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artigo quinto aula constitucional

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STF: “(...) as limitações materiais (...) não significam a intangibilidade literal da 
respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do 
núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se 
protege." (ADI 2.024-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 01/12/00)
ObsObs.: Os direitos e garantias individuais são cláusulas pétreas, 
estejam ou não no art. 5º (art. 60, § 4º)
Destinatários:
?Brasileiros 
&
?Estrangeiros
residentes
no Brasil 
Art. 5º, caputArt. 5º, caput
Garante a inviolabilidade
dos direitos a:
VIda
Liberdade
Igualdade
SEgurança (jurídica)
PROpriedade
PF
PJ
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(ou nãoou não)
Dir. Privado
Dir. Público
PF
PJ
Direito Direito àà VidaVida
? O direito à vida não abrange só o direito de não ser morto 
(respeito à integridade física), mas também o direito de ter 
uma vida digna (respeito à integridade moral);
? O direito à vida impede a eutanásia (boa morte);
? A CF protege todas as formas de vida, inclusive a uterina 
(em regra o aborto é crime – arts. 124 a 126, Código Penal);
? É legítima a pesquisa usando células-tronco de embriões 
humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados, 
respeitados os requisitos da Lei 11.105/05 (STF, ADI 3.510).
? O direito a vida é o mais fundamental de todos os direitos, já
que é pré-requisito para a existência dos demais;
? O direito à vida não é absoluto! A CF admite a pena de morte 
em caso de guerra declarada (art. 5º, XLVII, “a”). Admite-se o 
aborto se a gravidez resulta de estupro ou se não há outro 
meio de salvar a vida da gestante (art. 128, CP);
PrincPrincíípio da Igualdade ou Isonomiapio da Igualdade ou Isonomia
? Visa o tratamento de todos 
da mesma formamesma forma
? Direito de 1ª geração
? Art. 5º, caput da CF/88
?Visa tratar igualmente os iguaisigualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais,desigualmente os desiguais, na 
medida de suas desigualdades
? Direito de 2ª geração
?Ex.: Art. 5º, I; Art. 7º, XX; Art. 40
Igualdade Formal Igualdade Material
? Vincula o legislador
? Atinge a elaboraelaboraçção da leião da lei
? A lei deve respeitar o 
princípio da igualdade
? Evita a criação de lei 
inconstitucional
?Vincula o aplicador da lei
?Atinge a atuação do poder público
?Os agentes estatais devem aplicar a 
lei de forma igualitária
?Evita a prática de atos ilegais e 
inconstitucionais
Igualdade na lei Igualdade perante a lei
DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. RODRIGO MENEZES
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PrincPrincíípio da Igualdade ou Isonomiapio da Igualdade ou Isonomia
JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?Discriminações previstas na própria CF não violam este princípio;
?O princípio da isonomia, que se reveste de auto-aplicabilidade, não é
suscetível de regulamentação ou de complementação normativa.
? Lei pode estabelecer distinções razoáveis entre pessoas em razão de 
sexo, idade, condição física, condição econômica, etc.;
?A LEI (não o edital) pode estabelecer critérios diferenciados de 
admissão em cargo público (sexo, idade, altura, capacidade física, 
escolaridade, etc.), se a natureza e as atribuições do cargo exigirem;
?O Poder Judiciário não pode, sob pretexto de restabelecer o 
princípio da isonomia, estender vantagens a um grupo não 
contemplado pela lei.
?Ofende o princípio da isonomia o Estatuto do Pessoal da Empresa 
estrangeira que concede vantagens exclusivamente aos empregados 
de sua nacionalidade.
?É constitucional a lei que prevê prazos diferenciados para contestar 
ou recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério 
Público.
PrincPrincíípio da Igualdade ou Isonomiapio da Igualdade ou Isonomia
JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?STF: “Concurso público. Lei 7.289/1984 do Distrito Federal. 
Limitação de idade apenas em edital. Impossibilidade. A fixação do 
limite de idade via edital não tem o condão de suprir a exigência 
constitucional de que tal requisito seja estabelecido por lei." (RE 
559.823-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-11-07, 2ª
Turma, DJE de 1º-2-08). 
?STF: "O limite de idade para a inscrição em concurso público só se 
legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser 
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido." 
(Súmula 683)
?STF: "Concurso público. (...) Prova de títulos: exercício de funções 
públicas. Viola o princípio constitucional da isonomia norma que 
estabelece como título o mero exercício de função pública." (ADI 
3.443, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 8-9- 05, Plenário, DJ 
de 23-9-05). 
?STF: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de 
isonomia." (Súmula 339)
PrincPrincíípio da Igualdade ou Isonomiapio da Igualdade ou Isonomia
♂♂H = M♀
Art. 5º, I; 
Art. 3º, IV; 
Art. 7º, XVIII, XIX e XX; 
Art. 40, § 1º, III; 
Art. 143, § 2º; 
Art. 201, § 7º; 
Art. 226, § 5º
Direitos e 
obrigações
?IGUALDADE ENTRE OS SEXOS
?? STFSTF::
?A adoção de critérios diferenciados para o licenciamento dos 
militares temporários, em razão do sexo, não viola o princípio da 
isonomia.
?Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos 
para a promoção de militares do sexo feminino e masculino.
? Inconstitucionalidade da diferença de critério de admissão 
considerado o sexo – artigo 5º, inciso I, e § 2º do artigo 39 da Carta 
Federal. A exceção corre à conta das hipóteses aceitáveis, tendo em 
vista a ordem sócio-constitucional.
Princípio da Reserva Legal – ocorre quando a CF, caso a caso, exige lei 
formal ou ato normativo com força de lei para tratar de determinados temas.
Ex.: art. 5º, VI, VII, VIII, XII, XIII, XV, XVIII, XXIV, XXVI, XXVII, XXVIII, XXIX, 
XXXII, XXXIII, XXXVIII, XXXIX, etc.
PrincPrincíípio da Legalidadepio da Legalidade
? Base do Estado Democrático de Direito;
? Protege o povo ao impor limites ao poder arbitrário do Estado; 
? Só por lei podem ser criadas obrigações para as pessoas;
Legalidade AmplaLegalidade Ampla Legalidade EstritaLegalidade Estrita
Particular Particular –– art. 5art. 5ºº, II, II Poder PPoder Púúblico blico –– art. 37art. 37
Pode fazer tudotudo que a lei não proíbe SSóó pode fazer o que a lei permite
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Reserva Legal SimplesReserva Legal Simples Reserva Legal QualificadaReserva Legal Qualificada
A ConstituiA Constituiçção limitaão limita--se a se a 
exigir exigir ““leilei”” para regular para regular 
determinada matdeterminada matéériaria
A CF alA CF aléém de exigir m de exigir ““leilei””
para regular determinada para regular determinada 
matmatééria, fixa as condiria, fixa as condiçções ões 
ou os fins que devem ser ou os fins que devem ser 
perseguidos pela norma perseguidos pela norma 
legal.legal.Ex.: art. 5º, VI, VII, VIII, XV, 
XVIII, XXIV, XXVI, XXVII, 
XXVIII, XXIX, XXXII, XXXIII, 
XXXVIII, XXXIX. Ex.: art. 5Ex.: art. 5ºº, XII, XIII, LX., XII, XIII, LX.
PrincPrincíípio da Reserva Legalpio da Reserva Legal
Reserva Legal AbsolutaReserva Legal Absoluta Reserva Legal RelativaReserva Legal Relativa
A CF exige lei, com A CF exige lei, com 
exclusão, portanto, de exclusão, portanto, de 
qualquer outra fonte qualquer outra fonte 
infralegalinfralegal
A CF, apesar de exigir lei, A CF, apesar de exigir lei, 
permite que esta fixe tãopermite queesta fixe tão--
somente parâmetros de atuasomente parâmetros de atuaçção ão 
para o para o óórgão administrativo, que rgão administrativo, que 
poderpoderáá complementcomplementáá--la por ato la por ato 
infralegalinfralegal, sempre, por, sempre, poréém, m, 
respeitados os limites ou respeitados os limites ou 
requisitos estabelecidos pela requisitos estabelecidos pela 
legislalegislaççãoão
Ex.: "a lei regulará", "a lei 
disporá", "a lei criará", a lei 
poderá definir", etc
Ex.: Ex.: "nos termos da lei", "no 
prazo da lei", "na forma da lei", 
"com base na lei", "nos limites da 
lei", "seguindo critérios da lei".
PrincPrincíípio da Reserva Legalpio da Reserva Legal
Art. 5Art. 5ºº, III, III
?Ninguém será submetido a:
? tortura 
? tratamento 
física
psicológica
desumano
degradante
STF: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte 
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena 
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado.” (Súmula Vinculante nº 11)
CENSURA 
ou
licença
IV
STFSTF: garantia de 
preservação da 
liberdade de 
informação; 
não se confunde 
com privilégio de 
ordem pessoal.
