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resumo de direito processual penal

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Resumo de Direito Processual Penal para o Concurso 
de Escrevente do TJ/SP 
 
 
1. DO JUIZ 
 
ATIVIDADES DO JUIZ 
- prover a regularidade do processo 
- manter a ordem no curso dos autos 
 
IMPEDIMENTOS DO JUIZ 
- se no processo já atuou cônjuge ou parente até TERCEIRO GRAU, como 
defensor, promotor, delegado, perito ou escrivão. 
- se ele próprio já atuou no processo numa dessas funções ou se foi testemunha no 
inquérito ou no processo. 
- se atuou em outra instância, pronunciando-se sobre a questão objeto do processo. 
- se tiver interesse no processo, ou há por parte de parente seu interesse. 
 
JUÍZOS COLETIVOS – não podem atuar no mesmo processo os que forem 
parentes até TERCEIRO GRAU. 
 
SUSPEIÇÕES DO JUIZ 
- se for amigo íntimo ou inimigo capital da(s) parte(s). 
- se ele ou seu cônjuge estiver respondendo a processo por fato semelhante, sendo 
suspeita a culpa. 
- se ele, cônjuge ou parente até o TERCEIRO GRAU, responder a processo julgado 
por qq. das partes 
- se tiver aconselhado qq. das partes 
- se for credor ou devedor de qq. das partes 
- se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo 
 
IMPEDIMENTO POR PARENTESCO – não funcionará como juiz o sogro, padrasto, 
cunhado, genro ou enteado de quem for parte no processo. 
 
 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO MP 
- promover a ação penal pública 
- fiscalizar a execução da lei 
 
IMPEDIMENTOS DO MP 
- não funcionará em processo em que o juiz ou qq. parte for seu cônjuge ou parente 
até o TERCEIRO GRAU. 
 
SUSPEIÇÃO DE PARCIALIDADE – pode ser contra: 
- juiz - perito - serventuário - MP - intérprete 
 
 
 
1. DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES 
 
DAS CITAÇÕES 
 
POR MANDADO = dentro da jurisdição 
OBS: A citação só é realizada uma vez. No caso de adiamento da audiência, o réu 
será notificado. 
 
MAIORIDADE PENAL – todos os acusados a partir dos dezoito anos podem ser 
citados. 
 
CITAÇÃO POR PRECATÓRIA = fora da circunscrição 
 
CITAÇÃO POR CARTA ROGATÓRIA = em legação estrangeira 
 
CITAÇÃO POR EDITAL = acusado não localizado ou oculto 
 
REQUISITOS DO MANDADO DE CITAÇÃO 
- nome do juiz, querelante e réu (nome e residência) 
- o fim da citação 
- juízo, lugar, dia e hora 
- subscrição do escrivão e rubrica do Juiz. 
 
CARTA DE ORDEM = expedida para Tribunal superior. 
 
REQUISITOS DA PRECATÓRIA 
- juízes (deprecado e deprecante), sede de um e de outro 
- o fim da citação 
- juízo, lugar, dia e hora. 
 
OBS: Se após o envio da precatória, o réu ainda se ocultar, será citado com hora 
certa. 
 
PRECATÓRIA URGENTE = poderá ser expedida por via telegráfica. 
 
CITAÇÃO REAL = por mandado CITAÇÃO FÍCTA = por edital 
 
CITAÇÃO POR MANDADO 
- leitura 
- entrega da contra-fé (cópia) 
- certidão no mandado 
OBS: A não execução de um desses itens pode acarretar a NULIDADE da citação. 
 
 
CITAÇÃO DO MILITAR – pelo chefe de serviço (requisição em ofício expedido pelo 
Juiz). Poderá ser feita por EDITAL, se o mesmo TOMAR RUMO IGNORADO. 
 
CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO – a ele e ao chefe da repartição. 
 
CITAÇÃO DO JUIZ – através do presidente do Tribunal. 
 
CITAÇÃO DO M.P. – através do Procurador-Geral.. 
 
