonicum. 
 
Figura 20. Nematoide de cisto em soja. 
 
 
Figura 21. Nematoide de galha em soja. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 Para um manejo adequado, primeiro deve-se atentar as características do 
local, no caso deste trabalho o foco vai ser um cultivo na região de Pato Branco – 
PR. Segundo Tabalipa e Fior (2008) a cidade apresenta uma latitude de 721,80 
m, com uma temperatura média variando de 22°C à 14°C e média de precipitação 
de 2109,79 mm/ano. A umidade relativa do ar em média é de 74%, podendo atingir 
valores de 90%. A cultura da soja é muito sensível ao fotoperíodo, isto varia de 
altitude, com isto para escolha da cultivar deve-se atentar ao grupo de maturidade. 
Para região de Pato Branco, aconselha-se uma cultivar com grupo de maturidade 
entre 6-7. 
 Além das características do local, deve-se atentar ao vazio sanitário, que é 
uma medida adotada por 12 estados e o Distrito Federal, além do Paraguai, ela 
prevê um período de no mínimo 60 dias sem a cultura e plantas voluntarias no 
campo, esta medida tem como objetivo reduzir a sobrevivência do fungo causador 
da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença 
na safra. Além disso, adota-se um calendário de semeadura que esperasse 
diminuir a utilização de produtos químicos e assim diminuir a pressão de seleção 
de resistência aos fungicidas. No Paraná no ano de 2017 este vazio ocorreu entre 
10/06 até 10/09. Desta forma a semeadura no estado deve iniciar entre 11/09/17 
até 31/12/17. 
 Os principais fatores climáticos importantes para a cultura da soja é a 
umidade, temperatura do solo e a distribuição das chuvas durante a fase 
reprodutiva. A época de plantio vai determinar o porte e o rendimento das plantas, 
além de poder deixar a soja suscetível a ataques de patógenos. Quanto à duração 
de ciclo, semeaduras anteriores a novembro tendem a alongar o ciclo e 
semeaduras posteriores tendem a encurtá-lo. Semeadura antecipada para início 
de outubro garante boa disponibilidade de umidade no período reprodutivo das 
plantas, mas produzem plantas com porte muito baixo. Já semeaduras feitas 
tardiamente, após meados de dezembro deixam as plantas expostas a riscos de 
perdas provocados por percevejos, ferrugem e por deficiência hídrica no solo, 
além de reduzir o porte das plantas e da duração de ciclo. Portanto para uma 
melhor safra é importante o agricultor optar por semeadura antecipada, 
diminuindo os riscos de perda. Uma forma de diminuir o efeito ambiental é utilizar 
duas ou mais cultivares, de diferentes ciclos (com uma diferença mínima), numa 
mesma propriedade, mas isso só é indicado para médias e grandes áreas. 
 A partir destas informações a cultivar escolhida foi a BRS 283 que tem 
grupo de maturidade 6,5, esta cultivar destaca-se por boa sanidade de raiz, 
excelente potencial produtivo em áreas com presença de nematoide de galha M. 
javanica, possuindo ciclo e porte que viabilizam a semeadura da 2º safra de milho 
e tem ampla adaptação. A época de semeadura indicada para região é de 05/10 
até 05/12. O ciclo varia de 128-134 dias e apresenta resistência a acamamento. 
Indica-se de 12 a 14 plantas/m de fileira com espaçamento de 45 cm. As reações 
da cultivar às doenças são de resistência a cancro da haste, mancha “olho-de-rã”; 
moderada resistência a podridão parda da haste, podridão radicular de 
Phytophthora e nematoide de galha (M. javanica); tem tolerância a vírus da 
necrose da haste e é suscetível a mosaico comum da soja, nematoide de galha 
(M. incógnita) e nematoide de cisto. (FARIAS, 2010) 
Manejo do solo 
 O manejo do solo visa um conjunto de operações realizadas para 
proporcionar condições favoráveis ao cultivo por tempo ilimitado. A primeira 
operação é a escolha do sistema de plantio, por muito tempo utilizou-se Sistema 
Convencional, mas devido a grandes problemas com as condições do solo este 
sistema aos poucos é substituído pelo Sistema Plantio Direto. O Sistema Plantio 
Direto envolve todas as boas práticas conservacionistas e quando feito 
corretamente consegue revertes problemas de degradação do solo e melhorar o 
desempenho da produção. Para implantação deste sistema deve-se atender 
alguns requisitos relativos aos recursos humanos, técnicos e de infraestrutura. 
(LOPES, 2013) 
 Antes da implantação do sistema deve-se conhecer detalhadamente a área 
e com isto fazer análise do solo e um levantamento de quais plantas daninhas são 
presentes no local, sendo útil para definir o herbicida a ser utilizado e a 
programação de aplicação. As máquinas e equipamentos devem ser adaptados 
para o novo sistema de plantio, pois a palhada interfere a eficiência dos mesmos. 
O planejamentoconsiste em analisar os resultados do levantamento da área, 
elaborar e interpretar os mapas, croquis e esquemas de trabalho, dividir a área 
em glebas. (LOPES, 2013) 
 A rotação de cultura é imprescindível, a escolha da espécie utilizada para 
rotação é feita a partir do objetivo sobre tal espécie, se ela irá ser destinada a 
exploração comercial ou apenas para cobertura do solo e adubação verde. Os 
cultivos são feitos em faixas, constituindo-se também em processos de 
conservação do solo. Na tabela 1 indica-se quais espécies utilizar para rotação de 
cultura, com a soja como principal cultura no Paraná. 
Tabela 1 – Espécies indicadas para rotação de cultura, com a soja como principal cultura, no 
Paraná. 
 