Liberdade de ExpressãoLiberdade de Expressão (Art. 5(Art. 5ºº, IV, V, , IV, V, IX, X, XIV)IX, X, XIV)
do pensamento
das atividades: 
?intelectual
?artística
?científica
??de comunicade comunicaççãoão
garante o acesso acesso àà informainformaççãoão,,
ANONIMATO
IX
XIV
meio
forma
resguardado o sigilo da fontesigilo da fonte
quando necessário ao exercício profissional*
? por qualquer
*STFSTF: “Os jornalistas (...) não se expõem ao poder de indagação 
do Estado ou de seus agentes e não podem sofrer (...) 
a imposição de qualquer sanção penal, civil ou administrativa"
Não é admitida 
em nenhuma hipótese 
(art. 220,§ 2º)
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?LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LIMITAÇÕES – STF:
?“A liberdade de expressão constitui-se em direito fundamental 
do cidadão, envolvendo o pensamento, a exposição de fatos 
atuais ou históricos e a crítica.” (HC 83.125, Rel. Min. Marco 
Aurélio, em 16-9-03, 1ª Turma, DJ de 7-11-03)
?“O direito à livre expressão não pode abrigar, em sua 
abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam 
ilicitude penal”. (HC 82.424, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, em 
17-9-03, Plenário, DJ de 19-3-04)
?“Limitações à liberdade de manifestação do pensamento, pelas 
suas variadas formas. Restrição que há de estar explícita ou 
implicitamente prevista na própria Constituição.” (ADI 869, Rel. 
p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, em 4-8-99, Plenário, DJ de 4-6-04)
Liberdade de ExpressãoLiberdade de Expressão (Art. 5(Art. 5ºº, IV, V, , IV, V, IX, X, XIV)IX, X, XIV)
além da indenizaindenizaçção pelos danosão pelos danos: 
? material (prejuízo financeiro comprovável)
? moral (lesão à honra - constrangimento)
? à imagem (reputação denegrida)
?LIBERDADE DE EXPRESSÃO E SUAS LIMITAÇÕES
V
Direito de resposta agravo 
(ofensa)PROPORCIONAL
São invioláveis*:
? intimidade
? vida privada
? honra
? imagem
X
em caso 
de violação
em caso 
de violação
Liberdade de ExpressãoLiberdade de Expressão (Art. 5(Art. 5ºº, IV, V, , IV, V, IX, X, XIV)IX, X, XIV)
PF
das e
PJ
* A proteproteççãoão a 
intimidade, vida 
privada, honra e 
imagem deve se 
dar na medida 
inversamente inversamente 
proporcionalproporcional à
sua exposiexposiççãoão
Márcia X:
Quadro "desenhando 
com terços" - 2006
ESCOLA BASE – SP - 1994 O CASO 
DANIELA CICARELLI
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?JURISPRUDÊNCIAS:
?STJ: "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral" (Súmula 227)
?STF: "A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo do crime de 
difamação; não porém, de injúria (...). E assim o é apenas 
porque, à pessoa jurídica, não se pode negar reputação e boa 
fama, que não constituem atributos da honra subjetiva - como 
na injúria - mas sim da honra objetiva." (Decisão unânime da 
2a. Turma do STF, em que foi relator o Sr. Ministro Francisco 
Rezek, in RTJ-113/90, vol. 113, julho de 1985)
Liberdade de ExpressãoLiberdade de Expressão (Art. 5(Art. 5ºº, IV, V, , IV, V, IX, X, XIV)IX, X, XIV)
?JURISPRUDÊNCIAS:
?STF: “O fato de a Convenção de Varsóvia revelar, como regra, a 
indenização tarifada por danos materiais não exclui a relativa 
aos danos morais. Configurados esses pelo sentimento de 
desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhação 
decorrentes do extravio de mala, cumpre observar a Carta 
Política da República – incisos V e X do artigo 5º, no que se 
sobrepõe a tratados e convenções ratificados pelo Brasil.”
(RE 172.720, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 6-2-96, 2ª
Turma, DJ de 21-2-97).
?STJ: A indenização tarifada da Convenção de Varsóvia não se 
aplica aos fatos ocorridos na vigência do CDC (REsp 257297 
SP, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, Julgamento: 
14/02/2005, Órgão Julgador: T3, DJ 14.03.2005 p. 317)
Liberdade de ExpressãoLiberdade de Expressão (Art. 5(Art. 5ºº, IV, V, , IV, V, IX, X, XIV)IX, X, XIV)
VariaVariaçções da Liberdade de Expressãoões da Liberdade de Expressão
(Art. 5(Art. 5ºº, VI, VII, VIII), VI, VII, VIII)
Liberdade
filosófica
política
religiosa
PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, 
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VI IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA
VII
de consciência
de crença
VariaVariaçções da Liberdade de Expressãoões da Liberdade de Expressão
(Art. 5(Art. 5ºº, VI, VII, VIII), VI, VII, VIII)
VIII ESCUSA OU OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA
?Ocorre quando alguém invoca imperativo de consciênciaimperativo de consciência como 
justificativa para não cumprir uma obrigaobrigaçção legalão legal a todos imposta
?É admitida pela CF, mas caberá à lei fixar uma prestação alternativa
?Poderá levar a privação de direitos se houver DUPLA RECUSA
Ninguém será privado de direitos* por imperativo de consciência
EXCEÇÃO: DUPLA RECUSA
não cumprimento 
de obrigação legal
a todos imposta
não cumprimento de
prestação alternativa
fixada em lei
* Privação de direitos: perda (doutrina) ou suspensão (doutrina e CPP, art. 
438; Lei 8.239/91, art. 4º, §2º; Resolução TSE nº 21.538, art. 53, II, “b”)
dos direitos políticos (art.15, IV)
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Inviolabilidade relativa do domicInviolabilidade relativa do domicííliolio
(Art. 5(Art. 5ºº, XI), XI)
ASILO INVIOLÁVEL DO INDIVÍDUO
REQUISITOS PARA PENETRAR NA CASA:
A QUALQUER HORA A QUALQUER HORA SOMENTE DURANTE O DIASOMENTE DURANTE O DIA
Em regraEm regra: consentimento 
dos moradoresmoradores
ExceExceçções:ões:
?flagrante delito
?desastre
?prestação de socorro
ou
ou
ou
? determinação judicial
casa
* Dia (1): período compreendido 
entre o amanhecer e o pôr do sol
* Dia (2): das 6h às 20h
(há reserva jurisdicional,ou seja, a 
CF reserva ao judiciário o poder 
impor esta restrição ao direito 
fundamental, com a exclusão de 
qualquer outro órgão ou autoridade)
Inviolabilidade relativa do domicInviolabilidade relativa do domicííliolio
(Art. 5(Art. 5ºº, XI), XI)
ABRANGÊNCIA DA EXPRESSÃO “CASA”
(Código Penal, art. 150)
casa
Quarto de 
Hotel/Motel
Escritório ou 
Consultório 
profissional
Barraca
STFSTF: casa é qualquer 
compartimento não 
aberto ao público que 
alguém ocupa para 
fins de moradia ou 
trabalho.
§§ 44ºº A expressão A expressão ““casacasa”” compreende:compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
III - compartimento não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade.
§§ 55ºº -- Não se compreendem na expressão "casa":Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação 
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do § 4º, II;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
Trailer*
Motor-Home*
*fora da via pública
Inviolabilidade relativa do domicInviolabilidade relativa do domicííliolio
(Art. 5(Art. 5ºº, XI), XI)
STFSTF:: “O Tribunal iniciou julgamento de inquérito em que se imputa a 
magistrados (Ministro do STJ, dois membros do TRF da 2ª Região e um juiz 
do TRT da 15ª Região) e outros (um procurador regional da República e um 
advogado, este irmão do aludido Ministro do STJ) a suposta prática dos 
crimes de quadrilha, corrupção passiva e prevaricação (...). Alega o 
Ministério Público Federal que os denunciados compõem, em níveis 
diversos, uma organização criminosa voltada à exploração ilegal das 
atividades de bingos e máquinas caça-níqueis no Estado do Rio de Janeiro 
(...). Afastou-se (...), a preliminar de ilicitude das provas obtidas mediante 
instalação de equipamento de captação acústica e acesso a documentos no 
ambiente de trabalho do último acusado, porque, para tanto, a autoridade, 
adentrara o local três vezes durante o recesso e de madrugada. Esclareceu-
se que o relator, de fato, teria autorizado, com base no art. 2º, IV, da Lei n. 
