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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA DE 
TRABALHO DE MACEIÓ/AL 
 
 
 
 
 
JORGE BARROS, brasileiro, casado, desempregado, portador do RG nº 
18.725.452-1 e CPF Nº 123.456.789-0, domiciliado na Rua Rouxinol Amarelo, nº 
1874 – Fundos, CEP 57010-001, Maceió-AL, por seu advogado que esta 
subscreve, com procuração anexa, contendo endereço onde recebe citações / 
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro 
no artigo 840, § 1º, da CLT propor a presente: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Em face de IRON FORGED S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ nº XXXXXXXXXX, situada na (XXXXXXXXX), nº (XXX)– (Bairro), CEP: 
XX.XXX-XXX, Viçosa-AL, telefone nº (XXXXXXX) e endereço eletrônico (XXXXXXX) 
e Em face de PURE STEEL S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 
nº XXXXXXXXXX, situada na (XXXXXXXXX), nº (XXX)– (Bairro), CEP: XX.XXX-XXX, 
Viçosa-AL, telefone nº (XXXXXXX) e endereço eletrônico (XXXXXXX)pelos fatos e 
fundamentos que passa a expor: 
 
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Cumpre salientar que a reclamante se encontra desempregada, possui renda 
consideravelmente inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Sendo assim, requer a 
concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo.790 § 3º da CLT. 
Para comprovar tal situação, o obreiro junta aos autos, cópia de sua Carteira de 
Trabalho e previdência social. 
 
II - DOS FATOS 
O DEMANDANTE foi contratado pela PRIMEIRA DEMANDADA em 20/11/2014 para 
exercer a função de auxiliar de galvanoplastia banhando as peças de aço com 
produtos químicos, porém, até o seu desligamento sem justa causa na data de 
21/11/2018, nunca utilizou os Equipamentos de Proteção Individual. 
Recebia o salário de R$ 2.100,00, vale transporte e vale alimentação, cumpria jornada 
de trabalho de 9:00 hrs até às 18:00 hrs e das 21:00 hrs até às 06:00 hrs alternando-
se semanalmente com intervalo de 40 minutos, chegava ao local de trabalho com 20 
minutos de antecedência e ficava por mais 20 minutos após a jornada de trabalho para 
troca de uniforme que é prevista em regulamento interno. 
 
No ano de 2016 foi descontado do salário do DEMANDANTE o valor referente a 2 
(dois) dias de trabalho mesmo ele comprovando que estava prestando vestibular para 
ingresso no curso de química da Faculdade Estadual de Alagoas. 
 
Em janeiro de 2018 o DEMANDANTE foi acusado pelo encarregado do setor onde 
laborava de furtar o celular de um outro colega de trabalho durante a troca de uniforme 
na frente dos demais funcionários lhe causando grande constrangimento. Após a 
apuração dos fatos em procedimento interno foi comprovada a inocência do mesmo. 
Em uma eleição realizada na data de 05/06/2018 o DEMANDANTE foi eleito como 
Representante dos Empregados, sendo o mais votado em uma eleição acirradíssima. 
Até a presente data o DEMANDADO não pagou as verbas rescisórias devidas ao 
DEMANDANTE. 
 
III - DO DIREITO E DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
a) DO NÃO FORNECIMENTO DE EPIS PELO DEMANDADO 
O DEMANDADO nunca forneceu EPIs ao DEMANDANTE trazendo assim 
risco para sua segurança e sua saúde no período em que ele esteve manipulando 
produtos químicos. O art. 166 da CLT deixa claro quanto a obrigação da empresa 
sobre o fornecimento de EPIs aos seus colaboradores. 
 
Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em perfeito 
estado de conservação e funcionamento, sempre que 
as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à 
saúde dos empregados. 
Esse não fornecimento de EPI para o colaborador enseja em dano moral, 
conforme a jurisprudência nos aponta: 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO 
FORNECIMENTO DE EPI. O não fornecimento pelo 
empregador de equipamentos de proteção 
adequados à segurança do trabalhador, que presta 
serviços em atividades que colocam em risco a sua 
vida, enseja o pagamento de indenização por dano 
moral. 
(TRT-4 - ROT: 00201411720185040020, Data de 
Julgamento: 10/03/2020, 2ª Turma) 
b) DA CARACTERIZAÇÃO DE HORAS EXTRAS 
 
O DEMANDANTE tirava um intervalo de 40 minutos quando a nossa CLT fala 
em seu art. 71, caput, que o funcionário que exercer mais de 6 (seis) horas de trabalho 
deverá ter um intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2 (duas) horas. Tendo 
em vista que o DEMANDANTE laborava acima de 6 (seis) horas por dia e tirava 
apenas 40 (quarenta) minutos de intervalo é necessário o cumprimento do art. 4º da 
CLT que implica em uma multa no valor de 50% do valor suprimido, vejamos: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja 
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso ou 
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora 
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em 
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
........ 
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial 
do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e 
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica 
o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do 
período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta 
por cento) sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho. 
Sendo assim, durante o período em que o DEMANDANTE laborou na empresa teve 
subtraído 20 (vinte) minutos de seu descanso garantido em lei. 
 
c) DO DESCONTO INDEVIDO POR FALTA JUSTIFICADA 
Em seu art. 473 a CLT nos trás as hipóteses onde o empregado poderá faltar sem 
desconto de salário, e em seu inciso VII, traz justamente sobre o a realização de 
provas para ingresso em ensino superior NOS DIAS comprovados. 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de 
comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 
.......... 
 VII - nos dias em que estiver comprovadamente 
realizando provas de exame vestibular para ingresso 
em estabelecimento de ensino superior. 
Desta forma o desconto realizado no salário do DEMANDANTE foi irregular, ferindo 
assim o direito garantido no artigo e inciso supracitados. 
d) DO ASSÉDIO MORAL 
O DEMANDANTE foi acusado de furto, sem provas, pelo encarregado da área 
onde trabalhava na frente de todos os outros funcionários, lhe causando 
constrangimento com tal calúnia, que em um momento posterior sua inocência foi 
comprovada pela investigação que houve internamente. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
Vejamos também o Art. 186 do nosso CC de 2002 que fala sobre violão do 
direito e causar dano a outrem, ainda que moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
A nossa jurisprudência afirma que tal acusação infundada configura dano 
moral. Vejamos: 
 
ACUSAÇÃO INFUNDADA DE FURTO. DANO 
MORAL CONFIGURADO. Tendo a empresa 
acusado o trabalhador de furto com relação a 
ferramentas e materiais de trabalho, sem a devida 
comprovação, inclusive chamando a polícia ate as 
suas dependências e esta, na própria viatura 
conduziu o autor à Delegacia respectiva, resulta na 
necessidade de reparaçãopecuniária por conta de 
danos morais, por caracterizar ato violador da honra 
e dignidade do empregado. 
(TRT-11 00001520130151100, Relator: Lairto José 
Veloso) 
 
e) DA ESTABILIDADE 
O DEMANDANTE era representante dos empregados na época em que foi 
desligado da empresa, com apenas 5 (cinco) meses de mandato, nesse caso, a 
DEMANDADA descumpriu o que prevê de forma análoga o Art. 8º, VIII da CF de 1988. 
VIII - é vedada a dispensa do empregado 
sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo 
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda 
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo 
se cometer falta grave nos termos da lei. 
Desta forma, requer o pagamento de 17 (dezessete) meses de salário 
referentes a 5 (cinco) meses de mandato e 12 (doze) meses de estabilidade. 
 
