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Introdução ao Direito DIREITO NATURAL e DIREITO POSITIVO Introdução ao Direito DIREITO NATURAL Direito Natural Evolução - Na Grécia – já havia a noção de um direito superior às leis humanas, que as relativizava. O Direito Natural orienta o sentido do Direito Positivo. - Antígona (Sófocles) – primeira referência ao Direito Natural (desobediência ao decreto imperial de Creonte). - “Uma parte da justiça política é natural, a outra é legal. A natural tem a mesma eficácia em todos os lugares e não depende de nossas opiniões...” (Aristóteles – 384-322 a.C.) Direito Natural - Em Roma – confirma a existência de uma justiça apartada da lei humana, admitindo-se um direito natural, sobreposto às leis. - “Existe, sem dúvida, uma lei verdadeira, que é reta razão, conforme a natureza, universal, imutável e eterna... O próprio Deus único, que tudo dispõe e governa, é o seu autor, sancionador e promulgador” (Cícero) - “O Direito Natural é o conjunto de leis naturais especificamente reguladoras das relações livres entre os homens” (Ulpiano) Direito Natural - Na Idade Média – explicado pelos teólogos medievais - para Santo Tomás de Aquino existe uma gradação de leis: . Lei Eterna – a razão divina que rege o universo e o comportamento humano. Forma alguns dos mandamentos fundamentais de conduta para o Direito Natural; . Lei Humana – criação do homem, que é instrumento para ordenar a convivência. A fonte do Direito Natural é a vontade de Deus, baseia-se na razão. Direito Natural - Conceito – (ius naturali) ou jusnaturalismo é uma teoria que procura fundamentar, a partir da razão prática, uma crítica a fim de distinguir o que é ou não, razoável na prática do direito e o que é realmente importante de se considerar na prática do direito. - Direito Natural como obra da Razão Humana – o pensamento leigo e racionalista passa a contrariar a idéia de que o Direito Natural advenha da obra de Deus, e passa a ser obra da razão humana. O DIREITO NATURAL Direito Natural - A Negação do Direito Natural Na Antiguidade – ‘justiça é a vontade dos mais fortes’ (Trasímaco pretendia negar a origem do direito natural). Na Idade Moderna – deu-se sob o comando do positivismo (suscitando a dúvida sobre a capacidade de o espírito humano apreender a natureza das coisas). Direito Natural - Hugo Grócio – jurisconsulto holandês, considerado o pai do Direito Natural, que promoveu a laicização do Direito (sendo o preceptor da corrente racionalista). - A Corrente Racionalista (Hugo Grócio) – o princípio do justo desvincula-se da vontade divina e o homem pode, por si mesmo, aplicar o Direito Natural, que passa a ter uma base jurídica. - Grócio é o principal preceptor da corrente racionalista. Hugo Grócio, Hugo Grotius, Huig de Groot ou Hugo de Groot Grócio ajudou a formar o conceito de sociedade internacional, uma comunidade ligada pela noção de que Estados e seus governantes tem leis que se aplicam a eles. Para ele as leis morais deviam se aplicar tanto ao indivíduo quanto ao Estado Direito Natural - Rousseau – (Contrato Social) – a concepção do Direito Natural adquire caráter revolucionário, substituindo-se a vontade individual pela coletiva, na direção do Estado. - O retorno ao estado da natureza para garantir a igualdade e a liberdade. - Rousseau é considerado o último grande jusnaturalista de sua época, pois desenvolve suas idéias destacando a ordem natural das coisas. Inspirador das idéias da Revolução Francesa. Direito Natural O Conceito – é um conjunto de princípios práticos, que emergem da natureza racional, livre e social do homem, descobertos pela razão, reguladores das relações inter-humanas. Princípios Práticos – são ínsitos na natureza humana e descobertos pela razão. Características – é uma unidade, uma única finalidade (o bem comum); é imutável como a natureza humana; é indelével (regras gravadas para sempre na consciência humana) Juridicamente, entende-se o direito de matar ou o direito de morrer, em regra, provocada para término de sofrimentos, ou por medida de seleção, ou de eugenia. É a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada, isto pode ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação. Direito Natural - Origem do Direito Natural – se localiza no próprio homem, em sua dimensão social (conjugando razão e experiência), distante da concepção de origem divina. - Características preponderantes – direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à união entre os seres para a criação da prole. Destacam-se: Universalidade (comum a todos); Imutabilidade (a natureza humana não se modifica); Indispensabilidade (é irrenunciável); Indelebilidade (não podem ser esquecidos); Unidade (igual para todos os homens); Obrigatoriedade (deve ser obedecido por todos); Necessidade (a sociedade dele necessita); Validez (seus princípios são válidos). Direito Natural - A Escola do Direito Natural – compreende apenas a fase racionalista, destacando-se: Hugo Grócio, Hobbes, Rousseau e Kant. - Concepção Humanista do Direito – procura conciliar os valores de justiça e segurança, captando o pensamento jusnaturalista, sem subverter a ordem jurídica. É a presença permanente de preceitos garantidores do direito à vida, à liberdade e à igualdade de oportunidades. Direito Natural - A Tendência Contemporânea – é considerar o Direito Natural como um conjunto de princípios, e não propriamente um direito normativo. O Direito Natural cumpre o importante papel de orientar e ilustrar o caminho do direito positivo. Sua função atual é