CITAÇÃO POR EDITAL (prazos): 
a) RÉU NÃO ENCONTRADO = prazo de 15 dias 
b) MOTIVO DE FORÇA MAIOR = 15 a 90 dias 
c) RÉU INCERTO = 30 dias 
CITAÇÃO COM HORA CERTA – prazo de 5 dias. 
NÃO COMPARECIMENTO DO RÉU CITADO POR EDITAL 
a) ficarão suspensos o processo e a prescrição 
b) o juiz poderá determinar: 
- antecipação de provas urgentes 
- prisão preventiva 
 
NÃO COMPARECIMENTO DO RÉU A QQ. ATO DO PROCESSO 
- será considerado revel, ainda que constitua advogado 
 
SUSPENSÃO DA REVELIA – ocorrerá se o réu comparecer espontaneamente em 
juízo, após a decretação. 
 
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS – na presença do M.P. e do advogado. 
 
NÃO DECRETAÇÃO DA REVELIA – qdo. o réu se ausentar da residência por + de 
8 dias s/ comunicar a autoridade (mudança na lei). 
 
 
DAS INTIMAÇÕES 
 
INTIMAÇÃO POR PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL – para o advogado dativo, 
advogado do acusador e assistente. 
 
INTIMAÇÃO PESSOAL (realizada pelo escrivão) – para o M.P. e advogado 
nomeado, testemunhas e peritos. 
 
INTIMAÇÃO POR DESPACHO NA PETIÇÃO – para testemunha não arrolada nos 
autos. 
 
 
3. Da Instrução Criminal 
 
JULGAMENTO DO RÉU - Processo comum ou especial. 
 
PROCESSO COMUM 
 
ORDINÁRIO = pena privativa de liberdade superior a 4 anos 
SUMÁRIO = pena privativa de liberdade inferior a 4 anos 
SUMARÍSSIMO = infrações penais de menor potencial ofensivo 
 
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU QUEIXA 
- quando for manifestamente inepta (absurda) 
- quando faltar condição para o exercício da ação penal 
- quando faltar justa causa para o exercício da ação penal 
 
Lei 11.689/2008 - alterou dispositivos do CPP relativos ao Tribunal do Júri, que julga 
os crimes dolosos (homicídio, induzimento ou auxílio ao suicídio, infanticídio e 
aborto) 
 
MUDANÇAS: 
 
 
1. recebida a denúncia, o juiz terá o prazo de 10 dias para ordenar a citação do 
acusado 
2. Audiência de Instrução: serão ouvidos o ofendido, testemunhas (acusação e 
defesa), peritos. Após isso, será realizado o interrogatório. 
3. concluídos os debates, o juiz criminal proferirá decisão, imediatamente, ou no 
prazo de 10 dias. 
4. A fase preliminar deverá ser concluída em 90 dias. 
5. Aumentou para 25 jurados sorteados para a reunião periódica ou 
extraordinária, dos quais 15 deverão comparecer ao sorteio dos 7 que 
constituirão o Conselho de Sentença. 
6. Idade mínima para ser jurado foi reduzida para 18 anos. 
7. O julgamento não será adiado caso o réu solto não compareça à sessão do 
júri. 
8. Tempo para a acusação e defesa foi redistribuído em 1 hora e meia para 
cada e 1 hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. 
9. Foram simplificados os quesitos a serem respondidos pelos jurados quando 
da deliberação do Conselho de Sentença 
10. Não cabe mais recurso contra a decisão de impronúncia e daquela que 
absolver o réu. 
11. Foi extinto o recurso de Protesto por Novo Júri. 
 
PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO 
 
 recebimento da denúncia 
 citação do acusado para responder por escrito em 10 dias 
 RESPOSTA DO ACUSADO: poderá oferecer doctos, especificar provas e 
arrolar testemunhas 
 NÃO RESPOSTA DO ACUSADO: o juiz nomeará defensor, concedendo vista 
dos autos por 10 dias 
 TESTEMUNHAS: oito de acusação e oito de defesa 
 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: intimação do acusado, 
defensor, M.P., querelante e assistente. A audiência deverá realizar-se em 
até 60 dias. 
 REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS: poderá ser solicitado pelo M.P., querelante, 
assitente e acusado 
 ALEGAÇÕES FINAIS: serão na forma oral, por 20min pela acusação e 
defesa, prorrogáveis por mais 10min 
 APRESENTAÇÃO DE MEMORIAIS: poderá ser requerido às partes, no prazo 
de 5 dias, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados 
Pronúncia - despacho de um juiz, declarando que alguém é indiciado como autor 
ou cúmplice de um crime. 
 
Impronúncia - sentença que absolve o réu de ser julgado pelo Tribunal do Júri, 
suspendendo o processo até a prescrição. 
 
ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO - nos casos de: 
 provada a inexistência do fato 
 provado não ser ele o autor 
 o fato não constituir infração penal 
 demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão de crime 
Obs: Contra a sentença de impronúncia ou absolvição sumária cabe Apelação. 
 
INDÍCIOS DE AUTORIA DE TERCEIROS - o juiz determinará o retorno dos autos 
ao MP por 15 dias. 
 
INTIMAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA - será feita: 
 pessoalmente ao acusado, defensor e M.P. 
 ao defensor constituído, querelante e assistente do MP por publicação no 
DiárioOficial 
 por edital ao acusado não encontrado 
 
PREPARAÇÃO DO PROCESSO PARA 
JULGAMENTO EM PLENÁRIO 
 
 
RECEBIMENTO DOS AUTOS - o presidente do Tribunal do Júri determinará a 
intimação do MP ou querelante e do defensor, para apresentarem testemunhas, no 
prazo de 5 dias. 
 
TESTEMUNHAS = 5 de acusação e 5 de defesa. 
 
PUBLICAÇÃO DA LISTA GERAL DE JURADOS - ocorrerá até o dia 10 de Outubro 
de cada ano, divulgada em editais afixados no Tribunal. 
 
IMPEDIMENTO DO JURADO - aquele que tiver integrado o Conselho de Sentença 
nos 12 meses que antecederem a publicação da lista geral. 
 
Desaforamento - transferência de julgamento para outra comarca da mesma 
região, se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a 
imparcialidade do júri ou segurança pessoal do acusado. Poderá ser ainda 
determinado por excesso de serviço. 
 
REQUISITOS DO JURADO 
 ser maior de 18 anos 
 possuir notória idoneidade 
 ser cidadão (estar no gozo dos direitos políticos) 
ISENTOS DE ATUAR NO JÚRI: 
1. Pres. República e Ministros de Estado 
2. Governadores e seus secretários 
3. Congresso Nacional, Assembléia Legislativa e Câmaras Distritais e 
Municipais 
4. Prefeitos 
5. Magistrados e promotores públicos 
6. servidores do Judiciário, MP e Defensoria Pública 
7. autoridades e servidores da polícia e segurança pública 
8. militares ativos 
9. cidadãos maiores de 70 anos (devem requerer a dispensa) 
10. os que requererem por justo impedimento 
Recusa fundada em religião, filosofia ou política - importará no dever de prestar 
serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos. 
 
Serviço Alternativo - atividades administ., assistenciais ou filantrópicas no Poder 
Judiciário, Defensoria Pública, MP ou entidade conveniada. 
 
BENEFÍCIOS DO JURADO 
 constituirá serviço público relevante 
 estabelecerá presunção de idoneidade moral 
 assegurará prisão especial, em caso de crime comum 
ADIAMENTO DA SESSÃO DE JULGAMENTO - ocorrerá no caso do não 
comparecimento do MP, sendo transferida para o 1º dia desimpedido. 
 
MULTA - será aplicada à testemunha que não comparecer ao julgamento sem 
justificativa. 
 
NÚMERO MÍNIMO DE JURADOS - pelo menos 15 jurados para a realização da 
sessão. 
 
RECUSA DE JURADOS = poderá ser realizada pela defesa e pelo MP, até três 
cada parte. 
 
TOMADA DE DECISÕES = as decisões do Tribunal serão tomadas por maioria de 
votos. 
 
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO JÚRI: 
1. regular a polícia da sessões e prender os desobedientes 
2. requisitar auxílio da força pública 
3. dirigir os debates, intervindo em caso de abuso 
4. nomear defensor ao acusado 
5. decidir, de ofício, a arguição de extinção de punibilidade 
6. determinar as diligências destinadas a sanar nulidade 
DIREITOS DO JURADO: 
 igualdade e preferência nas licitações públicas e no provimento, mediante 
concurso, de cargo ou função pública 
 promoção funcional ou remoção voluntária 
MULTA = aplicada ao jurado que deixar de comparecer na sessão ou retirar-se dela 
sem ser dispensado, pelo presidente. O valor é de 1 a 10 salários mínimos. 
 