9.034/95, o ingresso sigiloso da autoridade policial no escritório do acusado, 
para instalação dos referidos equipamentos de captação de sinais 
acústicos, e, posteriormente, determinara a realização de exploração do 
local, para registro e análise de sinais ópticos. Observou-se, de início, que 
tais medidas não poderiam jamais ser realizadas com publicidade alguma, 
sob pena de intuitiva frustração, o que ocorreria caso fossem praticadas 
durante o dia, mediante apresentação de mandado judicial. Continua >>
Inviolabilidade relativa do domicInviolabilidade relativa do domicííliolio
(Art. 5(Art. 5ºº, XI), XI)
Afirmou-se que a Constituição, no seu art. 5º, X e XI, garante a 
inviolabilidade da intimidade e do domicílio dos cidadãos, sendo 
equiparados a domicílio, para fins dessa inviolabilidade, os escritórios de 
advocacia, locais não abertos ao público, e onde se exerce profissão (...), e 
que o art. 7º, II, da Lei n. 8.906/94 expressamente assegura ao advogado a 
inviolabilidade do seu escritório, ou local de trabalho, de seus arquivos e 
dados, de sua correspondência, e de suas comunicações, inclusive 
telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por 
magistrado e acompanhada de representante da OAB. Considerou-se, 
entretanto, que tal inviolabilidade cederia lugar à tutela constitucional de 
raiz, instância e alcance superiores quando o próprio advogado seja 
suspeito da prática de crime concebido e consumado, sobretudo no âmbito 
do seu escritório, sob pretexto de exercício da profissão. Aduziu-se que o 
sigilo do advogado não existe para protegê-lo quando cometa crime, mas 
proteger seu cliente, que tem direito à ampla defesa, não sendo admissível 
que a inviolabilidade transforme o escritório no único reduto inexpugnável 
de criminalidade. Continua >>
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Inviolabilidade relativa do domicInviolabilidade relativa do domicííliolio
(Art. 5(Art. 5ºº, XI), XI)
Enfatizou-se que os interesses e valores jurídicos, que não têm caráter 
absoluto, representados pela inviolabilidade do domicílio e pelo poder-dever 
de punir do Estado, devem ser ponderados e conciliados à luz da 
proporcionalidade quando em conflito prático segundo os princípios da 
concordância. Não obstante a equiparação legal da oficina de trabalho com 
o domicílio, julgou-se ser preciso recompor a ratio constitucional e indagar, 
para efeito de colisão e aplicação do princípio da concordância prática, qual 
o direito, interesse ou valor jurídico tutelado por essa previsão. Tendo em 
vista ser tal previsão tendente à tutela da intimidade, da privatividade e da 
dignidade da pessoa humana, considerou-se ser, no mínimo, duvidosa, a 
equiparação entre escritório vazio com domicílio stricto sensu, que 
pressupõe a presença de pessoas que o habitem. De toda forma, concluiuconcluiu--
se que as medidas determinadas foram de todo lse que as medidas determinadas foram de todo líícitascitas por encontrarem 
suporte normativo explícito e guardarem precisa justificação lógico-jurídico 
constitucional, já que a restria restriçção conseqão conseqüüente não aniquilou o nente não aniquilou o núúcleo do cleo do 
direito fundamentaldireito fundamental e está, segundo os enunciados em que desdobra o 
princípio da proporcionalidade, amparada na necessidade da promoção de 
fins legítimos de ordem pública.” (Inq 2.424-QO-QO, Rel. Min. Cezar Peluso, 
julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 529)
Art. 5Art. 5ºº, XII, XII
É INVIOLÁVEL O SIGILO:
? das correspondências
? das comunicações telegráficas
? dos dados (comunicação de dados)
? das comunicações telefônicas*
Requisitos para a violaRequisitos para a violaççãoão::
? juiz (MP, CPI, polícia) 
(reserva jurisdicional)
?lei (nº 9.296/96)
?crime (investigação 
ou processo criminal)
se faltar 
qualquer 
um dos
requisitos
PROVAPROVA
ILILÍÍCITACITA
inadmissinadmissíível vel 
nos processos nos processos 
(art. 5º, LVI)
*interceptação, escuta 
ou grampo telefônico
Art. 5Art. 5ºº, XII, XII
? INVIOLABILIDADE DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS
STF:STF:
?Antes da Lei 9296/96 era ilícita a interceptação telefônica, ainda 
que autorizada por juiz (HC 74.586);
?Dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e 
em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção 
de prova em investigação criminal ou em instrução processual 
penal, podem ser usados em procedimento administrativo 
disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às 
quais foram colhidos, ou contra outros servidores cujos 
supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa prova. 
(Inq 2.424-QO);
?Não há interceptação telefônica quando a conversa é gravada por 
um dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter. 
(RE 453.562-AgR)
Art. 5Art. 5ºº, XII, XII
INVIOLABILIDADE
? das correspondências
? das comunicações telegráficas
? dos dados (comunicação de dados)
*Esses direitos podem ser restringidos pelo legislador ou pelo *Esses direitos podem ser restringidos pelo legislador ou pelo 
JudiciJudiciáário, por meio de uma ponderario, por meio de uma ponderaçção de interesses, ão de interesses, 
desde que haja razoabilidade/proporcionalidade!desde que haja razoabilidade/proporcionalidade!
?? INVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIASINVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIAS::
?? STFSTF: “A administração penitenciária, com fundamento em razões de 
segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem 
jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a 
norma inscrita noart. 41, par. único, da Lei nº 7.210/84, proceder à
interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis 
que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode 
constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.” (HC 70.814)
Essa Essa 
inviolabilidade inviolabilidade 
éé absoluta?absoluta?
NÃONÃO!!
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Art. 5Art. 5ºº, XII, XII
?? INVIOLABILIDADE DA COMUNICAINVIOLABILIDADE DA COMUNICAÇÇÃO DE DADOSÃO DE DADOS::
??Lei 9.296/96Lei 9.296/96:: O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de 
comunicações em sistemas de informática e telemática.
??ComunicaComunicaçção de dados (art. 5ão de dados (art. 5ºº, XII) , XII) ≠≠ Dados (art. 5Dados (art. 5ºº, X), X):
?? STFSTF:: “Não se questiona que a apreensão dos computadores da empresa 
do recorrente se fez regularmente, na conformidade e em cumprimento 
de mandado judicial. Não há violação do art. 5º, XII, da Constituição 
que, conforme se acentuou na sentença, não se aplica ao caso, pois não 
houve ‘quebra de sigilo das comunicações de dados (interceptação 
das comunicações), mas sim apreensão de base física na qual se 
encontravam os dados, mediante prévia e fundamentada decisão 
judicial’." (RE 418.416) 
Ou seja, embora os dados sejam invioláveis (art. 5º, X) é possível a 
apreensão de computadores com ordem judicial fundamentada.
?O art. 5º, XII não garante a inviolabilidade dos dados bancários, 
fiscais e telefônicos, que são protegidos pelo art. 5º, X, que trata da 
inviolabilidade da intimidade e privacidade.
?Sigilo (dos dados) bancário, fiscal e telefônico:
telefônico
fiscal
bancário
STFSTF:: a quebra do sigilo, por ser uma medida excepcional de 
restrição à intimidade (art. 5º, X), deve ser sempre devidamente 
fundamentada e determinada com razoabilidade/proporcionalidade.
Ministério Público
(regra: NÃO, salvo se 
envolver verbas públicas)
Fisco – Receita Federal
(em processo adm. instaurado 
ou procedimento fiscal em curso)
Poder Judiciário
(em processos judiciais 
ou administrativos)
CPI´s
(por maioria absoluta: 
princípio da colegialidade)
Art. 5Art. 5ºº, X , X –– ProteProteçção ão àà privacidadeprivacidade
Quem pode determinar a quebra?
?Sigilo (dos dados) bancário, fiscal e telefônico:
Art. 5Art. 5ºº, X , X –– ProteProteçção ão àà privacidadeprivacidade
STF: Mandado de Segurança. Sigilo bancário. Instituição financeira 
executora de política creditícia e financeira do Governo Federal. 
Legitimidade do Ministério Público para requisitar informações e 
documentos destinados a instruir procedimentos administrativos de 
sua competência. 2. Solicitação de informações, pelo Ministério 
Público Federal ao Banco do Brasil S/A, sobre concessão de 
empréstimos, subsidiados pelo Tesouro Nacional, com base em plano 
de governo, a empresas do setor sucroalcooleiro. 3. Alegação do 
Banco impetrante de não poder informar os beneficiários dos 
aludidos empréstimos, por estarem protegidos pelo sigilo bancário, 
previsto no art. 38 da Lei nº 4.595/1964, e, ainda, ao entendimento de 
que dirigente do Banco do Brasil S/A não é autoridade, para efeito do 
art. 8º, da LC nº 75/1993. 4. O poder de investigação do Estado é
dirigido a coibir atividades afrontosas à ordem jurídica e a garantia do 
sigilo bancário não se estende às atividades ilícitas. A ordem jurídica 
confere explicitamente poderes amplos de investigação ao Ministério 
Público - art. 129, incisos VI, VIII, da Constituição Federal, e art. 8º, 
incisos II e IV, e § 2º, da Lei Complementar nº 75/1993. ...
