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RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

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RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Generalidades.
Trata-se de recurso dirigido ao STF e ao STJ, exclusivamente nas hipóteses disciplinadas, respectivamente, nos arts. 102, II, e 105, II, da CF, reproduzidas no art. 539,I e II, do CPC.
O recurso ordinário constitucional é, como o próprio nome diz, um recurso ordinário, só que dirigido ao STF/STJ, que exercerão competência recursal sem qualquer limitação em relação à matéria fática. Pelo recurso ordinário constitucional, admite-se, por exemplo, o reexame de prova. O recurso ordinário constitucional dispensa o prequestionamento. Os tribunais superiores, aqui, funcionam como segundo grau de jurisdição.
As hipóteses de cabimento desse recurso, como já dito, estão previstas constitucionalmente. Eis, então, a razão de ser do seu nome: recurso ordinário constitucional.
Recurso Ordinário Constitucional para o STF 
O recurso ordinário constitucional para o STF tem como objeto as decisões denegatórias proferidas em mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, em única instância, pelos tribunais superiores (art. 539, I, CPC), hipóteses em que têm competência originária.
Este recurso só pode ser utilizado se a decisão for denegatória, o que implica dizer que se trata de recurso criado para beneficiar o cidadão em face do Estado. É recurso privativo do impetrante. O réu nessas demandas, se derrotado, somente tem à sua disposição o recurso extraordinário para o STF, se acaso houver prequestionamento de matéria constitucional.
Se o acórdão contiver capítulos decisórios com resultados distintos (procedência e improcedência, p. ex.), contra o capítulo denegatório caberá recurso ordinário constitucional e contra o capítulo que concedeu caberá o recurso excepcional.
Termo decisão denegatória: não só as decisões que julgam improcedente o pedido mas também as que extinguem o processo sem apreciação do mérito. Denegar, aqui, significa não acolher o pedido.
É preciso que se trate de decisão final. Somente os acórdãos que ponham termo ao mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção, denegando-os é que dão azo a recurso ordinário. 
Súmula 272 do STF: “Não se admite como recurso ordinário, recurso extraordinário de decisão denegatória de mandado de segurança”. Porém, há precedentes do STF admitindo a conversão do recurso extraordinário, desde que o ordinário fosse de sua competência.
Prazo do recurso: 15 dias
Não cabem embargos infringentes contra acórdão não-unânime que julgar essa hipótese de cabimento do recurso ordinário constitucional. Também não cabe interposição adesiva desse recurso.
Decisão que, na origem, não admite o recurso ordinário constitucional, impedindo a sua remessa ao tribunal superior, para Fredie Didier, deverá ser atacada pro meio do agravo do art. 544, CPC.
Recurso Ordinário Constitucional para o STJ
Recurso ordinário constitucional em mandado de segurança
Cabe recurso ordinário constitucional para o STJ contra as decisões denegatórias em mandados de segurança proferidas em única instância pelos TRF´s ou pelos Tribunais dos Estados ou do Distrito Federal, quando for o caso de competência originária desses tribunais.
Tudo o que foi dito em relação ao recurso ordinário para o STF aqui é aplicado. Prazo: 15 dias. Interposto o Recurso Ordinário para o STJ, se o Presidente ou Vice-Presidente do tribunal local resolver negar-lhe seguimento caberá o agravo previsto no art. 544 do CPC.
Recurso ordinário em causas internacionais 
Trata-se do recurso ordinário cabível contra as decisões proferidas nas causas em que forem partes, de um lado, estado estrangeiro ou organismo internacional, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país. Cabe contra qualquer decisão, seja qual for o seu conteúdo.
Essas causas tramitam na Justiça Federal de primeira instância (art. 109, II, CF/88). Assim, quem as julgará é o juiz federal. Nesse caso, o recurso ordinário é cabível contra as sentenças proferidas pelo juiz de primeira instância. A causa sai de um juiz de primeira instância e vai ao STJ, diretamente, sem passar pelo TRF.
Das decisões interlocutórias proferidas pelo juiz de primeira instância, cabe o agravo, tanto retido como de instrumento, diretamente ao STJ, aplicando-se a sistemática prevista nos arts. 522 a 529 do CPC.
Recurso Ordinário: é cabível tanto de decisão interlocutória, quanto de sentença. Fará, então, as vezes de agravo (art. 539, § único, CPC), o seu prazo é de 10 dias e a forma de interposição deve obedecer a todo o regramento do agravo; se fizer as vezes de apelação, o prazo é de 15 dias e a forma de interposição deve obedecer a todo o regramento da apelação. Vide lei 8038/90 – arts. 36 e 37.
CAPÍTULO IV
Apelação Cível e Agravo de Instrumento
 Art. 36 - Nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, município ou pessoa domiciliada ou residente no País, caberá:
 I - apelação da sentença;
 II - agravo de instrumento, das decisões interlocutórias.
 Art. 37 - Os recursos mencionados no artigo anterior serão interpostos para o Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, o disposto no Código de Processo Civil.
Assim, quando o R. O. fizer as vezes de apelação, é possível cogitar o cabimento de embargos infringentes (art. 530 do CPC) e de recurso adesivo (art. 500, II, CPC), além de, obviamente, ser plenamente aplicável o §3º do art. 515 do CPC.
O recurso ordinário é julgado por uma turma do STJ, que é composta por 05 ministros e todos votam. As decisões do STJ devem ser tomadas pela maioria absoluta dos membros da Turma.

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