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ISO 14000 www.significado.pt

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1 
ISO 14000 
Índice 
 
Sumário ...............................................................................................................................2 
 
QUESTÕES AMBIENTAIS.......................................................................................................4 
Sumário ...............................................................................................................................4 
Prioridades ambientais ........................................................................................................5 
Desenvolvimento sustentável..............................................................................................8 
Pressões ambientais sobre as organizações.........................................................................9 
 
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL................................................................................11 
Sumário .............................................................................................................................11 
O que são Sistemas de Gestão Ambiental? .......................................................................12 
Modelo do Sistema de Gestão Ambiental .........................................................................13 
Processo de certificação ....................................................................................................15 
Integração com um Sistema de Gestão da Qualidade .......................................................16 
EMAS................................................................................................................................17 
Rótulo ecológico ...............................................................................................................18 
 
A FAMÍLIA DAS NORMAS ISO 14000.................................................................................19 
Sumário .............................................................................................................................19 
Origem das normas............................................................................................................20 
Principais normas da série ISO 14000 ..............................................................................21 
O futuro das normas ..........................................................................................................22 
 
ANÁLISE DETALHADA DOS REQUISITOS DA ISO 14001..............................................23 
Sumário .............................................................................................................................23 
A estrutura da norma .........................................................................................................24 
4.1 Requisitos gerais .........................................................................................................26 
4.2 Política ambiental ........................................................................................................27 
4.3 Planeamento ................................................................................................................28 
4.4 Implementação e funcionamento ................................................................................30 
4.5 Verificação e acções correctivas .................................................................................33 
4.6 Revisão pela direcção..................................................................................................35 
Relação entre a ISO 14001 e a ISO 9000:2000.................................................................36 
 
LEVANTAMENTO AMBIENTAL INICIAL .........................................................................38 
Sumário .............................................................................................................................38 
Introdução..........................................................................................................................39 
Levantamento dos aspectos ambientais.............................................................................40 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos aspectos ambientais ......................43 
Identificação e acesso a requisitos legais e outros ............................................................47 
Sistemas de gestão existentes............................................................................................49 
 
 2 
Sumário 
 
Introdução Este módulo vai dar a conhecer um modelo de Sistema de Gestão Ambiental 
definido pela norma ISO 14001. 
 
Objectivos 
gerais 
No final deste módulo você deverá ser capaz de: 
 
 Identificar e interpretar os requisitos definidos na norma ISO 14001; 
 Compreender o processo de implementação e certificação de um sistema de 
gestão ambiental, baseado na norma ISO 14001. 
 
Sumário 
executivo 
Neste quadro encontra-se o sumário executivo deste manual: 
 
Capítulo Título 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Introdução 
Questões ambientais 
Sistema de gestão ambiental 
A família das normas ISO 14000 
Análise detalhada dos requisitos da ISO 14001 
Levantamento ambiental inicial 
 Continua na página seguinte 
 
 3 
Sumário, Continuação 
 
Conteúdo dos 
capítulos 
Os conteúdos e os objectivos específicos dos capítulos seguintes são: 
 
Capítulo Título Objectivo Específico Conteúdo 
2 Questões 
ambientais 
Dar a conhecer a 
abrangência de 
algumas questões 
ambientais. 
 Prioridades ambientais
 Desenvolvimento 
sustentável 
 Pressões ambientais 
sobre as organizações 
3 Sistemas de 
gestão ambiental 
Identificar os 
princípios e modo de 
implementação de um 
sistema de gestão 
ambiental 
 O que são? 
 Modelo do SGA 
 Processo de 
certificação 
 Integração com um 
SGQ 
 EMAS 
 Rótulo ecológico 
4 A família das 
normas ISO 
14000 
Compreender a 
estrutura da família 
das normas ISO 14000
 Origem das normas 
 Principais normas de 
série ISO 1400 
 O futuro das normas 
5 Análise detalhada 
dos requisitos da 
ISO 14001 
Identificar e 
compreender os 
requisitos da norma 
ISO 14001 
 A estrutura da norma 
 4.1 Requisitos gerais 
 4.2 Política ambiental 
 4.3 Planeamento 
 4.4 Implementação e 
funcionamento 
 4.5 Verificação e 
acções correctivas 
 4.6 Revisão pela 
direcção 
 Relação entre a ISO 
14001 e a ISO 
9000:2000 
6 Levantamento 
ambiental inicial 
Dar a conhecer um 
pré-requisito essencial 
do SGA 
 Introdução 
 Levantamento dos 
aspectos ambientais 
 Exemplo de matriz de 
avaliação da 
significância dos 
aspectos ambientais 
 Identificação e acesso a 
requisitos legais e 
outros 
 Sistemas de gestão 
existentes 
 
 
 4 
QUESTÕES AMBIENTAIS 
Sumário 
 
Objectivo 
pedagógico 
No final deste capítulo você ficará a conhecer a abrangência de algumas 
questões ambientais. 
 
Conteúdo do 
capítulo 
Este capítulo está estruturado da seguinte forma: 
Tópico Página 
Prioridades ambientais 7 
Desenvolvimento sustentável 10 
Pressões ambientais sobre as organizações 11 
 
 
 5 
Prioridades ambientais 
 
Questões 
ambientais 
São apresentadas de seguidas questões ambientais do globalmente mais 
crítico até ao de maior significado local. 
 
 diminuição da camada de ozono; 
 aquecimento global; 
 perda de biodiversidade; 
 poluição do ar; 
 poluição da água; 
 produtos químicos tóxicos; 
 questões nucleares; 
 diminuição dos recursos naturais; 
 qualidade de vida. 
 
Diminuição da 
camada de 
ozono 
A Terra é protegida contra as radiações nocivas do sol por uma camada de 
ozono, que se encontra na parte superior da atmosfera e que age como um 
filtro. 
 
Esta camada está sempre a ser criada e destruída, num equilíbrio natural.Em 1985, a British Antarctic Survey relatou, pela primeira vez a diminuição 
da camada de ozono. Desde então a taxa de redução da camada tem 
aumentado, registando-se uma perda de 6 – 8% no hemisfério norte. 
 
Os efeitos da diminuição da camada de ozono são: 
 
 na saúde humana: cancro de pele, cataratas, …; 
 redução da capacidade das plantas realizar a fotossíntese. 
 
Está provado que a diminuição do ozono está associada a determinado tipo de 
compostos químicos, tais como os clorofluorcarbonos (CFC’s), os 
hidroclorofluorcarbonos (HCFC’s) e os halogénios. 
 
Inicialmente pensava-se que estes compostos artificiais não tinham efeitos 
tóxicos. No entanto, é precisamente a sua estabilidade (características que os 
torna não tóxicos) que causa problemas na camada de ozono. 
 Continua na página seguinte 
 
 6 
Prioridades ambientais, Continuação 
 
Aquecimento 
global 
O aquecimento global, ou efeito de estufa, é o termo que descreve o 
aquecimento global da atmosfera, devido ao aumento de certos gases, 
principalmente o dióxido de carbono. 
 
Nos últimos 100 anos o dióxido de carbono na atmosfera aumentou 25%. 
 
Prevê-se que a temperatura global aumentará entre 1,5 e 4,5 ºC nos próximos 
50 anos. Este aumento provocará: 
 
 alterações na produtividade agrícola; 
 enchentes em área mais baixas à medida que a calote polar derrete. 
 
Perda de 
biodiversidade 
A diversidade genética é um elemento chave na habilidade dos ecossistemas 
se adaptarem a novas circunstâncias. Quanto maior a diversidade genética, 
maior a probabilidade dessa espécie se adaptar a condições mais severas 
 
Poluição do ar Estima-se que um quinto da população mundial respira ar contaminado por 
poluentes que excedem os limites de segurança estipulados pela Organização 
Mundial da Saúde. 
 