?Sigilo (dos dados) bancário, fiscal e telefônico:
Art. 5Art. 5ºº, X , X –– ProteProteçção ão àà privacidadeprivacidade
...5. Não cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministério Público, 
informações sobre nomes de beneficiários de empréstimos 
concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo erário 
federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de 
requisição de informações e documentos para instruir procedimento 
administrativo instaurado em defesa do patrimônio público. Princípio 
da publicidade, ut art. 37 da Constituição. 6. No caso concreto, os 
empréstimos concedidos eram verdadeiros financiamentos públicos, 
porquanto o Banco do Brasil os realizou na condição de executor da 
política creditícia e financeira do Governo Federal, que deliberou 
sobre sua concessão e ainda se comprometeu a proceder à
equalização da taxa de juros, sob a forma de subvenção econômica 
ao setor produtivo, de acordo com a Lei nº 8.427/1992. 7. Mandado de 
segurança indeferido (MS 21.729-4/DF)
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Ele grava Ela não sabe
GRAVAÇÃO CLANDESTINA
STFSTF: é lícita se houver justa razão para a gravação 
(razoabilidade/proporcionalidade)
?Gravação para se defender de acusação injusta
?Gravação para defesa do consumidor
?Gravação de ameaças, extorsões, etc
?Gravação de conversa com agente público no 
exercício da função ou em razão dela
EX.:
Art. 5Art. 5ºº, X , X –– ProteProteçção ão àà privacidadeprivacidade Art. 5Art. 5ºº, X , X –– ProteProteçção ão àà privacidadeprivacidade
?STF: “Inexistência de ofensa ao art. 5º, incs. X, XII e LVI, 
da CF. Precedentes. Como gravação meramente clandestina, 
que se não confunde com interceptação, objeto de vedação 
constitucional, é lícita a prova consistente no teor de 
gravação de conversa telefônica realizada por um dos 
interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa 
legal específica de sigilo nem de reserva da conversação, 
sobretudo quando se predestine a fazer prova, em juízo ou 
inquérito, a favor de quem a gravou.” (RE 402.717-PR, Min. 
Rel. Cezar Peluso, julgamento em 02.12.2008, DJe de 
13.02.2009)
Liberdade de exercLiberdade de exercíício profissional cio profissional (Art. 5(Art. 5ºº, XIII), XIII)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações profissionais que (se)(se) a lei estabelecer;
pode-se exercer qualquer atividade profissional, 
sem restrições
Regra:Regra:
ExceExceçção:ão: a lei pode restringir o exercício de determinadas atividades, exigindo qualificaqualificaçções profissionaisões profissionais
ADVOGADO DENTISTA ENFERMEIRA MÉDICO ARQUITETO
Liberdade de exercLiberdade de exercíício profissional cio profissional (Art. 5(Art. 5ºº, XIII), XIII)
STFSTF::
?Trata-se de norma de eficácia contida;
?Constitui ilegalidade reparável pela via do habeas corpus fazer com 
que alguém responda pelo exercício ilegal de uma profissão que 
ainda não foi regulamentada (HC 92.183, em 18-3-08);
?O Decreto-lei 972/69, que regulamentava a profissão de jornalismo, 
não foi recepcionado pela CF/88 (RE 511.961, em 17-6-09);
?A exigência de especificidade, no âmbito da qualificação, para a 
feitura de concurso público não contraria o art. 5º, XIII da CF, desde 
que prevista em lei e consentânea com os diplomas regedores do 
exercício profissional (MS 21.733);
?É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo 
para cobrança de tributo (Súm. 70);
?É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo 
para pagamento de tributos (Súm. 323);
?Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira 
estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas 
atividades profissionais (Súm. 547).
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Liberdade de LocomoLiberdade de Locomoçção (Art. 5ão(Art. 5ºº, XV), XV)
(Direito de ir, vir e permanecer)
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
LocomoLocomoçção no Territão no Territóório Nacional:rio Nacional:
?Em tempo de paz: livrelivre
(mas não é absoluta, p.ex.:art. 5º, LXI)
?Em tempo de guerra: restritarestrita
Entrada, permanência ou saEntrada, permanência ou saíída:da:
??LivreLivre a qualquer pessoa com seus bensa qualquer pessoa com seus bens, 
mas a lei pode criar restria lei pode criar restriççõesões
(p. ex.: visto, tributos)
Todos 
podem 
reunir-se prévio aviso
pacífica
sem armas
não frustrar outra
Requisitos 
para a 
reunião
?Reunião: direito coletivo e direito individual de expressão coletiva
??STFSTF: “A liberdade de reunião constitui uma das mais importantes 
conquistas da civilização, enquanto fundamento das modernas 
democracias políticas. A restrição ao direito de reunião estabelecida 
pelo Decreto distrital 20.098/99 (Art. 1º - Fica vedada a realização de 
manifestações públicas, com a utilização de carros, aparelhos e objetos 
sonoros na Praça dos Três poderes, Esplanada dos Ministérios e Praça 
do buriti e vias adjacentes.), a toda evidência, mostra-se inadequada, 
desnecessária e desproporcional quando confrontada com a vontade 
da Constituição.” “... não vejo nenhum problema em se realizar uma 
reunião pública, imensa, perante o Hospital de Base, mas, silenciosa. 
Isso não teria nenhum problema. Agora, seria absolutamente contrário 
à possibilidade desta reunião ser sonora, porque, aí, é um direito que 
deve ser assegurado, o direito dos internados(...)" (ADI 1.969)
Direito de Reunião (Art. 5Direito de Reunião (Art. 5ºº, XVI), XVI)
em locais 
abertos ao 
público
Liberdade de AssociaLiberdade de Associaççãoão
? Liberdade de Associação: 
? Plena ? p/ fins lícitos
? caráter paramilitar
?? CriaCriaççãoão de associações e de cooperativas:
? Independe de autorização
?É vedada a interferência Estatal no funcionamento
dec. jud. transitada em julgado
? Vedada
(na forma da lei)
Ninguém será forçado a 
associar-se ou manter-se 
associado
dissolução compulsória
decisão judicial
suspensão das atividades
? Interferência excepcional nas associações
(Art. 5(Art. 5ºº, XVII a XXI), XVII a XXI)
EntidadesEntidades
associativasassociativas
expressamente*
autorizadas
podem 
representar
judicial
extrajudicialmente
se
seus filiados
??STFSTF: A autorização para que as entidades associativas tenham 
legitimidade para representar seus filiados judicialmente tem que 
ser expressa, sendo necessário a juntada de instrumento de 
mandato ou de ata da assembléia geral com poderes específicos, 
não bastando previsão genérica constante em seu estatuto. 
(RE 233.297-DF, rel. Min. Octavio Gallotti, 20.4.99)
Liberdade de AssociaLiberdade de Associaççãoão
(Art. 5(Art. 5ºº, XVII a XXI), XVII a XXI)
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Estado de Defesa
? restrições aos direitos de 
reunião, ainda que exercida 
no seio das associações;
? restrições ao sigilo de 
correspondência, de 
comunicação telegráfica 
e telefônica;
? ocupação e uso temporário 
de bens e serviços públicos, 
na hipótese de calamidade 
pública. 
Estado de Sítio
? suspensão da liberdade de reunião;
? restrições ao sigilo da correspondência 
e das comunicações;
? restrições à prestação de informações;
? restrições à liberdade de imprensa, 
radiodifusão e televisão;
? requisição de bens e intervenção nas 
empresas de serviços públicos;
? detenção em edifício não destinado a 
acusados ou condenados por crimes 
comuns (p.ex.: quartéis militares);
? obrigação de permanência em 
localidade determinada;
? busca e apreensão em domicílio;
* No estado de sítio-guerra: + restrições 
que se demonstrem necessária e 
razoáveis e que respeitem o núcleo 
essencial dos direitos.
OBSOBS.:.:Para defesa do Estado e das InstituiPara defesa do Estado e das Instituiçções Democrões Democrááticas pode haver ticas pode haver 
restrirestriçções a determinados direitos fundamentais, por decreto ões a determinados direitos fundamentais, por decreto 
presidencial aprovado pelo Congresso Nacional (arts. 136 a 141)presidencial aprovado pelo Congresso Nacional (arts. 136 a 141)
Inviolabilidade da PropriedadeInviolabilidade da Propriedade
(Art. 5(Art. 5ºº, XXII ao XXXI), XXII ao XXXI)
DIREITO DEVER
individual
(art. 5º, XXII)
função social
(art. 5º, XXIII)
propriedade urbana:
art. 182, § 2º
propriedade rural:
art. 186
Deve atender aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e 
preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos 
trabalhadores.
Inviolabilidade da PropriedadeInviolabilidade da Propriedade
Função Social da Propriedade ImobiliáriaFunção Social da Propriedade Imobiliária
?Propriedade Urbana:
(art. 182, § 2º)
?Propriedade Rural:
(art. 186)
A propriedade urbana cumpre sua função 
social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade 
expressas no plano diretor.
Inviolabilidade da PropriedadeInviolabilidade da Propriedade
? JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?“O proprietário do prédio vizinho não ostenta o direito de 
impedir que se realize edificação capaz de tolher a vista 
desfrutada a partir de seu imóvel, fundando-se, para isso, no 
direito de propriedade.” (RE 145.023) 
?“O direito de edificar é relativo, dado que condicionado à
função social da propriedade (...).” (RE 178.836) 
?“O direito de propriedade não se reveste de caráter absoluto, 
eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a significar que, 
descumprida a função social que lhe é inerente (CF, art. 5º, 
XXIII), legitimar-se-á a intervenção estatal na esfera dominial 
privada, observados, contudo, para esse efeito, os limites, as 
formas e os procedimentos fixados na própria Constituição da 
República.” (ADI 2.213-MC) 
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Formas constitucionais de Formas constitucionais de 
intervenintervençção do Estado na propriedadeão do Estado na propriedade
DESAPROPRIAÇÃO
(art. 5º, XXIV)
EXPROPRIAÇÃO
(art. 243)
REQUISIÇÃO ADM.