 
COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E FORMAÇÃO 
DO CONSELHO DE SENTENÇA 
 
TRIBUNAL DO JÚRI - 1 juiz presidente + 7 jurados (Conselho de Sentença) 
 
IMPEDIMENTOS DO CONSELHO DE SENTENÇA - são impedidos de servir no 
mesmo Conselho: 
 
 - marido e mulher - ascendente e descendente 
 - sogro e genro ou nora - irmãos e cunhados 
 - tio e sobrinho - padrasto, madrasta ou enteado 
 
Dos Recursos em Geral - arts. 574 a 650 do CPP 
 
 
Recurso Obrigatório - de ofício, imposto pelo juiz: 
 apreciado em conjunto com a sentença 
 apreciado em instância superior (Tribunal) 
 interposto sobre sentença de habeas-corpus, sentença absolutória por 
exclusão de crime ou isenção de pena 
 
TIPOS DE RECURSO 
 
 Apelação 
 Carta Testemunhável 
 Embargos 
 Habeas Corpus 
 Recurso em Sentido Estrito 
 Recurso Extraordinário 
 Revisão 
 
QUEM PODE ENTRAR COM RECURSO 
 Ministério Público 
 querelante 
 réu 
 procurador 
 defensor 
FORMAS DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO 
 
 Petição (requerimento do recorrente ou de seu procurador) 
 Telex ou Fax (original autenticado) 
 
EFEITOS DO RECURSO 
 
Devolutivo - a decisão não é executada até o julgamento do recurso. 
Suspensivo - a decisão impugnada não é executada até seu julgamento. 
Extensivo - os beneficios do recurso se estendem aos demais agentes do crime, 
desde que as situações deles no processo sejam idênticas. 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
- pode ser voluntário ou obrigatório 
- deve ser julgado pelos Tribunais de Alçada, Regionais Federais, Regionais 
Eleitorais ou Militares 
- interposto em 5 dias sobre decisão, despacho ou sentença que: 
 não receber a denúncia ou queixa 
 concluir pela incompetência do juízo 
 julgar procedentes as exceções 
 pronunciar o réu 
 julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva, conceder 
liberdade provisória ou relaxar prisão em flagrante 
 que absolver o réu 
 que julgar quebrada a fiança 
 que decretar a prescrição ou julgar extinta a punibilidade 
 que conceder ou negar ordem de habeas corpus 
 que conceder ou revogar a suspensão condicional da pena 
 que conceder ou revogar livramento condicional 
 que anular o processo de instrução criminal no todo ou em parte 
 que incluir ou excluir jurado da lista geral 
 que decidir sobre a unificação das penas 
 que decretar medida de segurança depois do trânsito em julgado 
 que converter a multa em detenção ou prisão simples 
 que conceder liberdade provisória sem fiança 
Razões de Recurso - oferecidas dentro de 2 dias após a interposição do recurso. 
 
 
DA APELAÇÃO 
 
Aplicação - sobre: 
1. sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz 
singular 
2. decisões definitivas ou com força de definitivas 
3. decisões do Tribunal do Júri quando: 
 ocorrer nulidade posterior á pronúncia 
 sentença contrária á lei ou decisão dos jurados 
 erro ou injustiça na aplicação da pena ou da medida de segurança 
 decisão dos jurados contrária à prova dos autos 
 
 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO E APELAÇÃO 
PROCESSO E JULGAMENTO 
 
 
Embargos Infringentes e de Nulidade - opostos quando a decisão de 2ª Instância 
(Tribunal) for desfavorável ao réu, desde que a decisão não tenha sido unânime. 
 
Embargos Infringentes - visam a modificação do Acórdão (decisão do Tribunal). 
 
Embargos de Nulidade - visam a anulação do julgamento. 
 
Pressuposto para embargo - existência de um ou mais votos vencidos (se a 
decisão dos jurados for unânime, não cabe embargo). 
 
Obs: O prazo para oferecimento de embargos infringentes e de nulidade é de 10 
dias contados da publicação do acórdão. 
 
 
DOS EMBARGOS 
 
 
Embargos de Declaração - opostos aos acórdãos pelos Tribunais de Apelação, 
quando houver ambiguidade, contradição ou omissão. 
Prazo de Interposição: 2 dias. 
 