 
 Em áreas onde ocorre o cancro da haste da soja, o guandu e o tremoço 
não devem ser cultivados antecedendo a soja. O guandu, apesar de não mostrar 
sintomas da doença durante o estádio vegetativo, reproduz o patógeno nos restos 
culturais. Além disso, após o consórcio milho/guandu, indicado para a 
recuperação de solos degradados, deve-se usar, sempre, cultivar de soja 
resistente ao cancro da haste. O tremoço é altamente suscetível ao cancro da 
haste. (LOPES, 2013) 
 Para cobertura de solo deve-se escolher plantas com alta quantidade de 
biomassa e dar preferência para plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema 
radicular profundo ou abundante, promotoras de reciclagem de nutrientes. No 
verão, são indicadas para cobertura verde: lab-lab, mucunas, guandu e 
crotalárias, em cultivo solteiro ou em consórcio com o milho. (LOPES, 2013) No 
Paraná existem sistemas de rotação de cultura com vários ciclos, onde cada um 
é indicado para uma região e estão representados na tabela 2. O sistema A é 
indicado para todo o estado e permite ser utilizada em sistema de rotação de 
lavouras anuais e pastagens em semeadura direta. 
 
Tabela 2. Sistemas de rotação de cultura do Estado do Paraná. 
 
 O manejo das espécies de adubação verde pode ser realizado 
mecanicamente (rolo-faca, roçadeira, trituradores, etc) ou com herbicidas. No 
caso da aveia a melhor cobertura é obtida quando o manejo é feito com rolo-faca 
na fase de floração plena. O manejo da aveia, com herbicidas, pode ser feito 
quando a mesma estiver no início da fase de grãos leitosos. O atraso na época 
de manejo pode permitir que as sementes tornem-se viáveis e invasoras na safra 
seguinte. (LOPES, 2013) 
 De maneira geral a rotação de cultura previne ou reduz a compactação do 
solo, mas isso demanda tempo. Quando o problema é grave e necessita de 
solução rápida aconselha-se utilização de semeadoras que possuem sulcadores 
(facões) logo atrás dos discos de corte, os quais ajudarão a romper a camada 
compactada na linha de semeadura. Os facões devem possui ângulo de ataque 
ao solo em torno de 20° e 2 cm de espessura. A segunda alternativa é o uso de 
alguns tipos de escarificadores, cujo formato das hastes permite que a camada 
compactada seja rompida sem afetar muito o nivelamento do terreno. A operação 
de descompactação deve ser feita após a colheita da soja e antes da semeadura 
do trigo ou aveia. (LOPES, 2013) 
 Devido aos baixos preços e a dificuldade de armazenamento do milho 
safrinha, o plantio de soja safrinha ganhou espaço, inviabilizando a rotação de 
cultura adequada, o plantio iniciava logo após a colheita da soja, entre o final de 
janeiro e início de fevereiro. Os problemas fitossanitários principalmente com a 
ferrugem asiática, nematoide de cisto e patógenos habitantes de solo aumentou 
exponencialmente, devido a isto a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná 
(ADAPAR), proibiu o plantio de soja safrinha a partir da temporada 2016/17. 
 
