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Curso Jurídico Apostila Complementar 03

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NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO COMPLEMENTAR DE PEÇAS 
PRÁTICA DE TRABALHO 
 
X EXAME UNIFICADO 
 
 
 
 
Professora Ana Paula Pavelski 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
2 
 
CALENDÁRIO DE PROTOCOLO 
 
 
PEÇA 
DATA 
PROTOCOLO 
 
AULA 
 
ENTREGA AO 
ALUNO 
Peça A 03/06/2013 
Até às 19:30 
11/06/2013 11/06/2013 
Das 17:00 às 
18:30 
Peça B 
 
05/06/2013 
Até às 19:30 
12/06/2013 12/06/2013 
Das 17:00 às 
18:30 
Peça C 
 
07/06/2013 
Até às 19:30 
13/06/2013 
 
13/06/2013 
Das 17:00 às 
18:30 
Peça D 
 
10/06/2012 
Até às 19:30 
14/06/2013 
 
14/06/2013 
Das 17:00 às 
18:30 
 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
3 
 
 
PEÇA A 
 
 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA 
 
Ana Karenina, compareceu em seu escritório e informou o seguinte: 
 Laborou para o Banco Lucros Múltiplos S/A na agência de 
Florianópolis/SC, tendo sido admitida nesta localidade em 19/05/2001. Foi 
dispensada sem justa causa, cumprindo aviso prévio até 01/04/2013. Em 
dezembro de 2012 o Banco Lucros Múltiplos S/A foi comprado pelo Banco 
Faturamento Astronômico S/A. 
Sempre exerceu a função de caixa executivo, recebendo salário de R$ 
3.000,00 acrescido de gratificação de um terço de seu salário. 
Recebia mensalmente 10% a título de quebra de caixa, conforme 
previsão em norma convencional, valor que nunca integrou o salário para cálculo 
dos demais consectários. 
Laborava das 9h às 17:15h, com 15 minutos de intervalo intrajornada, de 
segunda a sexta-feira. 
 Diz que realizava as mesmas atividades que o colega Camões, mas este 
recebia salário de R$ 5.000,00. 
 Em agosto de 2012, precisou doar sangue para seu pai, que se 
encontrava internado, quando então lhe foi descontado o dia de serviço. 
Informa que somente recebeu suas verbas rescisórias em 10 de abril de 
2013. 
 
QUESTÂO: Com base nos dados acima, você, como advogado do sindicato da 
categoria do empregado, deve apresentar a peça processual competente pelo 
rito ordinário em favor da ex-empregada, pleiteando todas as verbas não 
quitadas, com indicação da legislação, súmulas e/ou orientações 
jurisprudenciais da SDI do TST. No presente caso não existe Comissão de 
Conciliação Prévia. Cada pedido deverá ter a respectiva fundamentação legal. 
 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
4 
 
 
Peça B 
 
Refrigeração Nacional, empresa de pequeno porte, contrata os serviços 
de um advogado em virtude de uma reclamação trabalhista movida pelo ex-
empregado Sérgio Feres, ajuizada em 12.04.2013 e que tramita perante a 90ª 
Vara do Trabalho de Campinas (número 1598-73.2013.5.15.0090), na qual o 
trabalhador alega e requer, em síntese: 
- que desde a admissão, ocorrida em 20.03.2007, sofria revista íntima na 
sua bolsa, feita separadamente e em sala reservada, que entende ser ilegal 
porque violada a sua intimidade. Requer o pagamento de indenização por dano 
moral de R$ 50.000,00. 
- que uma vez o Sr. Mário, seu antigo chefe, pessoa meticulosa e 
sistemática, advertiu verbalmente o trabalhador, na frente dos demais colegas, 
porque ele havia deixado a blusa para fora da calça, em desacordo com a norma 
interna empresarial, conhecida por todos. Efetivamente houve esquecimento por 
parte de Sérgio Feres, como reconheceu na petição inicial, mas entende que o 
chefe não poderia agir publicamente dessa forma, o que caracteriza assédio 
moral e exige reparação. Requer o pagamento de indenização pelo dano moral 
sofrido na razão de outros R$ 50.000,00. 
- que apesar de haver trabalhado em turno ininterrupto de revezamento 
da admissão à dispensa, ocorrida em 15.05.2012, se ativava na verdade durante 
8 horas em cada plantão, violando a norma constitucional de regência, fazendo, 
assim, jus a duas horas extras com adicional de 50% por dia de trabalho, o que 
requer. Reconhece existir norma coletiva que estendeu a jornada para 8 horas, 
mas advoga que ela padece de nulidade insanável, pois aniquila seu direito 
constitucional a uma jornada menor. 
- no período aquisitivo 2009/2010 teve 18 faltas, sendo 12 delas 
justificadas. Pretendia transformar 10 dias das férias em dinheiro, como entende 
ser seu direito, mas o empregador só permitiu a conversão de oito dias, o que se 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
5 
 
