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Exercícios de EGM

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
UNIVERSIDADE ABERT DO BRASIL- UAB
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E ADISTÂNCIA - CEAD
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA
EXERCÍCIO “O PÚBLICO E O PRIVADO NA GESTÃO PÚBLICA”
FLORIANO – PI
OUTUBRO – 2017
QUESTÕES
A ordem jurídica determina quais seriam os poderes e deveres do gestor público. Descreva quais sejam estes poderes e deveres exemplificando.
A ordem jurídica confere aos gestores públicos certas prerrogativas para que estes, em nome do Estado, persigam a consecução dos fins públicos. Essas prerrogativas são os chamados poderes e deveres do administrador público.
São deveres do gestor público:
a – Dever de agir: Poder-dever de agir significa dizer que o poder administrativo, por ser conferido à Administração para o atingimento do fim público, representa um dever de agir. No Direito Privado o poder de agir é uma mera faculdade, no Direito Administrativo é uma imposição, um dever de agir para o agente público. Por exemplo: o Presidente da República não pode deixar de praticar atos de seu dever funcional. Ele tem o poder para praticar e o dever de praticar.
b - Dever de eficiência: O dever de eficiência mostra-se presente na necessidade de tornar cada vez mais qualitativa a atividade administrativa, no intuito de se imprimir à atuação do administrador público maior celeridade, perfeição, coordenação, técnica, controle, etc. Exemplo: possibilidade de dispensa de servidor público estável mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho e a necessidade de aprovação, em avaliação especial de desempenho, para aquisição da estabilidade no serviço público por parte do servidor público que está em estágio probatório.
c - Dever de probidade: O dever de probidade exige que o administrador público atue sempre em consonância com os princípios da moralidade e honestidade administrativas.
d - Dever de prestar contas: O dever de prestar contas é decorrência inafastável da função do administrador público, como gestor de bens e interesses alheios, da coletividade. Exemplo: Todo administrador público - agente político ou simples funcionário - tem que prestar contas de sua gestão administrativa.
São poderes do gestor público:
a - Poder Vinculado: O poder vinculado dispõe prática de atos administrativos em que é mínima ou inexistente sua liberdade de atuação havendo atos de competência, finalidade e da forma. Exemplo: lançamento tributário (art. 3º, CTN).
b - Poder Discricionário: É aquele pelo qual a Administração Pública de modo explícito ou implícito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. A discricionariedade é a liberdade de escolha dentro de limites permitidos em lei, não se confunde com arbitrariedade que é ação contrária ou excedente da lei. Exemplo: Autorização para porte de arma; Exoneração de um ocupante de cargo em comissão.
c - Poder Hierárquico: É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se. Exemplo: O chefe de uma determinada repartição pública fiscaliza permanentemente os atos praticados pelos seus agentes subordinados, com o intuito de mantê-los dentro dos padrões legais.
d - Poder Disciplinar: Ë aquele através do qual a lei permite a Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Administração Pública (Código Penal, art. 320). Exemplo: Aplicação de pena de suspensão ao servidor público.
e - Poder Regulamentar (Normativo): É o poder dos Chefes de Executivo de explicar, de detalhar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei. É um poder inerente e privativo do Chefe do Executivo. É, em razão disto, indelegável a qualquer subordinado.
f - Poder de Polícia: Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público. Em resumo: através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. Exemplo: As licenças administrativas: alvarás de funcionamento de estabelecimento comerciais, licença para aquisição de arma.
2. Explique por que na relação público e privado, o Estado e suas instituições se sobrepõem sobre a esfera privada.
A administração deve realizar suas condutas sempre velando pelos interesses da sociedade, mas nunca dispondo deles, uma vez que não goza de livre disposição dos bens que administra, pois o titular desses bens é o povo. Isso significa que a Administração pública não tem competência para desfazer-se da coisa pública, bem como, não pode desvencilhar-se da sua atribuição de guarda e conservação do bem. O principio da legalidade tem que ser usado junto com o principio da supremacia do interesse público, uma vez que a administração tem a obrigação de praticar atos que atenda a sociedade como um todo e estes atos têm que ser conveniente para esta sociedade. Ou seja, o interesse de um coletividade se sobrepõe ao interesse do particular.
3. Explique as prerrogativas do Poder Público sobre os agentes privados.
A Administração Pública abrange as atividades administrativas exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender as necessidades coletivas. Isso significa dizer que os atos administrativos têm por objetivo atingir a determinada finalidade, qual seja o bem comum. Nesse sentido, as prerrogativas de direito da administração Pública, derivadas diretamente do Princípio da Supremacia são:
As diversas formas de intervenção na propriedade privada;
A existência, nos contratos administrativos, de cláusulas exorbitantes, às quais permitem a Administração Pública modificar ou rescindir ou unilateralmente o contrato;
As diversas formas de exercício de poder de polícia administrativo, traduzidas na limitação ou condicionalidade ao exercício de atividades privadas, tendo em conta o interesse público; e
A presunção de legitimidade dos atos administrativos, que deixa para os particulares o ônus de provar eventuais vícios no ato, a fim de obter decisão administrativa ou provimento judicial que afaste a sua aplicação. 
 
4. O Estado frequentemente recorre à iniciativa privada para adquirir bens e serviços necessários ao desempenho de suas funções. Mas, diante da necessidade de assegurar isonomia e garantir a contratação da proposta mais vantajosa, os contratos são precedidos de licitações. Explique as diferentes modalidades de licitação apresentadas.
São cinco as modalidades de licitação: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
 
Concorrência: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Tomada de preços: É a modalidade entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições para cadastramento até o terceiro dia anterior a data de recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
Convite: é a licitação entre interessados do ramo pertinente ao objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em um numero mínimo de 03 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentaçãodas propostas.
Concurso: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial. 
Leilão: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos apreendidos ou penhorados ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

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