(art. 5º, XXV)
Transferência 
compulsória
Necessidade pública
Utilidade pública
Interesse social
Confisco Uso compulsório
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Cultivo ilegal 
de plantas 
psicotrópicas
Iminente perigo 
público
JUSTA e PRÉVIA 
em DINHEIRO
ExceExceççõesões:: só na CF: 
DESAPROPRIAÇÕES-
SANÇÕES 
(quando a propriedade urbana ou 
rural não atende a sua função 
social: indenização em títulos da 
dívida pública ou agrária, respect., 
- arts. 182, §4º, III e 184, caput)
I
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Não há
POSTERIOR, 
sese houver danos
DesapropriaDesapropriaçção ão –– art. 5art. 5ºº, XXIV, XXIV
? JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?“Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros 
compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano.” (SÚM. 618)
?“Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Decreto-Lei 
3365/1941” (SÚM. 652)
Decreto-Lei 3365/41 (Desapropriação por utilidade pública): 
“Art. 15. Se o expropriante alegar urgênciae depositar quantia 
arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de 
Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na 
posse dos bens; § 1º A imissão provisória poderá ser feita, 
independente da citação do réu, mediante o depósito (...).”
?“A inexistência de qualquer indenização sobre a parcela de 
cobertura vegetal sujeita a preservação permanente implica 
violação aos postulados que asseguram o direito de 
propriedade e a justa indenização.” (RE 267.817)
DesapropriaDesapropriaçção ão –– art. 5art. 5ºº, XXIV, XXIV
? JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?“A circunstância de o Estado dispor de competência para criar 
reservas florestais não lhe confere, só por si, (...) a 
prerrogativa de subtrair-se ao pagamento de indenização 
compensatória ao particular, quando a atividade pública, 
decorrente do exercício de atribuições em tema de direito 
florestal, impedir ou afetar a válida exploração econômica do 
imóvel por seu proprietário.” (RE 134.297) 
?"Caracterizado que a propriedade é produtiva, não se opera a 
desapropriação-sanção — por interesse social para os fins de 
reforma agrária.” (MS 22.193)
?“A ação de desapropriação indireta tem caráter real e não 
pessoal, traduzindo-se numa verdadeira expropriação às 
avessas, tendo o direito à indenização que daí nasce o mesmo 
fundamento da garantia constitucional da justa indenização 
nos casos de desapropriação regular.” (ADI 2.260-MC) 
ProteProteçção ão àà pequena propriedade pequena propriedade 
rural, definida em lei rural, definida em lei -- art. 5art. 5ºº, XXVI, XXVI
?? STFSTF: “Impenhorabilidade da pequena propriedade rural de exploração 
familiar (CF, art. 5º, XXVI): aplicação imediata. A norma que torna 
impenhorável determinado bem desconstitui a penhora anteriormente 
efetivada, sem ofensa de ato jurídico perfeito ou de direito adquirido 
do credor: precedentes sobre hipótese similar. A falta de lei anterior 
ou posterior necessária à aplicabilidade de regra constitucional —
sobretudo quando criadora de direito ou garantia fundamental —, 
pode ser suprida por analogia: donde, a validade da utilização, para 
viabilizar a aplicação do art. 5º, XXVI, CF, do conceito de 'propriedade 
familiar' do Estatuto da Terra.” (RE 136.753)
SERSERÁÁ
IMPENHORIMPENHORÁÁVELVEL
se for trabalhada pela família
para pagamento de débitos
decorrentes da atividade produtiva
PEQUENAPEQUENA
PROPRIEDADEPROPRIEDADE
RURALRURAL
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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
ProteProteçção ão àà propriedade imaterialpropriedade imaterial
utilizar
publicar
reproduzir
exclusividade
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iautor
herdeiros
após oprazo da lei
domdomíínionio
ppúúblicoblico
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades 
desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras 
que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e 
às respectivas representações sindicais e associativas;
ProteProteçção ão àà propriedade imaterialpropriedade imaterial
??STF:STF: Pela execução de obra musical por artistas remunerados é devido 
direito autoral, não-exigível quando a orquestra for de amadores. Súm. 386
proteção
da voz direito de arena
proteção da imagem
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações 
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
ProteProteçção ão àà propriedade imaterialpropriedade imaterial
Autores de 
inventosinventos
industriais
PrivilPriviléégio temporgio temporááriorio
para sua utilização
CriaCriaççõesões industriaisindustriais
Propriedade das Propriedade das marcasmarcas
NomesNomes de empresasde empresas
Outros Outros signos distintivossignos distintivos
Proteção
XXX - é garantido o direito de herança; 
Direito de HeranDireito de Heranççaa
? arts. 1784 a 2027, Código Civil de 2002
??STFSTF:: "A sucessão regula-se por lei vigente à data de sua 
abertura, não se aplicando a sucessões verificadas antes 
do seu advento a norma do art. 227, § 6º, da Carta de 1988, 
que eliminou a distinção, até então estabelecida pelo 
Código Civil (art. 1.605 e § 2º), entre filhos legítimos e 
filhos adotivos, para esse efeito. Discriminação que, de 
resto, se assentava em situações desiguais, não afetando, 
portanto, o princípio da isonomia." (RE 163.167)
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M
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)
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no 
País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus“;
Direito de HeranDireito de Heranççaa
estrangeiro
possui bens 
no Brasil
Processo de 
Inventário
?? RegraRegra: será aplicada a lei do domicílio 
do de cujus (art. 10, § 2º, LICC)
?? ExceExceççãoão: se o de cujus tiver cônjuge 
ou filhos brasileiros será usada a lei 
mais benéfica para eles.
herdeiros
sucessão
causa mortis
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, 
a defesa do consumidor;
Defesa do Consumidor Defesa do Consumidor -- art. 5art. 5ºº, XXXII , XXXII 
??STFSTF::
?“As instituições financeiras estão, todas elas, alcançadas pela 
incidência das normas veiculadas pelo Código de Defesa do 
Consumidor. ‘Consumidor’, para os efeitos do Código de Defesa do 
Consumidor, é toda pessoa física ou jurídica que utiliza, como 
destinatário final, atividade bancária, financeira e de crédito”. 
(ADI 2.591-ED)
?“Em face da atual Constituição, para conciliar o fundamento da livre 
iniciativa e do princípio da livre concorrência com os da defesa do 
consumidor e da redução das desigualdades sociais, em 
conformidade com os ditames da justiça social, pode o Estado, por 
via legislativa, regular a política de preços de bens e de serviços, 
abusivo que é o poder econômico que visa ao aumento arbitrário 
dos lucros.” (ADI 319-QO)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
Direito de receber informaDireito de receber informaççõesões
art. 5art. 5ºº, XXXIII , XXXIII 
?REGRA: órgãos públicos são obrigados a 
prestar informações de interesse
?EXCEÇÃO: podem ser negadas as 
informações declaradas 
sigilosas para segurança
da sociedade
do Estado
particular
coletivo
geral
ilegalidade
?É assegurado a todos (brasileiros e estrangeiros), sem taxas:
? em defesa de direitos
? contra 
? Direito de PetiDireito de Petiççãoão aos Poderes Públicos 
abuso de poder
Direito de PetiDireito de Petiççãoão (Art. 5(Art. 5ºº, XXXIV, , XXXIV, ““aa””))
dever de 
responder
(prazo razoável)individuais
coletivos
gerais
**PetiPetiççãoão: pedido de providências (reclamação, solicitação, denúncia).
?Tem caráter informal
?Dispensa advogado
?Deve ser escrita e assinada
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? A obtenção de certidõescertidões nas Repartições Públicas
?para defesa de direitos 
?para esclarecimento de situações 
de interesse pessoal 
Direito de CertidãoDireito de Certidão (Art. 5(Art. 5ºº, XXXIV, , XXXIV, ““bb””))
Pressupostos para exercer o direito de certidão:
? legítimo interesse;
? ausência de sigilo;
? esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido;
? existência das informações requeridas nos registros públicos.
**CertidãoCertidão:: é um documento, com fé pública, ou seja, presunção de 
veracidade, que declara a existência ou inexistência de um ato ou fato.
dever de 
fornecer
(em 15 dias: 
Lei 9.051/95)
?É assegurado a todos (brasileiros e estrangeiros), sem taxas:
PetiPetiçção ão -- CertidãoCertidão (Art. 5(Art. 5ºº, XXXIV), XXXIV)
? JURISPRUDÊNCIAS DO STF:
?“O direito de petição, presente em todas as Constituições brasileiras, 
qualifica-se como importante prerrogativa de caráter democrático. 