revela abusivo por ferir a norma cogente. Por conta disso, deseja o pagamento 
de dois dias não convertidos em pecúnia, com acréscimo de 1/3. 
- nas mesmas férias citadas no tópico anterior, fruídas no mês de julho de 
2011, tinha avisado ao empregador desde o mês de março de 2011 que gostaria 
de receber a 1ª parcela do 13º salário daquele ano juntamente com as férias, 
para poder custear uma viagem ao exterior, mas isso lhe foi negado. Entende 
que esse é um direito potestativo seu, que restou violado, pelo que persegue o 
pagamento dos juros e correção monetária da 1ª parcela do 13º salário no 
período compreendido entre julho de 2011 (quando aproveitou as férias) e 
30.11.2011 (quando efetivamente recebeu a 1ª parcela da gratificação natalina). 
- que no mês de novembro de 2008 afastou-se da empresa por 30 dias 
em razão de doença, oportunidade na qual recebeu benefício do INSS (auxílio-
doença previdenciário, espécie B-31). Contudo, nesse período não recebeu 
ticket refeição nem vale transporte, o que considera irregular. Persegue, assim, 
ambos os títulos no lapso em questão. 
- que a empresa sempre pagou os salários no dia 2 do mês seguinte ao 
vencido, mas a partir de abril de 2010, unilateralmente, passou a quitá-los no dia 
5 do mês seguinte, em alteração reputada maléfica ao empregado. 
Requer, em virtude disso, a nulidade da novação objetiva e o pagamento de 
juros e correção monetária entre os dias 2 e 5 de cada mês, no interregno de 
abril de 2010 em diante. 
Considerando que todos os fatos apontados pelo trabalhador são verdadeiros, 
apresente a peça pertinente à defesa dos interesses da empresa, sem criar 
dados ou fatos não informados. 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
6 
 
 
Peça C 
 
 
Sentença: 
83ª Vara do Trabalho de Tribobó do Oeste. 
Processo no. 1200-34-2012-5-07-0083. 
Aos xx dias do mês de xxxxxxxxxx, do ano de 2013, às xx h, na sala de 
audiências dessa Vara do Trabalho, na presença do MM. Juiz Fulano de Tal, foi 
proferida a seguinte 
Sentença: 
Jurandir Macedo, qualificação, ajuizou ação trabalhista em face de Aérea 
Auxílio Aeroportuário Ltda., e de Aeroportos Públicos Brasileiros, empresa 
pública, em 30/05/2012, aduzindo que era a terceira ação em face das rés, pois 
não compareceu à primeira audiência das ações anteriormente ajuizadas, tendo 
tido notícia da sentença de extinção do feito sem resolução do mérito da 
primeira ação em 10/01/2010 e da segunda ação em 05/06/2010. Afirma que a 
ação anterior é idêntica à presente. 
Relata que foi contratado pela primeira ré em 28/04/2005 para trabalhar 
como auxiliar de carga e descarga de aviões, tendo como último salário o valor 
de R$ 1.000,00. Ao longo do contrato de trabalho, cumpria jornada das 8:00h às 
20:00h, com uma hora de almoço, trabalhando em escala 12 x 36, conforme 
norma coletiva, pretendo horas extras e reflexos. Afirma que carregava as malas 
para os aviões enquanto esses eram abastecidos, mas não recebia adicional de 
periculosidade, e adquiriu hérnia de disco na lombar por conta do peso 
carregado, pelo que requer indenização por danos morais e reintegração ou, 
subsidiariamente, indenização. Era descontado do vale alimentação, mas não 
recebia o benefício, pretendendo a devolução do valor e a integração da 
utilidade. Conta que foi dispensado por justa causa, tipificadaem desídia, após 
faltar 14 dias seguidos sem justificativa, além de outros dias alternados, que lhe 
foram descontados. Requer seja elidida a justa causa, com pagamento de aviso 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
7 
 