Calagem e adubação 
 As concentrações de nutrientes e de alumínio em formas disponíveis as 
plantas, são influenciadas pela acidez do solo. Em solos ácidos, a limitação ao 
desenvolvimento das plantas decorre, principalmente, dos efeitos indiretos do pH, 
como o aumento da disponibilidade de alumínio e de manganês, a níveis tóxicos, 
ou a indução de deficiências de Ca, Mg, P ou Mo, que prevalecem sobre os efeitos 
direitos do H+. Desta forma, indicasse um pH entre 5,4 a 5,9. (SFREDO, 2008) 
 A escolha do corretivo vai depender dos resultados da análise do solo, a 
calagem tem objetivo de neutralizar o alumínio, sendo a soja uma cultura muito 
sensível a este elemento e/ou elevação nos teores de cálcio e magnésio, além do 
pH. A escolha adequada vai depender dos teores de Ca e Mg, dando preferência 
para calcário dolomítico ou calcário magnesiano para solos com larga relação 
Ca/Mg (>3/1). (SFREDO, 2008) 
 O corretivo, deve ser incorporado uniformemente na camada de 20 cm de 
profundidade com um intervalo mínimo de três meses antes da semeadura da 
safra de verão, para possibilitar a reação do calcário e a elevação do pH. Para a 
identificação da necessidade de recalagem, o solo sob semeadura direta deve ser 
amostrado na profundidade de 0 a 20 cm, podendo-se aplicar até 1/3 da 
quantidade necessária para atingir a saturação por bases desejada, a lanço na 
superfície do solo, pelo menos seis meses antes do plantio. Para solos que já 
receberam calcário na superfície, a amostragem do solo deve ser realizada de 0 
a 10 e de 10 a 20 cm de profundidade. (SFREDO, 2008) 
Manejo integrado das doenças (MID) 
 Algumas características e fatores interferem na elaboração de um manejo 
adequado (Tabela 3), a partir destes itens e com o conhecimento do histórico da 
lavoura e da região sobre quais doenças são mais comuns podemos iniciar um 
planejamento para uma maior eficiência e menor perda da produção. 
Tabela 3 – Fatores que favorecem os patógenos, suas formas de sobrevivência e disseminação. 
(PININI; FERNANDES, 2003) 
 
 
 De forma geral alguns métodos são indicados como controle, como rotação de cultura 
para reduzir a população dos patógenos que sobrevivem de uma safra para outra em 
restos culturais ou no solo, dependendo do tamanho da propriedade pode-se optar por 
dividir a lavoura em glebas e plantar em forma de rodízio por safra. Evitar compactação 
no solo para promover um bom desenvolvimento das raízes e evitar acumulo de água em 
períodos chuvosos que pode facilitar a disseminação. Eliminar plantas de soja voluntarias 
e não cultivar soja na entressafra (vazio sanitário), diminuindo a pressão da doença. 
Escolher cultivares resistentes e com o ciclo precoce, no início da época recomendada 
para região, evitando a época de maior inoculo da ferrugem. Realizar a adubação 
adequada, (principalmente de nitrogênio e potássio) de acordo com análise do solo. 
Utilizar sementes oriundas do sistema oficial de certificação (C1, C2 e S1, S2) de 
procedência conhecida e devidamente tratadas e por fim saber o histórico da lavoura, 
fazendo o monitoramento desde o início e principalmente quando estiver próxima da 
floração, fase que se define os fungicidas necessários para o controle das doenças 
foliares. (LOPES, 2013) Em época de safra aconselha-se aplicação de fungicida protetor 
se as condições ambientais estiverem favoráveis ao patógeno, se constatado a presença 
do mesmo e se a cultivar é suscetível. A aplicação do fungicida sistêmico é aconselhado 
nos primeiros sintomas e/ou ao estádio fenológico da planta onde ela é mais sensível 
(Figura 22). 
 