Trata-se de instrumento jurídico-constitucional posto à disposição 
de qualquer interessado – mesmo daqueles destituídos de 
personalidade jurídica –, com a explícita finalidade de viabilizar a 
defesa, perante as instituições estatais, de direitos ou valores 
revestidos tanto de natureza pessoal quanto de significação 
coletiva.” (ADI 1.247-MC)
?“O direito à certidão traduz prerrogativa jurídica, de extração 
constitucional, destinada a viabilizar, em favor do indivíduo ou de 
uma determinada coletividade (como a dos segurados do sistema de
previdência social), a defesa (individual ou coletiva) de direitos ou o 
esclarecimento de situações. A injusta recusa estatal em fornecer 
certidões, não obstante presentes os pressupostos legitimadores 
dessa pretensão, autorizará a utilização de instrumentos processuais 
adequados, como o mandado de segurança” (RE 472.489-AgR)
?“Extração de certidões, em repartições públicas, condicionada ao 
recolhimento da ‘taxa de segurança pública’. Violação à alínea b do 
inciso XXXIV do 5º da CF." (ADI 2.969)
PrincPrincíípio da Inafastabilidade da pio da Inafastabilidade da 
Tutela JurisdicionalTutela Jurisdicional
((Princípio do acesso à Justiça - art. 5rt. 5ºº, XXXV), XXXV)
TITULARES
DE DIREITOS
(PF e PJ)
Havendo lesão ou 
ameaça aos seus 
direitos (litígios)
?XXXV - a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; JUIZ
Direito 
de ação
Em regra, não é necessário o prévio acesso à via administrativa
Conflitos Desportivos
(art. 217, §§ 1º e 2º da CF/88)
Habeas Data
(art. 8º, par. único da Lei 9.507/97)
Esgotado o prazo de 60 dias ou
não satisfeito com a decisão
EXCEÇÕES
1º - Pedido de informainformaççõesões ou
retificaretificaççõesões na via administrativa
Recusa ou demora administrativa
2º - Ação de habeas data
1º - Processo administrativo 
na Justiça Desportiva
2º - Ação Judicial
PrincPrincíípio da Inafastabilidadepio da Inafastabilidade
da Jurisdida Jurisdiççãoão
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Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
?A Justiça Arbitral é constitucional e não cabe recurso ao Judiciário
"Lei de Arbitragem (L. 9.307/96): (...) constitucionalidade declarada pelo 
plenário, considerando o Tribunal, por maioria de votos, que a 
manifestação de vontade da parte na cláusula compromissória, quando 
da celebração do contrato, e a permissão legal dada ao juiz para que 
substitua a vontade da parte recalcitrante em firmar o compromisso não 
ofendem o artigo 5º, XXXV, da CF." (SE 5.206-AgR, em 12-12-01)
?A inconstitucionalidade da obrigatoriedade da C.C.P.
A exigência da CLT (art. 625-D) de que as demandas trabalhistas passem 
por uma fase administrativa obrigatória na Comissão de Conciliação 
Prévia antes do ingresso no Poder Judiciário viola o Princípio do 
Acesso à Justiça, devendo ser assegurado o imediato acesso ao Poder 
Judiciário (ADI 2.139-MC e ADI 2.160-MC, em 23-10-09)
PrincPrincíípio do Acesso pio do Acesso àà JurisdiJurisdiçção ão 
?Exigência de depósito prévio para ingressar com ação:
“É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a 
exigibilidade de crédito tributário”. (Súmula Vinculante nº 28)
?Taxas e custas judiciais – tem que ter limite sobre o valor da causa
Viola a garantia constitucional do acesso à jurisdição a cobrança de taxas e 
custas em valores excessivos, calculados sem limite sobre o valor da 
causa, por impossibilitar o acesso de muitos à Justiça. (Súm. 667, STF)
?Restrições razoáveis ao acesso à Justiça – constitucionalidade
A exigência constitucional e legal de requisitos para o acesso à justiça, 
como a observância das regras de competência, os prazos processuais, 
os pressupostos processuais, as condições da ação e, como regra, a 
necessidade de assistência de advogado, não violam o princípio da 
inafastabilidade da jurisdição.
PrincPrincíípio do Acesso pio do Acesso àà JurisdiJurisdiçção ão 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
?Multa para recursos protelatórios – constitucionalidade
"A possibilidade de imposição de multa, quando manifestamente 
inadmissível ou infundado o agravo, encontra fundamento em razões de 
caráter ético-jurídico, pois, além de privilegiar o postulado da lealdade 
processual, busca imprimir maior celeridade ao processo de 
administração da justiça, atribuindo-lhe um coeficiente de maior 
racionalidade, em ordem a conferir efetividade à resposta jurisdicional 
do Estado.” (AI 567.171, em 3-12-08)
?Tutela Jurisdicional - abrangência
“A garantia constitucional alusiva ao acesso ao Judiciário engloba a 
entrega da prestação jurisdicional de forma completa, emitindo o 
Estado-juiz entendimento explícito sobre as matérias de defesa veiculadas 
pelas partes.” (RE 172.084, em 29-11-94)
“Não há confundir negativa de prestação jurisdicional com decisão 
jurisdicional contrária à pretensão da parte." (AI 135.850-AgR, em 23-4-91).
PrincPrincíípio do Acesso pio do Acesso àà JurisdiJurisdiçção ão 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF ?O duplo grau de jurisdição, do qual decorre o direito de ter sua 
pretensão analisada por um órgão jurisdicional de instância 
superior ao que originariamente apreciou a causa, não 
consubstancia garantia fundamental dos indivíduos, nem 
decorrente do direito de acesso ao Judiciário, nem da ampla 
defesa e do contraditório, admitindo-se, portanto, instâncias 
únicas de julgamento, sem possibilidade de recurso.
?? STFSTF:: “A Emenda Constitucional 45/04 atribuiu aos tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos, desde que aprovados na forma 
prevista no § 3º do art. 5º da Constituição Federal, hierarquia 
constitucional. Contudo, não obstante o fato de que o princípio do duplo 
grau de jurisdição previsto na Convenção Americana de Direitos 
Humanos tenha sido internalizado no direito doméstico brasileiro, isto 
não significa que esse princípio revista-se de natureza absoluta. A própria 
Constituição Federal estabelece exceções ao princípio do duplo grau de 
jurisdição. Não procede, assim, a tese de que a Emenda Constitucional 
45/04 introduziu na Constituição uma nova modalidade de recurso 
inominado, de modo a conferir eficácia ao duplo grau de jurisdição.”
(STF, AI 601832 AgR / SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, em 17-03-2009)
Direito de ADireito de Açção X Direito de Recursoão X Direito de Recurso
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OBS.: PODER JUDICIOBS.: PODER JUDICIÁÁRIORIOÓRGÃOS:ÓRGÃOS:
1º grau
(1ª instância)
2º grau
(2ª instância)
? Devem ser respeitadas, rigorosamente, as regras de 
competência definidas na Constituição e nas leis;
? São vedados os juízos ou tribunais de exceção
(aqueles criados ou designados para julgar a causa
ex post facto – juízos ou tribunais ad hoc);
? Visa garantir a independência e a imparcialidade do órgão 
julgador.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
PrincPrincíípio do Juiz Natural pio do Juiz Natural 
? “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração por continência ou conexão do processo 
do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos 
denunciados”. (Súm. 704)
? “A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fixou entendimento 
no sentido de que a concentração de vários processos que versem 
sobre a mesma matéria em um mesmo órgão julgador não ofende o 
princípio do juiz natural.” (AI 753.445-AgR, em 8-9-09)
? “Juiz natural de processo por crimes dolosos contra a vida é o 
Tribunal do Júri. Mas o local do julgamento pode variar, conforme as 
normas processuais, ou seja, conforme ocorra alguma das 
hipóteses de desaforamento previstas no art. 424 do C.P.P., que não 
são incompatíveis com a Constituição anterior nem com a atual (de 
1988) e também não ensejam a formação de um 'Tribunal de 
exceção'.” (HC 67.851, em 24-4-90) 
PrincPrincíípio do Juiz Natural pio do Juiz Natural 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
Tribunal do JTribunal do Júúriri
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida;
? O Júri é organizado pelo Cód. Proc. Penal - arts. 406 a 497;
?A plenitude de defesa refere-se ao rrééuu, que poderá se utilizar 
de todos os meios legais para se defender (art. 5º, LV);
?O sigilo das votações significa: voto secreto e 
incomunicabilidade dos jurados.
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Tribunal do JTribunal do Júúriri
?A soberania dos veredictos impõe que a decisão seja dada 
pelo Júri e impede que o Juiz-Presidente a desconsidere.
STFSTF: A soberania dos veredictos não impede que a lei institua 
recurso contra as decisões do Tribunal do Júri (HC 88.707, 9-9-08)
?Crimes dolosos contra a vida: arts. 121 a 126, Código Penal
STFSTF:: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é
do juiz singular e não do Tribunal do Júri. (Súmula 603)
STFSTF:: O foro por prerrogativa de função previsto na CF prevalece 
sobre a competência do Tribunal do Júri (HC 70.581, em 21-9-93).