prévio, férias vencidas e proporcionais + 1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego 
e anotação de dispensa na CTPS com multa diária de R$ 500,00 pelo 
descumprimento, além da incidência das multas dos arts. 467 e 477 da CLT. Ao 
longo de todo o seu contrato, diz que sempre desempenhou sua atividade no 
aeroporto internacional de Tribobó do Oeste, de administração da segunda ré, 
pelo que pede a condenação subsidiária da segunda ré. Dá à causa o valor de 
R$ 20.000,00. 
Na audiência, a primeira ré apresentou defesa aduzindo genericamente a 
prescrição; que o autor foi desidioso, conforme as faltas apontadas, juntando 
documentação comprobatória das ausências não justificadas e diversas 
advertências e suspensões pelo comportamento reiterado de faltas 
injustificadas. Apresentou controle de ponto com jornada de 12x36h, com uma 
hora de intervalo, conforme norma coletiva da categoria. Juntou TRCT do autor, 
cujo valor foi negativo em razão das faltas descontadas. Afirmou que o autor não 
ficava em área de risco no abastecimento do avião e que não há relação entre o 
trabalho do autor e sua doença. Apresentou norma coletiva, autorizando a 
substituição de vale alimentação por pagamento em dinheiro, com desconto em 
folha proporcional, conforme recibos juntados, comprovando os pagamentos dos 
valores. Afirmou que não devia as multas dos artigos 467 e 477 da CLT por não 
haver verba a pagar e que procederia a anotação de dispensa na CTPS com a 
data da defesa. Pugnou pela improcedência dos pedidos. 
A segunda ré defendeu-se, aduzindo ser parte ilegítima para figurar na 
lide, pois escolheu a primeira ré por processo licitatório, com observância da lei, 
comprovando documentalmente a fiscalização efetiva do contrato com a primeira 
ré e a relação dessa com os seus funcionários que lhe prestavam serviços. 
Salientou a prescrição e refutou os pedidos do autor, negando os mesmos. O 
autor teve vista das defesas e dos documentos, não impugnando os mesmos. 
Indagadas as partes, as mesmas declararam que não tinham mais provas a 
produzir e se reportavam aos elementos dos autos, permanecendo 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
8 
 
inconciliáveis. O autor se recusou a fornecer a CTPS para que fosse anotada a 
dispensa. É o Relatório. 
 
Decide-se: 
Não há prescrição, pois o curso desta foi interrompido. 
A segunda ré foi tomadora dos serviços, logo é parte legítima. 
Procede o pedido de conversão da dispensa por justa causa em dispensa 
imotivada. A justa causa é o maior dos castigos ao empregado. Logo, tendo 
havido desconto dos dias de falta, não há desídia, porque haveria dupla punição. 
Logo, procedem os pedidos de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais + 
1/3, FGTS + 40%, seguro desemprego e anotação de dispensa na CTPS com 
multa diária de R$ 500,00 pelo descumprimento, além da incidências das multas 
dos artigos 467 e 477 da CLT pelo não pagamento das verbas. 
Procede o pedido de indenização por danos morais, que fixo em R$ 
5.000,00, pois é claro que se o autor carregava malas, sua hérnia de disco 
decorre da função, sendo também reconhecida a estabilidade pelo acidente de 
trabalho (doença profissional), que ora se convola em indenização pela projeção 
do contrato de trabalho, o que equivale a R$ 10.000,00. 
Improcede a devolução de descontos do vale alimentação, pois a ré 
provou a concessão do vale por substituição em dinheiro e autorizado em norma 
coletiva. Logo, também não há a integração desejada. 
Procede o pedido de horas extras e reflexos, pois o autor extrapolava a 
jornada constitucional de 8 horas por dia. 
Procede o adicional de periculosidade por analogia à Súmula 39 do TST. 
Procede a condenação da segunda ré, pois havendo terceirização, esta 
responde subsidiariamente. 
Improcedentes os demais pedidos. 
Custas de R$ 600,00, pelas rés, sobre o valor da condenação estimado 
em R$ 30.000,00. Recolhimentos previdenciários e fiscais, conforme a lei, assim 
como juros e correção monetária. 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
9 
 