 
Figura 22. Principais doenças e os estádios em que a planta é mais sensível ao ataque. 
 
 
 
Na tabela 4 mostra para quais patógenos alguns dos métodos de controle são mais eficientes. 
 
Tabela 4 – Formas de controle indicado para as principais doenças da soja. (PININI; FERNANDES, 2003) 
 
 
 Além dos métodos descritos acima, o controle biológico para S. slerotiorum 
é opção quandoo escleródio encontra-se em repouso na superfície do solo, com 
pouca mobilidade ou no estádio de germinação, durante o qual o patógeno está 
mais vulnerável ao ataque. Utiliza-se o fungo Trichoderma harzianum, sendo 
também um antagonista natural para Rhizoctonia solani, Furarium oxysporum, 
Fusarium rosseum, Botrytis cinerea, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia spp, Phythium 
spp, Alternaria spp, Armillaria mellea, Rosellinia spp, entre outros. Ele age 
alimentado-se de nutrientes dos fungos parasitados e de material orgânico. Ele 
requer umidade para germinar, porém não tolera encharcamento. 
Tratamento de semente 
 O tratamento de sementes é importante forma de controle para patógenos 
habitantes do solo (Rhizoctonia solani, Pythium spp., Fusarium spp. etc) e para 
patógenos transmitidos por semente (Cercospora kikuchii, Cercospora sojina, 
Phomopsis spp e Colletotrichum truncatum). 
 Para os habitantes de solo indica-se fungicidas do grupo dos 
benzimidazóis. Captan, thiram e tolyfluanid, que são fungicidas de contato não 
são eficientes para Phomopsis spp e Fusarium semitectum. Portanto indica-se 
para estes patógenos carbendazin, tiofanato metílico e thiabendazole. 
 Quando tratada a semente, ocorre diminuição da nodulação e a fixação 
biológica do nitrogênio provocados pelo Bradyrhizoium spp. O agricultor pode abrir 
mão do tratamento quando as sementes possuam alta qualidade fisiológica e 
sanitária, estejam livres de fitopatogenos importantes e que o solo apresente boa 
disponibilidade hídrica. Caso não seja possível abrir mão do tratamento de 
semente as misturas Carboxin + Thiram, Difenoconazole + Thiram, Carbendazin 
+ Captan, Thiabendazole + Tolylfluanid ou Carbendazin + Thiram, demonstraram 
ser menos tóxicos para o Bradyrhizobium. 
 Como o objetivo deste trabalho é uma lavoura na região Sudoeste do 
Paraná onde problemas com déficit hídrico tem menores chances de ocorrer, 
problemas causados por Macrophomina phaseolina são difíceis de acontecer, o 
foco volta para as doenças favorecidas por períodos de chuvas e temperaturas 
altas. Portanto para um tratamento de sementes pode-se utilizar o fungicida 
Certeza, que é um fungicida sistêmico e de contato dos grupos químicos 
Benzimidazol e Fenilpiridinilamina. Indicado para Podridão-da-semente (Fusarium 
pallidoroseum), Phomopsis-da-semente (Phomopsis sojae), Mancha-púrpura 
(Cercospora kikuchii), Antracnose (Colletotrichum truncatum), Podridão-aquosa 
(Rhizoctonia solani) e Mofo-branco (S. sclerotiorum) com uma dose de 180 a 215 
ml de p.c/100 kg de sementes. 
 
Figura 23. Fungicida indicado para tratamento de semente. 
 