STFSTF:: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece 
sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição estadual. (Súmula 721)
STFSTF:: O envolvimento de co-réus em crime doloso contra a vida, 
havendo em relação a um deles foro especial por prerrogativa de 
função, previsto constitucionalmente, não afasta os demais do juiz 
natural, ut art. 5º, XXXVIII, alínea d, da Constituição. (HC 73.235)
?Direito Adquirido ( ≠ expectativa de direito)
?Ato Jurídico Perfeito
?Coisa Julgada
? É a decisão judicial de que já não caiba recurso (art. 6º, §3º, LICC)
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
(Art. 5(Art. 5ºº, XXXVI, XXXIX e XL), XXXVI, XXXIX e XL)
? É o que resulta da reunião de todos os seus elementos aquisitivos.
? É o que já está apto a ser exercido (art.6º, §2º, LICC).
XXXVI - A lei (superveniente) não prejudicará:
? Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou (art. 6º, §1º, LICC).
Conjunto de condições que tornam possível às pessoas o 
conhecimento antecipado e reflexivo das conseqüências 
diretas de seus atos e de seus fatos à luz da liberdade 
reconhecida (Jorge Reinaldo Vanossi)
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
?O disposto no artigo 5º, XXXVI, se aplica a toda e qualquer lei 
infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito 
público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei 
dispositiva. (ADI 493, em 25-6-92)
?O princípio insculpido no inciso XXXVI do art. 5º da Constituição 
não impede a edição, pelo Estado, de norma retroativa (lei ou 
decreto) em benefício do particular. (RE 184.099, em 10-12-96)
?A garantia da irretroatividade da lei (art. 5º, XXXVI), não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. (Súmula 654)
?Não há direito adquirido a regime jurídico. (ex.: Estatuto, FGTS)
?Não se pode invocar ato jurídico perfeito contra mudança do padrão 
monetário;
?Uma nova Constituição, desde que expressamente, pode prejudicar 
direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.
Jurisprudências principais do STFJurisprudências principais do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??SSúúmula Vinculante nmula Vinculante nºº 11
“Ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão
que, sem ponderar as circunstâncias do caso concreto, 
desconsidera a validez e a eficácia de acordo constante de termo de 
adesão instituído pela Lei Complementar nº 110/2001”.
??Normas ConstitucionaisNormas Constitucionais
“As normas constitucionais federais é que, por terem aplicação 
imediata, alcançam os efeitos futuros de fatos passados 
(retroatividade mínima), e se expressamente o declararem podem 
alcançar até fatos consumados no passado (retroatividades média e 
máxima). Não assim, porém, as normas constitucionais estaduais 
que estão sujeitas à vedação do artigo 5º, XXXVI, da Carta Magna 
Federal, inclusive a concernente à retroatividade mínima que ocorre 
com a aplicação imediata delas”. (AI 258.337-AgR, em 6-6-00) 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
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PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Normas ConstitucionaisNormas Constitucionais
“A supremacia jurídica das normas inscritas na Carta Federal não 
permite, ressalvadas as eventuais exceções proclamadas no 
próprio texto constitucional, que contra elas seja invocado o direito 
adquirido”. (ADI 248, em 18-11-93) 
“Asseverou-se que a eleição é processo político aperfeiçoado, de 
acordo com as normas jurídicas vigentes em sua preparação e 
realização, e que as eleições de 2008 constituiriam processo 
político juridicamente perfeito, guardando inteira coerência com a 
garantia de segurança jurídica que resguarda o ato jurídico perfeito, 
de modo expresso e imodificável até mesmo pela atuação do 
constituinte reformador (CF, artigos 5º, XXXVI, 60, § 4º, IV).” (ADI 
4.307-REF-MC, em 11-11-09, Plenário, Informativo 567)
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??ContratosContratos
"Os contratos – que se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 
547/215) – acham-se protegidos, em sua integralidade, inclusive 
quanto aos efeitos futuros, pela norma de salvaguarda constante do 
art. 5º, XXXVI, da Constituição da República. A incidência imediata 
da lei nova sobre os efeitos futuros de um contrato preexistente, 
precisamente por afetar a própria causa geradora do ajuste 
negocial, reveste-se de caráter retroativo (retroatividade injusta de 
grau mínimo), achando-se desautorizada pela cláusula 
constitucionalque tutela a intangibilidade das situações jurídicas 
definitivamente consolidadas." (AI 292.979-ED, em 19-11-02) 
??MudanMudançça de pola de políítica salarialtica salarial
“O STF fixou jurisprudência no sentido de que a legislação 
superveniente que altera a política salarial fixada em norma coletiva 
de trabalho não viola o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada.” (RE 593.126-AgR, em 10-2-09)
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Servidor pServidor púúblicoblico
“O entendimento firmado por esta Corte de que a contagem do 
tempo de serviço prestado por servidor público federal ex-celetista, 
desde que comprovadas as condições insalubres, periculosas ou 
penosas, em período anterior à Lei 8.112/1990, constitui direito 
adquirido para todos os efeitos também deve ser aplicado aos 
servidores públicos estaduais ex-celetistas.” (AI 598.630-AgR, em 
12-5-09).
“Gratificação incorporada aos proventos por força de norma 
vigente à época da inativação não pode ser suprimida por lei 
posterior.” (RE 538.569-AgR, em 3-2-09)
“Cessada a atividade que deu origem à gratificação extraordinária, 
cessa igualmente a gratificação, não havendo falar em direito 
adquirido, tampouco, em princípio da irredutibilidade dos 
vencimentos.” (RE 338.436, em 2-9-08)
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Servidor pServidor púúblicoblico
"Conversão de licença-prêmio em tempo de serviço: direito 
adquirido na forma da lei vigente ao tempo da reunião dos 
requisitos necessários para a conversão." (RE 394.661, 20-9-05) 
??TaxaTaxaçção dos inativosão dos inativos
“Servidor público. Proventos de aposentadoria e pensões. Sujeição 
à incidência de contribuição previdenciária. Ofensa a direito 
adquirido no ato de aposentadoria. Não ocorrência. Contribuição 
social. Exigência patrimonial de natureza tributária. Inexistência de 
norma de imunidade tributária absoluta.” (ADI 3.105, em 18-8-04). 
??FGTSFGTS
"O FGTS não tem natureza contratual, mas, sim, estatutária, por 
decorrer da Lei e por ela ser disciplinado. Assim, é de aplicar-se a 
ele a firme jurisprudência desta Corte no sentido de que não há
direito adquirido a regime jurídico." (RE 226.855, em 31-8-00) 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
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PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Esfera penal e processualEsfera penal e processual
LEP - Lei 7.210, Art. 127. O condenado que for punido por falta 
grave perderá o direito ao tempo remido, começando o novo 
período a partir da data da infração disciplinar.
“Há orientação pacificada no STF no sentido de que o cometimento 
de falta grave, durante a execução da pena privativa de liberdade, 
implica a perda dos dias remidos pelo trabalho, inexistindo motivo 
para se cogitar de eventual violação a direito adquirido (...), bem 
como não há possibilidade de limitação da pena a apenas 30 dias 
(...). A perda do direito ao benefício da remição dos dias trabalhados 
em decorrência da falta grave não atenta contra o princípio da 
individualização da pena (...), bem como não viola dos princípios da 
isonomia e da dignidade da pessoa humana.” (HC 94.497, 2-9-08)
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Esfera penal e processualEsfera penal e processual
“É de se preservar a coisa julgada quanto à decisão extintiva da 
punibilidade do acusado, ainda que a sentença haja sido proferida 
por juízo incompetente para o feito." (HC 89.592, em 18-12-06)
“A decisão que determina o arquivamento do inquérito policial, 
quando fundado o pedido do Ministério Público em que o fato nele 
apurado não constitui crime, mais que preclusão, produz coisa 
julgada material, que – ainda quando emanada a decisão de juiz 
absolutamente incompetente –, impede a instauração de processo
que tenha por objeto o mesmo episódio.” (HC 83.346, em 17-5-05).
??MudanMudançças na economiaas na economia
“Com relação à caderneta de poupança, há contrato de adesão 
entre o poupador e o estabelecimento financeiro, não podendo, 
portanto, ser aplicada a ele, durante o período para a aquisição da 
correção monetária mensal já iniciado, legislação que altere, para 
menor, o índice dessa correção.” (RE 202.584, em 17-9-96).