Partes cientes. 
Fulano de Tal 
Juiz do Trabalho 
Apresente a peça respectiva para defesa dos interesses da segunda ré. 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
10 
 
 
Peça D 
 
 
Pedro Paulo Pereira, brasileiro, casado, contador, CTPS n° 0033, série 
0103, CPF/MF n° 111.222.333-44, RG n° 888.777-99, r esidente e domiciliado 
em Curitiba/PR, na Rua São Serafin, 10, CEP 80.888-100, ajuizou, perante a 21ª 
Vara do Trabalho de Curitiba, na Avenida Vicente Machado, 400, CEP 80.000-
000, reclamatória trabalhista em face da sua ex-empregadora, CCC Viagens e 
Turismo Ltda., CNPJ/MF n° 11.111.111/0001-11 com se de em Curitiba/PR, 
Avenida Costa Rica, 200, CEP 80.777-000, tendo como sócios os 
administradores José Carlos de Andrade e Roberto Carlos Braga. 
Na ação proposta, o autor postulou o pagamento das verbas rescisórias, 
por ter sido dispensado sem justa causa e horas extras por ter cumprido jornada 
superior ao limite legal. 
Devidamente notificada, a reclamada compareceu a audiência una 
designada na qual, recusada a proposta inicial de conciliação, foi apresentada 
contestação impugnando a totalidade dos pedidos formulados pelo reclamante, 
seguindo-se a oitiva dos litigantes e das suas respectivas testemunhas. Depois 
de declarada encerrada a instrução processual e rejeitada a última tentativa de 
conciliação, foi proferida sentença pelo juízo da 21ª Vara do Trabalho que, 
acolhendo em parte os pedidos formulados na Reclamação Trabalhista autuada 
sob n° 915/2011, condenou a ex-empregadora do autor ao pagamento de aviso 
prévio, 13° salário, férias acrescidas do terço constitucional, diferenças de 
horas extras e multa fundiária. A parte dispositiva da sentença fixou 
provisoriamente a condenação em R$ 100.000,00 e custas no valor de R$ 
2.000,00. As partes não recorreram da sentença, concordando com a decisão 
proferida em primeiro grau. 
Transitada em julgado a decisão, foi elaborada a conta geral pelo 
perito do juízo no montante de R$ 110.000,00. Os referidos cálculos de 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
11 
 