As emissões ácidas, especialmente os óxidos de enxofre e de azoto, são as 
mais gravosas. Estas emissões surgem da queima de combustíveis fósseis na 
indústria, na geração de energia e nos transportes. 
 
Os compostos orgânicos voláteis (COV’s), especialmente os solventes usados 
na indústria, são um risco para a saúde. 
 
Poluição da 
água 
A água é um recurso vital para todos os organismos vivos e é também um 
habitat natural. 
 
A poluição da água pode ocorrer a partir de fontes pontuais, tais como 
efluentes de indústrias, ou de fontes não pontuais, tais como escorrências de 
pesticidas e de fertilizantes provenientes de terras agrícolas. 
 
A poluição dos lençóis freáticos de água é também um problema grave, 
particularmente quando ocorre contaminação com compostos orgânicos 
complexos. 
 
A poluição dos mares e dos oceanos, principalmente devido a derrames de 
produtos petroquímicos, é também uma preocupação. 
 Continua na página seguinte 
 
 7 
Prioridades ambientais, Continuação 
 
Produtos 
químicos 
tóxicos 
Certos compostos químicos são especialmente persistentes e tóxicos. 
 
Na lista dos cancerígenos temos o arsénico, o cádmio e o chumbo. Os 
pesticidas orgânicos, tais como o DDT, a dieldrina e o lindano também são 
considerados cancerígenos. 
 
Os bifenispoliclorados (PCB’s) são usados em 200 formas diferentes de 
plásticos, isolantes electrónicos e fluidos hidráulicos. Estas formas são tóxicas 
para o ser humano. Uma vez ingeridas, bioacumulam-se nos tecidos do corpo, 
concentrando-se através da cadeia alimentar. 
 
Questões 
nucleares 
O uso de armas nucleares e a produção de energia em centrais nucleares são 
ambos temas controversos. 
 
Foram assinados tratados internacionais para travar a proliferação de armas 
nucleares e banir os testes na atmosfera. 
 
Os reactores nucleares para a produção de electricidade, mesmo quando a 
segurança não é uma questão grave, contribuem para prejudicar o meio 
ambiente, através das descargas de efluentes líquidos de baixo nível de 
radiação e gerando resíduos perigosos, difíceis de serem geridos com 
segurança. 
 
Diminuição dos 
recursos 
naturais 
Os recursos naturais incluem as reserves de combustíveis fósseis, os minerais, 
a água potável, a material biológica e o solo. 
 
Estes recursos naturais estão a diminuir face ao aumento crescente da 
população. Mas o maior problema é a distribuição desses recursos, que estão 
em certas áreas ou disponíveis para uma minoria. 
 
Qualidade de 
vida 
Algumas questões ambientais não constituem uma ameaça directa à 
sobrevivência, mas desempenham um papel importante na qualidade geral de 
vida. O acesso ao campo, o ruído, a poeira, o lixo, o congestionamento de 
trânsito, etc., tudo isso afecta o bem-estar geral da população humana. 
 
 
 8 
Desenvolvimento sustentável 
 
Conceito O conceito de desenvolvimento sustentável mais citado é: 
 
Atender às necessidades da geração actual sem comprometer a habilidade 
das gerações futuras em atender às suas necessidades. 
 
Basicamente o que isto significa é: 
 
 os recursos renováveis têm de ser usados a taxas menores ou iguais às 
taxas a que eles se regeneram naturalmente; 
 os recursos não renováveis devem ser usados tão eficientemente quanto 
possível; 
 sempre que possível, os avanços tecnológicos devem ser feitos para 
preencher a lacuna deixada pela diminuição dos recursos não renováveis; 
 devem ser encontrados recursos renováveis alternativos a não renováveis.
 
Recursos 
naturais 
Os recursos referidos incluem o ar, a água, o solo, as espécies biológicas e 
seus habitats, bem como os minerais e os combustíveis fósseis. 
 
Encontro do 
Rio 
Em 1992, as Nações Unidas realizaram uma conferência sobre o Meio 
Ambiente e o Desenvolvimento, em que se estabeleceu o Desenvolvimento 
Sustentável como um princípio orientativo. 
 
Foi elaborada a Declaração do Rio que contém 27 princípios orientativos com 
os quais os países membros podem tornar as suas políticas mais sustentáveis. 
 
Controlo da 
degradação 
ambiental 
A legislação internacional e nacional continua a ser desenvolvida com o 
intuito de controlar a degradação ambiental. 
 
O poder dos consumidores de escolher os produtos numa base ética e 
ambientalmente positiva também tem aumentado. 
 
 
 9 
Pressões ambientais sobre as organizações 
 
Pressões 
ambientais 
No sentido de orientar para um comportamento mais sustentável, os governos 
e os consumidores tendem a forçar para que se aja de uma forma 
ambientalmente mais responsável, através de incentivos, 
 
 legislação; 
 responsabilidades; 
 medidas fiscais e políticas; 
 preferências do mercado; 
 imagem pública; 
 custos de gestão do resíduo e da poluição. 
 
Legislação A legislação e regulamentação ambiental nacional e comunitária impõem 
regras e limitações aos diversos aspectos ambientais. 
 
Responsabilida-
de 
Quando as organizações são processadas por incidentes ambientais, podem 
estar em causa custos financeiros enormes. 
 
Quando a responsabilidades pode ser rastreada a uma organização específica, 
se a poluição foi gradual, pode ser muito difícil obter cobertura de seguro. 
 
Medidas fiscais 
e políticas 
A criação de entraves fiscais para o uso de recursos de forma não sustentável, 
proporciona um incentivo para as organizações optarem por práticas mais 
sustentáveis. 
 
Exemplos dessas medidas incluem: 
 
 imposto do carbono (ainda não está a ser cobrado); 
 imposto do aterro sanitário; 
 imposto da embalagem. 
 
Preferências do 
mercado 
Muitos consumidores mostram interesse nos efeitos ambientais dos produtos 
que compram. Alguns estão preparados para pagar mais por produtos que 
sejam ambientalmente mais amigáveis. 
 
Imagem 
pública 
A imagem da organização pode ser seriamente afectada por acidentes que 
causem poluição, danos a seres humanos ou seus habitats. 
 
Muitas empresas esforçam-se para apresentar umaimagem ambientalmente 
positiva. 
 Continua na página seguinte 
 
 10 
Pressões ambientais sobre as organizações, Continuação 
 
Custos da 
gestão de 
resíduos 
As estratégias de minimização de emissões e de resíduos têm conduzido a 
reduções de custos impressionantes para muitas empresas. 
 
A redução do resíduo na fonte é a melhor opção, mas a reciclagem e a 
reutilização também se têm tornado comuns. 
 
 
 11 
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
Sumário 
 
Objectivo 
pedagógico 
No final deste capítulo você deverá ser capaz de identificar os princípios e 
modo de implementação de um sistema de gestão ambiental. 
 
Conteúdo do 
capítulo 
Este capítulo está estruturado da seguinte forma: 
Tópico Página 
O que são Sistemas de Gestão Ambiental? 15 
Modelo do Sistema de Gestão Ambiental 16 
Processo de certificação 18 
Integração com um SGQ 19 
EMAS 20 
Rótulo ecológico 21 
 
 
 12 
O que são Sistemas de Gestão Ambiental? 
 
SGA de acordo 
com a ISO 
14000 
É um conjunto de mecanismos simples e eficazes para gerir questões 
ambientais de uma organização. 
 
Estabelece uma estrutura funcional com responsabilidade e recursos definidos 
para o planeamento, práticas e processos de modo a desenvolver, 
implementar, rever e manter uma Política Ambiental. 
 
Objectivo do 
SGA 
Os sistemas de gestão ambiental têm por objectivo a melhoria contínua do 
desempenho ambiental da organização. 
 