DA REVISÃO 
 
Revisão - reexame de ato, contrato ou regulamento para fins de atualização. Meio 
processual concedido ao condenado para demonstrar a injustiça da decisão que o 
condenou. 
Aplicação da Revisão: - quando: 
 
 a sentença condenatória for contrária à lei ou evidência nos autos 
 a sentença for fundada em depoimentos falsos 
 após a sentença, surgirem novas provas de inocência ou circunstância que 
determine a diminuição da pena 
Obs: A revisão somente é cabível nos processos findos (aqueles em que não 
cabem mais recurso). 
Prazo para requerimento: em qq. tempo, antes ou depois da extinção da pena. 
 
QUEM PODE PEDIR A REVISÃO 
- réu - ascendente 
- procuradorhabilitado - descendente 
- cônjuge - irmão 
 
QUEM PROCESSA A REVISÃO 
 STF (Supremo Tribunal Federal) 
 Tribunal Federal de Recursos 
 Tribunal de Justiça ou Alçada 
Indenização - pode ser dada ao condenado, pelos prejuízos sofridos, quando se 
tratar de erro judiciário. 
 
 
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
 
Aplicação - nas ações onde não caiba mais recurso ordinário. 
 
 qualquer dos envolvidos pode impetrar 
 prazo de interposição: 10 dias 
O recurso extraordinário é cabível contra: 
1. decisão contra letra de tratado ou lei federal 
2. questão sobre vigência de lei federal 
3. contestação sobre validade de lei ou ato de governo local ou lei federal 
4. quando decisões definitivas dos Tribunais de Apelação de Estados 
diferentes, derem à mesma lei federal inteligência diversa. 
 
 
 
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL 
 
Aplicação: 
 da decisão que denegar recurso 
 da que obstar sua expedição para o juízo superior. 
 Prazo de Interposição: 48 horas. 
 
 
Do Habeas Corpus e Seu Processo 
(arts. 647 a 667 do CPP) 
 
 
Art. 647) – Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo 
nos casos de punição disciplinar. 
 
Art. 648) – A coação considerar-se-á ilegal: 
· quando não houver justa causa 
· quando alguém estiver preso por mais tempo que determina a lei 
· quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo 
· quando houver cessado o motivo que autorizou a coação 
· quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a 
autoriza 
· quando o processo for manifestamente nulo 
· quando extinta a punibilidade. 
 
Constrangimento Ilegal – falta de justa causa para a prisão. 
 
Obs: Segundo a Constituição de 1988, o recolhimento de qualquer pessoa ao 
cárcere só é legal quando houver flagrante delito ou ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente (Juiz Criminal), salvo nos casos 
de transgressão militar ou crime militar, definidos em lei. 
 
Art. 649) – O juiz ou tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar 
imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual 
for a autoridade coatora. 
 
Art. 650) – Competirá conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus: 
I – ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art. 101,I,g, da 
Constituição; 
 
Obs: O artigo referido neste inciso (Art. 101-I-g) refere-se à Carta Constituinte de 
1937. Hoje o Direito Constitucional é regido pela Constituição de 1988, sendo que, o 
artigo em referência é o Art. 102,I,i que diz:”o habeas corpus, quando o coator 
for Tribunal Superior ou autoridade/funcionário cujos atos estejam sujeitos 
diretamente à jurisdição do STF, ou ainda, se trate de crime sujeito à mesma 
jurisdição em uma única instância;(Alterado pela EC 000.02-1999)” 
 
II – aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coação 
forem atribuídos aos governadores e interventores dos Estados ou Territórios 
e ao prefeito do Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aos chefes de 
Polícia. 
 
§ 1º) – A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier 
de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição. 
 
NÃO CABE HABEAS CORPUS contra: 
 
· prisão administrativa de responsável por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda 
Pública, por omissão de recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for 
acompanhado de prova de quitação ou de depósito, ou se a prisão exceder o prazo 
legal; 
 
Obs: A impetração do habeas corpus deve ser dirigido à autoridade judiciária de 
1º grau(Juiz de 1º grau). Todavia, a lei dispõe que a competência do juiz cessará 
sempre que a violência ou coação advir de autoridade judiciária de igual ou superior 
jurisdição. 
Exemplo: se a coação é praticada pelo Delegado de Polícia, a competência para 
apreciar o pedido é do Juiz Criminal, porém, terminando o inquérito e remetidos os 
autos ao juízo, o juiz passa a ser a autoridade coatora. Neste último caso, o órgão 
de 2º grau (Tribunal), passa a ser o competente para apreciar sua ilegalidade. 
 