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??MudanMudançças na economiaas na economia
"O plano Bresser representou alteração profunda nos rumos da 
economia e mudança do padrão monetário do país. Os contratos 
fixados anteriormente ao plano incorporavam as expectativas 
inflacionárias e, por isso, estipulavam formas de reajuste de valor 
nominal. O congelamento importou em quebra radical das 
expectativas inflacionárias e, por conseqüência, em desequilíbrio 
econômico-financeiro dos contratos. A manutenção íntegra dos 
pactos importaria em assegurar ganhos reais não compatíveis com 
a vontade que deu origem aos contratos. A tablita representou a 
conseqüência necessária do congelamento como instrumento para 
se manter a neutralidade distributiva do choque na economia. O 
decreto-lei, ao contrário de desrespeitar, prestigiou o princípio da 
proteção do ato jurídico perfeito (art. 5º XXXVI, da CF) ao 
reequilibrar o contrato e devolver a igualdade entre as partes 
contratantes." (RE 141.190, em 14-9-05, Plenário) 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
??Retroatividade da leiRetroatividade da lei
"O princípio da irretroatividade ‘somente’ condiciona a atividade 
jurídica do Estado nas hipóteses expressamente previstas pela 
Constituição, em ordem a inibir a ação do Poder Público 
eventualmente configuradora de restrição gravosa (a) ao status 
libertatis da pessoa (CF, art. 5º, XL), (b) ao status subjectionais do 
contribuinte em matéria tributária (CF, art. 150, III, a) e (c) a 
‘segurança’ jurídica no domínio das relações sociais (CF, art. 5º, 
XXXVI). Na medida em que a retroprojeção normativa da lei ‘não’
gere e ‘nem’ produza os gravames referidos, nada impede que o 
Estado edite e prescreva atos normativos com efeito retroativo. As 
leis, em face do caráter prospectivo de que se revestem, devem, 
‘ordinariamente’, dispor para o futuro. O sistema jurídico-
constitucional brasileiro, contudo, ‘não’ assentou, como postulado 
absoluto, incondicional e inderrogável, o princípio da 
irretroatividade." (ADI 605-MC, em 23-10-91, Plenário)
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. RODRIGO MENEZES
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Não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal.
XXXIX – Princípio da Anterioridade da Lei Penal
Princípio da Reserva Legal
PrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
LeiLei:
Código Penal 
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, 
de 6 a 20 anos
FatoFato: Tício matou Mévio
Tício cometeu 
crimecrime e estará
sujeito à penapena
FatoFato: Caio invadiu 
computador
alheio
Lei XYZLei XYZ:
Art. 111. Invadir 
computador alheio
Pena - detenção, 
de 1 a 3 anos
Caio nãonão cometeu 
crimecrime e nãonão estará
sujeito à pena, pena, 
pois a lei entrou 
em vigor depois 
do fato
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
XL – Princípio da Irretroatividade da Lei PenalPrincPrincíípio da Seguranpio da Segurançça Jura Juríídica dica 
Jurisprudências do STFJurisprudências do STF
?Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo 
das execuções a aplicação de lei mais benigna. (SÚM. 611) 
?A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência. (SÚM. 711) 
?Não-retroatividade da lei mais benigna para alcançar pena já
cumprida. (RE 395.269-AgR, em 10-2-04) 
?A cláusula constitucional inscrita no art. 5º, XL, da Carta Política —
que consagra o princípio da irretroatividade da lex gravior — incide, 
no âmbito de sua aplicabilidade, unicamente, sobre as normas de 
direito penal material. (AI 177.313-AgR-ED, em 18-6-96)
Os crimes no art. 5Os crimes no art. 5ºº
XLII - RACISMO
XLIV - “GOLPE”
XLIII - T T T H*
IMPRESCRITÍVEIS
GRAÇA OU ANISTIA
IN
A
F
IA
N
Ç
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?STF: A proibição de liberdade provisória mediante fiança não veda o 
relaxamento da prisão processual por excesso de prazo. (Súm. 697)
*Na TTortura, no TTerrorismo, no TTráfico de drogas e nos crimes 
HHediondos, respondem os mandantes, os executores e aqueles que, 
podendo evitá-los, se omitirem.
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais;
PrincPrincíípio da Intranscendência da Penapio da Intranscendência da Pena
Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido;
PENA ? intransmissível
OBRIGAÇÕES ? transmissíveis aos sucessores 
atatéé o limite da herança
(Princ(Princíípio da Personificapio da Personificaçção da Pena,ão da Pena,
PrincPrincíípio da Responsabilidade Pessoal)pio da Responsabilidade Pessoal)
??STFSTF: “Vulnera o princípio da incontagibilidade da pena a decisão 
judicial que permite ao condenado fazer-se substituir, por terceiro 
absolutamente estranho ao ilícito penal, na prestação de serviços à
comunidade.” (HC 68.309, em 27-11-90)
DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. RODRIGO MENEZES
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Penas permitidas e penas proibidasPenas permitidas e penas proibidas
Art. 5º, XLVI - A lei regulará a 
individualização da pena e 
adotará, entre outras, as 
seguintes:
a) privação ou restrição da 
liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de 
direitos;
Art. 5º, XLVII - não haverá
penas:
a) de morte, salvo em caso 
de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, 
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado;
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física 
e moral;
Direitos do Preso (art. 5Direitos do Preso (art. 5ºº, XLVIII a L), XLVIII a L)
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que 
possam permanecer com seus filhos durante o período de 
amamentação;
??STFSTF: "Morte de detento por colegas de carceragem. Indenização por 
danos morais e materiais. Detento sob a custódia do Estado. 
Responsabilidade objetiva. Teoria do Risco Administrativo. 
Configuração do nexo de causalidade em função do dever 
constitucional de guarda (art. 5º, XLIX). Responsabilidade de reparar 
o dano que prevalece ainda que demonstrada a ausência de culpa 
dos agentes públicos." (RE 272.839, em 1º-2-05).
Conceitos importantesConceitos importantes
Extradição
é a transferência de um indivíduo de um Estado para 
outro, a pedido deste, para que nele seja julgado ou 
cumpra pena por crime de sua competência. Trata-se de 
ato bilateral.
Itália
Exemplo:
Brasil 1º) Crime
2º) Fugiu
3º) Pedido de extradição
STF
+
Pres.Rep.
STF
+
Pres.Rep.
4º) Extradição4º) Extradição Tribunal Penal 
Internacional
Entrega
é a entrega de um brasileiro ou estrangeiro ao 
Tribunal Penal Internacional para ser processado e 
julgado (art. 5º, §4º).
Conceitos importantesConceitos importantes
Exemplo:
Brasil
Crime grave 
de alcance 
internacional
EntregaEntrega
DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. RODRIGO MENEZES
PROF. RODRIGO MENEZES Página 27 DIREITO CONSTITUCIONALw w
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Expulsão é a retirada compulsória do estrangeiro do Brasil, pela prática atos que atentem contra à ordem jurídica brasileira.
Conceitos importantesConceitos importantes
Exemplo:
BrasilBrasil
ExpulsãoExpulsão
Deportação é a retirada compulsória do estrangeiro do Brasil devido a irregularidades na sua entrada ou permanência.
Banimento seria a retirada compulsória e unilateral de um brasileiro do país por algum ato aqui praticado. É pena vedada na CF
DeportaçãoDeportação
Estrangeiro 
violou a ordem 
jurídica brasileira
Estrangeiro 
“clandestino”
ExtradiExtradiçção ão (Art. 5(Art. 5ºº, LI e LII / Lei 6.815/80), LI e LII / Lei 6.815/80)
? Brasileiro Nato ? NUNCA!
? Brasileiro Naturalizado
? por crime comum antes da naturalização ou
? por tráfico de drogas (a qualquer tempo)
? Estrangeiro ? pode , salvo: por crime político oude opinião
? em regra NÃO, salvo:
?? STFSTF: A extradição somente será deferida pelo STF, tratando-se de crimes 
puníveis com morte ou prisão perpétua, se o Estado requerente assumir 
perante o Governo brasileiro, o compromisso de comutá-la em pena não 
superior à duração máxima admitida na lei penal do Brasil (30 anos, art. 75, 
CP), eis que os pedidos extradicionais estão necessariamente sujeitos à
autoridade hierárquico-normativa da CF. (Ext 633, em 28-8-96)
?? STFSTF: “Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado 
com brasileira ou ter filho brasileiro.” (SÚM. 421)
ExtradiExtradiçção ão (Art. 5(Art. 5ºº, LI e LII / Lei 6.815/80), LI e LII / Lei 6.815/80)
Caso Caso ““CesareCesare BattistiBattisti””
?? STFSTF:: “O Tribunal, por maioria, acolheu questão de ordem, suscitada 
nos autos de extradição executória formulada pelo Governo da Itália 
contra nacional italiano condenado à pena de prisão perpétua pela 
prática de quatro homicídios naquele país, a fim de retificar a ata do 
julgamento do aludido feito, para que conste que o Tribunal, por
maioria, reconheceu que a decisão de deferimento da extradição não 
vincula o Presidente da República, nos termos dos votos proferidos 
pelos Ministros Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Carlos Britto, Marco 
Aurélio e Eros Grau. (...) Na presente assentada, tendo em conta, 
sobretudo, os esclarecimentos prestados pelo Min. Eros Grau quanto 
aos fundamentos de seu voto, concluiu-se que o que decidido pela 
maioria do Tribunal teria sido no sentido de que a decisão do 
Supremo que defere a extradição não vincula o Presidente da 
República, o qual, entretanto, não pode agir com discricionariedade, 
ante a existência do tratado bilateral firmado entre o Brasil e a Itália.”
(Ext 1.085-QO, em 16-12-09).
PrincPrincíípio do Devido Processo Legal pio do Devido Processo Legal 
Protege a liberdade
os bens
contra restrições arbitrárias
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal;
?STF: os princípios da razoabilidade e proporcionalidade estão implícitos na 
cláusula constitucional do devido processo legal substantivo ou material.
?DPL em seu aspecto material (substantive due process)
Constitui limite aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no sentido de 
que seus atos devem ser justos, dotados de razoabilidade (proporcionalidade) 
e de

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