Vantagens de 
ter um SGA 
Um sistema de gestão ambiental, baseado na ISO 14000, vai obrigar a 
organização a efectuar uma avaliação rigorosa, em todas as áreas, dos seus 
impactes ambientais. Esta abordagem sistemática conduz a vários benefícios, 
tais como: 
 
 contínua observação dos requisitos legais, reduzindo os riscos de 
coimas e cassação de licenças; 
 melhor controlo dos riscos ambientais e custos associados; 
 redução dos custos na gestão de resíduos; 
 redução dos consumos energéticos e de matérias primas; 
 custos de distribuição mais baixos; 
 imagem positiva da organização. 
 
 
 13 
Modelo do Sistema de Gestão Ambiental 
 
Esquema O SGA baseado na ISO 14000 é um processo cíclico, em que a organização 
revê e avalia periodicamente o sistema, de modo a identificar oportunidades 
de melhoria. 
 
Planeamento
Aspectos ambientais
Requisitos legais e outros
Objectivos e metas
Programas de gestão do ambiente
Implementação e operação
Estrutura e responsabilidade
Formação, sensibilização e competência
Comunicação
Controle de documentos
Controle operacional
Prontidão e resposta a emergências
Acções de verificação e de correcção
Monitorização e medição
Não conformidades e acções correctivas e 
preventivas
Registos
Auditorias do SGA 
Análise do sistema de gestão
Política do Ambiente
Melhoria Contínua
 
 
Política do 
ambiente 
A Política do Ambiente é uma declaração das intenções e princípios relativos 
ao comportamento ambiental da organização. 
 
Apresenta o comprometimento da gestão de topo relativamente à melhoria 
contínua e à prevenção da poluição. 
 
Planeamento No Planeamento deve-se começar por identificar os aspectos ambientais e 
avaliar o impacto de cada um no meio ambiente. 
 
O levantamento dos requisitos legais relativos aos aspectos ambientais, 
permite estabelecer objectivos e metas que se definem num Programa 
Ambiental que define a estratégias de implementação do SGA da 
organização. 
 Continua na página seguinte 
 
 14 
Modelo do Sistema de Gestão Ambiental, Continuação 
 
Implementação 
e operação 
A estrutura, as responsabilidades e autoridades devem estar definidos e 
documentados. Devem ser comunicados a todos os níveis da organização. 
 
A organização deve promover acções de formação para dar a conhecer, a 
todos os colaboradores, a Política Ambiental e o SGA em geral, os impactes 
ambientais das suas actividades e as consequências ambientais do trabalho em 
conformidade com procedimentos específicos. 
 
A organização deve estabelecer e manter procedimentos para a comunicação 
interna e para receber questões e responder às partes interessadas externas. 
 
Compete à organização controlar todos os documentos exigidos na norma e 
todos os outros desenvolvidos no âmbito do SGA. 
 
As operações de rotina que estejam associadas a impactes ambientais 
significativos deverão ser alvo de um controlo eficaz. 
 
A organização deve estabelecer e manter procedimentos de resposta a 
situações de emergência ambiental, que visam minimizar o impacte ambiental 
associado. 
 
Acções de 
verificação e de 
correcção 
A organização deve controlar e medir as características chave que permitam 
fazer o acompanhamento dos seus impactes ambientais. 
 
Deve estabelecer um procedimento documentado de análise de não 
conformidade e implementação de acções correctivas e preventivas. 
 
Todos os registos ambientais devem estar identificados e acessíveis. 
 
Devem ser estabelecidos e mantidos procedimentos e planos de auditorias 
periódicas. 
 
Análise do 
Sistema de 
Gestão 
Cabe à direcção, com uma frequência definida por ela própria, rever e avaliar 
o SGA. A revisão deve prever a possível alteração da Política Ambiental, 
objectivos e procedimentos como resposta a alterações no processo, melhorias 
desenvolvidas ou modificações externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
Proposta e pedido de
registo
Análise da documentação 
do SGQ
OK?
Auditoria
OK?Auditoria de seguimento
CERTIFICAÇÃOOK?
Auditoria de 
acompanhamento (anual)
Renovação
Auditoria de renovação
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Processo de certificação 
 
O que é a 
certificação 
A certificação de um SGA é o acto pelo qual uma terceira parte independente, 
devidamente acreditada para o efeito, reconhece, após uma auditoria, que 
existe conformidade entre esse SGA e o requerido pela norma ISO 14001. 
 
A certificação é voluntária. Existem, no entanto, empresas que exigem a 
certificação ISO 14001 aos seus fornecedores. 
 
As vantagens 
da certificação 
A certificação permite: 
 
 assegurar às partes interessadas que a organização implementou um SGA 
adequado; 
 divulgação, notoriedade e melhoria das imagem; 
 vantagens competitivas. 
 
Processo de 
certificação 
O processo de certificação também é um processo cíclico que implica uma 
melhoria contínua. 
 
 Etapa I: Proposta 
Etapa II: C
oncessão 
Etapa III: M
anutenção 
 
 16 
 
Integração com um Sistema de Gestão da Qualidade 
 
Estrutura dos 
Sistemas é 
semelhante 
O processo de implementação de um SGA é semelhante ao desenvolvido para 
implementar um SGQ segundo a ISO 9000:2000. 
 
Os dois sistemas partilham uma estrutura semelhante e princípios comuns. A 
organização que já trabalhe com a norma de gestão da qualidade, facilmente 
amplia o seu sistema de gestão ao ambiente. 
 
Auditorias 
simultâneas 
Se a organização solicitar, é possível realizar auditorias simultâneas. 
 
Relação com a 
Gestão pela 
Qualidade 
Total 
As novas exigências colocadas às organizações, nomeadamente a 
preocupação a nível ambiental, é um dos factores essenciais para o 
desenvolvimento de sistemas de qualidade total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
EMAS 
 
Regulamento 
de ecogestão e 
auditoria 
O Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria é um sistema em que 
podem participar de forma voluntária as empresas que desenvolvem 
actividades industriais, para avaliar e melhorar de modo continuado os 
impactos ambientais dessas actividades e informar o público sobre o seu 
comportamento e progresso, em termos ambientais. 
 
Adesão ao 
EMAS 
A obtenção de um certificado de SGA, pode constituirum passo prévio à 
adesão ao EMAS. 
 
A organização deverá, complementarmente, elaborar uma declaração 
ambiental e submeter-se aos requisitos de validação por parte de um 
verificador ambiental acreditado. 
 
Neste processo de validação, a certificação será tida em conta, não havendo 
assim duplicação de tarefas (verificador/certificador), o que reduzirá os custos 
de verificação. 
 
As equivalências poderão ser reconhecidas desde que a certificação tenha sido 
feita por um organismo de certificação cuja acreditação seja reconhecida no 
estado membro onde se situa a organização e desde que tenha sido realizada 
de acordo com uma norma de certificação reconhecida pela Comissão 
Europeia. 
 
Esquema de 
adesão ao 
EMAS 
Vias de adesão ao EMAS: 
 
 
 
 
 
 
 18 
Rótulo ecológico 
 
Sistema 
comunitário de 
rótulo ecológico 
O Sistema Comunitário de Atribuição de Rótulo Ecológico é um instrumento 
de gestão ambiental orientado para o produto que tem por objectivo promover 
a concepção, produção, comercialização e utilização de produtos com impacte 
ambiental reduzido durante todo o seu ciclo de vida. 
 
Os consumidores devem ser informados sobre o impacte dos produtos no 
ambiente. 
 
Âmbito de 
aplicação 
O sistema é voluntário e aplicável à generalidade dos produtos, 
independentemente de serem fabricados na Comunidade ou importados de 
países terceiros. 
 
Estão excluídos do seu âmbito de aplicação as bebidas, os produtos 
alimentares, os produtos farmacêuticos e os produtos classificados como 
substâncias ou preparações perigosas. 
 
Identificação do 
produto 
Os produtos que tenha sido atribuído o rótulo ecológico serão identificados 
com o símbolo, 
 
 
 
 19 
A FAMÍLIA DAS NORMAS ISO 14000 
Sumário 
 
Objectivo 
pedagógico 
No final deste capítulo você deverá ser capaz de compreender a estrutura da 
família das normas ISO 14000. 
 