IV - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
In Casu, não há dúvidas quanto à verossimilhança dos fatos narrados pelo 
Autor e a sua hipossuficiência jurídica, mormente no plano processual. 
Assim, o ônus da prova deve ser invertido, na forma do art. 6º, VIII, do CDC, 
considerando-se a hipossuficiência da Demandante. 
V – DA IMPOSSIBILIDADE DE CONCILIAÇÃO 
 Ciente a Demandante, de que a Demandada nunca oferece proposta durante 
a audiência de conciliação, para evitar procrastinação do presente feito, e em respeito 
ao princípio Constitucional da celeridade, requer a autora, seja designada de pronto, 
a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. 
VI - DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer se digne V. Ex.ª a: 
1- A condenação da RÉ, em custas e honorários sucumbenciais e multa diária a 
ser culminada pelo M.M Juízo, caso não seja cumprido espontaneamente 
2- Determinar a citação do Demandado para, querendo, contestar a presente 
ação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato; 
3- Mandar incluir a presente Ação na pauta de AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO, tendo em vista a impossibilidade de acordo. 
4- Conceder o pedido de Justiça Gratuita tendo em vista que o réu está 
desempregado e sem receber salário, conforme documento em anexo. 
5- Condenar ao réu o pagamento das horas suprimidas de intervalo durante todo 
o período do contrato laboral com acréscimo de 50% sobre a hora normal; 
6- Condenar ao réu o pagamento dos meses suprimidos da estabilidade do autor, 
bem como o FGTS e as verbas rescisórias referentes a este período; 
7- O pagamento das verbas rescisórias do período do contrato também contando 
o tempo em que o autor teria sua estabilidade devido ao cargo de representante 
dos empregados que foi suprimida pelo réu. 
8- Condenar o réu em danos morais considerando o caráter punitivo e pedagógico 
que deve ter a indenização por danos morais por ter sido acusado de um crime 
que não cometeu, na frente de seus colegas de trabalho no valor de R$ 
(XXXXXX). 
 
VII - DAS PROVAS 
 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do Demandado, prova 
documental, testemunhal, sem prejuízo de outras que V. Exa. eventualmente entenda 
necessárias. 
VIII - DO VALOR DA CAUSA 
 Atribui-se a causa o valor de R$ (XXXXX). 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
Maceió, 18 de outubro de 2021. 
 
OAB/AL 
Nº 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _____ VARA DO 
TRABALHO DA COMARCA DE MACEIÓ DO ESTADO DE ALAGOAS 
 
 
 
 
 
 
Consignante: SOCIEDADE EMPRESÁRIA ANTARES S.A. 
 
Consignada: Luiz da Silva 
 
 
 
 
 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ANTARES S.A., Empresa pública de Direito 
privado, inscrita no CNPJ XX.XXXX/XX, com sede na Rua XXXX, nº XX, (Bairro) 
– Maceió - AL, CEP ______, endereço eletrônico ______@________ vem 
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu 
advogado abaixo assinado (Procuração Ad-Judicia anexo), com escritório 
profissional na Rua _______, nº _____, bairro _____, no município de ______, 
estado do _______, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no § 
1º do art. 840 da Consolidação das Leis do Trabalho combinado com o art. 319 
e os arts. 539 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente: 
 
 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
 
 
Em face de LUIZ DA SILVA, brasileiro, casado, desempregado, portador da 
carteira de identidade nº ______, inscrito no CPF sob nº______ , CTPS nº 
______, residente e domiciliado à rua _____________, nº ____, (bairro), 
Maceió – AL, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico ________@________, 
pelas razões que a seguir passa a expor. 
 
1. DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
a) Diante da necessidade da redução de redução de seu quadro, a empresa 
resolveu dispensar sem justa causa alguns funcionários, dentre eles o 
Consignado. 
 
b) O mesmo foi dispensado em 10.10.2018, mediante aviso prévio 
indenizado. Naquela oportunidade, o Consignado tentou apelar junto à 
direção da Sociedade empresária para que não fosse dispensado, pois 
tinha filhos e esposa. 
 
