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2. DORES DENTÁRIAS DE ORIGEM OBSCURA Joel Alves, Cirurgião-dentista. 8 MARÇO 2017. Caros Colegas. Os médicos não são frequentemente convidados a ver pacientes com odontalgias. E a maioria dos médicos não saberia o que fazer de qualquer maneira. No entanto, às vezes terapeutas neurais de diversas formações veem pacientes com dor de dente, antes ou depois de ter consultado um dentista. Na grande maioria dos casos o dentista diagnostica e trata as dores com sucesso, mas algumas odontalgias parecem desafiar a habilidade da maioria dos dentistas ortodoxos. Os terapeutas neurais aprendem muito cedo que os dentes podem ser campos de interferência. Se eles não são complicados por infecção ou eletrogalvanismo, a Terapia Neural pode ser tudo o que seja necessário para abolir permanentemente a dor. O método clássico de diagnosticar o campo de interferência é por meio de injeções de teste de procaína diluída na mucosa sobre os dentes suspeitos após apalpação dos ápices radiculares. Músculos tensos após tratamento ortodôntico também são injetados ao nível dos ápices dentários. Alternativamente, o Teste de Resposta Autonômica pode identificar o campo de interferência dentária, e com grande precisão! Normalmente o campo de interferência está em apenas um aspecto (lingual de bucal) do dente e, portanto, precisa de tratamento apenas nesse lado. Uma vantagem adicional do Teste de Resposta Autonômica é que pode indicar um campo de interferência dental complicado, isto é, um dente que, por exemplo, alberga uma infecção radicular ou osso com NICO (neuralgia-inducing cavitational osteonecrosis), patologia que causa necrose óssea que às vezes é indistinguível do osso saudável ao exame radiográfico. NICO produz citocinas e quimiocinas que são fatores de risco para Alzheimer, Parkinson e vários tipos de cânceres. É improvável que a procaína, por si só, consiga abolir o campo de interferência nestes casos. A questão do dente é, naturalmente, uma grande preocupação de saúde e, embora possamos gerenciar dores dentais com remédios neurais e homeopáticos, o dente ofensivo, uma vez infectado, sendo bloqueado o ponto de o fluxo sanguíneo através do ápice, terá de ser muitas vezes removido como parte da limpeza do campo interferente. Uma vez que a cascata de degeneração patológica atingiu certo ponto, não há reversão possível. Existem, porém muitos casos excepcionais! Às vezes, o diagnóstico é difícil porque uma infecção oculta ou uma fratura dental é muito sutil para ser detectada da maneira usual. Raios-X periapicais ou panorâmicos e o exame físico usual mostram às vezes o ululante. Em outras ocasiões, a dor resulta quando o sistema nervoso autonômico desempenha um "truque neurológico", e produz dor de um campo de interferência próximo. Nos casos mais difíceis de diagnosticar a dor dentária, a fonte da dor não é, por vezes, nos dentes propriamente ditos, mas sim nos campos de interferência nos gânglios autónomos adjacentes - esfenopalatino para dentes superiores, submandibulares para os inferiores. Estes gânglios devem ser rotineiramente verificados em todos os casos de dor dental de origem obscura. O tratamento destes gânglios resolve muitos quebra-cabeças de dores dentais e de dores faciais. Afecções no terço superior de face que demonstram a sobrecarga neurológica ganglionar ao nível do Sistema Nervoso Autonômico podem também ser tratadas através da injeção de procaína 0,7% nos gânglios esfenopalatinos, tais como: sinusites, rinites, pólipos nasais, cistos de retenção mucoso nos seios maxilares etc. Ponto para a Terapia Neural Odontológica. Gânglio esfenopalatino acessado via foramen palatino maior Melvin et al. Simplified Facial Rejuvenation - 2008
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