Conteúdo do 
capítulo 
Este capítulo está estruturado da seguinte forma: 
 
Tópico Página 
Origem das normas 23 
Principais normas da série ISO 14000 24 
O futuro das normas 25 
 
 
 20 
Origem das normas 
 
Objectivo 
inicial da ISO 
14000 
A ISO 14000 surgiu do comprometimento da ISO em apoiar o 
“desenvolvimento sustentável”, aprovado na Conferência da União Europeia 
sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em 1992. 
 
Comissão de 
elaboração da 
ISO 14000 
Em 1993, a ISO criou uma nova comissão técnica, a ISO/TC 207 – Gestão do 
Ambiente. Vinte países, 11 organizações internacionais e mais de 100 
especialistas na área, participaram na definição dos requisitos básicos para a 
nova abordagem das normas ambientais. 
 
Hoje em dia, delegações de 55 países participam activamente na TC 207, 
outros 16 países e observadores. 
 
Estas delegações foram escolhidas pelos institutos nacionais normalizadores. 
É sua função levar a TC 207 a consenso nacional sobre os assuntos em 
estudo. O consenso nacional resulta de um processo de consulta às partes 
interessadas 
 
Relação com as 
normas da 
qualidade 
O sucesso anterior da ISO 9000, normas de sistemas de qualidade, deu o mote 
para a criação de sistemas ambientais. 
 
Desde o início, a TC 207 trabalhou em cooperação com a TC 176, gestão da 
qualidade e garantia da qualidade, nas áreas dos sistemas de gestão, auditorias 
e terminologia. 
 
 
 21 
Principais normas da série ISO 14000 
 
Sistemas de 
Gestão 
Ambiental 
SGA – Sistema de Gestão Ambiental 
 
 ISO 14001: 1996 – Especificação com guia para utilização 
Especifica os requisitos para um SGA que pode ser objectivamente 
auditável para auto-declaração ou para certificação. 
 
 ISO 14004: 1996 - Directrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas 
de suporte 
É um guia que ajuda a organização a estabelecer e implementar um SGA. 
 
 
Auditorias 
Ambientais 
Auditorias Ambientais 
 
 ISO 19011 - Guidelines for quality and/or environmental management 
auditing 
Apresenta os princípios gerais e os procedimentos de condução de 
auditorias. É um guia para a qualificação de auditores internos e externos. 
 
Ciclo de vida do 
produto 
CVP – Ciclo de Vida do Produto 
 
 ISO 14040: 1997 – Avaliação do ciclo de vida. Princípios e práticas gerais 
Apresenta os princípios gerais, o enquadramento e a metodologia para o 
ciclo de vida do produto e/ou serviço 
 
 
 22 
O futuro das normas 
 
Processo de 
revisão 
A norma ISO 14001:1996 estará em processo de revisão no decorrer do ano 
de 2004, estando prevista a publicação da nova versão no final do ano de 
2004 ou princípios de 2005. 
 
As regras da ISO exigem que as normas sejam revistas cada 5 anos. 
 
As alterações à norma são essencialmente para: 
 
• Aumentar a compatibilidade entre a ISO 14001 e a ISO 9001:2000; 
• Clarificar os requisitos da norma com base na experiência. 
 
Esta revisão não vai introduzir grandes alterações aos sistemas de gestão 
ambiental ISO 14001. 
 
A norma ISO 14004:1996 também está em processo de revisão. 
 
Fase de 
transição 
A ISO deverá estabelecer um período de transição para que as organizações 
possam converter os seus sistemas. 
 
Para as organizações que estejam a montar o seu sistema é preferível 
desenvolvê-lo com base na nova versão. Se já tiverem o sistema bastante 
avançado então o melhor será certificarem-se com base na versão actual e 
posteriormente efectuar as devidas alterações. 
 
 
 
 23 
ANÁLISE DETALHADA DOS REQUISITOS DA ISO 14001 
Sumário 
 
Objectivo 
pedagógico 
No final deste capítulo você deverá ser capaz de identificar e compreender os 
requisitos da norma ISO 14001. 
 
Conteúdo do 
capítulo 
Este capítulo está estruturado da seguinte forma: 
 
Tópico Página 
A estrutura da norma 28 
4.1 Requisitos gerais 30 
4.2 Política ambiental 31 
4.3 Planeamento 32 
4.4 Implementação e funcionamento 34 
4.5 Verificação e acções correctivas 37 
4.6 Revisão pela direcção 39 
Relação entre a ISO 14001 e a ISO 9000:2000 40 
 
Nota 
explicativa 
As descrições dos requisitos, apresentadas neste capítulo, não são uma 
transcrição da norma. São notas explicativas que vão servir de apoio à 
interpretação da norma. 
 
 
 24 
A estrutura da norma 
 
Estrutura A norma divide-se em 5 capítulos: 
 
 
1. 
2. 
3. 
4. 
 
Introdução 
Campo de aplicação 
Referências normativa 
Definições 
Requisitos do sistema de gestão 
ambiental 
 
Campo de 
aplicação 
A ISO 14001 é uma norma genérica, aplicável a qualquer organização 
independentemente do tamanho, tipo, produto ou serviço. 
 
Aplica-se aos aspectos ambientais que a organização tenha influência e possa 
controlar. A norma não define níveis de desempenho ambiental. Todos os 
requisitos devem ser satisfeitos, o grau de aplicação depende das 
características da organização. 
 
Definições A norma possui um ponto dedicado exclusivamente à definição de termos 
relevantes aos sistemas de gestão ambiental. Destes salientam-se: 
 
Ambiente – envolvente na qual a organização opera incluindo ar, água, o 
solo, os recursos naturais, a flora, a fauna, os seres humanos e suas inter 
relações. 
 
Aspecto ambiental – elemento das actividades, produtos ou serviços de uma 
organização que possa interagir com o ambiente. 
 
Impacte ambiental – qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, 
resultante, total ou parcialmente, das actividades, produtos ou serviços de 
uma organização. 
 
Objectivo ambiental – finalidade ambiental geral, decorrente da política 
ambiental, que uma organização se propõe atingir e que é quantificada, 
sempre que possível. 
 
Política ambiental – declaração da organização relativa às suas intenções e 
princípios relacionados com o seu desempenho ambientalgeral, que 
proporciona um enquadramento para a actuação e para a definição dos seus 
objectivos e metas ambientais. 
 
Desempenho ambiental – resultados mensuráveis do sistema de gestão 
ambiental, relacionados com o controlo de uma organização sobre os seus 
aspectos ambientais, baseados na sua política, objectivos e metas ambientais. 
 Continua na págian seguinte 
 
 25 
A estrutura da norma, Continuação 
 
Requisitos do 
SGA 
O ponto 4 contém os requisitos aos quais a organização deve responder: 
 
4.1 Requisitos gerais 
4.2 Política ambiental 
4.3 Planeamento 
4.4 Implementação e funcionamento 
4.5 Verificação e acções correctivas 
4.6 Revisão pela direcção 
 
 
 26 
4.1 Requisitos gerais 
 
Requisitos 
gerais 
A organização deve estabelecer e manter um sistema de gestão ambiental que 
satisfaz todos os requisitos sem excepção. 
 
O sistema deve basear-se em dois fundamentos: 
 
 melhoria continua do sistema de gestão ambiental; 
 melhoria continua do desempenho ambiental. 
 
 
 27 
4.2 Política ambiental 
 
Política 
ambiental 
A política ambiental estabelece as grandes linhas de orientação, definidas pela 
direcção da organização, para todos os processos do negócio com potencial 
impacte ambiental. 
 