Controle químico com o foco na ferrugem asiática 
 Devido a agressividade da doença e a falta de cultivares resistentes faz 
com que seja a principal doença da soja. A tomada de decisão começa com a 
utilização de um inspetor de campo apto para identificar folhas com sintomas 
iniciais da doença, as quais deverão ser levadas para um laboratório credenciado 
no sistema de alerta do Consórcio Anti-ferrugem para diagnóstico da doença. O 
sistema de alerta é uma ferramenta importante para auxiliar a tomada de decisão 
no controle da ferrugem. (BARROS, 2011) 
 Pode-se aplicar fungicida de forma preventiva antes do florescimento 
quando as condições ambientais estiverem favoráveis ao desenvolvimento da 
ferrugem (temperatura e umidade altas, alto índice pluviométrico), o número de 
focos da macro-região da propriedade esteja elevado, a capacidade operacional 
da propriedade seja inferior à área cultivada e a cultura esteja próxima ao 
fechamento das entre linhas. (BARROS, 2011) 
 Na região Sul do país, para cultivares mais tolerantes, de ciclo curto, em 
talhões plantados mais cedo (início de outubro), e com a realização de um 
monitoramento da área, há chances de controlar a ferrugem com menos 
aplicações, desde que a pressão do patógeno não seja alta. Nesta situação 
recomenda-se realizar a aplicação com um produto à base de estrobilurina + 
triazól em R3/R4 caso não há histórico de foco de ferrugem no talhão ou na macro-
região de cultivo. Após a aplicação deve-se verificar o desempenho do produto, 
que é influenciado pela pressão do inóculo na cultura, qualidade da aplicação, 
arquitetura da planta e sua reação a doença e as condições climáticas nos dias. 
Se constatado a evolução da doença deve-se reaplicar o produto, desde que a 
soja esteja antes do estádio R7.1. (BARROS, 2011) É importante a mistura do 
triazól com outro ingrediente pois ao longo do tempo a eficiência do mesmo vem 
diminuindo, é aconselhado também a rotação dos fungicidas, assim diminuindo 
as chances de resistência do patógeno. Considerando as recomendações 
técnicas para o trabalho pode-se aplicar Abacus HC que é um fungicida de ação 
sistêmica dos grupos químicos estrobilurina e triazol. Indicado para o Oídio 
(Microsphaera diffusa), Crestamento-foliar (Cercospora kikuchii), Mancha-parda 
ou Septoriose (Septoria glycines), Mancha-alvo (Corynespora cassiicola) e 
Ferrugem-asiática (Phakopsora pachyhizi), com uma dose de 0,25-0,3 L/há de 
p.c. 
 
Figura 24. Fungicida para ferrugem asiática. 
 
REFERENCIAS 
 
BARROS, Ricardo. Doenças da Cultura da Soja: Tecnologia e Produção: Soja e 
Milho 2011/2012. Disponível em: 
<http://www.fundacaoms.org.br/base/www/fundacaoms.org.br/media/attachment
s/23/23/5385dc440bc8c1631bc77e112f97cef8430f0dfa39f9a_09-doencas-da-
cultura-da-soja_605429476.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. 
 
FARIAS, José Renato Bouças. Cultivares de soja: Regiões Sul e Central do 
Brasil 2010/2011. Disponível em: 
<http://www.cnpso.embrapa.br/download/FolhetoSoja.pdf>. Acesso em: 17 nov. 
2017. 
 
KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia vol. 2, doenças das plantas 
cultivadas, 4° ed., cap. 64, p 569 – 588. São Paulo: Agronômicas Ceres, 2005. 
 
LOPES, Alessandra Lomelino Campos. Cultivo e manejo da soja. Belo 
Horizonte: Cetec, 2013. 
 
SFREDO, Gedi Jorge. Calagem e Adubação da Soja: Circular Técnica 61. 2008. 
Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/downloads/CALAGEM E 
ADUBAÇÃO DA SOJA.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. 
 
PININI, Edson Clodoveu; FERNANDES, José Maurício. Doenças de 
Soja: Diagnose, epidemiologia e controle. Passo Fundo: Embrapa, 2003. 
 
TABALIPA, Ney Lyzandro; FIOR, Alberto Pio. ESTUDO DO CLIMA DO 
MUNICÍPIO DE PATO BRANCO, PARANÁ. 2008. 3 f. Dissertação (Mestrado) - 
Curso de Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato 
Branco, 2008.

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