COMPETÊNCIA DO STF – O Supremo Tribunal Federal processará e julgará o 
Habeas Corpus quando se tratar de: 
 
· Presidente da República ou Vice 
· Membro ou Ministro do Congresso Nacional 
· Procurador-Geral da República 
· Ministro de Estado 
· Membros dos Tribunais Superiores 
· Ministros do Tribunal de Contas da União 
· Chefes de Missão Diplomática de caráter permanente 
· Tribunal, autoridade ou funcionário, cujos atos estejam sujeitos à jurisdição do 
STF, ou 
· se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em única instância 
 
COMPETÊNCIA DO STJ – O Supremo Tribunal de Justiça julgará o Habeas 
Corpus quando se tratar de: 
· Governadores do Estado e DF 
· Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do DF 
· Membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF 
· Membros dos Tribunais Regionais Federais, Regionais e do Trabalho 
· Membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios 
· Membros do Ministério Público da União 
 
RENOVAÇÃO DO PEDIDO DE HABEAS CORPUS – quando for concedido em 
virtude de nulidade do processo (art. 652) 
 
QUEM PODE IMPETRAR H.C.? Qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem 
como o Ministério Público (art. 654) 
 
MULTA – Segundo reza o artigo 655, será imposta ao carcereiro, diretor de 
prisão, escrivão, oficial de justiça, juiz ou delegado que embaraçar ou 
procrastinar (indeferir ou adiar) a expedição de ordem de habeas corpus, 
informação sobre a causa da prisão, condução e apresentação do paciente ou 
a sua soltura. 
 
VALOR DA MULTA = de duzentos mil-réis a um conto de réis (equivalente hoje, de 
R$ 200,00 a R$ 1.000,00). 
 
QUEM IMPÕE A MULTA? O juiz ou tribunal que julgar o habeas corpus. Se o 
agente coator for um juiz, a multa será imposta pelo STF ou pelo Tribunal de 
Apelação. 
 
SOLTURA DO PACIENTE – O juiz determinará a apresentação do paciente, se este 
estiver preso, após recebida a petição inicial de habeas-corpus. Em caso de 
desobediência, será expedido mandado de prisão contra o detentor, e o juiz 
providenciará para que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em juízo (art. 
656 e parág. único). 
 
MOTIVOS QUE PODEM IMPEDIR A APRESENTAÇÃO DO PACIENTE EM JUÍZO 
(Art. 657): 
 I. grave enfermidade 
 II. não estar ele sob a guarda de pessoa a quem se atribui a detenção 
 III. se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juízo ou pelo tribunal 
Obs: No caso elucidado no artigo, o juiz poderá ir ao local onde o paciente se 
encontra. 
 
PEDIDO PREJUDICADO – O pedido de habeas-corpus será tido como prejudicado 
se o juiz ou tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal (Art. 659). 
 
DECISÃO – Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá, 
fundamentadamente, dentro de 24 horas. 
a) se a decisão for favorável, o paciente será posto em liberdade, salvo se tiver de 
ser mantido na prisão por outro motivo; 
 
SALVO CONDUTO – será dado ao paciente pelo juiz, se a ordem de habeas corpus 
for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal. 
 
Salvo-conduto é um documento emitido por autoridades de um Estado que permite 
a seu portador transitar por um determinado território. O trânsito pode ocorrer de 
forma livre ou sob escolta policial ou militar. 
Os salvo-condutos são emitidos principalmente em tempos de guerra para cidadãos 
que potencialmente possam ser capturados sob alegação de diversos motivos. 
 
 TRIBUNAL DE APELAÇÃO– caso a competência de decisão sobre o pedido de 
habeas corpus caiba ao Tribunal de Apelação, a petição será apresentada ao 
secretário, que enviará imediatamente ao presidente do tribunal, ou da câmara 
criminal, ou da turma que estiver reunida ou primeiro tiver de reunir-se. 
 
JULGAMENTO E DECISÃO – O habeas corpus será julgado na primeira sessão, 
podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte. A decisão será 
tomada por maioria de votos. No caso de empate, o voto de desempate será 
proferido pelo presidente; se este já tiver votado, prevalecerá a decisão mais 
favorável ao paciente. 
 
Art. 665) – O secretário do tribunal lavrará ordem que, assinada pelo presidente 
do tribunal, será dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro ou 
autoridade que exercer ou ameaçar exercer o constrangimento.

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