traçar as linhas mestras para conduzir o homem em sociedade, sempre sob o aspecto da dignidade. Introdução ao Direito DIREITO POSITIVO (positivismo jurídico) Positivismo Jurídico Conceito - positivismo jurídico é a espécie jurídica do gênero positivismo, sendo um conjunto de normas estatais vigentes em determinado país. Para Santo Tomás de Aquino – é um ordenamento racional em direção ao bem comum, promulgado pelo responsável pela comunidade. Jellinek – O caráter positivo do Direito provém da análise, da convicção que se forma acerca de sua força obrigatória. Positivismo Jurídico ORIGEM O termo positivismo jurídico tem origem no latim, de ius positivum ou ius positum. Surgimento - na Europa capitalista a partir do século XIX, durante o processo histórico da monopolização do poder político pelos aparelhos estatais. Destaques – Intensa codificação do direito (Code Napoléon promulgado em 1804) - A autonomia absoluta da sociedade - O reconhecimento da primazia do indivíduo - Desprestígio das teorias do direito natural - Substituição das normas de caráter religioso pelas leis estatais. Positivismo Jurídico Augusto Comte (1798-1857), é considerado o fundador dessa corrente filosófica, através de sua obra Curso de Filosofia Positiva, composta de seis volumes e escrita no período de 1830 a 1842. Em sua teoria, há dois aspectos que se destacam: I - a lei dos Três Estados; 2 - a classificação das ciências. Positivismo Jurídico A Lei dos Três Estados - o pensamento humano, historicamente, passa por três etapas: Etapa teológica: nesse período, os fenômenos que ocorriam eram atribuídos aos deuses, demônios, duendes e espíritos. Predominava a imaginação, a mera fantasia. Os chefes e imperadores eram considerados representantes dos deuses. Etapa metafísica: a explicação das coisas passa a ser feita através de princípios abstratos. Esse estágio é dominado pela especulação filosófica. A natureza é explicada pelas causas e pelos fins. Etapa positiva: esse período representa uma reação contra as fases anteriores. Caracteriza-se pelo exame empírico dos fatos. É a etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como“. Positivismo Jurídico Classificação das Ciências – adoção do critério de caminhar das mais gerais às mais específicas e, ao mesmo tempo, das mais simples às mais complexas. Consiste em classificar as ciências segundo sua complexidade crescente e sua generalidade decrescente, o que dá a ordem seguinte: Matemática, — Mecânica, — Física, — Química, — Biologia, — Psicologia, — Sociologia. Da matemática à sociologia, a ordem é a do mais simples ao mais complexo, do mais abstrato ao mais concreto e de uma proximidade crescente em relação ao homem. Positivismo Jurídico Características: Pluralidade (busca ajustar os princípios naturais às circunstâncias dos fatos sociais). Generalidade (a regra jurídica é e deve ser aplicável a todos na busca do bem comum); Hierarquia Piramidal (exterioriza a lógica da pirâmide legislativa); a sua Particularidade (estabelece o que é bom para uma comunidade); Mutabilidade (persegue a variação do fato social) ; Temporabilidade (pode existir enquanto persistir a circunstância que o criou). Positivismo Jurídico A Decadência do Positivismo - Surgiu em um período crítico da história do Direito Natural, quando atingiu seu apogeu, e durou enquanto foi novidade. O positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz às exigências sociais de justiça: favorece o valor segurança, mas, ao defender a filiação do Direito a determinações do Estado, mostra-se alheio à sorte dos homens. Crítica - O Direito não se compõe exclusivamente de normas. As regras jurídicas têm sempre um significado, um sentido, um valor a realizar. A lei não pode abarcar todo o jus. Positivismo Jurídico O Neopositivismo – para alguns autores o positivismo não desapareceu. Em 1929 – Fundação do Círculo de Viena (doutrina denominada de neopositivismo) – finalidade de reavaliar e revalorizar os pontos fundamentais do positivismo. Objeto do Neopositivismo – o reconhecimento da existência de valores superiores ao Direito Positivo (ainda que entenda não integrarem os fundamentos do Direito) Direito Natural e o Direito Positivo 1° O direito natural vale em toda parte, já o positivo apenas em lugares determinados. (Aristóteles, inst.- 1° definição) 2° O direito natural não muda com o tempo e já o positivo sofre mudanças com o passar do tempo. (inst.- 2° definição-, Paulo) 3° O Direito natural é considerado como um dos mais importantes, refere se à fonte do direito. (Grócio) 4° Critério referente ao modo ao qual o direito é tomado de conhecimento por todos nós. Diferenças entre o direito natural e o positivo 5° É referente ao objeto dos dois direitos, o direito natural regula o que é bom é o que é mal, já o direito positivo só se preocupa com o que é disciplinado. (Aristóteles, Grócio). 6° O direito natural estabelece somente o que é bom, entretanto o direito positivo se preocupa apenas com a utilidade do que por ele é estabelecido. 7º O direito positivo é posto pelo Estado; o natural, pressuposto, é superior ao Estado. Diferenças entre o direito natural e o positivo 8º O direito positivo é válido por determinado tempo (tem vigência temporal) e base territorial. O natural possui validade universal e imutável (é válido em todos os tempos). 9º O direito positivo tem como fundamento a estabilidade e a ordem da sociedade. O natural se liga a princípios fundamentais, de ordem abstrata; corresponde à idéia de Justiça.
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