c) Não obstante, foi marcado para o dia 15/10/2018 que ao Consignado 
que comparecesse ao Departamento de Recursos Humanos para para 
o pagamento das verbas rescisórias devidas e a entrega dos 
documentos hábeis para o requerimento de outros direitos, no próprio 
local de trabalho, oportunidade também no qual o consignado retiraria 
seus pertences pessoais. Ocorre que nesse dia a Consignante não tinha 
em caixa o valor suficiente para quitar o devido ao Consignado e por isso 
pediu desculpas, anotou a dispensa em sua CTPS e pediu pra que ele 
voltasse 60 dias após para que fossem feitos o pagamento e a retirada 
de seus pertences. Porém o Consignado não compareceu no dia que a 
empresa havia solicitado e nem apresentou qualquer justificativa. 
 
d) A sociedade empresária tentou contato com o Consignado por meio 
telefônico, através de 2 (dois) telegramas enviados para o endereço 
cadastrado na ficha de registro, mas não obteve êxito. Até mesmo ex-
colegas do Consignado enviaram mensagens via Facebook na tentativa 
de fazer com que o mesmo fosse a empresa, mas também, sem sucesso. 
Sabe-se ainda que no vestiário da empresa no armário utilizado por Luiz, 
encontraram algumas fotografias dele com a esposa e uma camisa de seu 
time de futebol. 
 
 
Ao contrário do que se imagina, é comum empresas que concedem o aviso 
prévio encontrarem dificuldades para pagar os valores referentes ao término 
contratual. 
A maior parte das justificativas para esse obstáculo ocorre quando há o 
abandono de emprego por parte do empregado, falecimento do trabalhador ou 
negativa de assinar a rescisão e/ou receber valores por discordância com 
alguma prática do empregador. 
O atraso na quitação das verbas decorrentes da ruptura contratual enseja a 
aplicação da multa do art. 477 da CLT.[1] 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o 
empregador deverá proceder à anotação na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos 
órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas 
rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo 
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, 
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, 
em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido 
pelo índice de variação do BTN, salvo quando, 
comprovadamente, o trabalhador der causa à mora 
 
Nos casos em que o empregado possui mais de um ano na mesma empresa, 
o pedido de homologação judicial do Termo de Rescisão do Contrato de 
Trabalho é realizado perante o sindicato profissional ou à autoridade do 
Ministério do Trabalho e Previdência Social. Se, após ser informado o 
empregado não comparece no local, dia e horário marcado é indevida a multa 
do art. 477, pois esse que deu causa à mora, nesse sentido: 
(...) Indevida a multa prevista no art.477 ,§ 8º da CLT, pois o reclamante 
tinha ciência da data e horário para comparecer ao sindicato,com vistas 
à homologação do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho e não o 
fez, dando ensejo a mora. (TRT 7ª R.; RO 0001437-75.2013.5.07.0010; 
Primeira Turma; Relª Desª Dulcina de Holanda Palhano; Julg. 03/02/2016; 
DEJTCE 11/02/2016; Pág. 405) 
 
e) Portanto, o Consignante pretende exonerar-se da mora debitoris e do 
ônus decorrente, haja vista que o Consignado não compareceu ao dia e 
horário marcado para para receber os documentos citados, apesar das 
inúmeras tentativas de contato feitas pelo Consignante. 
 
 
 
Em razão do exposto, a Consignante interpõe a presente Ação de Consignação 
de pagamento visando a entrega dos documentos, como também das 
fotografias com sua esposa e de uma camisa de seu time de futebol devidos 
ao Consignado. 
 
 
 
2. REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 
Por todo o exposto, REQUER: 
1. A notificação do Consignado para vir receber as verbas rescisórias; 
 
2. O deferimento do depósito da quantia de R$______; do recebimento e/ou a 
entrega dos bens/objetos, no prazo de 05 dias, nos termos do artigo 542, I, 
do CPC. 
 