liquidação foram homologados, sem oportunizar a manifestação das partes, 
conforme autoriza o artigo 879, §2° da CLT. 
Na sequência, determinou o juízo exequendo a citação da executada 
para, no prazo de 48 horas, cumprir a decisão condenatória ou garantir a 
execução, sob pena de penhora. A executada deixou passar in albis o prazo 
determinado pelo juízo e não pagou o valor executado nem nomeou bens a 
penhora. A executada não se manifestou em razão de não possuir bens nem 
numerário suficientes para satisfazer a determinação imposta pela sentença de 
mérito. 
O juízo determinou a penhora de bens da executada que fossem 
suficientes para garantir a execução, todavia o oficial de justiça nada encontrou 
no endereço da reclamada, o que certificou nos autos. Em razão disso, o 
reclamante localizou um imóvel de propriedade do sócio da reclamada Sr. José 
Carlos de Andrade, casado sob o regime de comunhão universal de bens com a 
Sra. Jupira de Andrade, e pediu ao juízo que a penhora recaísse sobre o bem 
indicado, com endereço na Rua da República Federativa, 1.889, em Curitiba/PR. 
O juízo da 21ª Vara do Trabalho de Curitiba acolheu o pedido do autor e 
determinou a penhora do bem imóvel supra mencionado. No dia 08 de 
dezembro de 2012, o oficial de justiça compareceu no endereço indicado pelo 
reclamante e penhorou o imóvel de propriedade do casal. Constou do mandadode penhora, apenas o nome do Sr. José Carlos de Andrade. 
Jupira, esposa de José Carlos, insurgiu-se contra o comando do juízo e 
para garantir a intangibilidade de sua propriedade, procurou um advogado que, 
após detalhada entrevista, concluiu que, não obstante o imóvel não se enquadre 
no conceito legal de bem de família, merecia defesa face a condição de mulher 
do executado e ao regime de comunhão de bens, razão pela qual formulou a 
peça processual de Embargos de Terceiro, que tramitou perante a 21ª Vara do 
Trabalho de Curitiba, sob o n° ET 1.554/2012. 
Para instruir a medida judicial, a embargante juntou aos autos, além da 
certidão de casamento e pacto antenupcial, a escritura pública de compra e 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
12 
 
venda lavrada no registro de notas do 1° Tabelionat o de Curitiba/PR em 15 de 
abril de 2001 e devidamente averbada junto a Matrícula n° 4.246, do Cartório do 
Registro de Imóveis competente. O casal adquiriu da Construtora Alpes Ltda., o 
apartamento n° 101, da Rua da República Federativa, 1.889, Bairro Central, 
Curitiba/PR, CEP 80.500-000, sendo que o valor atualizado do imóvel é de R$ 
120.000,00. 
O juízo recebeu os embargos propostos e os julgou improcedentes, sob o 
argumento de que o cônjuge virago também é responsável pelas dívidas 
assumidas pelo cônjuge varão. Além de rejeitar os embargos opostos pela Sra. 
Jupira, o juízo ainda condenou a embargante por litigância de má-fé no importe 
de 25% sobre o valor da causa além do pagamento de honorários advocatícios 
no importe de 20%, também sobre o valor atribuído a causa, fixando como 
custas o valor de R$ 1.200,00, determinando expressamente fossem as mesmas 
recolhidas ao final, com fundamento no art. 789-A da CLT. 
Inconformada com a decisão, que foi publicada em 12 de junho de 2013 
(quarta-feira), a Sra. Jupira procurou o seu escritório de advocacia, solicitando 
os seus préstimos profissionais, a fim de manter garantido o seu direito em 
relação ao imóvel objeto da penhora. A Cliente, na oportunidade, levou consigo 
uma cópia autenticada da Certidão de Casamento onde consta o regime de 
bens e o pacto antenupcial, fotocópia autentica do registro de imóveis indicando 
o casal como legítimos proprietários do imóvel objeto da penhora, bem como o 
contrato social da empresa CCC Viagens e Turismo Ltda., mostrando que os 
sócios da referida empresa são: José Carlos de Andrade e Roberto Carlos 
Braga. Ainda, levou-lhe a cópia da sentença proferida pelo Juízo que, 
adequadamente analisada, levou a conclusão de não comportar o cabimento de 
embargos de declaração. 
Neste momento, a cliente lhe outorga procuração ad judicia, após 
observar os procedimentos estabelecidos pelo Estatuto da Advocacia, com os 
seguintes dados: Jupira de Andrade, brasileira, casada, do lar, residente e 
domiciliada em Curitiba/PR, na Rua da Republica Federativa, 1.889, 
NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM 
 
 
 
 
13 
 
apartamento 101, Bairro Central, CEP 80.500-000, CPF n° 777.888.999-00 e RG 
n°. 444.888-0/PR. 
Na qualidade de advogado da Jupira, e ciente de que toda a matéria em 
litígio já foi devidamente esclarecida, elabore a peça processual adequada para 
garantir o legítimo direito que a lei assegura a sua constituinte em relação ao 
imóvel do qual é proprietária.

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