A política ambiental deve: 
 
 estar disponível ao público; 
 ser adequada à organização; 
 comprometer a organização a prevenir a poluição e a estabelecer uma 
melhoria contínua; 
 comprometer a organização a cumprir os requisitos legais relevantes e 
outros requisitos; 
 fornecer um enquadramento para a definição de objectivos e metas 
ambientais; 
 estar documentada, implementada, mantida e ser comunicada a todos os 
colaboradores. 
 
 
 28 
4.3 Planeamento 
 
4.3.1 Aspectos 
ambientais 
4.3.1 Aspectos ambientais 
 
A organização deve desenvolver um processo de identificação dos aspectos 
ambientais associados às actividades, produtos ou serviços e na posterior 
determinação dos impactes ambientais significativos. 
 
O levantamento deverá ser o mais exaustivo possível e sem preocupações em 
hierarquizar os aspectos, mas apenas os identificar. 
 
A organização tem que documentar este procedimento e manter registos 
suficientes para demonstrar a sua aplicação. 
 
4.3.2 Requisitos 
legais e outros 
requisitos 
4.3.2 Requisitos legais e outros requisitos 
 
A organização deve identificar as exigências legais e outras que se aplicam 
aos aspectos ambientais das suas actividades, produtos ou serviços, que tem 
de cumprir. 
 
A organização deve demonstrar o seu conhecimento e ter acesso a esses 
documentos. 
 
A norma exige o estabelecimento de um procedimento que garanta a 
actualização desses requisitos. 
 
4.3.3 Objectivos 
e metas 
4.3.3 Objectivos e metas 
 
A organização deve estabelecer objectivos e metas ambientais corentes com a 
política ambiental definida. Devem ser periodicamente definidos e 
documentados, por exemplo, em conjunto com a revisão do sistema. 
 
Um objectivo é uma intenção ambiental geral que resulta directamente da 
política e se possível é quantificada. 
 
A meta é uma exigência de desempenho pormenorizado, quantificada e 
sempre relativa a um determinado objectivo. 
 
A fixação dos objectivos e metas deve ter em conta: 
 
 as exigências legais e outros; 
 os aspectos e impactes significativos; 
 as opções tecnológicas, as exigências financeiras, operacionais e 
comerciais; 
 a opinião das partes interessadas. 
 Continua na página seguinte 
 
 29 
4.3 Planeamento, Continuação 
 
4.3.4 
Programa(s) de 
gestão 
ambiental 
4.3.4 Programa de gestão ambiental 
 
Consiste na definição de acções, atribuição de responsabilidades, 
disponibilização de recursos financeiros necessários e definição de prazos 
para que se atinjam os objectivos e metas definidos. 
 
O programa deve incluir uma análise ambiental para novas actividades. 
 
Deve ser continuamente acompanhado quanto ao seu grau de concretização, 
devendo ser periodicamente reexaminado e, caso necessário, reajustado. 
 
Tal como os objectivos e metas ambientais, o programa de gestão ambiental 
deve ser aprovado pela direcção de forma a garantir que os meios e recursos 
necessários à sua concretização são previamente assegurados. 
 
 
 30 
4.4 Implementação e funcionamento 
 
4.4.1 Estrutura 
e responsabili-
dade 
4.4.1 Estrutura e responsabilidade 
 
É necessário uma definição clara das responsabilidades e da autoridade para 
as funções que geram, executam, e verificam, e que estejam referenciadas em 
procedimentos ou outros documentos do SGA. 
 
É igualmente essencial definir as qualificações mínimas para os colaboradores 
desempenharem as suas funções sem pôr em causa o desempenho ambiental 
da organização. 
 
A direcção deve designar um representante com responsabilidades e 
autoridade definidos, para a implementação do SGA. Deve ainda 
disponibilizar os recursos necessários para que o mesmo seja implementado e 
mantido. 
 
4.4.2 Formação, 
sensibilização e 
competência 
4.4.2 Formação, sensibilização e competência 
 
Devem ser identificadas as necessidades de formação e competência, em 
relação aos aspectos ambientais significativos. 
 
Os colaboradores devem ser sensibilizados para as questões ambientais, 
relacioná-las com a sua função. 
 
Devem ser mantidos registos das acções de formação e treino 
 
4.4.3 
Comunicação 
4.4.3 Comunicação 
 
A organização deve estabelecer dois tipos de comunicação relativos aos 
aspectos ambientais e ao próprio SGA: a comunicação interna e a externa. 
 
A comunicação interna tem como objectivo facilitar o entendimento e a 
cooperação de todos os colaboradores envolvidos no desempenho ambiental. 
 
A comunicação externa destina-se ao tratamento das exigências das partes 
interessadas externas. Comunicações obrigatórias com os órgãos oficiais e 
tratamento dos pedidos de informação, proveniente das partes interessadas. 
 
A comunicação externa voluntária não é exigida nesta norma, sendo dada 
como opção. 
 
Devem ser mantidos registos/evidência de todas as comunicações. 
 Continua na página seguinte 
 
 31 
4.4 Implementação e funcionamento, Continuação 
 
4.4.4 
Documentação 
do SGA 
4.4.4 Documentação do SGA 
 
A organização deve ter uma estrutura documental que descreva todas as 
funções e actividades que contribuem para o cumprimento dos requisitos da 
norma. 
 
4.4.5 Controlo 
dos documentos 
4.4.5 Controlo dos documentos 
 
Os documentos previstos na estrutura documental, incluindo os impressos, 
devem ser controlados. 
 
A distribuição dos documentos deve garantir que estes estão disponíveis, na 
versão actualizada. A evidência desta distribuição deve ser mantida. 
 
Os documentos obsoletos devem ser recolhidos. 
 
As alterações/modificações devem ser registadas de forma a facilitar o seu 
entendimento e aplicação pelos utilizadores. 
 
4.4.6 Controlo 
operacional 
4.4.6 Controlo operacional 
 
Deve-se documentar os processos necessários para controlar os aspectos 
ambientais significativos. 
 
Deve ser assegurado que estas actividades são efectuadas de acordo cm as 
condições específicas estabelecidas nos procedimentos. 
 
Têm de ser elaborados procedimentos para as actividades onde a sua ausência 
possa afectar negativamente o ambiente ou o resultado esperado. 
 
Sempre que a sua ausência possa afectar a correcta execução do trabalho e 
provocar um agravamento dos impactes ambientais da actividade em causa, a 
manutenção deve ser planeada e as intervenções executadas de acordo com 
instruções escritas. 
 
A organização deve seleccionar os seus fornecedores de bens e serviços com 
base nas suas capacidades (técnicas e organizacionais) para respeitar os 
requisitos da organização,da legislação aplicável e da sociedade. 
 Continua na página seguinte 
 
 32 
4.4 Implementação e funcionamento, Continuação 
 
4.4.7 Prevenção 
e capacidade de 
resposta e 
emergência 
4.4.7 Prevenção e capacidade de resposta e emergência 
 
Devem ser identificados os riscos e as potenciais situações de emergência 
associadas às actividades da organização. Esta identificação é feita na fase do 
levantamento e avaliação de aspectos e impactes ambientais. 
 
A organização deve preparar as respostas a dar para prevenir as causas e as 
situações de risco e actuar caso os acidentes e situações de emergência 
ocorram, minimizando os seus efeitos no ambiente. 
 
Esta análise deve incluir a um(uns) planos(s) de resposta à emergência. 
 
Para a eficácia dos planos devem ser desenvolvidas acções de formação e 
treino do pessoal envolvido, nomeadamente exercícios de simulação. 
 
 
 33 
4.5 Verificação e acções correctivas 
 
4.5.1 
Monitorização 
e medição 
4.5.1 Monitorização e medição 
 
A organização deve estabelecer um procedimento para a monitorização e 
medição das principais características das diferentes operações e actividades 
que poderão ter impacte significativo sobre o ambiente. 
 
Permite a verificação da conformidade com os objectivos e metas 
estabelecidos e com a regulamentação legal aplicável. 
 