3. Se necessário, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em 
direito, notadamente pela produção de prova testemunhal e documental com 
a juntada de novos documentos e depoimento pessoal do Consignado; 
 
4. A total procedência da presente Ação de Consignação em Pagamento para 
que seja extinta a obrigação da Consignante em relação a rescisão do 
contrato de trabalho com todas as verbas devidas. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ____________ 
Nestes termos, pede deferimento, 
Local e Data 
 
Advogado 
OAB/Sigla do Estado 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO 
TRABALHO DE MACEIÓ/AL 
 
 
 
 
ÉRICA GAMA, brasileira, estado civil, portadora da CTPS nº 0010, Identidade 
nº 0011, CPF nº 0012, domiciliado na Rua X, 150, Cidade - CEP 53000-000, 
por intermédio de seus advogados, com endereço profissional sito à Rua X, nº 
X, Centro, Cidade, vem respeitosamente perante Vossa Excelência propor a 
presente: 
 
 
Reclamação Trabalhista 
Com fulcro no art. 840 da CLT, em face da pessoa jurídica de direito privado: 
PENTE FINO, com inscrição no CNPJ nº X, situada na rua X, nº X, Cidade, 
CEP nº X, pelos fatos expostos a seguir. 
 
 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Cumpre salientar que a reclamante se encontra desempregada, possui renda 
consideravelmente inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Sendo assim, requer a 
concessão do benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo.790 § 3º da CLT. 
Para comprovar tal situação, o obreiro junta aos autos, cópia de sua Carteira de 
Trabalho e previdência social. 
 
 
II- DOS FATOS 
Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino 
5.A. de 29/09/2011 a 07/01/2020, exercendo, desde a 
admissão, a função de gerente do setor de auditoria de médias empresas. Na 
condição de gerente, Érica comandava 25 auditores, designando 
suas ativídades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e 
validando as auditorias por eles realizadas, Érica recebia salário 
mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de gratificação de função de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
 
Érica pediu dermissão, em 07/01/2020, e ajuizou reclamação trabalhista em 
30/01/2020, na qual postulou o pagamento de horas extras, 
alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das Sh às 20h, com 
intervalo de 1 hora para refeição, sendo que não marcava folha de 
ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 40% sobre o FGTS, que 
não foi depositada na sua conta vinculada, conforme extrato 
analítico do FGTS, que juntou com a inícial. Ela afirmou, ainda, que a empresa 
não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, 
fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional de Informações 
Sociais (CNIS), juntado com a petição inícial, no qual se 
constata que, nos anos citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que 
requereu que a empresa fosse condenada a regularizar a 
situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques que, à partir de 
2018, passou à receber prêmios em pecúnia, em valores 
variados, pelo que requereu a integração do valor desses prêmios à sua 
remuneração, com reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias, 
inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. 
 
Érica informou que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas 
atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de auditoria 
de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já 
na função de gerente, mas que ganhava salário 10% superior 
ao da reclamante, conforme contracheques que foram juntados com a petição 
inicial e evidenciam o salário superior da modelo. Uma vez que 
as ativídades de Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária 
localizado ao lado de uma comunidade muito violenta, tendo a 
empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de fogo e assistido, da 
janela de sua sala de trabalho, a várias operações policiais que 
combatiam o tráfico de drogas no local, requereu o pagamento de adicional de 
periculosidade. Por fim, Érica requereu o pagamento de 
honorários advocatícios de 20% sobre o valor da condenação, conforme o Art. 
85, $ 2º, do CPC. 
 
 
 
III- DO DIREITO 
 
 
 