Os registos gerados devem evidenciar que as medições ou monitorizações 
previstas foram efectuadas e os resultados pretendidos alcançados. 
 
O equipamento utilizado deve ser sujeito a manutenção e calibração. 
 
4.5.2 Não 
conformidade, 
acções 
correctiva e 
preventiva 
4.5.2 Não conformidade, acções correctiva e preventiva 
 
As não conformidades reais e potenciais devem ser identificadas e eliminadas 
através do estabelecimento de acções correctivas e preventivas, 
respectivamente. 
 
Consideram-se como acções correctivas as tomadas para eliminar as causas, 
evitando que estas reocorram. 
 
As acções correctivas não podem ser confundidas com correcções de uma não 
conformidade específica. 
 
Consideram-se acções preventivas as tomadas para eliminar causas 
potenciais, evitando a ocorrência de potenciais não conformidades. 
 
Para determinar as acções correctivas e preventivas deve-se ter em 
consideração as consequências da ocorrência, tendo como objectivo eliminar 
ou reduzir o risco para valores aceitáveis. 
 
Deve ser efectuado o registo das alterações aos procedimentos que advêm da 
implementação das acções correctivas e preventivas. 
 
4.5.3 Registos 4.5.3 Registos 
 
Deve ser estabelecido um procedimento que estabelece o modo de 
identificação, conservação e eliminação de registos. 
 Continua na página seguinte 
 
 34 
4.5 Verificação e acções correctivas, Continuação 
 
4.5.4 Auditoria 
do SGA 
4.5.4 Auditoria do SGA 
 
Deve ser elaborado um procedimento de realização de auditorias que define o 
método a usar, a qualificação dos auditores e como é estabelecido o plano de 
auditorias. 
 
As auditorias podem abranger a totalidade do SGA ou apenas parte. Tem 
como objectivo verificar se o sistema é o adequado para a organização e se 
estão a ser cumpridos: 
 
 os requisitos da norma; 
 as exigências legais; 
 os compromissos assumidos; 
 procedimentos estabelecidos. 
 
Os resultados das auditorias devem ser dados a conhecer às áreas auditadas e 
à direcção. Constituem informação relevante para a revisão do SGA. 
 
 
 35 
4.6 Revisão pela direcção 
 
Revisão pela 
direcção 
A fim de manter a melhoria contínua, a adequação e a eficácia do SGA, a 
direcção da organização deve rever e avaliar o sistema com uma 
periodicidade definida. 
 
A revisão deve basear-se num conjunto de informação. Exemplos, 
 
 resultados de auditorias; 
 análises de acções correctivas e preventivas; 
 reclamações; 
 actividades de monitorização e medida. 
 
Deve ser evidenciado, através de registos apropriados, as informações 
analisadas, as conclusões sobre o SGA e as acções desencadeadas. 
 
 
 36 
Relação entre a ISO 14001 e a ISO 9000:2000 
 
Correspondência entre a ISO 14001 e a ISO 9000: 
 
ISO 14001:1996 ISO 9001:2000 
Introdução - 0 Introdução 
Campo de aplicação 1 1 Campo de aplicação 
Comparação 
entre ISO 
14001 e ISO 
9000 
Referências normativas 2 2 Referência normativa 
 Definições 3 3 Termos e definições 
 Requisitos do sistema de gestão 
ambiental 
4 4 Sistema de gestão da qualidade 
 Requisitos gerais 4.1 4.1 
5.5 
 
5.5.1 
Requisitos gerais 
Responsabilidade, autoridade e 
comunicação 
Responsabilidade e autoridade 
 Política ambiental 4.2 5.1 
5.3 
8.5 
Comprometimento da gestão 
Política da qualidade 
Melhoria 
 Planeamento 4.3 5.4 Planeamento 
 Aspectos ambientais 4.3.1 5.2 
7.2.1 
 
7.2.2 
Focalização no cliente 
Determinação dos requisitos 
relacionados com o produto 
Revisão dos requisitos relacionados 
com o produto 
 Requisitos legais e outros 4.3.2 5.2 
7.2.1 
Focalização no cliente 
Determinação dos requisitos 
relacionados com o produto 
 Objectivos e metas 4.3.3 5.4.1 Objectivos da qualidade 
 Programa(s) de gestão ambiental 4.3.4 5.4.2 
 
8.5.1 
Planeamento do sistema de gestão da 
qualidade 
Melhoria contínua 
 Implementação e funcionamento 4.4 7 
7.1 
Realização do produto 
Planeamento da realização do 
produto 
 Estrutura e responsabilidade 4.4.1 5 
5.1 
5.5.1 
5.5.2 
6 
6.1 
6.2 
6.2.1 
6.3 
6.4 
Responsabilidade da gestão 
Comprometimento da gestão 
Responsabilidade e autoridade 
Representante da gestão 
Gestão de recursos 
Provisão de recursos 
Recursos humanos 
Generalidades 
Infraestruturas 
Ambiente de trabalho 
 Formação, sensibilização e 
competência 
4.4.2 6.2.2 Competência, consciencialização e 
formação 
 Comunicação 4.4.3 5.5.3 
7.2.3 
Comunicação interna 
Comunicação com o cliente 
 Documentação do sistema de gestão 
ambiental 
4.4.4 4.2 
4.2.1 
4.2.2 
Requisitos da documentação 
Generalidades 
Manual da qualidade 
 Controlo de documentos 4.4.5 4.2.3 Controlo dos documentos 
 Continua na página seguinte 
 
 37 
Relação entre a ISO 14001 e a ISO 9000:2000, Continuação 
 
Correspondência entre a ISO 14001 e a ISO 9000 (continuação): 
 
ISO 14001:1996 ISO 9001:2000 
Comparação 
entre ISO 
14001 e ISO 
9000 
(continuação) 
Controlo operacional 4.4.6 7 
7.1 
 
7.2 
 
7.2.1 
 
7.2.2 
 
7.3 
7.4 
7.5 
Realização do produto 
Planeamento da realização do 
produto 
Processos relacionados com o 
cliente 
Determinação dos requisitos 
relacionados com o produto 
Revisão dos requisitos relacionados 
com o produto 
Concepção de desenvolvimento 
Compras 
Produção e fornecimento 
 Prevenção e capacidade de resposta 
a emergências 
4.4.7 8.3 Controlo do produto não conforme 
 Verificação e acções correctivas 4.5 8 Medição, análise e melhoria 
 Monitorização e medição 4.5.1 7.6 
 
8.1 
8.2 
8.2.1 
8.2.3 
 
8.2.4 
8.4 
Controlo dos dispositivos de 
monitorização e de medição 
Generalidades 
Monitorização e medição 
Satisfação do cliente 
Monitorização e medição dos 
processos 
Monitorização e medição do produto 
Análise de dados 
 Não conformidades, acções 
correctivas e preventivas 
4.5.2 8.3 
8.5.2 
8.5.3 
Controlo do produto não conforme 
Acções correctivas 
Acções preventivas 
 Registos 4.5.3 4.2.4 Controlo dos registos 
 Auditoria do sistema de gestão 
ambiental 
4.5.4 8.2.2 Auditoria interna 
 Revisão pela direcção 4.6 5.6 Revisão pela gestão 
 
 
 38 
LEVANTAMENTO AMBIENTAL INICIAL 
Sumário 
 
Objectivo 
pedagógico 
No final deste capítulo você deverá conhecer os pontos fundamentais de um 
dos pré-requisitos fundamentais da construção do SGA, de acordo com a ISO 
14001.Conteúdo do 
capítulo 
Este capítulo está estruturado da seguinte forma: 
 
Tópico Página 
Introdução 44 
Levantamento dos aspectos ambientais 45 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos 
aspectos ambientais 
48 
Identificação e acesso a requisitos legais e outros 52 
Sistemas de gestão existentes 54 
 
 
 39 
Introdução 
 
O levantamento 
ambiental 
inicial 
Este é um pré-requisito essencial para o desenvolvimento da política 
ambiental da organização e, portanto, de todo o sistema de gestão ambiental. 
 
O levantamento ambiental inicial proporciona uma fotografia dos efeitos da 
organização sobre o meio ambiente e dos sistemas de gestão existentes. 
 
Os resultados podem ser utilizados para estabelecer uma linha base de 
desempenho, a partir da qual se pode medir a melhoria contínua. 
 
 
 40 
Levantamento dos aspectos ambientais 
 
Introdução Apresentam-se, de seguida, orientações para a identificação dos aspectos 
ambientais significativos relacionados com actividades, produtos e serviços 
sobre os quais a organização tem controlo ou influência. 
 
Aspectos e 
impactes 
ambientais 
Os aspectos ambientais do funcionamento da organização resultam em 
impactos ambientais. Se um aspecto ambiental tiver como consequência um 
impacte ambiental significativo, esse aspecto deve ser considerado 
significativo e integrado no SGA. 
 
Exemplos de 
aspectos 
ambientais 
Como exemplos de aspectos ambientais podemos referir: 
 
 descargas de águas residuais; 
 emissões gasosas; 
 utilização de reagentes químicos; 
 utilização de recursos naturais; 
 produção de resíduos; 
 utilização de energia; 
 deposição de resíduos; 
 derrames. 
 
Exemplos de 
impactes 
ambientais 
Como exemplos de impactes ambientais podemos referir: 
 
 consumo de recursos naturais não renováveis; 
 qualidade do ar; 
 contaminação dos solos; 
 produção de resíduos; 
 consumo de energia; 
 incomodidade na comunidade envolvente; 
 saúde humana. 
 
Fases do 
levantamento 
dos aspectos 
ambientais 
O processo de identificação dos aspectos ambientais significativos decorre do 
seguinte modo: 
 
Fase 1: Identificação de todos os aspectos ambientais; 
Fase 2: Definição dos critérios de significância pela organização; 
Fase 3: Identificação dos aspectos significativos com base nos critérios 
de significância definidos na fase 2. 
Continua na página seguinte 
 
 41 
Levantamento dos aspectos ambientais, Continuação 
 
Identificação de 
aspectos 
ambientais 
significativos 
No levantamento ambiental inicial e nas avaliações subsequentes, é 
fundamental que a organização analise os aspectos ambientais das suas 
actividades, produtos e serviços de forma aberta, isenta e exaustiva. 
 
O levantamento deve ter em consideração: 
 
 as características do local de instalação da organização; 
 os fluxos de entrada: consumo de água, energia, produtos intermédios e 
matérias primas; 
 a planificação dos produtos e processos e a influência dos seus eventuais 
impactes sobre o ambiente; 
 a poluição e os danos causados pelas actividades em situação normal de 
funcionamento, em paragens e arranques e em situação de emergência 
razoavelmente previsíveis; 
 as actividades passadas, presentes e planeadas. 
 
O importante não é classificar o aspecto mas garantir a identificação de todos 
os aspectos, de modo a que possam ser integrados no sistema de gestão. 
 
Fontes de 
informação 
A identificação dos aspectos ambientais pode ser efectuada a partir de: 
 
 dados históricos acumulados pela organização, decorrentes da sua 
actividade e de monitorizações ambientais efectuadas; 
 medições, análises e inspecções efectuadas para o efeitos; 
 análise dos fluxos dos materiais; 
 dados fiáveis disponíveis noutras organizações; 
 informações obtidas aos trabalhadores e partes interessadas; 
 documentação, por exemplo, fichas de segurança, licenças; 
 legislação. 
 Continua na página seguinte 
 
 42 
Levantamento dos aspectos ambientais, Continuação 
 
Critérios de 
significância 
Os aspectos ambientais significativos devem ser integrados no SGA e no 
processo de controlo. 
 
Os identificados como não significativos devem também ficar registados de 
modo a serem ponderados nas reavaliações. 
 
Para avaliar da importância dos aspectos ambientais a organização deve 
definir os seus próprios critérios. 
 
Deve ter em conta os seguintes pontos: 
 
 potencial para ter efeito ambientalmente negativo; 
 fragilidade do ambiente local, regional ou global; 
 dimensão, número, frequência e reversibilidade do aspecto ou impacte; 
 existência de legislação ambiental pertinente e seus requisitos; 
 importância para as partes interessadas e para os colaboradores da 
organização. 
 
 
 43 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos 
aspectos ambientais 
 
O exemplo de 
matriz 
apresentado 
A norma não impõe qualquer critério de avaliação. 
 
A matriz de avaliação de aspectos e impactes ambientais apresentado de 
seguida é apenas um exemplo. 
 
Cada organização deve estabelecer o seu modelo de avaliação. 
 
Nesta matriz são considerados os seguintes campos: 
 
 Aspecto ambiental; 
 Impacte ambiental; 
 Avaliação e 
 Significância. 
 
Campo 
“Aspecto 
ambiental” 
No campo “Aspecto ambiental” descreve-se o aspecto ambiental identificado 
no processo de análise. 
 
Campo 
“Impacte 
ambiental” 
No campo “Impacte ambiental” descreve-se o impacte associado ao aspecto. 
São estes impactes que são avaliados. 
 
Campo 
“Avaliação” 
O campo “Avaliação” é dividido nos seguintes itens: 
 
 Incidência; 
 Abrangência; 
 Probabilidade; 
 Condições de Operação; 
 Temporalidade. 
 
Avaliação da 
incidência 
 INCIDÊNCIA (I) – o aspecto ambiental deve ser avaliado como: 
 Directo (D) – aquele sobre o qual a organização exerce ou pode 
exercer controlo efectivo, originando um impacte ambiental directo; 
 Indirecto (In) – aquele sobre o qual a organização pode apenas 
exercer influência, originando um impacte ambiental indirecto. 
 Continua na página seguinte 
 
 44 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos 
aspectos ambientais, Continuação 
 
Avaliação da 
abrangência 
 ABRANGÊNCIA (A) – o impacte ambiental deve ser avaliado como: 
 Local (L) – aquele cujos efeitos do aspecto ambiental se fazem sentir 
apenas no próprio sítio e imediações onde se deu a acção; 
 Regional (R) - aquele cujos efeitos do aspecto ambiental se propagam 
por uma área além das imediações do sítio onde se deu a acção; 
 Global (G) - aquele cujos efeitos do aspecto ambiental atingem um 
componente ambiental de importância colectiva, nacional ou até 
mesmo internacional. 
 
Avaliação da 
probabilidade 
 PROBABILIDADE (Pr) – os impactes ambientais associados a situações de 
risco devem ser avaliadas segundo a probabilidade de ocorrência: 
 Alta (3 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência é elevada 
(no mínimo 1 caso em 1 ou 2 anos, por exemplo); 
 Média (2 pontos) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja 
razoável (no mínimo 1 caso em 3 ou 4 anos, por exemplo); 
 Baixa (1 ponto) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja nula ou 
muito remota (no mínimo 1 caso em 5 anos ou mais, por exemplo). 
Para os impactes ambientais reais, este parâmetro deve estar associado à 
frequência de ocorrência do mesmo: 
 Alta (3 pontos) – a ocorrência do impacte é constante, uma vez 
iniciada a actividade; 
 Média (2 pontos) – a ocorrência do impacte é intermitente, uma vez 
iniciada a actividade; 
 Baixa (1 ponto) – a ocorrência do impacte é esporádica, uma vez 
iniciada a actividade. 
 