RESCISÇÃO CONTRATUAL - 
AVISO PRÉVIO - No ato da rescisão do contrato laboral, o empregado tem 
que ser notificado pelo empregador com antecedência pelo desligamento e 
continuar trabalhando por pelo menos 30 dias (vide tabela progressiva) - aviso 
prévio trabalhado-, ou receber o valor correspondente ao período da rescisão -
aviso prévio indenizado 
13 º SALÁRIO - Tal direito é proporcional a cada mês trabalhado. Para cada 
mês em que o empregado trabalhou por mais de 15 dias, paga-se 1/12 do 13º 
salário. 
FÉRIAS PROPORCIONAIS - O empregado perceberá remuneração relativa 
as férias proporcionais aos meses trabalhados, acrescidas de 1/3 conforme a 
casuística. 
SAQUE DO FGTS - O FGTS incidirá sobre as parcelas da rescisão e terá como 
objetivo, proteger o trabalhador. 
A falta de depósitos na conta vinculada, conforme determina o artigo 
supra citado, deverão, os valores, serem atualizados com juros e multas 
previstos no art. 22 da Lei 8.036/90, que define: 
Art. 22. O empregador que não realizar os depósitos previstos nesta 
Lei no prazo fixado no art. 15 responderá pela atualização monetária 
da importância correspondente. Sobre o valor atualizado dos depósitos 
incidirão, ainda, juros de mora de 1% ao mês e multa de 20%, 
sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas no Decreto-
lei n. 368, de 19 de dezembro de 1968. 
 
Multa no valor de 40%: Essa multa incidirá sobre os depósitos efetuados pela 
empresa na conta vinculada do FGTS, devidamente corrigidos. 
SEGURO DESEMPREGO – 
Conforme a Lei 7.998/1990 e seus artigos 1º e 2º e seus incisos: 
Art. 1º Esta Lei regula o Programa do Seguro- Desemprego e o abono 
de que tratam o inciso II do art. 7º, o inciso IV do art. 201 e o art. 239, 
da Constituição Federal, bem como institui o Fundo de Amparo ao 
Trabalhador (FAT) 
Art. 2º O programa do seguro-desemprego tem por finalidade: (Redação dada 
pela Lei nº 8.900, de 30.06.94) 
I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em 
virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador 
comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição 
análoga à de escravo;(Redação dada pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002) 
II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, 
promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e 
qualificação profissional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, 
de 2001). 
 
 
 
 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - 
Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho, o Reclamante 
manteve contato permanente com determinados agentes insalubresprevistos na 
NR 15, jamais tendo recebido o adicional correspondente, restando, assim, 
violados os artigos 189, 192 e 200 da CLT, bem como os incisos XXII e XXIII do 
art. 7º da Constituição. 
Segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são atividades insalubres 
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os 
empregados a agentes nocivos acima dos limites de tolerância fixados pela 
Norma Regulamentadora nº 15. 
 
EQUIPARAÇÃO SALARIAL – 
É o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), alterado pela 
Reforma Trabalhista de novembro de 2017, que diz: 
 
“Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual 
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade”. 
 
A equiparação salarial é, portanto, um instituto do direito do trabalho que 
garante que determinado funcionário tenha salário igual a outro que ocupe o 
mesmo cargo ou exerça função de igual valor. 
Em outras palavras, trata-se de uma garantia de que nenhum trabalhador sofra 
discriminação que resulte em um salário menor do que o devido, com base em 
outros praticados pela empresa contratante. 
Dessa forma, exsurge de maneira cristalina a obrigação da reclamada em 
proceder à equiparação salarial do reclamante com o paradigma. 
Para fins de espancar qualquer ilação da ré, trazemos à baila que tal previsão 
ainda é celebrada nas inclusas CCT's acostadas. 
 
 
IV- DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, respeitosamente a reclamante requer: 
a) Seja a reclamada notificada, sendo advertida de que com a inércia sofrerá 
as sanções do artigo 844 da CLT; 
b) Por estar em conformidade com o art. 790 § 3º da CLT, que lhe sejam 
concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, conforme declaração que 
faz na forma e sob as penas da lei, bem como, observando-se os documentos 
juntados aos autos; 
c) A condenação da reclamada ao pagamento de custas processuais; 
d) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios a 
serem arbitrados por Vossa Excelência, conforme Art. 791 A da CLT; 
A total procedência da demanda, nos termos em que foi proposta, para a final 
condenar a Reclamada ao pagamento de todo o postulado, acrescidos de juros 
e correção monetária na forma da lei; 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais) 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Maceió-AL, 18 de outubro de 2021 
 
ADVOGADO 
OAB nº X

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