Avaliação da 
severidade 
 SEVERIDADE (Sr) – os impactes ambientaisdevem ser avaliadas segundo a 
sua criticidade: 
 Severo (3 pontos) – aquele que cause danos irreversíveis, críticos ou 
de difícil reversão e/ou ponha em perigo a vida de seres humanos 
externos à organização; 
 Leve (2 pontos) – aquele que cause danos reversíveis ou contornáveis 
e/ou ameace a saúde de seres humanos externos à organização; 
 Sem dano (1 ponto) – aquele que cause danos mínimos ou 
imperceptíveis. 
Continua na página seguinte 
 
 45 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos 
aspectos ambientais, Continuação 
 
Avaliação da 
escala 
 ESCALA (Es) – os impactes ambientais devem ser avaliadas segundo a sua 
escala: 
 Ampla (3 pontos) – se o prejuízo alastra-se para fronteiras amplas e 
desconhecidas; 
 Limitada (2 pontos) – se o prejuízo alastra-se para áreas fora dos 
limites da organização, porém limita-se à região de vizinhança; 
 Isolada (1 ponto) – se o prejuízo restringe-se a uma área específica 
dentro da organização. 
 
Avaliação da 
detecção 
 DETECÇÃO (De) – os impactes ambientais potenciais e reais devem ser 
avaliadas segundo a seu grau de detecção: 
 Difícil (3 pontos) – é improvável que o impacte seja detectado através 
de monitorização disponível; 
 Moderado (2 pontos) – é provável que o impacte seja detectado 
através de monitorização disponível e dentro de um período razoável 
de tempo; 
 Fácil (1 ponto) – o impacte é detectado através de monitorização 
disponível. 
 
Avaliação das 
condições de 
operação 
 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO (CO) – podem ser avaliadas da seguinte forma: 
 Normal (N) – condições esperadas de produção, qualidade e 
segurança; 
 Anormal (An) – condições de falha incompleta, produção baixa ou 
alta, consumos, perdas ou poluição além dos níveis aceitáveis; 
 Risco (R) – situação que apresenta um ou mais impactes ambientais 
potenciais que podem se manifestar, com uma certa probabilidade, 
através de um incidente ou acidente ambiental. 
 
Avaliação da 
temporalidade 
 TEMPORALIDADE (T) – o impacte pode ser avaliado como: 
 Passado (P) – resultante de actividades, produtos e/ou serviços 
desenvolvidos no passado que ainda geram impactes ambientais 
(passivo ambiental); 
 Presente (Pr) – resultante de actividades, produtos e/ou serviços 
desenvolvidos no presente; 
 Futuro (F) - resultante de actividades, produtos e/ou serviços que 
estão em fase de implantação ou podem ter impacte no futuro. 
 Continua na página seguinte 
 
 46 
Exemplo de matriz de avaliação da significância dos 
aspectos ambientais, Continuação 
 
Campo 
“Significância” 
O campo “Significância é compostos pelos parâmetros: 
 
 RESULTADO (Re) – é determinado pela multiplicação dos factores da 
avaliação. 
 
 LEGISLAÇÃO – onde se indica se o impacte analisado é referido nalguma 
legislação: 
 Sim – o impacte fica considerado significativo. 
 
A significância é classificada conforme a tabela seguinte: 
 
Legislação Pontuação obtida Significância Acção a ser tomada 
De 1 a 6 
pontos Desprezível 
“Manter rotina” (se for 
real) ou 
“Plano de emergência” 
(se for potencial) 
De 6 a 16 
pontos Significante 
“Controlo 
operacional” (se for 
real) ou 
“Plano de emergência” 
(se for potencial) 
Caso exista 
legislação 
aplicável, deve-se 
toma a significância 
como sendo, no 
mínimo, 
“significante”. 
 
Caso exista 
legislação aplicável 
e o aspecto não está 
contemplado no 
sistema, deve-se 
toma a significância 
como sendo 
“importante”. 
Mais de 16 
pontos Importante 
“Controlo 
operacional” e “Plano 
de acção” (se for real) 
ou 
“Plano de emergência” 
(se for potencial) 
 
Avaliação Significância Aspecto ambiental Impacte ambiental 
I A Pr Sr Es ES Re Legisl. Signif.
Produção de resíduos 
Alteração das 
características físico-
químicas da água e 
do solo 
D R 3 3 3 1 27 SIM Imp. 
Ruído, vibração Risco de lesões auditivas D L 2 2 2 1 8 SIM Sig. 
Exemplo 
hipotético de 
uma matriz 
Consumo de água 
Esgotamento de 
recurso natural não 
renovável 
D R 2 3 3 1 18 NÃO Sig. 
 
 
 47 
Identificação e acesso a requisitos legais e outros 
 
O que a norma 
diz 
A ISO 14001 requer que a organização identifique toda a legislação e 
regulamentação relevante, aplicável às suas actividades, produtos e serviços e 
quaisquer outros requisitos, tais como códigos de prática, que a organização 
tenha subscrito. 
 
Requisitos 
legais 
Os requisitos legais são obrigações legais aplicáveis às actividades, produtos 
ou serviços da organização. Por exemplo: 
 
 diplomas legais publicados no Diário da República; 
 diplomas legais publicados no Jornal da Comunidade (directivas, 
regulamentos e decisões comunitárias); 
 licenças específicas. 
 
Outros 
requisitos 
Compromissos assumidos pela organização perante partes interessadas 
aplicáveis suas actividades, produtos ou serviços, são considerados outros 
requisitos a serem integrados no sistema. Por exemplo: 
 
 acordos com entidades oficiais; 
 directrizes de associações industriais ou outras, aplicáveis às suas 
actividades, produtos ou serviços; 
 manuais específicos da actividade industrial da empresa. 
 
Levantamento 
inicial 
No levantamento inicial a compilação das informações requeridas poderá ser 
realizada por um consultor, perito legal. 
 
Contudo, a empresa deve ser capaz de demonstrar que entende plenamente 
todas as suas obrigações legais e que está em plena conformidade com as 
mesmas. 
 
Legislação 
aplicável 
Deverá ser identificada a legislação aplicável nos seguintes pontos: 
 
 legislação de âmbito geral; 
 água; 
 resíduos; 
 ruído; 
 efluentes gasosos; 
 substâncias perigosas. 
 Continua na página seguinte 
 
 48 
Identificação e acesso a requisitos legais e outros, Continuação 
 
Fontes de 
consulta de 
legislação 
As diversas Convenções e Protocolos Internacionais relativas a diversas 
temáticas ambientais são apresentadas pelo Gabinete de Relações 
Internacionais (GRI) do MCOTA. A consulta da listagem destes diplomas 
pode ser efectuada no site do GRI (http://www.gri.mcota.gov.pt/), mais 
precisamente na área relativa a Convenções Internacionais. 
 
As Directivas Comunitárias são os principais diplomas legais que têm que 
ser adaptados ao direito dos estados membros. Pode ser realizada uma 
pesquisa às directivas comunitárias existentes no site EURO-LEX 
(http://www.europa.eu.int/eur-lex/pt/index.html). 
 
A Legislação Nacional pode ser consultada no Sistema de Informação 
Documental sobre Direito do Ambiente (SIDDAMB). Trata-se de um sistema 
integrado de informação documental de legislação (nacional, comunitária, 
internacional e estrangeira), de jurisprudência e de doutrina em matéria de 
Ambiente. 
 
Actualização 
dos requisitos 
legais e outros 
A organização deve estabelecer um procedimento que estabeleça as 
orientações e responsabilidades quanto à identificação e actualização dos 
requisitos legais e outros. 
 
 
 49 
Sistemas de gestão existentes 
 
Auditoria aos 
sistemas de 
gestão 
existentes 
O levantamento ambiental inicial deve incluir uma avaliação de qualquer 
sistema de gestão existente (por exemplo, qualidade, segurança e saúde), face 
ao SGA. 
 
Esta avaliação deverá ser utilizada para: 
 
 sistematizar as responsabilidades organizacionais actuais; 
 identificar áreas com falhas de determinados conhecimentos e 
competências; 
 levantamento de necessidades de formação; 
 analisar a documentação existente, identificando: 
 a documentação que poderá ser integrada; 
 a documentação que deverá ser elaborada.

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